Blog Católico, para os Católicos

BLOG CATÓLICO, PARA OS CATÓLICOS.

"Uma vez que, como todos os fiéis, são encarregados por Deus do apostolado em virtude do Batismo e da Confirmação, os leigos têm a OBRIGAÇÃO e o DIREITO, individualmente ou agrupados em associações, de trabalhar para que a mensagem divina da salvação seja conhecida e recebida por todos os homens e por toda a terra; esta obrigação é ainda mais presente se levarmos em conta que é somente através deles que os homens podem ouvir o Evangelho e conhecer a Cristo. Nas comunidades eclesiais, a ação deles é tão necessária que, sem ela, o apostolado dos pastores não pode, o mais das vezes, obter seu pleno efeito" (S.S. o Papa Pio XII, Discurso de 20 de fevereiro de 1946: citado por João Paulo II, CL 9; cfr. Catecismo da Igreja Católica, n. 900).

sábado, 29 de maio de 2021

CATECISMO SOBRE O ESPÍRITO SANTO.


Oh! como é belo, meus filhos! O pai é nosso Criador, o Filho é nosso Redentor, e o Espírito Santo é nosso Condutor.

O Homem nada é por si mesmo, mas é muito com o Espírito Santo. O homem é todo terreno e todo animal; só o Espírito Santo é que lhe pode elevar a alma e levá-lo para o alto. Por que é que os Santos eram tão desapegados da terra? Porque se deixavam conduzir pelo Espírito Santo. Os que são conduzidos pelo Espírito Santo têm ideias justas. Aí está porque há tantos ignorantes mais sabidos que os eruditos. Quando alguém é conduzido por um Deus de força e de luz, não se pode enganar.

O Espírito Santo é uma luz e uma força. É Ele que nos faz distinguir o verdadeiro do falso e o bem do mal. Como essas lunetas que aumentam os objetos, o Espírito Santo faz-nos ver o bem e o mal em ponto grande. Com o Espírito Santo, vê-se tudo em ponto grande; vê-se a grandeza das menores ações feitas por Deus, e a grandeza das menores faltas. Assim como um relojoeiro com as suas lunetas distingue as mais pequenas engrenagens de um relógio, com as luzes do Espírito Santo nós distinguimos todas as minúcias da nossa pobre vida. Então as menores imperfeições parecem grandíssimas; os menores pecados causam horror.

Foi por isso que a Santíssima Virgem nunca pecou. O Espírito Santo fazia-lhe compreender a fealdade do mal. Ela tremia de susto à menor falta.

Os que têm o Espírito Santo não podem sentir-se tão bem, conhecem a sua pobre miséria. Os orgulhosos são os que não possuem o Espírito Santo.

As pessoas do mundo não têm o Espírito Santo, ou, se o têm, só o têm de passagem; Ele não se detém nelas. O barulho do mundo fá-lo partir.

Um cristão que é guiado pelo Espírito Santo, não tem dificuldade em deixar os bens deste mundo para correr atrás dos bens do Céu. Sabe fazer a diferença.

O olhar do mundo não vê mais longe que essa parede, quando a porta da igreja está fechada. O olhar do cristão vê até ao fundo da eternidade.

Para o homem que se deixar guiar pelo Espírito Santo, parece que não há mundo; para o mundo, parece que não há Deus… Trata-se pois de saber que é que nos guia. Se não é o Espírito Santo, por mais que façamos, não há substância nem sabor em nada do que fazemos. Se é o Espírito Santo, há uma doçura macia… é de se morrer de prazer…

Os que se deixam guiar pelo Espírito Santo sentem toda sorte de felicidade dentro de si mesmos; ao passo que os maus cristãos rolam-se sobre espinhos e pedregulhos.

Uma alma que tem o Espírito Santo nunca se aborrece na presença de Deus: sai-lhe do coração uma transpiração de amor.

Sem o Espírito Santo, nós somos como uma pedra do caminho… Tomai numa mão uma esponja embebida d’água e noutra um pequeno seixo: apertai-os igualmente. Não sairá nada do seixo, e da esponja fareis sair água em abundância. A esponja é a alma cheia do Espírito, e o seixo é o coração frio e duro em que o Espírito Santo não habita.

