Blog Católico, para os Católicos

BLOG CATÓLICO, PARA OS CATÓLICOS.

"Uma vez que, como todos os fiéis, são encarregados por Deus do apostolado em virtude do Batismo e da Confirmação, os leigos têm a OBRIGAÇÃO e o DIREITO, individualmente ou agrupados em associações, de trabalhar para que a mensagem divina da salvação seja conhecida e recebida por todos os homens e por toda a terra; esta obrigação é ainda mais presente se levarmos em conta que é somente através deles que os homens podem ouvir o Evangelho e conhecer a Cristo. Nas comunidades eclesiais, a ação deles é tão necessária que, sem ela, o apostolado dos pastores não pode, o mais das vezes, obter seu pleno efeito" (S.S. o Papa Pio XII, Discurso de 20 de fevereiro de 1946: citado por João Paulo II, CL 9; cfr. Catecismo da Igreja Católica, n. 900).

domingo, 29 de outubro de 2023

REX GLORIAE.

 


REI DA GLÓRIA1


Em três diferentes sentidos é Cristo Rei da Glória. 1. Porque é Rei de todos os habitantes e povo escolhido da terra dos vivos. 2. Porque toda a glória que eles gozam, o Senhor lha mereceu, e lha concede por decreto de Sua vontade justa e misericordiosa. 3. Porque a Ele só é devida toda honra e glória, sem nenhum dos que a participam atribuir a si, nem um só átomo dela; senão que todos permanecem tão desprendidos da honra e exaltação que possuem, como a terra o está da claridade do sol que a ilustra, alegra e fertiliza.

Pondera atentamente, alma minha, como este Reinado, ou Império de Cristo, é justo, é pacífico, é dilatado e é perdurável. É justo; porque a quem podia competir senão ao Filho Unigênito de Deus, que com Sua vida e morte mereceu a Predestinação de todos os escolhidos, e os demais benefícios, que dela procedem? É pacífico; porque Cristo unicamente domina nos corações e almas de todos, e todos O amam com amor incessante, puríssimo e ardentíssimo: e assim já não podem cometer pecado algum, nem a mínima imperfeição, nem ter dissenção consigo ou com outros, como cá nos dias da sua mortalidade acontecia, ainda entre varões santos. É dilatado; porque quanto aos espaços materiais daquele Reino, o Céu Empíreo compreende dentro em seu côncavo toda a grandiosidade do Universo, e em comparação da grandeza dele desaparece o Firmamento; sendo que em comparação do Firmamento desaparece todo o globo do mar e terra, que cá os Reis e Potentados andam dividindo entre si a ferro e fogo: de sorte que, para que a terra fosse visível aos olhos de quem estivesse olhando para baixo lá desde o Firmamento, seria necessário que esta fosse sessenta e quatro vezes maior do que é.2 Que será logo em comparação do Empíreo, este mundo, cujos bocadinhos nós amamos tão loucamente, que por essa causa perdemos o Céu? E é dilatado quanto ao povo de quem é Rei Cristo Jesus: porque dos homens diz São João, que viu uma multidão que ninguém pode contar: e dos Anjos diz o Angélico Doutor, São Tomás, que são mais que todos os indivíduos e criaturas materiais, sensíveis e insensíveis. E cada qual destes vassalos do Rei da Glória é tão ilustre e soberano, que os Imperadores da terra (se têm luz da verdade) se reputam por ditosos, em os servirem e adorarem.

E é também este Reinado perdurável; porque não tem fim. Durará quanto Deus dure; eternidades e eternidades. Para aqui, alma minha: estende o teu conceito quanto puderes, a ver se pode entrar no pasmo da consideração desta eternidade. Ver a Deus! Estar com Deus! Viver de Deus! Gozar de Deus! Louvar a Deus sempre, sempre, por séculos infinitos! Oh felicidade! As do mundo eram coisas vãs, coisa pintada, e de zombaria. Desapareceu o século e tudo o mais que andava na sua roda. Lá vão os dias, que assinalava o Sol com seus giros. Já não há mar, nem terra, nem o que sobre ela edificou a vaidade humana. Já não há morte, nem pecado, nem trabalhos, nem cuidados, nem esperanças. Restou unicamente o Amor de Deus, diamante que não tem consumo. Este entrou nas alturas a receber o prêmio, engastando-se na coroa de Deus. Ali vive, quanto o mesmo Deus vive. Ó Rei da Glória, Cristo Jesus: dá-me o teu amor. Ó Rei da Glória, Filho de Deus vivo: leva-me a onde reinas: leva-me Senhor, que a Ti só desejo. Oh, seja o Teu beneplácito ouvir-me e conceder-me este bem, para o qual me criaste e remiste!


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Fonte: Ven. Pe. Manoel Bernardez, Oratoriano, “Luz e Calor – Obra Espiritual para os que Tratam do Exercício de Virtudes e Caminho de Perfeição”, 2ª Parte, Opúsculo III, Meditação XXXIII, III Ponto, pp. 403-404. Nova Edição, Lisboa, 1871.

1.  Psalm. 23, 7.

2.  Pelo computo do P. João Batista Ricciedo, insigne Matemático da Companhia de Jesus.


segunda-feira, 16 de outubro de 2023

SÃO GERALDO MAJELLA, REDENTORISTA.

O Grande Taumaturgo do Séc. XVIII


São Geraldo Majela nasceu a 6 de Abril de 1726 em Muro, pequena cidade situada a vinte léguas ao sul de Nápoles. Seu pai era um pobre alfaiate, piedoso e honesto. Desde os mais tenros anos, o único atrativo de Geraldo era levantar pequenos altares e imitar as cerimônias do culto.

