Blog Católico, para os Católicos

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"Uma vez que, como todos os fiéis, são encarregados por Deus do apostolado em virtude do Batismo e da Confirmação, os leigos têm a OBRIGAÇÃO e o DIREITO, individualmente ou agrupados em associações, de trabalhar para que a mensagem divina da salvação seja conhecida e recebida por todos os homens e por toda a terra; esta obrigação é ainda mais presente se levarmos em conta que é somente através deles que os homens podem ouvir o Evangelho e conhecer a Cristo. Nas comunidades eclesiais, a ação deles é tão necessária que, sem ela, o apostolado dos pastores não pode, o mais das vezes, obter seu pleno efeito" (S.S. o Papa Pio XII, Discurso de 20 de fevereiro de 1946: citado por João Paulo II, CL 9; cfr. Catecismo da Igreja Católica, n. 900).

domingo, 15 de agosto de 2021

SODOMIA – PEDERASTIA – HOMOSSEXUALISMO - O PECADO CONTRA A NATUREZA É O COMPÊNDIO UNIVERSAL DE TODAS AS IMPUREZAS. 4ª PARTE.


4ª Parte


O Homossexualismo na Visão dos Santos da Igreja Católica


Os Padres, Santos e Doutores da Igreja sempre condenaram a homossexualidade nas suas obras. Segue o que vários Santos de nossa Igreja, pensam contra esse ato de pecado e ofensa a Deus:


São Justino, Mártir (100-165)


São Justino, mártir e apologista cristão, nasceu em Flavia Neapolis e converteu-se ao cristianismo por volta do ano 130. Ensinou e defendeu a religião cristã na Ásia Menor e em Roma, onde sofreu o martírio.

Na sua Primeira Apologia, dirigida ao imperador Tito, São Justino explica os mistérios cristãos e da racionalidade da doutrina católica. Ele também aponta o absurdo paganismo e a imoralidade dos gregos e romanos:

Porque vemos que quase todos que são expostos (não só as mulheres, mas também os homens) são trazidos para a prostituição. E como os antigos dizem ter criado rebanhos de cavalos bois ou cabras ou ovelhas, ou de pasto, agora nós vemo-los criar filhos apenas para essa vergonhosa utilização e para esse tipo de poluição. Uma multidão de fêmeas e hermafroditas, e aqueles que cometem iniquidades abomináveis são encontrados em todas as nações. E quem recebe aluguel destes, os direitos e impostos a partir deles, deve ser eliminado do seu reino.

E alguém que use essas pessoas, além dos ateus que mantêm relações infames e impuros, pode eventualmente ter relações sexuais com seu próprio filho, ou parente, ou irmão. E há alguns que até mesmo prostituem os seus próprios filhos e esposas, e alguns são abertamente mutilados com a finalidade de sodomia”.


Santo Irineu de Lião (130-202)


Santo Irineu nasceu em Esmirna, na Ásia Menor, onde ele conheceu o bispo São Policarpo, discípulo do Apóstolo São João. Saindo da Ásia Menor para Roma, Santo Irineu juntou-se à Escola de S. Justino Mártir antes de se tornar Bispo de Lyon no sul da Gália. Os escritos mais conhecidos de Santo Irineu são “Contra as Heresias” e “Prova da Pregação Apostólica”, em que ele refutou gnosticismo.

Santo Irineu reitera a condenação do homossexualismo pela Igreja: “Além dessa blasfêmia contra Deus, ele [Marcion], falando com a boca do diabo, disse em direta oposição com a Verdade, que ele e aqueles que são como ele, os sodomitas, os egípcios, todas as nações que praticaram todos os tipos de abominação, foram salvos pelo Senhor.”


Atenágoras de Atenas (2 º século)


Atenágoras de Atenas foi um filósofo que se converteu ao cristianismo no segundo século. Atenágoras escreveu o seu fundamento para os cristãos ao imperador Marco Aurélio em torno de 177. Ele defendeu os cristãos, a quem os pagãos tinham acusado de imoralidade. Em seguida, ele mostra que os pagãos, que eram totalmente imorais, nem sequer se abstém dos pecados contra a natureza.

Para aqueles que criaram um mercado para fornicação e estabeleceram recursos para a infâmia e todo o tipo de vil prazer, que não se conseguem abster até mesmo de homens, homens com homens cometendo abominações chocantes, insultando todos os mais nobres princípios e insultando de modo desonroso toda a obra justa de Deus.”


Tertuliano (160-225)1


Todos os outros delírios das paixões – ímpios tanto em relação aos corpos quanto em relação aos sexos – distantes das leis da natureza, nós os expelimos não só da soleira da porta, mas de qualquer abrigo da Igreja, porque não são apenas pecados, são monstruosidades”.


Eusébio de Cesaréia (260-341)2


[Deus, na lei que deu a Moisés, proibiu] todo casamento fora da lei e todo costume indecente, e a união de mulher com mulher e de homem com homem”.