Uma alma que possui o Espírito Santo saboreia um gosto na oração que faz que ela ache sempre o tempo demasiado curto; ela nunca perde a santa presença de Deus. O seu coração, diante do nosso bom Salvador, no Santíssimo Sacramento do altar, é como uma uva no lagar.

É o Espírito Santo que forma os pensamentos no coração dos justos e lhes gera as palavras na boca… Os que têm o Espírito Santo não produzem nada de mau; todos os frutos do Espírito Santo são bons.

Sem o Espírito Santo tudo é frio; por isso, quando a gente sente que o fervor se vai perdendo, deve depressa fazer uma novena ao Espírito Santo para pedir a fé e o amor… Vede! Quando se faz um retiro ou um jubileu, fica-se cheio de bons desejos; esses bons desejos são o sopro do Espírito Santo que passou sobre a nossa alma e tudo renovou, qual esse vento quente que derrete o gelo e traz de novo a primavera… Vós que não sois entretanto grandes santos, tendes muitos momentos em que saboreais as doçuras da oração e da presença de Deus; são visitas do Espírito Santo. Quando temos o Espírito Santo, o coração se dilata, banha-se do amor divino. O peixe nunca se queixa de ter água demais; assim também o bom cristão nunca se queixa de estar por demasiado tempo com Deus. Há quem ache a religião fastidiosa, é que esses não têm o Espírito Santo.

Se se dissesse aos condenados: “Por que é que estais no Inferno?” Eles responderiam: “Por termos resistido ao Espírito Santo”. E se disséssemos aos Santos: “Por que é que estais no Céu?” Eles responderiam: “Por termos escutado o Espírito Santo…” Quando nos vêm bons pensamentos, é o Espírito Santo que nos visita.

O Espírito Santo é uma força. Era o Espírito Santo que sustentava São Simeão sobre a coluna; era Ele que sustentava os Mártires. Se não fosse o Espírito Santo, os Mártires teriam caído como a folha das árvores. Quando acendiam contra eles as fogueiras, o Espírito Santo extinguia o calor do fogo pelo calor do amor divino.

Deus, enviando-nos o Espírito Santo, fez a nosso respeito como um grande rei que encarregasse o seu ministro de conduzir um súdito seu, dizendo: Acompanhareis este homem por toda parte, e mo reconduzireis são e salvo”. Como é belo, meus filhos, ser acompanhado pelo Espírito Santo. É um bom guia esse… E dizer que há quem não O queira seguir!…

O Espírito Santo é como um homem que tivesse um carro com um bom cavalo, e que nos quisesse levar à capital. Teríamos só que dizer sim e pular dentro… É realmente um belo negócio dizer sim!… Pois bem! O Espírito Santo quer levar-nos para o Céu; temos só que dizer sim e deixarmo-nos conduzir.

O Espírito Santo é como um jardineiro que trabalha a nossa alma… O Espírito Santo é nosso criado…

Eis aí uma espingarda: Vós a carregais… mas é preciso alguém para lhe por o fogo e dispará-la… Assim também, há em nós com que fazer o bem… É o Espírito Santo que põe o fogo, e as boas obras partem.

O Santo Espírito repousa nas almas justas, como a pomba no ninho. Acalenta os bons desejos, como a pomba os seus filhotes.

O Espírito Santo nos guia como uma mãe guia o filho de dois anos pela mão… como uma pessoa, que enxerga, guia um cego.

Os Sacramentos que Nosso Senhor instituiu não nos salvariam se não fosse o Espírito Santo. A própria morte de Nosso Senhor ser-nos-ia inútil se não fosse Ele. Foi por isto que Nosso Senhor disse aos seus Apóstolos: “É útil para vós que eu me vá, porque, se eu não me fosse, o Consolador não viria…” Era preciso que a descida do Espírito Santo viesse frutificar essa messe de graças. É como um grão de trigo; vós o lançais em terra; mas é preciso o sol e a chuva para fazê-lo medrar e ascender em espiga.