A pouca distância de Muro encontra-se a Capela de Capotinhano, onde se venera uma estátua da Virgem Maria, tendo o Menino Jesus nos braços. Quando tinha cinco anos Geraldo foi a este Santuário, e, logo que ajoelhou, o Menino Jesus, descendo dos braços de Sua Mãe, foi brincar familiarmente com ele, dando-lhe depois um pequeno Pão Branco. A criança toda contente, levou este presente a sua mãe. “Quem te deu isto?” perguntou ela. – “Foi, respondeu, o Menino de uma Senhora, que brincou comigo”. Todas as manhãs Geraldo corria à Capela, e sempre o Menino Jesus ia brincar com ele e lhe fazia a oferta de um Pão Branco. Sua irmã seguiu-o um dia e, escondendo-se, viu o Menino Jesus descer dos braços da Senhora, cariciar Geraldo e dar-lhe o costumado Pão Branco.

Pelos sete anos Geraldo, possuído de um amor sobrenatural pelo Pão Eucarístico, deseja ardentemente comungar; um dia, à Missa, aproximou-se com os fiéis da Mesa Santa para receber a Santa Hóstia. O celebrante, vendo-o tão pequeno, passou adiante, e Geraldo retirou-se a chorar. Mas, na noite seguinte, o Arcanjo São Miguel veio trazer-lhe o Pão dos Anjos. Por outra vez, em que estava de joelhos junto do altar, uma Criancinha saiu do Tabernáculo e deu-lhe a Santa Comunhão.

Aos dez anos Geraldo foi admitido à Sagrada Mesa; depois comungava sempre de dois em dois dias, além dos Domingos e dias Santos. Mas compreendeu que, para participar da glória de Jesus, devia antes participar da Sua dolorosa Paixão. Por isso, como prêmio de cada Comunhão, impôs-se uma cruel flagelação.

Depois da morte de seu pai, Geraldo foi como aprendiz para casa de um alfaiate. Entregou-se por completo ao trabalho, mas continuou a corresponder fielmente à graça, e a segui a sua inclinação para a oração, apesar dos maus tratos do mestre, que lhe batia muitas vezes com furor. Um sorriso era sempre a resposta da doce vítima. “Quê! Tu te ris, exclamou um dia o mestre; dize-me, por que te ris? “É porque a mão de Deus me feriu”, respondeu o angélico jovem.


Sentindo-se chamado à vida religiosa, pediu para ser admitido nos Capuchinhos, o que lhe foi recusado por causa da sua fraqueza. Esperando a hora de Deus, foi como criado para casa de Mons. Albini, Bispo de Lacedônia, e aí esteve três anos, sendo a admiração de toda a cidade. Um dia em que o Bispo estava ausente, Geraldo tinha fechado à chave a porta do palácio. Quis beber água, mas enquanto estava inclinado, a chave caiu ao poço. A princípio ficou aflito, depois, em seguida a uma oração, foi buscar uma imagem do Menino Jesus e desceu-a ao poço, dizendo: “A Vós pertenço, Senhor, dai-me a chave, a fim de que, o Sr. Bispo não fique triste”. Ó maravilha! À vista de uma multidão de espectadores, Geraldo sobe o Menino Jesus que trazia na mão a chave.


Depois da morte do seu senhor, Geraldo teve de viver do seu ofício de alfaiate. Com o consentimento de sua mãe dividia o salário em três partes: uma para a família, outra para os pobres, e a terceira para as Almas do Purgatório. Seu amor pelo sofrimento era tão ardente, que lhe inspirou fingir-se louco, o que lhe atraía injúrias e pancadas. Outras vezes fazia-se flagelar duramente por um amigo.


Era grande a sua devoção à Rainha do Céu. “A Senhora atraiu o meu coração, repetia muitas vezes, e eu fiz-lhe presente dele”. Falando-se-lhe em Casamento, respondia com entusiasmo: “Pertenço à Senhora”. Deste modo conservou sem mancha o lírio da castidade e o vestido da inocência batismal. Mais tarde o Nome de Maria era suficiente para o fazer entrar em êxtase. Tal foi a sua vida até a idade de vinte anos.

No mês de Agosto de 1748, passaram em Muro dois Redentoristas; Geraldo falou-lhes da sua vocação. Longe de o animar, o Superior aconselhou-o a renunciar ao seu intento, e sua mãe, temendo vê-lo afastar-se, fechou-o à chave, no dia da partida dos Missionários. Mas o prisioneiro, com o auxílio de um lençol, fugiu pela janela, deixando um bilhete em que tinha escrito: “Vou fazer-me Santo, não penseis mais em mim”.


Tendo alcançado os Missionários, suplicou-lhes que o recebessem. O Superior, admirando a sua energia e firmeza, resolveu experimentá-lo e enviou-o à Casa de Deliceto com uma carta de recomendação concebida nestes termos: “Envio-vos um Irmão inútil”.

No dia 1 de Maio de 1749, Geraldo batia à porta do Convento de Deliceto. Este Convento, fundado pelo Bem-aventurado Félix de Corsano, da Ordem dos Agostinianos, era dedicado a Nossa Senhora da Consolação; estava abandonado há muito tempo, quando Santo Afonso de Ligório, atraído pela Santa imagem de Maria, aí foi estabelecer os seus religiosos. É nesta Santa Casa que Geraldo passará a maior parte da sua vida.