São Jerônimo (340-420)


São Jerônimo é Padre e Doutor da Igreja. Ele também foi um exegeta notável e grande polemista. No seu livro “Contra Jovinianus”, ele explica como um sodomita necessita de arrependimento e penitência para ser salvos: “E Sodoma e Gomorra poderiam ter apaziguado a ira de Deus, se estivessem dispostas a se arrependerem, com a ajuda de jejum para ganhar as lágrimas do seu arrependimento.”


São João Crisóstomo (347-407)


São João Crisóstomo é considerado o maior dos Padres gregos e foi proclamado Doutor da Igreja. A ele foi-lhe dado o título de “Crisóstomo” (“boca de ouro”), por causa d sua grande capacidade oratória e sermões. Ele foi arcebispo e Patriarca de Constantinopla, e a sua revisão do grego na liturgia é usado até hoje. Nos seus sermões sobre São Paulo na Epístola aos Romanos, ele mora na extrema gravidade do pecado do homossexualismo:

Mas se tu aprendeste e ouviste falar do Inferno e acreditas que não é fogo, lembra-te de Sodoma. Pois vimos, e com certeza continuamos a ver até mesmo na vida presente, uma aparência do Inferno. Quando muitos negam totalmente as coisas que virão depois desta vida, negam ouvir falar do fogo inextinguível, Deus traz à mente as coisas presentes. Por isso foi calcinada Sodoma. Pensa em como é grande o pecado, para ter forçado o Inferno a aparecer mesmo antes do seu tempo! Onde a chuva era incomum, porque a relação sexual era contrária à natureza, ela inundou a terra, tal como a luxúria havia feito com as suas almas. Por isso também a chuva era o oposto da chuva habitual. Agora não só ela não mexe no ventre da terra para a produção de frutos, mas tornou ainda inútil para a recepção das sementes. Foi também assim a relação dos homens entre homens, fazendo um corpo desta espécie mais inútil do que a própria terra de Sodoma. Há algo mais detestável e mais execrável do que um homem que se prostitui?


Santo Agostinho (354-430)


O maior dos Padres do Ocidente e um dos grandes Doutores da Igreja, estabeleceu as bases da teologia católica. Nas suas “Confissões”, assim ele condena, com a Igreja, a prática da homossexualidade.

Existirá tempo ou lugar em que seja injusto amar a Deus de todo o coração, de toda a alma e de todo o entendimento, e ao próximo como a si mesmo?3 Por isso, os crimes contra a natureza, como os de Sodoma,4 devem ser sempre e em toda parte condenados e punidos. Mesmo que todos os homens os cometessem, todos estariam incluídos na mesma condenação, em virtude da Lei Divina, que não criou os homens para que fizessem tal uso de si mesmos. É de fato, uma violação do vínculo que deve subsistir entre Deus e nós, o profanar, pelas paixões depravadas, a própria natureza de que Ele é o Autor. Os atos imorais, contrários aos costumes humanos, devem ser evitados por causa desses mesmos costumes, variáveis conforme os tempos, a fim de que não seja violado pelo capricho de quem quer que seja, cidadão ou estrangeiro, o pacto estabelecido pelo costume ou pela lei de uma cidade ou nação.

quando o próprio Deus dá alguma ordem contra os costumes ou contra as convenções de determinado lugar, é preciso praticá-la, ainda mesmo que tal preceito jamais aí tenha sido observado, é preciso restabelecê-lo, no caso de ter sido suspenso, e instituí-lo, se ainda não o foi… se deve obedecer, sem hesitar, às ordens de Deus, Rei de toda a criação.

Tal como na sociedade humana, em que a autoridade maior precede à menor quanto à obediência devida, assim Deus deve ser obedecido por todos…

Mas que ações pecaminosas podem atingir-Te, ó Deus, se És incorruptível? Que delitos Te ofendem se é impossível fazer-Te mal? Castigas as culpas que os homens cometem contra si mesmos, porque, mesmo quando pecam contra Ti, fazem mal à sua própria alma, e a sua iniquidade se engana a si mesma,5 destruindo e pervertendo a própria natureza que criaste e ordenaste, quer servindo-se imoderadamente das coisas lícitas, quer desejando ardentemente as ilícitas, mediante o uso contrário à natureza.6 São culpáveis no seu íntimo, imprecando contra Ti e recalcitrando contra o aguilhão,7 ou quando, rompendo as barreiras da sociedade humana, se alegram audaciosamente com a formação de conciliábulos ou com a criação de hostilidades, ao sabor de simpatias ou ressentimentos.

Tudo isso acontece quando És abandonado, ó Fonte da Vida, Único e Verdadeiro Criador e Moderador do Universo. Por orgulho individual ama-se uma parte de Ti, falsamente tomada pelo todo...”.8


São Gregório Magno (540-604)


Papa São Gregório I é chamado de “o Grande”. Ele é Padre e Doutor da Igreja. Introduziu o canto gregoriano na Igreja.

A Sagrada Escritura confirma que o enxofre evoca o cheiro da carne, assim como fala da chuva de fogo e enxofre sobre Sodoma derramado pelo Senhor. Ele tinha decidido punir Sodoma por causa dos crimes da carne, e com o tipo de punição Ele enfatizou a vergonha do crime, pois quis que fedesse a enxofre, fogo e carne queimada. Foi exatamente por isso que os sodomitas, queimando com desejos perversos decorrentes da carne como fedor, devem perecer pelo fogo e enxofre para que através deste justo castigo percebam o mal que tinham cometido, comandados por um perverso desejo.”