Dever-se-ia dizer cada manhã: “Meu Deus, enviai-me o vosso Espírito que me faça conhecer o que eu sou e o que sois Vós” (“Noverim te, noverim me! Que eu vos conheça e me conheça!” dizia S. Agostinho).




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Fonte: Abbé Alfred Monnin, “O Espírito do Cura D’Ars – Nos Seus Catecismos, Homilias e Conversação”, Parte I, Cap. IV. III Edição, Editora Vozes Ltda, Petrópolis/RJ, 1959.


domingo, 23 de maio de 2021

Consagração ao Divino Espírito Santo


Espírito Santo, nosso Senhor e Deus!


Com o sentimento de nossa indignidade, nós nos ajoelhamos ante vossa divina Majestade, a fim de, conjuntamente com vossa Corte celeste e sua gloriosa Rainha, vossa Imaculada Esposa Maria, manifestar-Vos a nossa adoração e gratidão, nossos louvores e dedicação.


Com o Pai e o Filho sois um só Deus. Criastes com Eles o Universo e com vosso poder infinito o governais em maravilhosa ordem.


Criastes o Redentor do gênero humano e O dotastes com a abundância de vossas dádivas e graças; dirigido por Vós subiu Ele como oferenda imaculada o altar da Cruz.


No dia de Pentecostes, vossa sagrada Páscoa, estabelecestes os fundamentos da Igreja de Cristo e visitastes os Apóstolos que, sem receio, pregaram em seguida com a força e a coragem da Fé, perante judeus e pagãos.


Preservastes de todo erro a Igreja de Cristo e ornastes seus maiores Pastores com a graça da Infalibilidade nos dogmas e na moral.


Por tudo isso, louvores e gratidão a Vós, ó Divino Espírito, por toda a eternidade!


Ó Espírito Criador, distribuidor de vida e fator sagrado, destes-nos o ser e a vida e nos conduzistes à verdadeira Igreja, fora da qual não há salvação. Enriquecestes nossa alma com as valiosas roupagens da graça santificante; Vós a preparastes para vosso Templo e tomastes morada nela; Vós a adornastes com virtudes e a encheis com vossa força e luz.


Por tudo isso, louvores e gratidão a Vós por toda a eternidade!


Deus Espírito Santo, Senhor infinitamente bom! Inúmeras vezes iluminastes nosso espírito, consolastes e aliviastes nosso ânimo, fortalecestes nosso coração e o enchestes com o santo amor de Deus e do próximo. Vós nos dais a cada instante novos incentivos para a prática do bem; Vós nos distribuis graças infindas para o exercício da virtude, bem como para o combate ao pecado e à tentação.


Por tudo isso, graças e glória a Vós por toda a eternidade!


Como devemos recompensar-Vos, ó amoroso Espírito Santo, por todos os benefícios que nos tendes outorgados?


Nós Vos amamos, nós Vos louvamos, nós Vos agradecemos e adoramos, ó Divino Espírito e, em troca, consagramo-nos a Vós, neste momento, de corpo e alma, com todas as nossas forças e com tudo o que somos e possuímos.


Ofertamo-Vos nosso mísero coração com todo o seu amor, nossa vida com todas as orações, trabalhos, fadigas, sacrifícios e padecimentos. Tudo para vossa maior glória e veneração, Deus Espírito Santo, tudo por vosso amor!


Tudo em vosso louvor, tudo Convosco e por vosso intermédio! Tudo para a difusão de vossa Igreja na terra, bem como para a salvação e santificação das almas.


Aceitai misericordiosamente, ó Espírito do Amor, esta oferenda de nós mesmos e fortalecei nossa fraca vontade. Abençoai-nos a todos nós míseros pecadores. Conservai em nós um bom espírito religioso, ardente esforço para a prática da virtude, fidelidade ao dever e ao cumprimento de nossas obrigações sociais e sincero amor ao próximo!