Desde o primeiro dia mostrou-se um modelo acabado de humildade, paciência, mortificação e dedicação. O trabalho não lhe era obstáculo à vida de oração, porque, se de dia trabalhava muito, de noite retirava-se para a igreja para adorar Jesus Cristo no Santíssimo Sacramento.

Geraldo tinha a nobre ambição de se tornar um Santo; daí o voto heroico que fez, de acordo com o seu Diretor, de fazer tudo o que fosse mais perfeito. Por ordem do mesmo Diretor, escreveu suas mortificações, resoluções e sentimentos. Citemos algumas passagens deste código de perfeição.


Mortificações. Todos os dias tomo disciplina e trago um cilício de ferro em volta dos rins. Misturo ervas amargas no meu alimento ao jantar e à ceia. Trago um coração com pontas de ferro sobre o peito. Aos Sábados jejuo a pão e água. Quintas, Sextas e Sábados durante a noite, cinjo a fronte e os rins com uma cadeia.

Sentimentos. Tudo o que se faz por Deus é oração; uns consagram-se a isto, outros àquilo; eu consagro-me unicamente a fazer a vontade de Deus. Nenhuma coisa custa quando procedemos com os olhos em Deus. A ocasião de me tornar Santo somente me foi oferecida uma vez, se não à aproveito, é para sempre. Se me perco, perco a Deus; e, perdido Deus, o que me resta?

Resoluções. Quero repetir em todas as tentações e tribulações: Fiat voluntas tua.

Somente falarei em três casos: quando se tratar da glória de Deus, do bem do próximo ou de uma verdadeira necessidade.

Nunca me desculparei, embora tenha as melhores razões para o fazer, a não ser que o meu silêncio cause alguma ofensa a Deus, ou algum prejuízo ao próximo.


Tinha uma grande devoção ao Arcanjo São Miguel. Em 1753, os jovens estudantes redentoristas de Deliceto obtiveram licença de fazer uma peregrinação ao Monte Gargano, célebra pela aparição do Santo Arcanjo. Geraldo foi encarregado de os acompanhar. Os peregrinos receberam ao todo doze liras para a viagem. Eram 12 e deviam demorar nove dias. “Deus providenciará” dizia Geraldo aos que lhe objetavam a modicidade da quantia. Só tinham uma lira quando chegaram a Manfredônia. Geraldo foi ao mercado comprar um ramalhete e colocou-o na igreja, diante do Santo Tabernáculo, dizendo a Jesus: “Pertence-Vos cuidar da minha pequena família”. O Capelão da igreja, tendo observado este ato de devoção, convidou o Santo a hospedar-se em sua casa com todos os seus companheiros. Geraldo recompensou-o desta caridade, curando, com um Sinal da Cruz, sua mãe enferma. Estiveram dois dias no Monte Gargano. No segundo dia, Geraldo, vendo a bolsa vazia, foi-se recomendar ao Santo Arcanjo, e imediatamente um desconhecido apareceu a dar-lhe um rolo de dinheiro.


Um dia em que entrava em Deliceto, um aventureiro, vendo o pobre vestido de Geraldo, tomou-o por um feiticeiro e disse-lhe: “Se procurais um tesouro, eis-me pronto a auxiliar-vos e a acompanhar-vos”. Mas, respondeu o Santo, sois homem de coragem?Ah! Vou dizer-vos o que sou. E o miserável contou a sua triste vida. “Bem, disse Geraldo, vou procurar um tesouro para vós”. Penetrando ambos no bosque e, tendo chegado ao lugar mais espesso, Geraldo coloca misteriosamente o seu manto sobre a terra, manda pôr o pecador de joelhos com as mãos erguidas, e disse-lhe: “Prometi-vos um tesouro, vou cumprir a minha palavra”. E mostrando o seu crucifixo, disse: “Eis o tesouro que perdestes há muitos anos”. A seguir mostrou-lhe o triste estado da sua alma; o pecador começou a chorar, indo dali confessar-se em Deliceto.


Em Castelgrande, o assassinato de um jovem tinha produzido um ódio mortal entre duas famílias, encontrando-se toda a cidade dividida em dois partidos rivais; estavam para começar uma luta fratricida. O Santo apresenta-se em casa do pai da vítima, fala-lhe de Deus e obteve uma promessa de perdão. Mas a mãe, ofendida com isto, tomando os vestidos ensanguentados de seu filho, atira-os à cara de seu marido, exclamando com furor: “Olha para estes vestidos ensanguentados, e depois vai reconciliar-te, se tens coragem para isso!” E deste modo despertou os sentimentos de ódio e de vingança do marido. Ao saber disto Geraldo, exclamou: “O Inferno não há de vencer!” Voltou a casa do pai da vítima, pôs no chão o seu crucifixo e disse: “Caminhai sobre esta Cruz, calcai aos pés Aquele que perdoou aos seus algozes… Ou Jesus ou o Demônio! Ou o perdão, ou o Inferno! É Deus que me envia; vosso filho está no Purgatório e estará lá tanto tempo quanto durarem os vossos ressentimentos… se recusais perdoar, esperai pelos mais terríveis castigos”. A estas palavras de fogo os pais renderam-se e a paz estabeleceu-se em toda a cidade.

Deus dá muitas vezes a seus Santos uma parte do império que o primeiro homem, no estado de inocência, tinha sobre a natureza. Bastava a Geraldo chamar pelas avizinhas, para que viessem colocar-se sobre suas mãos, parecendo prestar atenção às suas doces palavras.