São Bernardino de Sena (1380-1444)


São Bernardino de Siena era um pregador famoso, conhecido pela sua doutrina e santidade.


Quanto à homossexualidade, afirma:


Nenhum pecado no mundo amarra a alma como a maldita sodomia, o pecado que sempre foi detestado por todos aqueles que vivem segundo Deus. Uma paixão desordenada, próxima da loucura, que perturba o vice intelecto, destrói elevação e generosidade da alma, faz do preguiçoso uma pessoa irascível, teimoso e obstinado, servil e macio e incapaz de qualquer coisa. Além disso, agitada por um desejo insaciável por prazer, a pessoa sodomita não segue a razão, mas o instinto. Eles tornam-se cegos e, quando os seus pensamentos deve subir para coisas altas e grandes, eles são frívolos e reduzidos para as coisas vis, inúteis e podres, que nunca poderia fazê-los felizes. Assim como as pessoas participam da glória de Deus em diferentes graus, de igual modo também no Inferno alguns sofrem mais que outros. Quem vive com esse vício de sodomia sofre mais do que outra, porque este é maior pecado.”


São Pedro Canísio (1521-1597)


São Pedro Canísio, jesuíta e doutor da Igreja, é responsável por ajudar um terço da Alemanha a abandonar o Luteranismo e retornar para a Igreja Católica.

Como diz a Sagrada Escritura, os sodomitas sempre foram extremamente perversos e pecaminosos. São Pedro e São Paulo condenaram sempre o pecado nefando e depravado. Na verdade, a Escritura denuncia essa indecência enorme (…) Aqueles que deviam ter vergonha de violar a lei divina e a lei natural são escravos da mais perversa depravação.”

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Fonte: http://www.paraclitus.com.br

http://reporterdecristo.com/o-homossexualismo-na-visao-dos-santos-da-igreja-catolica


A imprensa nacional e internacional tem noticiado tristes escândalos morais dados por membros do clero, tanto no Brasil quanto no exterior. Dentre tais escândalos sobressai, por sua especial gravidade, o pecado da homossexualidade.

Ante tais fatos, é compreensível que o católico fique perplexo, mas ele não deve esmorecer na fé. Com efeito, a história eclesiástica prova que esses escândalos já se deram em outras épocas. E disto podemos tirar uma conclusão segura: a perenidade da promessa de Nosso Senhor de que protegerá a Santa Igreja - “as portas do inferno não prevalecerão” -, malgrado a conduta de seus próprios ministros, que deveriam ser “o sal da terra e a luz do mundo”.

Vejamos com que veemência um admirável Santo disseca a hediondez de um vício, especialmente se praticado por eclesiásticos. Vício este de tal modo difundido em nossos dias, que -- oh dor! -- sua prática até está sendo amparada por lei em alguns países. Mesmo nossa Pátria não está imune a essa ameaça, pois encontra-se em tramitação um nefando projeto de lei que visa legalizar a “união” homossexual.


São Pedro Damião


São Pedro Damião (+ 1072), Bispo e Doutor da Igreja, escreveu em 1051 seu Livro de Gomorra, que ofereceu ao Papa da época, São Leão IX. A obra era uma colaboração que prestava àquele Pontífice para ajudar a combater a incontinência e a simonia dos clérigos. O livro de São Pedro Damião foi louvado por aquele Papa santo.

Eis as contundentes palavras de São Pedro Damião:

"Este vício não é absolutamente comparável a nenhum outro, porque supera a todos em enormidade. Este vício produz, com efeito, a morte dos corpos e a destruição das almas. Polui a carne, extingue a luz da inteligência, expulsa o Espírito Santo do templo do coração do homem, nele introduzindo o diabo que é o instigador da luxúria, conduz ao erro, subtrai totalmente a verdade da alma enganada, prepara armadilhas para os que nele incorrem, obstrui o poço para que daí não saiam os que nele caem, abre-lhes o inferno, fecha-lhes a porta do Céu, torna herdeiro da infernal Babilônia aquele que era cidadão da celeste Jerusalém, transformando-o de estrela do céu em palha para o fogo eterno, arranca o membro da Igreja e o lança no voraz incêndio da geena ardente.

Tal vício busca destruir as muralhas da pátria celeste e tornar redivivos os muros da Sodoma calcinada. Ele, com efeito, viola a temperança, mata a pureza, jugula a castidade, trucida a virgindade, que é irrecuperável, com a espada da mais infame união. Tudo infecta, tudo macula, tudo polui, e tanto quanto está em si, nada deixa puro, nada alheio à imundície, nada limpo. Para os puros, como diz o Apóstolo, todas as coisas são puras; para os impuros e infiéis, nada é puro, mas estão contaminados o seu espírito e a sua consciência (Tit. I, 15).