Livrai-nos do espírito de rebeldia e heresia, que ora ameaça o mundo, ó Consolo dos aflitos, e conduzi esta pobre humanidade ao porto da salvação.


Assisti à Santa Igreja Católica, ao Santo Padre em Roma, aos Bispos e Sacerdotes do mundo inteiro. Iluminai com vossas luzes e graças todos os nossos Superiores Eclesiásticos. Santificai o nosso Clero! Abençoai a nossa estremecida Pátria Brasileira. Abençoai a nosso Cardeal! Esclarecei todas as nossas Autoridades Eclesiásticas e Civis, para que governem segundo a vossa divina vontade e tornem feliz a Terra de Santa Cruz.


Abençoai e santificai as famílias brasileiras, para que, cada vez mais fielmente, sigam os vossos divinos ensinamentos. Ó Rei do belo Amor, reinai nos nossos lares. Afastai tudo o que Vos desagrada. Preservai-nos, enfim, do pernicioso veneno do Espiritismo, do Comunismo e das Seitas Acatólicas!


Sim, abençoai-nos e sede sempre para nós um Senhor misericordioso, e acolhei-nos sempre com o vosso grande amor!


Como no dia de Pentecostes visitastes Maria Santíssima e os Santos Apóstolos, visitai hoje nossas almas ansiosas, ó Espírito da sabedoria e da inteligência, Espírito do conselho e da força, Espírito da ciência, da piedade e do temor de Deus!


Sim, vinde, ó doce Hóspede das almas, alegrai nossos corações sequiosos com vossa deliciosa presença; enriquecei nossas almas com vossos tesouros de graças; avivai em nós o fogo do vosso sagrado Amor!


Fortalecei-nos na desgraça e no sofrimento, protegei-nos em todos os perigos da alma e do corpo, consolai-nos na tribulação e na necessidade. Esclarecei-nos na ignorância, aconselhai-nos na dúvida, fortalecei-nos na angústia e dai-nos coragem na luta, pois queremos para vossa maior glória e honra lutar e propagar com todos os esforços o vosso santo amor e vossa devoção.


Queremos seguir voluntariamente vossas santas inspirações, amar-Vos de todo o coração e pertencer-Vos na vida e na morte. Cheios de esperança e confiantes em Vós, havemos de aguardar então o nosso derradeiro momento, desde que uma incomparável recompensa nos há de caber por nossos serviços e nosso amor.


Então Vos avistaremos, ó Espírito Santo, em vossa admirável, celestial Majestade e contemplaremos a beleza de vosso Semblante que os Anjos extasiados adoram.


Então provaremos nós, as doçuras de vossa alegria e ficaremos unidos a Vós em ditosa e amorosa companhia para sempre. Amém.


sexta-feira, 14 de maio de 2021

Invocação e Louvor ao Espírito Santo.


Vinde, ó Luz verdadeira.

Vinde, eterna Vida.

Vinde, Tesouro que não tem nome.


Vinde, Alegria eficiente,

Sol que não conhece ocaso,

Esperança fiel de todos os que se salvam.


Vinde, ó Virtude poderosa,

que só com o aceno realizais e renovais todas as coisas,

ficado Vós imutável.


Vinde, ó Primeiro Móvel (Causa)

dos universos místicos do nosso espírito.


Vinde, Grinalda florida

que não sabe murchar-se.


Vinde, Cíngulo de brilhante pedraria,

que vence as estrelas em claridade.


Vinde, Refúgio altíssimo

e seguríssimo.


Vinde, Dedo da Mão direita

da Augusta Majestade do Altíssimo.


Vinde, Semeador de conselhos sábios

e propósitos santos,

que frutificam honra e glória.


Vinde, Eterno Abraço com que o Pai

e o Verbo exprimem entre Si,

o seu amor infinito.


Vinde, Luz do Profetas,

Doutrina dos Apóstolos,

Fortaleza dos Mártires,

Testemunha das Virgens,

Selo de todos os Justos,

Coração de toda a Igreja Católica.


Vinde, vinde; porque a minha pobre alma, por misericórdia vossa Vos deseja, Vos invoca e Vos espera.