Passando um dia junto do mar, notou uma grande multidão que olhava com horror um barco cheio de gente; a tempestade ia submergi-lo nas ondas. Geraldo fez o Sinal da Cruz, e avançando pelo meio das ondas, gritou ao barco: “Em nome da Santíssima Trindade detém-te”. Em seguida trouxe-o para a praia com a maior facilidade. Teve dificuldade em evitar o entusiasmo da multidão, fugindo pelas ruas da cidade. Interrogado mais tarde por um Padre sobre este prodígio, disse: “Ó meu Padre, quando Deus quer, tudo é possível. No estado em que eu então me encontrava poderia até ter voado pelos ares”.

Segundo os contemporâneos de Geraldo, as curas miraculosas que operava durante a sua vida, são em tão grande número, que seriam precisos muitos volumes para as descrever.


Corria o ano de 1755. O Santo tinha anunciado que morreria nesse ano. Em Julho caiu doente, enfraquecendo de dia para dia. A 6 de Setembro chegou uma carta do Superior, ordenando-lhe que pedisse a sua cura, em nome da obediência. “Eu devia morrer a 8 deste mês, disse ele, mas o Senhor retardou um pouco a minha morte”. A 5 de Outubro recolheu à cama para não mais se levantar. “Eu sofro todas as dores da Paixão de Jesus Cristo”, dizia ele. A 15 de Outubro, anunciou que seria o seu último dia. Das 10 para as 11 da noite, disse com alegria: “Eis a Senhora”, e entrou em êxtase. Duas horas depois voava sua alma para Deus.

Foi canonizado por Pio X.1


Ladainha de São Geraldo Magela2


Senhor, tende piedade de nós.

Jesus Cristo, tende piedade de nós.

Senhor, tende piedade de nós.


Jesus Cristo, ouvi-nos.

Jesus Cristo, ateidei-nos.


Pai celeste que sois Deus, tende piedade de nós.

Filho Redentor do mundo, que sois Deus, tende piedade de nós.

Espírito Santo, que sois Deus, tende piedade de nós.

Santíssima Trindade, que sois um só Deus, tende piedade de nós.


Santa Maria, rogai por nós.


São Geraldo, digníssimo filho de Santo Afonso de Ligório, rogai por nós.

São Geraldo, Anjo de pureza e inocência, rogai por nós.

São Geraldo, Amigo privilegiado do Menino Jesus, rogai por nós.

São Geraldo, Nutrido por São Miguel com o Pão dos Anjos, rogai por nós.

São Geraldo, Ornado com os mais sublimes dons da graça, rogai por nós.

São Geraldo, Servo insigne da Virgem Imaculada, rogai por nós.

São Geraldo, Fiel imitador da Paixão de Jesus Cristo, rogai por nós.

São Geraldo, Adorador seráfico de Jesus na Eucaristia, rogai por nós.

São Geraldo, Implacável inimigo de vós mesmo, rogai por nós.

São Geraldo, Sábio da loucura da Cruz, rogai por nós.

São Geraldo, Exemplo admirável da caridade e amor dos inimigos, rogai por nós.

São Geraldo, Modelo de humildade, rogai por nós.

São Geraldo, Prodígio de paciência nas humilhações e calúnias, rogai por nós.

São Geraldo, Espelho resplandecente da observância regular, rogai por nós.

São Geraldo, Ideal da perfeita obediência, rogai por nós.

São Geraldo, Homem de trabalho e oração, rogai por nós.

São Geraldo, Mártir de conformidade com a vontade divina, rogai por nós.

São Geraldo, Devorado pelo zelo das almas, rogai por nós.

São Geraldo, Mestre esclarecido na ciência dos Santos, rogai por nós.

São Geraldo, Zelador das vocações religiosas, rogai por nós.

São Geraldo, Revelador das faltas ocultas, rogai por nós.

São Geraldo, Pacificador dos ódios e discórdias, rogai por nós.

São Geraldo, Terror dos Demônios, rogai por nós.

São Geraldo, Pai nutrício dos pobres, rogai por nós.

São Geraldo, Tesoureiro dos bens da Providência, rogai por nós.

São Geraldo, favorecido com o dom de curar os enfermos, rogai por nós.

São Geraldo, Protetor poderoso das mães e filhos, rogai por nós.

São Geraldo, Ilustre pelos vossos milagres, rogai por nós.

São Geraldo, Glória e Ornamento da Congregação do Santíssimo Redentor, rogai por nós.


Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, perdoai-nos, Senhor.

Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, ouvi-nos, Senhor.

Cordeiro de deus, que tirais os pecados do mundo, tende piedade de nós.


Oremos: Ó Deus, que quisestes desde a sua mocidade atrair a Vós o Bem-aventurado Geraldo, e formá-lo cópia viva do vosso Filho na Cruz; concedei-nos, vo-lo pedimos, que, caminhando nos seus passos, possamos também ser transformados neste Divino Modelo. Por Jesus Cristo Nosso Senhor. Assim Seja.


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1.  Pe. Croiset, S.J., “Ano Cristão”, Vol. X, pp. 215-218, 16 de Outubro, Festa de São Geraldo Magela; Tradução do Francês pelo Pe. Matos Soares, Porto, 1923.

2.  “As Mais Belas Orações de Santo Afonso de Ligório”, pelo Pe. Saint-Omer, C.SS.R., Parte IVª, Art. 7, pp. 674-675. Imprimé par les Etablissements Casterman, S.A. Tournai/Belgium, 1877.


sábado, 14 de outubro de 2023

QUAIS OS DEVERES DOS CASADOS: EM QUE SE DECLARAM, EM SEGUNDO LUGAR, OS DEVERES DA ESPOSA PARA COM O ESPOSO.