Esse vício expulsa do coro da assembleia eclesiástica e obriga a unir-se com os energúmenos e com os que trabalham com o diabo, separa a alma de Deus para ligá-la aos demônios. Essa pestilentíssima rainha dos sodomitas torna os que obedecem as leis de sua torpe tirania aos homens e odiáveis a Deus, impõe nefanda guerra contra Deus e obriga a alistar-se na milícia do espírito perverso, separa do consórcio dos Anjos e, privando-a de sua nobreza, impinge à alma infeliz o jugo do seu próprio domínio. Despoja seus sequazes das armas das virtudes e os expõe, para que sejam transpassados, aos dardos de todos os vícios. Humilha na Igreja, condena no fórum, conspurca secretamente, desonra em público, rói a consciência como um verme, queima a carne como o fogo.

Arde a mísera carne com o furor da luxúria, treme a fria inteligência com o rancor da suspeita, e no peito do homem infeliz agita-se um caos como que infernal, sendo ele atormentado por tantos aguilhões da consciência quanto é torturado pelos suplícios das penas. Sim, tão logo a venenosíssima serpente tiver cravado os dentes na alma infeliz, imediatamente fica ela privada de sentidos, desprovida de memória, embota-se o gume de sua inteligência, esquece-se de Deus e até mesmo de si.

Com efeito, essa peste destrói os fundamentos da fé, desfibra as forças da esperança, dissipa os vínculos da caridade, aniquila a justiça, solapa a fortaleza, elimina a esperança, embota o gume da prudência.

E que mais direi, uma vez que ela expulsa do templo do coração humano toda a força das virtudes e aí introduz, como que arrancando as trancas das portas, toda a barbárie dos vícios?

Com efeito, aquele a quem essa atrocíssima besta tenha engolido, entre suas fauces cruentas, impede-lhe, com o peso de suas correntes, a prática de todas as boas obras, precipitando-a em todos os despenhadeiros de sua péssima maldade. Assim, tão logo alguém tenha caído nesse abismo de extrema perdição, torna-se um desterrado da pátria celeste, separa-se do Corpo de Cristo, é confundido pela autoridade de toda a Igreja, condenado pelo juízo de todos os Santos Padres, desprezado entre os homens na terra, reprovado pela sociedade dos cidadãos do Céu, cria para si uma terra de ferro e um céu de bronze, de um lado, não consegue levantar-se, agravado que está pelo peso do seu crime; de outro, não consegue mais ocultar seu mal no esconderijo da ignorância, não pode ser feliz enquanto vive, nem ter esperança quando morre, porque, agora, é obrigado a sofrer o opróbrio da derrisão dos homens e, depois, o tormento da condenação eterna" (Liber Gomorrhianus, c. XVI, in Migne, Patristica Latina 175-177).

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http://www.catolicismo.com.br/materia/materia.cfm?idmat=D2EE3F53-3048-560B-1C513D95099D4B7D&mes=Fevereiro1997


São Boaventura ensina uma verdade aterradora


No Sermão XXI, “In Nativitate Domini”, pronunciado na igreja de Santa Maria de Porciúncula, na Itália, o Doutor Seráfico, ilustrando alguns fatos miraculosos ocorridos no momento do Santo Natal, afirma: “Todos os sodomitas, homens e mulheres, morreram sobre a face da terra, como recordou São Jerônimo comentando o Salmo: ‘Nasceu uma luz para o justo’, para evidenciar que quem estava nascendo vinha restaurar a natureza e promover a castidade”.9


Santo Tomás de Aquino (1224-1274)


O Doutor Angélico coloca a homossexualidade na mesma faixa de pecados torpíssimos como o de canibalismo (Suma Teológica, II-II, q. 142, a. 4). E ensina que, “como no vício contra a natureza o homem viola as leis naturais, .... dito pecado é gravíssimo”. E faz sua a doutrina de Santo Agostinho acima reproduzida (Suma Teológica, II-II, q. 154, a. 12).

Todos os pecados da carne merecem condenação, pois através deles o homem se deixa dominar pelo que tem da natureza animal. Muito mais merecem condenação os pecados contra a natureza, pelos quais o homem degrada sua própria natureza animal”.10


Deus Pai revela a Santa Catarina de Sena

o horror da Sodomia


Santa Catarina, uma grande mística e Doutora da Igreja viveu em tempos difíceis. O Papado estava no exílio em Avignon, na França. Ela foi fundamental para trazer de volta os Papas para Roma. Os seus “Diálogos com Deus” são escritos famosos. Vejamos alguns textos sobre a Sodomia:

Os pecadores haviam recebido a graça no Santo Batismo; deles Eu fizera árvore de amor. Transformaram-se em árvores de morte, pois estão mortos, como disse antes. Sabes onde nascem suas raízes? No solo do orgulho. Sua seiva é o egoísmo; a sua medula, a impaciência; o seu rebento, a falta de discernimento. São esses os 4 vícios principais do homem que se tornou árvore de morte com a perda da graça. No seu íntimo vive o verme do remorso, mas é pouco sentida a sua presença devido à cegueira do egoísmo.

