Blog Católico, para os Católicos

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"Uma vez que, como todos os fiéis, são encarregados por Deus do apostolado em virtude do Batismo e da Confirmação, os leigos têm a OBRIGAÇÃO e o DIREITO, individualmente ou agrupados em associações, de trabalhar para que a mensagem divina da salvação seja conhecida e recebida por todos os homens e por toda a terra; esta obrigação é ainda mais presente se levarmos em conta que é somente através deles que os homens podem ouvir o Evangelho e conhecer a Cristo. Nas comunidades eclesiais, a ação deles é tão necessária que, sem ela, o apostolado dos pastores não pode, o mais das vezes, obter seu pleno efeito" (S.S. o Papa Pio XII, Discurso de 20 de fevereiro de 1946: citado por João Paulo II, CL 9; cfr. Catecismo da Igreja Católica, n. 900).

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

QUEM GANHA AS ELEIÇÕES?







Dom Fernando Arêas Rifan*

Muitos consideram as eleições como expressão da verdadeira vontade popular, manifestada pela maioria. Chegam mesmo a dizer: “vox populi, vox Dei”, “a voz do povo é a voz de Deus”. Mas será mesmo assim? Será que realmente ganham os melhores os mais preparados para o cargo? Ganha a eleição quem tem mais sabedoria, prudência, competência, honestidade, ou ganha quem grita mais, quem foi melhor apresentado pelos marqueteiros e formadores de opinião, criadores de sonhos no imaginário popular?! Sem considerar muitos outros fatores, devemos dizer que nem sempre ganha quem merece.

É a grande discussão sociológica e filosófica sobre a verdadeira representatividade? Já foi dito com propriedade: “sufrágio universal, mentira universal!”. Sim, porque muitas vezes o povo vota influenciado pela propaganda, pelos formadores de opinião, sem muita reflexão e conhecimento pleno do que significa o seu voto.

Jesus foi condenado à morte, a pedido da maioria da população. Na eleição proposta pelo governador romano, Pôncio Pilatos, entre Barrabás e Jesus, este último foi fragorosamente derrotado, porque o povo sufragou Barrabás, revolucionário e homicida, condenando o inocente à morte.

Mas, por que Jesus perdeu essa eleição? A morte de Jesus foi realmente o desejo da maioria do povo? Jesus, tão querido por todos, cercado pelas multidões, aclamado pela população ao entrar em Jerusalém, foi condenado por esse mesmo povo, cinco dias depois?! Ou será que esse povo foi manobrado por uma minoria ruim, mas muito hábil? O Evangelho diz que os chefes, os manipuladores de opinião, influenciaram o povo a que pedisse Barrabás e condenasse Jesus. Ele mesmo, ao morrer na cruz, pediu por eles perdão ao Pai, dizendo que eles não sabiam o que faziam. Já não eram mais povo; tinham se tornado massa. O povo pensa. A massa é que é manobrada. Nem sempre podemos dizer que a eleição seja expressão da vontade do povo. Talvez seja só da massa.

Quando aconteceu a Ressurreição de Jesus, fato incontestável, diz o Evangelho de São Mateus (28, 11-15), que os sumos sacerdotes judeus, com os anciãos, “deliberaram dar bastante dinheiro aos soldados; e instruíram-nos: ‘Contai o seguinte: ‘Durante a noite vieram os discípulos dele e o roubaram, enquanto estávamos dormindo’. E se isso chegar aos ouvidos do governador, nós o tranquilizaremos, para que não vos castigue”. Eles aceitaram o dinheiro e fizeram como lhes fora instruído. E essa versão ficou divulgada entre os judeus, até o presente dia”. Vê-se que o suborno e a mentira são de longa data. Por analogia, quando da proposta da escolha entre Jesus e Barrabás, ao lerem os intérpretes a passagem “os sumos sacerdotes e os anciãos, porém, instigaram as multidões para que pedissem Barrabás e fizessem Jesus morrer” (Mt 27, 20), concluem que os inimigos de Jesus distribuíram dinheiro ao povo para que escolhessem Barrabás. A compra de votos também é de longa data.