Graças Vos dou, porque Vós sois o meu alento, a minha vida, o meu gozo, a minha glória e a luz formosa do meu mundo interior.


Graças Vos dou, porque sendo Vós o Espírito de Deus, Vos dignais infundir-Vos em meu espírito, e dentro dos seios de minhas potências, entrando nas Vossas, cultivais os favos de Vossa doce consolação.


Graças Vos dou, porque Vós sois o meu Alimento diário, que nunca pode acabar; o meu Maná que a tudo sabe; o Leite racional e sem engano, que brota como fonte no fundo de meu espírito, e enche todas as partes dele de refrigério e suavidade.


Graças Vos dou, porque Vós sois a minha Armadura e a Lâmina de meu gládio, que lançam de si vibrantes esplendores, onde os Demônios ao se aproximarem queimam-se, e ao olharem ficam cegos.


Graças Vos dou, porque Vós sois o meu Batismo, significado pelas santas lágrimas, que jorram da montanha viva de minha alma, ferida com a vara prodigiosa de Vossa presença.


Graças Vos dou, porque estando eu, miserabilíssimo pecador e o mais ingrato dos nascidos, morto e já em decomposição sobre as abominações e horrores de minhas maldades, quisestes por compaixão, ressuscitar-me com Vosso sopro e renovar-me na Vossa semelhança, e separar-me do infeliz número das vítimas, onde se alimenta a Morte que não morre.


Graças Vos dou, porque acendestes no tenebroso caos da minha alma aquela luz que é o selo da Face de Deus, e sugere discernimento para separar o miserável do precioso, o transitório do eterno, a Lei Santa do Senhor das leis tirânicas, as mentiras do mundo e os pecados.


Graças infinitas Vos dou, porque, sendo antes a minha alma pocilga de animais imundos, esconderijo de feras e hospedaria de assaltantes infernais, Vós a convertestes e consagrastes com Vossa Unção mística em Templo do Altíssimo, onde existe sacrifício matutino e vespertino de seus louvores, e o incenso da Oração evapora e recende nos altares de sua Presença, que edificou Vossa graça liberal e clementíssima.


Ó Espírito Santíssimo, Terceira Pessoa d’Aquele Deus incriado, que é de todas as Essências, Princípio sem princípio!


Ó fidelíssimo Amigo e dulcíssimo Hóspede das almas, que lavou o Sangue do Cordeiro de Deus! Agora, Senhor, eu estou aqui sozinho Convosco, e estando somente Convosco, estou com todo o Bem.


Rogo-Vos com aqueles gemidos inexplicáveis, que Vós mesmo me inspirais, não desampareis a minha morada. Ficai comigo sempre, porque já vem caindo a tarde da minha vida mortal.1


Não Vos ausenteis minha Pombinha prateada; não Vos ausenteis das cavernas de minha parede e dos seios de minhas potências: Fica conosco Senhor: Não Vos ausenteis, que os Vossos arrulhos são para mim suaves e as Vossas penas são para mim raios de serena claridade: Fica conosco Senhor: Não Vos ausenteis, porque eu Vos porei incenso que Vos delicie, dando-me Vós incenso que Vos ofereça.


Senhor, dai-me um coração humilde, bondoso, pacífico, conformado; um coração desapegado de tudo o que não é Deus, e unido Convosco inteiramente. Ensinai-me a verdade, ensinai-me a aprender o Vosso ensinamento; convertei-me a Vós, sempre mais e mais, para a maior glória Vossa; Vós que com o Pai e o Filho, viveis e reinais pelos séculos dos séculos. Amém.



Autor: Ven. Pe. Manuel Bernardes, Oratoriano.


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1  Luc. 24, 29.


quinta-feira, 13 de maio de 2021

LADAINHA DE SÃO JOSÉ.

(Atualizada)1


Kyrie, eléison.

Christe, eléison.

Kyrie, eléison.


Christe, audi nos.

Christe, exaudi nos.


Pater de caelis, Deus, miserére nobis.