Como o alimento desta árvore brota do orgulho, a pobre alma vive cheia de ingratidão, que dá origem a todos os males. Se o pecador tivesse gratidão pelos benefícios recebidos, conhecer-Me-ia, conheceria a si mesmo em Mim, amar-Me-ia. Mas ele é um cego que vai tateando pelo rio do pecado, inconsciente de que as águas não o esperam.

Os frutos mortais desta árvore são tão numerosos quanto os tipos de pecado (nos deteremos somente sobre a Sodomia).

Uns são alimentos de animais para os que vivem na imundície, revolvendo o corpo e o espírito na lama da carne, à semelhança do porco no chiqueiro. Ó homem embrutecido! Onde deixastes a tua dignidade? Eras irmão dos Anjos e agora não passas de um feio animal!… Tais pessoas vivem em tal baixeza, que não somente Eu, Suma Pureza, apenas consigo tolerá-los; até os Demônios, dos quais se fizeram amigos e escravos, não aguentam diante de pecados tão imundos. Nenhum pecado é abominável como este, nem há outro que tanto escureça a inteligência humana. Os filósofos (pagãos), que não possuíam a luz da fé, compreenderam isso através da natureza; para melhor estudar, guardavam a continência. Também afastavam de si as riquezas, a fim de que sua preocupação não lhes envolvesse o coração…

Esses infelizes, não somente não refreiam tal tendência, mas fazem algo de muito pior e caem no vício contra a natureza. São cegos e estúpidos, cuja inteligência obnubilada não percebe a baixeza em que vivem. Desagrada-Me este último pecado, pois, Sou a Pureza Eterna. Ele Me é tão abominável, que somente por sua causa fiz desaparecer cinco cidades.11 Minha justiça não mais consegue suportá-lo. Esse pecado, aliás, não desagrada somente a Mim. É insuportável aos próprios Demônios, que são tidos como patrões por aqueles infelizes… Os Demônios não toleram esse pecado. Não porque desejam a virtude; por sua origem angélica, recusam-se a ver tão hediondo vício. Eles atiram as flechas envenenadas de concupiscência, mas voltam-se no momento em que o pecado é cometido.

Lembras-te ainda? Foi antes da grande mortandade (na peste de 1374, onde a cidade de Sena perdeu 1/3 da sua população), que Eu te fiz ver, quanto esse vício Me desagrada e como a sociedade está corrompida por sua causa. Naquela ocasião Eu te arrebatei no desejo santo e te mostrei como ela se encontrava. Viste tal vício presente em quase todas as classes sociais; viste igualmente como os Demônios se afastavam na maneira explicada. Grandes foram a dor e a náusea que sentiste. Julgavas ter chegado o momento de morrer, nem achavas um lugar onde te colocar com Meus servidores (filhos espirituais de Santa Catarina), de modo que a lepra não os contaminasse. Não havia (classe social), cujos corpos não estivessem manchados por essa maldição.

A visão foi geral. Não te mostrei – nem mostro agora – casos pessoais. Havia algumas pessoas que a visão não incluía, pois, mesmo entre maus, conservo os que Me pertencem. Por sua santidade retenho mesmo a Minha justiça, não ordenando às pedras que se atirem contra os pecadores, à terra que os devore, aos animais que os estraçalhem, enfim, aos Demônios que levem seus corpos e almas. Procuro maneiras e meios de curá-los. A fim de que se corrijam, coloco entre eles os Meus servidores, homens puros, que orem por eles. Farei com que estes servidores percebam a maldade dos vícios e se esforcem por salvar os pecadores. Cheios de compaixão, farão a oferta dos maus e implorarão por eles; entristecer-se-ão por causa das ofensas. Foi justamente o que fiz contigo, levando-te a sentir um pouco daquela podridão. Na ocasião, teu mal-estar foi insuportável e disseste:

Ó Pai Eterno, tem piedade de mim e da humanidade! Deixa-me morrer. Não aguento mais. Ou então, dá-me um pouco de alívio e mostra-me um lugar onde possa repousar com teus servidores, sem que esta lepra nos prejudique e manche a pureza de nossas almas, de nossos corpos’.

Então, voltei-Me para ti com olhar de piedade; naquele momento Eu te disse, e torno a dizer:

Minha filha, que vosso repouso consista em Me louvar e glorificar, em oferecer-Me uma oração contínua por esses infelizes. Estão numa grande infelicidade, pelos seus pecados merecem Minha condenação. Que vosso lugar de repouso seja Cristo crucificado. Escondei-vos na Caverna de Seu Peito. Pela caridade, fruireis naquele Corpo de Homem a própria Divindade. Naquele Coração achareis o amor por Mim e pelos homens. Foi para Me glorificar que Ele realizou a obediência por Mim imposta; foi para vos salvar que Ele correu ao encontro da morte na Cruz. Quando tomardes consciência e experimentardes Sua caridade, vivereis Sua Mensagem, alimentar-vos-ei com as dores da Cruz e suportareis o próximo com paciência, bem como as penas, tormentos, fadigas – venham de onde vierem. Eis o modo de fugirdes daquela lepra’.