 
*Bispo da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney


terça-feira, 21 de outubro de 2014

Bispos de Campos advertem sobre “agrupação religiosa que visa um projeto de poder”



Por Aluysio, em 20-10-2014 - 18h57 
 
 
Os dois bispos da Igreja Católica Romana em Campos, Dom Roberto Francisco Ferreria Paz e Dom Fernando Arêas Rifan, emitiram um comunicado orientando seus fieis a refletirem sobre seus votos na próximo domingo, no segundo turno das eleições a presidente da República e a governador do Rio. Em relação à esta última, tudo indica que os católicos assumiram seu posicionamento contrário à candidatura do senador Marcello Crivella (PRB), sobrinho do bispo Edir Macedo, fundador da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd) e proprietário da TV Record:

— Um dos candidatos que concorre ao governo do Estado, pela sua vinculação a uma agrupação religiosa que visa um projeto de poder, que se comporta de forma intolerante com as religiões e aparelha as Instituições Públicas, constitui um sério risco.

Confira abaixo a nota em sua íntegra:

Bispos advertem


18 comentários paraBispos de Campos advertem sobre “agrupação religiosa que visa um projeto de poder”

  • David
    Corretíssima essa orientação dada por nossos bispos, pois demonstra o respeito a religiosidade de cada um e o perigo que corremos com a intolerância religiosa implantada por algumas religiões tanto aqui no Brasil quanto no mundo, como vemos nos noticiários.

    Temos que ter cuidado para não vermos nosso Rio de Janeiro ou ate mesmo o Brasil, virarem um palco de guerra religiosa como o provocado pelo estado islâmico.

    Sabemos que certas pessoas fazem de tudo para terem o famigerado PODER. Se acham deuses e sem escrúpulos nenhum, manipulam as pessoas que buscam por uma verdadeira religião que as levem ao Nosso Senhor Deus!

  • Ana Moura
    Não acredito no que li. Sou católica e não acredito que a a igreja esteja se submetendo a esse jogo. Estou fora! Prefiro não votar!

  • Adilson
    Por quê a igreja católica também não lançou um candidato? Os bispos poderiam ser objetivos e dizer aos fiéis quais são estes tais riscos. Simplesmente pedir para não votar no Crivella não acho justo.

  • Existe sim um preconceito religioso….o fato de o Marcello Crivella professar sua fé na igreja Universal nao significa que a mesma é quem ira governar o estado….quando senador a momento algum o Marcelo Crivella deixou a igreja interferir em seu mandato, pelo contrário, nunca misturou política com religião. …esta havendo por parte das outras denominações um preconceito com a igreja universal.

  • edson faes de araujo
    E com grande alegria que vejo a milenar igreja CATÓLICA APÓSTOLICA ROM ANA dar orientação aos fies a respeito de pleitos eleitorais, vemos com preocupação o avanço de fundamentalismos , não podemos concordar com este retrocesso na humanidade, queremos sim mais comprometimento da igreja católica no processo eleitoral.PARABENISO aos BISPOS DON ROBERTO E DON FIFA pela oportuna orientação.

  • edson faes de araujo
    Corrijo:BISPOS DON ROBERTO E DON RIFAN

  • Fabricia
    Indução dos bispos?

  • JOSE GERALDO
    Cara Ana, acho prudente esclarecer à população sobre os riscos de aparelhar as IGRJAS com o Poder de Estado. Veja o exemplo da própria Igreja Católica na idade média, quando montou um aparelho de força de Estado, chamada SANTA INQUISIÇÃO. Ficou única dona da verdade. Nosso Estado Brasileiro é laico, o que significa dizer, não religioso.

  • Edi pessanha
    Estamos reféns de políticos corruptos!! A igreja não podé interferir no posicionamento dos fieis, pode sim orientar. Não podemos compactuar e nem misturar as coisas não será o fim se um governador for o Crivela, ném táo pouco haverá elevação de denominação religiosa ou seita. A constituição não permite. O que não podemos permitir é continuar como estar, em um dia milhões vão para a rua e gritam fora cabral e agora devemos votar no mesmo candidato do cabral Ah francamente. Sou católico vou de Crivela ficha limpa, não posso compactuar (trecho excluído pela moderação) e espero que as pessoas de bem também não. Espero que o Crivela não me décepcione, ele não pode ser julgado por é de uma denominação religiosa. Lá tbm existem pessoas boas pessoas do bem.

  • Mariana Mello
    Sou católica e tbm não concordo com o posicionamento da igreja em relação a insinuação dos candidatos. Pra que aqueles protestos no RJ? Pra agora votar no candidato do Cabral? Até ontem na missa o Pároco deixou bem claro que a igreja não se pronunciaria em relação a votação, mas pediu para estudarmos bem os candidatos. Votar no corrupto ou num membro da igreja? Prefiro num membro da igreja, independente de qual for, a consciência é dele caso ganhe. Que Deus noa abençoe.