Normas Seguras,

para se Formar uma Santa Família1


I

Vejamos, agora, qual a parte que tem de executar a esposa no concerto da família.

Fale ainda São Paulo, esse mar de sabedoria puríssima e profundíssima, como o chama São João Crisóstomo. São Paulo, inspirado de Deus, que melhor nos pode ele só instruir, que todos os sábios e filósofos juntos.

As mulheres, diz ele escrevendo aos Efésios, sejam sujeitas aos seus maridos como ao Senhor.2 E aos Colossenses repete: Mulheres, sede sujeitas aos vossos maridos, como é necessário, no Senhor.3 E outra vez aos Efésios: Assim como a Igreja está sujeita a Cristo, assim as mulheres estejam sujeitas a seus maridos em tudo.4 E a Tito recomenda as exorte, segundo a sã doutrina, para que sejam prudentes, castas, sóbrias, cuidadosas de suas casas, benignas, sujeitas a seus maridos, para que não se blasfeme a Palavra de Deus.5

Com tão redobradas intimativas impõe São Paulo este dever! É que sujeitar-se, é que obedecer, é que quebrar por si, e sempre, e em tudo, parece humilhante e é difícil. Não importa, diz São Paulo, é necessário, opportet; é doutrina sã, in sana doctrina; é ordem do Senhor, in Domino; assim o exige a honra de sua Religião; ne blasphemetur verbum Dei: a mulher sujeita como a Igreja. Sempre o mesmo augusto Mistério servindo de tipo ao Casamento.

Há sujeição mais amorosa, há obediência mais rendida, há servidão mais gloriosa, que a da Igreja a Jesus Cristo, Sua Cabeça? Pois tal há de ser a da esposa para o esposo seu chefe.

O marido representa para ela o Senhor; dedique-se pois ela ao marido com terno respeito, e afetuosa obediência em tudo. Em tudo, diz o Apóstolo, para excluir qualquer pretexto, para cortar todo subterfúgio, para não deixar a mínima ocasião para caprichos e rebeldias; em tudo, exceto no que for ofensa a Deus, pois claro está que não tinha em mente São Paulo subjugar a mulher até o ponto de fazer dela, nas mãos do marido, um vil instrumento de depravações; por isso diz: Sede sujeitas como ao Senhor e no Senhor. Tal é a doutrina de São Paulo. Tal é o código divino da família regenerada pelo Cristianismo.

Pelo Matrimônio Cristão somente, pondera um grave moralista, se reduz o dever especial da mulher a um só ponto: submissão a seu marido, e submissão a ele só, no que respeita aos deveres do Casamento. Ela deu-se a ele, e, salvo o que deve a Deus, só para ele deve viver. Pôs-se em seu poder, deve obedecer-lhe; mas essa obediência não pode ser a de uma escrava, nem de uma criatura sem razão, e só exige que, no caso de dissentimento, siga a mulher o pensar do homem, conforme-se à maneira de ver dele, e execute sua vontade; pois deve haver unidade na associação, e toda casa dividida cairá.

Por isso, não pode a mulher casada contratar civilmente, enquanto está em poder do marido. É menor perante a lei, porque ele é seu chefe natural, e ele é quem a representa no Estado. Assim, deve sempre a lei civil tender a apertar o laço conjugal, se bem respeitando o direito da esposa; e o regime mais consentâneo à natureza e ao fim do Matrimônio é o da comunidade dos bens. Interesses de família e de fortuna, trazem às vezes condições diferentes; mas é sempre em prejuízo da união moral dos cônjuges. A mulher não é feita para a independência. Em geral, não a suporta, e quando no estado conjugal ela reserva sua fortuna e a administração separada de seus bens, é tentação para sacudir a obediência, recusar submissão; e por conseguinte, sair de seu lugar, e faltar aos seus deveres”.



II

Trata-se, pois, aqui de uma submissão bem alheia de vergonhosa escravidão ou baixo servilismo. Trata-se de uma generosa renúncia de si, de um nobilíssimo sacrifício, ou antes, de uma cadeia de nobilíssimos sacrifícios, primor e distintivo dos ânimos mais elevados.

Sacrificai-vos, esposas cristãs, clamarei com um orador contemporâneo de alta autoridade; e sirvam-vos de consolo vossos mesmos sacrifícios. Não disse Cristo Senhor nosso: É melhor dar, que receber? Dar sem compensação é a grande lei do amor; é pundonor e alegria dos sinceros e profundos afetos. Coração fidalgo não procura retorno. Esquece-se, renuncia-se, prodigaliza-se, em proveito daqueles a quem ama, e seu único prêmio é amar ainda mais.

Ss. Crisanto e Daria

Sacrificai, pois, vossos gostos àquele, de quem vos empenhastes com juramento a ser, não só adjutório e sustentáculo, senão também consolo e alegria. Sacrificai-lhe vossos gostos simples e modestos, se é necessário ornar-vos para agradar-lhe; sacrificai-lhe (o que será mais difícil e meritório) vossos gostos de toucador e despesas, se ele julgar, como é seu direito e dever, que um pouco mais, ordem e, economia quadra bem a vossa casa, e um tanto menos luxo a vossa pessoa.