Essa foi a orientação que Te dei e dou; a ti e aos demais. Naquela ocasião, o mau cheiro do vício não foi afastado de tua alma com tais palavras, nem a escuridão de tua inteligência. Providenciei então para que entrasses em comunhão no Corpo e no Sangue do Meu Filho, todo-Deus e todo-homem, como se estivesses recebendo a Eucaristia. Como prova da veracidade da comunhão, desapareceu aquele mau cheiro e a luz do Sacramento dissipou as trevas. Por vontade Minha, por muitos dias ficou na tua boca, de modo admirável, o odor do Sangue.

Filha querida, compreende quanto o pecado contra a natureza Me desagrada em qualquer pessoa; mas, entenderás também que muito mais Me desgosta, quando é praticado por aqueles que escolhi para a vida de continência. Uns abandonaram o mundo e se fizeram religiosos; outros são diocesanos. Entre eles acham-se os Ministros. Jamais entenderás como tal vício, cometido por eles, ofende-Me muito mais do que quando feito pelos leigos em geral e pelos leigos consagrados”.12

Além dos Padres da Igreja, dos Santos e dos Exegetas, cujos ensinamentos gozam de autoridade e integram o Patrimônio Eclesiástico, há muitíssimos documentos emanados do Magistério infalível da Igreja condenando o homossexualismo. Dentre esses, destaquemos alguns:


São Pio V, Papa (1504-1572)


Aquele horrendo crime, por culpa do qual as cidades corrompidas e obscenas foram queimadas pela condenação divina, marca com intensíssima dor e golpeia fortemente nossa alma, levando-Nos a reprimir tal crime com o máximo zelo possível. Com​ toda a razão o 5º Concílio de Latrão (1512-1517) estabelece que todo membro do clero apanhado na prática do vício contra a natureza, pelo qual a cólera divina caiu sobre os filhos da iniquidade, seja despojado das ordens clericais ou obrigado a fazer penitência em um mosteiro (C. 4, X, V, 31). Para que o contágio de tão grande flagelo não se propague com maior audácia valendo-se da impunidade, que é o maior incentivo ao pecado, e a fim de castigar mais severamente os clérigos culpados desse nefando crime que não estejam aterrorizados, com a morte da alma, decidimos que eles sejam castigados pela autoridade secular, que faz cumprir a lei. Portanto, com o desejo de adotar com maior vigor o que decretamos desde o início do Nosso Pontificado (Bula Cum Primum), estabelecemos que todo sacerdote ou membro do clero, seja secular ou regular, de qualquer grau ou dignidade, que cometa esse horrível crime, por força da presente lei seja privado de todo privilégio clerical, ofício, dignidade e benefício eclesiástico; e que, uma vez degradado pelo juiz eclesiástico, seja entregue à autoridade civil para receber a mesma punição que a lei reserva aos leigos que se lançaram nesse abismo” (Constituição Horrendum illud scelus).

Tendo posto nossa atenção na remoção de tudo quanto possa de alguma maneira ofender a divina Majestade, resolvemos punir acima de tudo, e sem leniência, aquelas coisas que, com base na autoridade da Sagrada Escritura ou nos mais graves exemplos, são conhecidas por desagradar a Deus e provocar sua ira mais do que outras, isto é: negligência no culto divino, simonia ruinosa, o crime de blasfêmia e o vício libidinoso e execrável contra a natureza; por essas faltas, povos e nações são punidos por Deus com catástrofes, guerras, fome e peste. Quem cometer o nefando crime contra a natureza, que levou a cólera de Deus a cair sobre os filhos da iniquidade, será entregue ao braço secular para ser punido; se for clérigo, será sujeito à mesma pena, depois de despojado do seu ofício” (Bula Cum Primum).13


São Pio X, Papa (1835-1914)


Em seu Catecismo, o “pecado impuro contra a natureza” é classificado em segundo lugar por sua gravidade, após o homicídio voluntário, entre os pecados que “clamam por vingança ante o conspecto de Deus” (Catecismo maior, n. 966).

Diz-se -- explica o Catecismo -- que estes pecados clamam por vingança ante o conspecto de Deus, porque o diz o Espírito Santo e porque a sua iniquidade é tão grave e manifesta que provoca Deus em puni-lo com os mais severos castigos” (n. 967).


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http://www.catolicismo.com.br/materia/materia.cfm?IDmat=C0812E8D-3048-560B-1CEE8C33791642A7&mes=Novembro1996&pag=4

1.  Rev. Pe. David Francisquini, “Homem e Mulher Deus os criou”, cap. II, 21, pp. 25-32; 2ª Edição, Artpress, São Paulo, 2012.

2.  Rev. Pe. David Francisquini, ob. cit.

3.  Cfr. Mat., 22, 37.39; Marc., 12, 30.33; Luc., 10, 27.

4.  Gên., 18, 16ss.

5.  Cfr. Ps., 27 (26), 12.

6.  Cfr. Rom., 1, 26.

7.  At., 9, 5.

8.  Confissões, Liv. III, n. 8.

9.  Opera Omnia, Vol. IX, p. 123.

10.  Rev. Pe. David Francisquini, ob. cit.

11.  Sab., 10, 6-9.

12.  “O Diálogo”, 14, 2; 28, 6.3-4, pp. 84-85.258-263; 3ª Edição, Editora Paulus, São Paulo, 1985.