Fili, Redémptor mundi Deus, miserére nobis.

Spíritus Sancte, Deus, miserére nobis.

Sancta Trínitas, unus Deus, miserére nobis.


Sancta Maria, ora pro nobis

Sancte Joseph,…

Proles David ínclyta,…

Lumen Patriarchárum,…

Dei Genitrícis sponse,…

Custos Redemptóris,...*

Custos pudíce Vírginis,…

Fílii Dei nutrítie,…

Christi defénsor sédule,…

Serve Christi,...*

Miníster salútis,...*

Almae Famíliae praeses,…

Joseph justíssime,…

Joseph castíssime,…

Joseph prudentíssime,…

Joseph fortíssime,…

Joseph oboedientíssime,…

Joseph fidelíssime,…

Spéculum patiéntiae,…

Amátor paupertátis,…

Exémplar opíficum,…

Domésticae vitae decus,…

Custos vírginum,…

Familiárum cólumen,…

Fúcimen in difficultátibus,...*

Solátium miserórum,…

Spes aegrotántium,…

Patróne éxsulum,...*

Patróne afflictórum,...*

Patróne páuperum,...*

Patróne moriéntium,…

Terror daémonum,…

Protéctor sanctae Ecclésiae,…


Agnus Dei, qui tollis peccáta mundi, parce nobis, Dómine.

Agnus Dei, qui tollis peccáta mundi, exáudi nos, Dómine.

Agnus Dei, qui tollis peccáta mundi, miserére nobis.


V. Constítuit eum dóminum domus suae.

R. Et príncipem omnis possessiónis suae.


Orémus. Deus, qui ineffábili providéntia beátum Joseph sanctíssimae Genitrícis tuae sponsum elígere dignátus es: praesta, quaésumus; ut, quem protectórem venerámur in terris, intercessórem habére mereámur in caelis: Qui vivis et regnas in saécula saeculórum. R. Amen.



Em Português


Senhor, tende piedade de nós.

Jesus Cristo, tende piedade de nós.

Senhor, tende piedade de nós.


Pai celeste que sois Deus, tende piedade de nós.

Filho, Redentor do mundo, que sois Deus, tende piedade de nós.

Espírito Santo, que sois Deus, tende piedade de nós.

Santíssima Trindade que sois um só Deus, tende piedade de nós.


Santa Maria, rogai por nós.

São José,…

Ilustre filho de Davi,…

Luz dos Patriarcas,…

Esposo da Mãe de Deus,…

Guardião do Redentor,...*

Casto guarda da Virgem,…

Sustentador do Filho de Deus,…

Zeloso defensor de Jesus,…

Servo de Cristo,...*

Ministro da Salvação,...*

Chefe da Sagrada Família,…

José justíssimo,…

José castíssimo,…

José prudentíssimo,…

José fortíssimo,…

José obedientíssimo,…

José fidelíssimo,…

Espelho de paciência,…

Amante da pobreza,…

Modelo dos operários,…

Honra da vida de família,…

Guarda das Virgens,…

Sustentáculo das famílias,…

Amparo nas dificuldades,...*

Alívio dos miseráveis,…

Esperança dos doentes,…

Patrono dos exilados,…*

Patrono dos aflitos,...*

Patrono dos pobres,...*

Patrono dos moribundos,…

Terror dos demônios,…

Protetor da Santa Igreja,…


Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, perdoai-nos, Senhor.

Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, ouvi-nos, Senhor.

Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, tende piedade de nós.


V. Ele constituiu-o Senhor da Sua casa.

R. E fê-lo príncipe de todos os Seus bens.


Oremos. Ó Deus, que por inefável Providência Vos dignastes escolher a S. José por esposo de Vossa Mãe Santíssima; concedei-nos, Vos pedimos, que mereçamos ter por intercessor no céu, o que veneramos na terra como protetor. Vós que viveis e reinais por todos os séculos dos séculos. 