Sacrificai-lhe relações antigas e agradáveis, se não podem elas caber no plano de vossa vida de esposa e de mãe; sacrificai ainda, em certo modo, salvos vossos sentimentos de filha e de irmã, até os gozos da casa paterna, que deixastes para aceitar o nome de vosso marido, esposar-lhe os interesses e sustentar-lhe os legítimos direitos. Vossos gostos, alegria, amizades, relações, prazeres de infância e da mocidade, tudo sacrificareis esposas cristãs; tudo, exceto vossa consciência e vosso Deus. Ah! Se o bárbaro vem dar com os pés no altar em que adorais ao Senhor, se quer entrar à força no íntimo de vossa alma, e banir dela a pureza, a fé, a esperança, o amor de deus; se tenta aí abafar os sentimentos que vos consolam no meio de suas perseguições; armai-vos de vigor, tomai severo aspecto, resisti, pagai-lhe guerra com guerra… não, engano-me; ainda em tão cruel extremidade é necessário amá-lo, e lho dizer”.6 Onde aqui a baixeza? Onde o servilismo? Não, a amorosa sujeição, imposta por Deus à companheira do homem, não a degrada, eleva-a, não a desdoura, honra-a, não lhe tira o prestigio, endeusa-a. Quereis mulheres, o segredo de dominardes os corações de vossos maridos? Quereis adquirir sobre eles um império tão suave como irresistível? Obedecei-lhes dócil e amorosamente em tudo. Vos digo, que renuncieis a este passeio? Ficai em casa. Que vos contenteis com os vestidos que tendes? Não faleis em comprar novos. Que não frequenteis tais companhias? Interrompei vossas relações. Não só obedecei às suas ordens mas adivinhai-lhes os pensamentos, preveni-lhes os desejos; cingi-vos à sua maneira de ver; nada de vontades próprias, nada de caprichos, nada de despiques7, nada de teimas e emperramentos: pela mansidão, pelo carinho, pela amável submissão ao seu querer, alcançareis sobre eles tamanho domínio, que, a final, eles, só vos ordenariam aquilo que vós quiserdes.

De maneira que, ainda prescindindo da ordem de Deus intimada nas Sagradas páginas, devíeis ser sempre muito obedientes, por cálculo bem combinado, e interesse fino da política, como nota um discreto autor.

De certa jovem que ia casar-se refere o douto Cornélio a Lápide, que perguntara a um ancião mui cordato e de grande siso8, como ela devia portar-se? Respondeu o sábio velho: Se queres mandar sobre teu marido, obedece-lhe docilmente; que a boa mulher obedecendo domina o marido. E foi assim que Lívia Augusta, mulher de César, chegou a ser senhora deste senhor do mundo. A quem lhe perguntava como conseguia governar com tanto império aquele real coração? Respondia: Muita modéstia diante do Imperador, como se eu fosse sua serva; e ânimo pronto a fazer todas as suas vontades.9

Tal era a política daquela pagã astuta e má. Esta obediência interessada não é, porém, a que eu aconselho. Temos no Cristianismo exemplos mais dignos de imitação.


Santa Clotilde, Rainha de França.

III

Permiti que vos cite aqui o da ínclita esposa de Clodoveu, Rei de França, uma das mais suaves e radiosas figuras de esposa cristã que a história nos tem conservado.

Clotilde, filha de Chilperico, Príncipe da Borgonha, depois de assassinados por um seu tio, o pai e a mãe, foi educada na casa do dito tio Ariano, em cabal retiro do mundo. Chegou, todavia, a fama desta Princesa aos ouvidos de Clodoveu, Rei da França, que desejoso de tê-la por esposa, mandou um seu íntimo valido chamado Aureliano, a Borgonha, a ver se os dotes de corpo e de alma de Clotilde correspondiam aos boatos que corriam.

Santa Clotilde

Não pôde jamais Aureliano, durante o muito tempo que se demorou em Borgonha, por os olhos em Clotilde, quanto mais falar-lhe; com o que desenganado, cuidava já em tornar-se para França; quando lhe dizem, que certo dia distribuiria, a Princesa, com suas mãos esmolas a alguns pobres.

Tomando um trajo de mendigo, pôs-se Aureliano em fila com os outros pobres no pátio interior do palácio, à espera da Princesa, que passasse para ir à igreja. Ei-la que aparece. Que sol de formosura! Que encantadora majestade! Sem fausto, sem pompa, sem artifícios, que de ordinário são reparos, não ornatos, do rosto, Aureliano com os olhos cravados nela e a mão estendida, aguardava a esmola.

Clotilde ao notar-lhe o ar gentil e cheio de garbo, debaixo daqueles andrajos, cuidou que talvez fosse algum fidalgo caído em miséria, e deu-lhe mais liberal esmola que aos demais pobres, e Aureliano, ao receber a quantia, apertou-lhe a mão e lha beijou. Nisto, retraiu-se ela com majestade misturada de isenção, e perguntando-lhe – de que país, de que condição fosse? Teve em resposta, que era Francês de nação, mercê de Deus; mas que, por um acidente em serviço de seu Rei, estava reduzido àquela mendicidade. Seguiram-se assim em pé outras interrogações e respostas, com tal sabedoria, decoro e modéstia de Clotilde, que Aureliano dando de tudo depois conta a El-Rei, dizia, que não acreditava houvesse em todo o mundo donzela que com Clotilde corresse parelhas em beleza e cortesia. Pelo que, superados quantos obstáculos se opunham àquele consórcio, a quis Clodoveu por esposa, e a obteve.