13.  Rev. Pe. David Francisquini, ob. cit.


“ASSUMPTA EST MARIA IN COELUM”.


Exposição Doutrinal


1. A Alma cândida de Maria voara para o Céu, por entre os cânticos de coros celestiais, segundo refere uma tradição antiquíssima.1

Os Apóstolos sepultaram piedosamente o sagrado Corpo de sua Mãe e Rainha.

Três dias depois, assim conta a Tradição, chegou o Apóstolo Tomé. Pesaroso por não ter podido assistir à morte da Mãe de Deus, insistiu com os Apóstolos em que lhe abrissem o sepulcro, para que pudesse contemplar pela última vez, o rosto virginal de Maria.

Os Apóstolos cederam. Mas, quando abriram o túmulo, encontraram-no vazio. Só acharam os lençóis de linho, alvíssimos, que exalavam um perfume celestial.

Não restava dúvida, de que aprouve a Deus, fosse Maria elevada ao Céu “com Corpo e com Alma”.

A Santa Igreja, celebrando solenemente a festa da Assunção de Maria, desde o sexto século, admite esse fato como verdadeiro, tendo-o definido como dogma de fé, na festa de Todos os Santos, em 1950.

De certo, não convinha, que o Corpo de Maria, imaculado ao ser concebido e ao nascer, puro e ilibado a vida inteira, sofresse a corrupção do túmulo, como os corpos dos pecadores. Pelo contrário, convinha que a Virgem, que trouxe em suas puríssimas entranhas o Corpo do Filho de Deus e o alimentava e abraçava, se encontrasse também corporalmente no Céu, com o seu Filho diletíssimo.

Santo Tomás de Aquino, falando da consequência e maldição do pecado, declara: “Tanto os homens, como as mulheres hão de voltar ao pó do qual foram tirados. Porém, disto foi isenta a Virgem Santíssima, pois, foi assunta ao Céu com Corpo. Cremos que foi ressuscitada da morte e levada ao Céu”.2

2. Quem, entre os homens mortais, seria capaz de só palidamente imaginar ou descrever o imenso júbilo com que os coros celestiais acompanharam a Mãe de Deus, em sua entrada no Céu?

Quem é esta que sobe?” Assim teriam perguntado uns aos outros, os espíritos celestes, que aguardavam a subida da Imaculada, pasmados de sua inefável beleza. “Quem é esta que sobe como a aurora, quando se levanta, formosa como a lua, brilhante como o sol, terrível como um exército formado em batalha? Quem é esta que sobe do deserto, inebriada de delícias, apoiada sobre o seu amado?”3

Este, seu amado Jesus, indo ao encontro de sua Mãe dulcíssima, tê-la-ia convidado e chamado com as meigas frases repassadas de amorosas saudades do Cântico dos Cânticos: “Levanta-te, amiga minha, pomba minha, formosa minha, e vem; porque já passou o inverno, já se foram e cessaram as chuvas – as lágrimas e sofrimentos do teu exílio terrestre! Vem, e mostra-me a tua face, ressoe a tua voz aos meus ouvidos, porque a tua voz é doce e a tua face graciosa; vem esposa minha, vem e serás coroada”.4

Com efeito, conduzida por seu amado Jesus até o trono do Pai celeste, Este coroa a sua dileta Filha com o diadema do poder, para que se torne a “Rainha do Céu e da terra”.

O Verbo Encarnado coroa sua Mãe Imaculada com o diadema de sabedoria, para que se torne nossa “Mestra e Sede da Sabedoria”.

O Espírito Santo coroa sua castíssima Esposa com o diadema do amor e da graça, para que se torne a “Medianeira e Dispensadora das graças divinas”.

Numa Antífona das Laudes da festa do Sacratíssimo Rosário, a Santa Igreja canta: “Foi exaltada a Virgem Maria sobre os coros dos Anjos e coroada com uma coroa de doze estrelas”. E numa outra Antífona da festa da Assunção: “Hoje a Virgem Maria subiu ao Céu; alegrai-vos, porque reina com Cristo, para sempre”.

Ora, é precisamente por esta razão de ser elevada ao Céu e constituída como Rainha do Céu e da terra, que Maria continua a exercer entre os mortais, com maior poder e eficácia e com redobrado interesse, o seu “Apostolado da salvação das almas e da assistência à Igreja Católica.




Consideração Prática


1. “Sursum corda!” – assim nos admoesta e anima a Santa Igreja no Prefácio da Santa Missa – “Levantai os vossos corações!”

É para o Céu que devemos dirigir os nossos pensamentos, os nossos desejos, as nossas ações, toda a nossa existência. Para o Céu, donde saímos e para onde havemos de voltar.

Fazei tudo para glória de Deus”, nos exorta o Apóstolo São Paulo.5

Daí, Santo Inácio de Loyola, formou a sua sentença e divisa: “Omnia ad maiorem Dei gloriam”. É este, justamente, o programa do “Apostolado de nossa vida”: “A glória de Deus e, por conseguinte, a salvação das almas”.