  • Afonso
    Tem gente se infiltrando neste comentário com pele de cordeiro, por suas declarações trata-se de uma loba, a igreja não tá nem aí para suas apreciações, se és católica procure se confessar se retratando diante de Deus. ele te perdoará com certeza.

  • geraldo raphael
    Da mesma forma que achei um absurdo, uns Padres da Canção Nova pedirem na Missa, para não votarem na candidata do PT, na condição de Católico Praticante, venho expressar meu repúdio a ambos posicionamentos. Hoje inclusive, tal como no dia 12 de outubro, dia de Nossa Senhora de Aparecida, o candidato tucano fez seu programa político dentro da Igreja Católica, pasmem! sendo que em Aparecida do Norte, a Igreja estava cheio de fies. Por qual motivo o Bispo (e Senador)Marcelo Crivella não pode declarar seu credo ? Mesmo não concordando em nada com algumas práticas da Seita do Bispo Macedo,penso que uma Igreja não deve se meter neste jogo político; Em tempo, dia desses assisti a um vídeo onde o candidato Pezão recebe o apoio do “pastor” malafaia em sua seita também. por fim, segue o dito popular,” pau que bate em chico, bate em francisco. “

  • João
    Penso como padre Marcelo Rossi, nunca vote em um religioso. A Igreja Católica está certíssima, um sujeito que esconde que é “bispo” da universal que desrespeita outras religiões, que pede voto para seus candidatos e cujo fundador ensina como roubar dinheiro de fiel e ele fazer parte desse clero é no mínimo conivente.

    Dizer que não haverá elevação de denominação pela constituição não permitir e no mínimo inocência o templo de Salomão foi construído em área para casa populares e como obra de reforma para burlar o fisco,deu em alguma coisa? Não, e estava a Dilma e governadores lá!

    Ficha limpa ele não é, já respondeu processo por envio de dinheiro para paraísos fiscais!!

    Quanto a você Mariana, não votar no Crivella não requer necessariamente que se vote em Pezão. Anule seu voto!

  • Roberto Vinagre Cardoso
    Religião não se mistura com política lembram da inquisição . Não podemos aceitar essa ameaça seja qual for a religião. Não podem ter esse poder de estado, nos vivemos em uma nação cuja constituição ja diz “laico” jamais poderemos dar esse poder novamente. Temos que respeitar todas.

  • Fernando
    Os bispos tem ensinar a Palavra de Deus e não ficar emitindo nota, para dizer em quem os seus fieis votar.

  • Fernando
    Quero deixar bem claro, que eu não sou eleitor do Crivela.

  • Ana
    Houve um período em que a sociedade medieval: bárbara, desregrada e cruel foi combatida pela Cristandade, movimento cristão que visava regrar a sociedade e estabelecer as regras sociais e de convívio utilizando a palavra de Deus como início da organização social pelo princípio do amor ao próximo. Mais tarde a religião desassociou-se do Estado. A partir do século XI, essa cristandade foi representada pelo Sacro Império Romano-Germânico e, no século XVI, pelos reinos da Espanha e Portugal. A partir de então, ocorreu de forma bem nítida uma separação entre a religião cristã oficial e o cristianismo popular.

    Vivemos uma era de retrocesso em que alguns grupos religiosos, não católicos acreditam na condução social pela religião. Bem contraditório ao pensamento do homem livre e conhecedor ou ainda em busca de sua liberdade de pensamento. O Estado deve conduzir a partir de pensamentos humanos, realistas. A fé humana é o dom de atravessar os tempos a procura de novos conhecimentos, reconhecer nesta condição o milagre da vida. Ele deve acreditar em si como criatura de Deus e agradecer a Deus o poder de conduzir a sua vida e não entregá-la ao poder do Estado como um ser que não é capaz de responder por si e conduzir sua vida, já este o homem inferior.

    Então votemos sempre pela liberdade e nunca percamos a fé em nosso poder de responder pela nossa própria vida. A religião é a crença na espiritualidade, no mistério da existência.Sem radicalismo, livre. Estado é o condutor ou impositor legalista.

  • James
    Não acredito no comentário da Senhora Ana Moura, na minha opinião, ela não é católica, mas se for, quer ficar bem com a sua consciência votando nulo, provavelmente deve ter votado em algum candidato que não foi ao segundo turno e deve ter conflitado o que leu com os seus princípios. Não concordo, mas respeito todos os posicionamentos. Mesmo assim, bom voto e viva a democracia, que infelizmente, obriga ainda o brasileiro votar.


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