R. Amém.


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Fonte: Missal Quotidiano e Vesperal, por Dom Gaspar Lefebvre, O.S.B., Ladainha de São José, p. 1962. Desclée de Brouwer & Cie, Bruges/Belgica. 1951.


sábado, 1 de maio de 2021

SÃO JOSÉ, MODELO DOS OPERÁRIOS.

 


Todos os homens estão sujeitos à lei do trabalho. Quem nada possui, deve trabalhar para ganhar o pão cotidiano; quem não necessita de ganhar o pão, deve trabalhar para conservá-lo e para fugir à ociosidade. Se o pobre não sua, morrerá de fome; se o rico hoje só pensa em gozar, cairá amanhã na miséria e perecerá também por falta de alimento. Cada um deve pois amar o trabalho do próprio estado e da própria condição social.

São José é chamado, por antonomásia, o Artífice de Nazaré. É o modelo dos operários pela santidade com que exerceu por toda a vida o seu ofício; mereceu ser o exemplo e o padroeiro de todos os operários da terra. Embora de régia estirpe, em sua juventude aprendeu uma arte e, adorando os desígnios da Divina Providência, que dispusera perdesse a família de Davi o estado de grandeza no qual se achara por tantos séculos, não recusou ganhar o necessário à vida com o trabalho das próprias mãos.

Escolheu o humilde mister de carpinteiro e alegrou-se em suportar duras fadigas por amor e submissão à vontade de Deus. Imaginemos, diz um célebre escritor, a oficina de Nazaré e nela um jovem de seus dezoito anos, atento ao trabalho. Sua fronte é serena, os olhos cintilantes de alegria erguem-se de quando em quando, fixando-se por um instante. Depois a voz prorrompe em um cântico de ação de graças e louvor ao Criador.

Maneja ora o machado, ora a serra ou a plaina. Em volta, multidões de Anjos o contemplam atônitos, sabendo que o Senhor do Céu e da terra tem sobre ele magníficos desígnios: quer confiar à guarda daquele os seus mais preciosos Tesouros: o Filho em quem pôs as suas complacências, e Aquela que Lhe destinou por Mãe”.

Após as núpcias, continuou a trabalhar na oficina de Nazaré, admirado, não só pelos Anjos, mas também pela Rainha desses Bem-aventurados Espíritos. Por vezes, Ela ia visitar o seu José, que achava então menos pesada a fadiga do trabalho.

Quando, mais tarde, para salvar o Salvador do mundo, teve de abandonar a terra de seus pais e andar exilado pelo remoto Egito, o único recurso da Sagrada Família foi o mister de carpinteiro. Com o trabalho, conseguiu o necessário a Maria Santíssima, a Jesus e a si mesmo.

A Sagrada Família permaneceu vários anos na terra de exílio, e, quando deixou de existir aquele que procurava matar o Menino, o Anjo que dera a São José o aviso para a fuga, reapareceu-lhe no Egito e lhe ordenou que regressasse à terra de Israel.

Em Nazaré, continuou José a trabalhar em sua oficina por perto de vinte e cinco anos, e, nesse longo espaço de tempo teve por companheiros de suas fadigas, não só os Anjos e a Rainha dos Anjos, mas o próprio Criador do Céu e da terra.

São José trabalhou por toda a vida, e, naquela humilde condição, tornou-se Santo. Manejando a plaina e o martelo, praticou todas as virtudes.

Devemos trabalhar para eliminar a ociosidade, fonte de tantos males. Escrevia São Jerônimo ao monge Rústico: “Faze sempre alguma coisa, para que o Demônio te ache sempre ocupado”.

Felizes aqueles que, a exemplo de São José, aceitam com paciência o trabalho, santificam-no com a oração, com a resignação à vontade de Deus e o dirigem para a glória de Deus.


_________________________

Fonte: Rev. Pe. Tarcísio M. Ravina, “São José – Na Vida de Jesus Cristo, Na Vida da Igreja, No Antigo Testamento, No Ensino dos Papas, Na Devoção dos Fiéis, Nas Manifestações Milagrosas”, 2ª Parte, Cap. “São José Modelo dos Operários”, pp. 121-123; Edições Paulinas, Recife/PE, 1954.


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