Mas, a maior parte da humanidade parece ter esquecido a finalidade de sua vida. “Nada tão comum entre os homens”, lamenta o Papa Pio XI, “como o desprezo dos bens do Céu e a ambição desordenada dos bens passageiros da terra. Quase toda a humanidade vive mergulhada na matéria, sem preocupar-se do que lhe está reservado no além. É preciso espiritualizar o homem”.6

De fato, quem não acredita na eternidade e na imortalidade da alma humana ou, mesmo acreditando, não se importa com as coisas espirituais e religiosas, não é capaz de compreender e, muito menos de exercer um apostolado que visa os interesses de Deus.

Pelo contrário, quanto mais espiritual for o homem, desprendido das consequências e ambições terrenas e unido a Deus, tanto mais eficaz e frutífero será o seu Apostolado. Desta verdade indiscutível temos exemplos e provas nos Santos da nossa Igreja, os quais foram todos heróis no exercício do Apostolado Católico.

De todos os Santos e Apóstolos, porém, a mais heroica e mais poderosa foi e é a Mãe de Deus, pela razão de ser Ela a mais desapegada das coisas terrestres, a mais elevada de espírito e a mais unida a Deus. Por isso, a reconhecemos e veneramos como a “Rainha do Apostolado Universal”.

2. Uma das mais excelentes e mais eficientes instituições da Igreja Católica é a “Companhia de Jesus”, dos Padres Jesuítas, cujo lema “Ad Maiorem Dei Gloriam”, é o Alfa e Ômega de sua atividade apostólica.

Não é, de certo, por acaso que o dia da fundação desta Ordem Religiosa coincide com o dia da festa da “Assunção de Nossa Senhora”.

Os Padres Jesuítas reconhecem e celebram, de fato, esta data como o dia natalício de sua Ordem, visto que em 15 de Agosto de 1534 Santo Inácio de Loyola e os seus primeiros companheiros fizeram, na Igreja de Nossa Senhora de Montmartre, em Paris, os votos religiosos, com o fim de dedicar-se inteiramente à salvação das almas, sob a obediência ao Sumo Pontífice.

Não menos memorável é o fato que 15 anos depois, São Francisco Xavier, um dos mais eminentes Apóstolos da Companhia de Jesus e Padroeiro das Missões da Igreja Católica, se apeasse na terra do Japão, precisamente na festa da “Assunção de Maria”.

Por isso, os japoneses católicos celebravam sempre solenemente esta data como o dia feliz de sua salvação.

Muitas das igrejas e capelas que se construíram, foram dedicadas à gloriosa Rainha do Céu. A maior e mais bonita de todas foi a do porto de Nagasaki, inaugurada e consagrada em 15 de Agosto de 1601, festa de Nossa Senhora da Assunção.

O quanto Maria Santíssima se empenhava em proteger a missão japonesa e as suas obras, demonstra o seguinte fato maravilhoso: Passados apenas 8 dias, depois da solene consagração do Santuário de Nagasaki, um enorme incêndio incinerou, em menos de 6 horas, a metade daquela cidade, sendo que as casas todas eram construídas de madeira.

Como o fogo ameaçasse também a igreja recém-construída, os cristãos puseram-se a suplicar, com instâncias, a Rainha celeste, para que conservasse incólume o Santuário e não permitisse que os pagãos se burlassem de sua confiança e de sua fé cristã.

A Mãe de Deus não tardou em atender as ardentes preces de seus bons filhos; pois que, de repente, se levantou um vento diretamente oposto ao primeiro, que afastava as chamas que ameaçavam a igreja, pondo-a fora de todo perigo.

Reconhecendo neste fato maravilhoso a intervenção celeste, muitos daquela população pagã resolveram abraçar o Cristianismo.7

Reconhecendo também, da nossa parte, o poder e o interesse da gloriosa Rainha celeste em nosso bem-estar temporal e eterno, rezemos com confiança a Oração da Santa Igreja: “Ó Deus e Senhor Nosso, havendo participado do banquete celeste, imploramos a vossa clemência, a fim de que, celebrando a Assunção da Mãe de Deus, sejamos por sua intercessão livres dos males que nos ameaçam neste mundo. Pelo mesmo Jesus Cristo, Nosso Senhor”. Amém.8


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Fonte: Rev. Pe. Dr. Erasmo Raabe, S.A.C., “Regina Mundi – Considerações doutrinal-práticas em trinta e três capítulos para os meses e festas de Maria”, 2ª Parte, Cap. XXIV, pp. 129-134. 2ª Edição, Edições Paulinas, São Paulo, 1954.

1.  S. João Damasceno – die 4º infra Oct. Assumptionis, lectio 5.

2.  Summa Teol., III. q. 27. et q. 83 ad 8.

3.  Cânt., 6, 9; 8, 5.

4.  Cânt., 2, 10-14; 4, 8.

5.  I Cor., 10, 31.

6.  Putorti, “A Maior das maravilhas”, a Santa Missa, p. 133.

7.  Geminiano Mislei, S.J., “La Madre di Dio”, Venezia, 1859.

8.  Postcom. da Festa da Assunção.


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