Fez-se o primeiro encontro de Clotilde com Clodoveu em Soissons. A Rainha esposa, logo ao avistar seu marido, ajoelhou-se diante dele; protestando, que entrava nos paços de França como serva humilde a todas as vontades de El-Rei; conforme à qual promessa se houve sempre, de tal arte, que em toda a corte não havia donzela mais obediente.

Em certo caso particular, mandou-lhe um dia Clodoveu dizer, que fizesse como intendesse; ao que respondeu Clotilde por este admirável recado: “Senhor, saberá vossa Majestade que eu deixei toda a minha vontade em Borgonha, no castelo de meu tio; em França não tenho outra senão a de vossa Majestade”.

Por estas e outras costumava Clodoveu dizer com muita graça: “Casei-me com uma mulher de ótima memória, agudíssimo entendimento, mas sem vontade!”

Santa Clotilde

Pouco depois das núpcias, chegou a El-Rei ocasião de empreender uma perigosa guerra. Enquanto se faziam os aprestos militares, deu-se Clotilde com particular assiduidade à oração, a recomendar ao Altíssimo o bom sucesso das armas. Informado El-Rei das extraordinárias orações de sua consorte Clotilde, interrompia muitas vezes as consultas de guerra, e corria de mansinho ao oratório da Rainha, onde a via, de ordinário, ou humildemente ajoelhada, ou inteiramente prostrada no pavimento em ato reverente ao Deus das vitórias, e olhando-a com olhar amoroso e compadecido, volvia ao conselho, dizendo: “A minha Rainha já está em campanha, e combate de veras. Certo, se alcanço vitória, quero tomar uma resolução que lhe será de grande gosto”.

De fato, entrado em campanha, esteve em próximo risco de perder o exército, a fama das armas e a vida; mas por um milagre tendo coadunado as tropas, feito frente ao inimigo, e saído vitorioso, à Rainha, que, com o Bispo São Remígio, lhe veio ao encontro, para dar-lhe os parabéns da inesperada vitória, disse El-Rei todo jubiloso: “Ora coragem! Clodoveu venceu a seus inimigos, e vós, Clotilde, venceste a Clodoveu. Muito há que me pregais a lei cristã, e me a pregais mais de obras, de que de palavras. De agora em diante, serei cristão. Prometi-vos renunciar ao paganismo; aqui estou para cumprir minha palavra”.

Dito e feito. E daí proveio aquele grande bem que depois se viu de tantas igrejas ou edificadas ou restauradas; de tantos povos ou convertidos, ou reformados; de tantas províncias acrescentadas à Religião; de tantas virgens consagradas a Deus; de tantas almas introduzidas no Céu: tudo efeito e fruto de uma constante, humildade e prudente subordinação que mostrou a Rainha Santa Clotilde a seu real esposo, bem que pagão.10

Assim apesar da plena e inteira igualdade que reina entre os esposos quanto aos direitos do Matrimônio, a mulher é e deve ser subordinada ao marido.

Tal é a posição que lhe convém. Seu organismo mais fraco, sua razão menos firme, estão indicando que a natureza, não a destinou para a direção suprema da família e dos negócios; e nisto precisamente se funda, segundo São Pedro, o dever que tem o marido de protegê-la e respeitá-la: “Vós, ó maridos, vivei prudentemente com as vossas mulheres, tratando-as com honra e discrição, como sexo mais fraco, e considerando, que elas são convosco herdeiras da graça que dá a vida; para que, vivendo na pureza e castidade conjugal, não se ache em vós impedimento algum para a oração e para os outros exercícios da Religião”.11 Assim procedendo, chegam as mulheres a exercer na família um verdadeiro apostolado. Quantas, como Santa Clotilde, têm reconduzido aos trilhos da Religião e da virtude os corações transviados de seus maridos! Por isso, exortava o mesmo São Pedro as Mulheres Cristãs a ganharem para o Evangelho os maridos pagãos. E como? Ouvi: “As mulheres sejam obedientes a seus maridos, para que aqueles que não creem na Religião, só por este procedimento, sem precisar prédica, sejam ganhos para Deus”.12 Que prédica, em verdade, mais eloquente, mais persuasiva e mais eficaz do que o espetáculo das virtudes de uma esposa cristã, aplicada constantemente ao dever, só respirando amor e brandura, humilde, dedicada, caridosa, desentranhando-se em sacrifícios, e vivendo só para fazer a felicidade do esposo e da família?


Ss. Luís e Zélia Martin, pais de S. Teresinha.


_________________________

1.  D. Antônio de Macedo Costa, “O Livro da Família” – ou Explicação dos Deveres Domésticos Segundo as Normas da Razão e do Cristianismo, Oferecido aos seus Diocesanos, Cap. IV, pp. 57-66. 1930.

2Ef. 5, 22.

3.  Col. 3, 18.

4.  Ef. 5, 24.

5.  Tit. 2, 5.

6.  Monsenhor Besson, Les Sacrem. Conf. 28.

7.  Vinganças, desforras.

8.  Bom-senso.

9.  Em. Cataneo, ob. cit.

10.  Ob. cit.

11.  I Ped. 3, 7.

12.  I Ped. 1.


quarta-feira, 4 de outubro de 2023

NOVENA EM HONRA DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO APARECIDA.


(Começa no dia 3 de Outubro)1


Ó Virgem Maria, abençoada sois Vós, pelo Senhor Deus Altíssimo, entre todas as mulheres da terra. Vós sois a glória de Jerusalém; Vós a alegria de Israel; Vós a honra do nosso povo.

Quem poderá contar, ó doce Mãe, quantas graças, durante tantos anos, Vós dispensastes ao povo brasileiro, compadecida de nossos males?

Quisemos cingir vossa cabeça sagrada com uma coroa de ouro, que Vos é devida por tantos títulos: continuai a dobrar-Vos benignamente às nossas preces.

Quando erguemos ao Céu nossas mãos suplicantes, ouvi clemente os nossos rogos, ó Virgem; conservai nossas almas afastadas da culpa, e, por fim, conduzi-nos ao Céu.

Salvação, honra e poder Aquele que, Uno e Trino, nos fulgores de Seu trono celeste, governa e rege todo o universo. Amém.


V. A vossa Imaculada Conceição, ó Virgem de Deus.

R. Anunciou a alegria ao mundo todo.


Oremos: Deus que, por intermédio da Mãe Imaculada de vosso Filho, multiplicastes os dons de vossa graça em favor de nós, vossos servos: concedei-nos propício que, celebrando na terra os louvores da mesma Virgem, pelas Suas maternas preces mereçamos alcançar o prêmio eterno no Céu. Pelo mesmo Nosso Senhor Jesus Cristo. Amém.



Consagração

a Nossa Senhora Aparecida.2


Ó Maria Santíssima, que em vossa imagem milagrosa de Aparecida, espalhais inúmeros benefícios por todo este país, eu N…, embora indigno de pertencer ao número dos vossos servos, mas cheio do desejo de participar dos benefícios de vossa misericórdia, prostrado aos vossos pés, consagro-Vos o meu entendimento, para que sempre pense no amor que mereceis; consagro-Vos a minha língua, para que sempre Vos louve e propague vossa devoção; consagro-Vos meu coração, para que, depois de Deus, Vos ame sobre todas as coisas.

Recebei-me, ó Rainha incomparável, no ditoso número de vossos servos, acolhei-me debaixo de vossa proteção, socorrei-me em todas as minhas necessidades espirituais e temporais, e sobretudo, na hora de minha morte.

Recebei-me, ó Mãe celestial, e com a vossa poderosa intercessão, fortalecei minha fraqueza, a fim de que, servindo-Vos fielmente nesta vida, possa louvar-Vos, amar-Vos e render-Vos graças no Céu, por toda a eternidade. Amém.

1 Pai Nosso, 3 Ave Maria e 1 Glória ao Pai.



Ladainha de Nossa Senhora3

(Atualizada)


Senhor, tende piedade de nós.

Jesus Cristo, tende piedade de nós.

Senhor, tende piedade de nós.


Jesus Cristo, ouvi-nos.

Jesus Cristo, atendei-nos.


Pai celeste que sois Deus, tende piedade de nós.

Filho, Redentor do mundo, que sois Deus, tende piedade de nós.

Espírito Santo, que sois Deus, tende piedade de nós.

Santíssima Trindade, que sois um só Deus. tende piedade de nós.


Santa Maria, rogai por nós.

Santa Mãe de Deus,

Santa Virgem das Virgens,

Mãe de Jesus Cristo,

Mãe da Igreja,*4

Mãe de misericórdia,*5

Mãe da divina graça,

Mãe da esperança,*

Mãe puríssima,

Mãe castíssima,

Mãe imaculada,

Mãe intacta,

Mãe amável,

Mãe admirável,

Mãe do bom conselho,

Mãe do Criador,

Mãe do Salvador,

Virgem prudentíssima,

Virgem venerável,

Virgem louvável,

Virgem poderosa,

Virgem clemente,

Virgem fiel,

Espelho de justiça,

Sede de sabedoria,

Causa da nossa alegria,

Vaso espiritual,

Vaso honorífico,

Vaso insigne de devoção,

Rosa mística,

Torre de Davi,

Torre de marfim,

Casa de ouro,

Arca da aliança,

Porta do céu,

Estrela da manhã,

Saúde dos enfermos,

Refúgio dos pecadores,

Conforto dos migrantes,*

Consoladora dos aflitos,

Auxílio dos cristãos,

Rainha dos anjos,

Rainha dos patriarcas,

Rainha dos profetas,

Rainha dos apóstolos,

Rainha dos mártires,

Rainha dos confessores,

Rainha das virgens,

Rainha de todos os santos,

Rainha concebida sem pecado original,

Rainha elevada ao céu,

Rainha do sacratíssimo rosário,

Rainha da família,*6

Rainha da paz,


Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, perdoai-nos Senhor.

Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, ouvi-nos Senhor.

Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, tende piedade de nós.


V. Rogai por nós, Santa Mãe de Deus.

R. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.


Oremos: Senhor Deus, nós Vos suplicamos que concedais aos vossos servos perpétua saúde de alma e de corpo; e que, pela gloriosa intercessão da Bem-aventurada sempre Virgem Maria, sejamos livres da presente tristeza e gozemos da eterna alegria. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.


___________________________

1.  Manual dos Congregados Marianos, Edição Oficial, V Parte, pp. 225-226. Editora Vozes – Petrópolis/RJ. 1938.

2.  Com Aprovação Eclesiástica.

3.  Com indulgência parcial são enriquecidas as ladainhas aprovadas pela Autoridade competente. Sobressaem-se entre elas as seguintes: do Santíssimo Nome de Jesus, do Sagrado Coração de Jesus, do Preciosíssimo Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo, da Santíssima Virgem Maria, de São José e de Todos os Santos (Manual das Indulgências – Normas e Concessões, n. 29, p. 54. 2ª Edição, Editora Paulos, São Paulo/SP, 1990).


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