Blog Católico, para os Católicos

BLOG CATÓLICO, PARA OS CATÓLICOS.

"Uma vez que, como todos os fiéis, são encarregados por Deus do apostolado em virtude do Batismo e da Confirmação, os leigos têm a OBRIGAÇÃO e o DIREITO, individualmente ou agrupados em associações, de trabalhar para que a mensagem divina da salvação seja conhecida e recebida por todos os homens e por toda a terra; esta obrigação é ainda mais presente se levarmos em conta que é somente através deles que os homens podem ouvir o Evangelho e conhecer a Cristo. Nas comunidades eclesiais, a ação deles é tão necessária que, sem ela, o apostolado dos pastores não pode, o mais das vezes, obter seu pleno efeito" (S.S. o Papa Pio XII, Discurso de 20 de fevereiro de 1946: citado por João Paulo II, CL 9; cfr. Catecismo da Igreja Católica, n. 900).

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Aviso aos Religiosos


O Retrato de um Religioso Relaxado
Missa
(sem comentários)

Refleti bem no que vos digo. Se, vos comprazendo em vós mesmo, deixais o orgulho, a presunção, a vanglória dominar vossa razão; se vos atreveis a seguir com ousadia vossos senti­dos e desprezar o que é humilde e simples, não sois, então, um servo de Jesus Cristo.

Se não repelis com todas as vossas forças todos os movimentos de inveja, de ódio, de amargura, de indignação; se não abafais cuidadosamente os juízos temerários, as queixas pueris, as murmurações culpadas, não sois um servo de Jesus Cristo.

Se, quando uma vez nasceu uma discórdia entre vós e vosso irmão, não procurais imedia­tamente reconciliar-vos com ele; se não esqueceis depressa a injúria que vos feriu, e que, pelo contrário, conservais em vosso coração um desejo de vingança, um secreto ressentimento, uma menos sincera afeição para com vosso próximo, ou que lhe deixais notar algum sinal de aversão; se hesitais mesmo em assisti-lo nas suas necessidades, quando uma ocasião se apre­senta, não sois um servo de Jesus Cristo, não sois um cristão, sois desprezível diante de Deus.

Se, depois de haver caído, envergonhais de vos acusar e de confessar simplesmente vossa falta; se não recebeis com paciência e humildade as repreensões, os conselhos, as peni­tências que vos serão impostas, não sois um servo de Jesus Cristo.

Se, não obedeceis com prontidão e fidelidade em tudo que não é mal, a vosso pai espiri­tual; se lhe negais o respeito e amizade que lhe são devidos, como ao representante de Deus mesmo, não sois um servo de Jesus Cristo.

Se, faltais voluntariamente ao Ofício Divino e aos outros exercícios que são de obrigação; se não assistis a esse serviço divino com atenção e reverência, não sois um servo de Jesus Cris­to.

Se, negligenciando o interior, não vos ocupais senão do exterior; se, preenchendo com o coração frio e unicamente por hábito, os deveres da religião, vós vos contentais com arrastar com indolência ao pé dos altares um corpo cansado dos santos exercícios, não sois um servo de Jesus Cristo.

Se, as leituras piedosas e outros atos espirituais não vos ocupam totalmente; se vossa alma, agrilhoada pelas coisas que passam, ou abatida pelo peso delas, não se eleva senão rara­mente aos bens eternos, não sois um servo de Jesus Cristo.

Se, por uma delicadeza insensata, desejais hábitos luxuosos, leitos fofos e todas essas frívolas consolações da carne, incompatíveis com a vida que abraçastes e com os exemplos que ela vos obriga a dar; se, desejoso do repouso do corpo, recusais suportar por amor de Deus o tra­balho e a pena, não sois um servo de Jesus Cristo.

Se, a solidão e o silêncio vos pesam, e lhes prefirais as conversas ociosas, os risos de­sordenados, não sois um servo de Jesus Cristo.

Se, vos queixais às pessoas do século; se apreciais, aborrecido deste retiro que vós mes­mo escolhestes, a vagar pelas cidades e vilas, não sois um servo de Jesus Cristo.

Se, desprezais alguma das observâncias de nossa santa religião, embora sejam de pou­ca importância, e que as transgredis voluntariamente, não sois um servo de Jesus Cristo.

Numa palavra, se procurais no convento outra coisa que não seja Deus, e não vos inquie­tais seriamente, com todos os vossos esforços, em galgar a perfeição, não sois um servo de Je­sus Cristo”(Ven. Abade Luiz de Blois, O.S.B., “Guia Espiritual ou Espelho das Almas Religiosas”, Cap. I, Ponto 2, pp. 23-26, Ed. Vozes, Petrópolis, 1925).

Contra a Faceirice provocante das Mulheres


"Em nome de que, poderemos excluir uma moça da classe das mulheres perdi­das e de seu convívio, se o seu proceder é igual ao delas, se abusa, como elas, do cora­ção dos jovens, se rivaliza com elas em petulância e despudor, se ma­nipula os mesmos venenos, enche as mesmas taças, prepara a mesma cicuta? Ela não diz, certamente: 'Vem, embriaguemo-nos de amor'(Prov. 7, 18), nem 'Perfumei a minha cama com mirra, aloés e cina­momo'(Prov. 7, 17). Oxalá fosse realmente a tua cama, e não as tuas vestes e o teu corpo! As mulheres perdidas escondem suas seduções na sua morada; tu, vais por toda a parte armando ciladas, passeias pela praça pública dando rédeas soltas à volúpia. Mas se nada disseste, se não profe­riste como a prostituta: 'Vem, embriaguemo-nos de amor', se não o fizeste com os teus lábios, fizeste-o com as tuas atitudes; tua boca não disse nada, mas teu andar falou; tua voz não chamou, mas teus olhos chamaram com mais clareza que a voz.

Se, depois de teres chamado, não te deste, não estás por isto isenta de cul­pa. tra­ta-se de uma fornicação de outra espécie. Permaneceste pura corporalmen­te, mas não quanto à alma; a falta foi por ti consumada inteiramente, senão pelos contatos carnais, pelo menos pelos olhares. E, diz-me, por que chamas os passan­tes? Por que acendes a chama do desejo? Como julgas estar pura de pecado, se és a causa de que ele seja intei­ramente cometido? Daquele que se deixou levar pe­las tuas artimanhas, fizeste um perfeito adúltero; como, pois, se tua obra está ma­culada pelo adultério, não serias tu mesma adúl­tera?"(São João Crisóstomo, "As Mulheres Consagradas a Deus não Devem habitar com ho­mens, 1"; sermão coletado da obra "O Esplendor Cristão - São João Crisósto­mo", Vol. I, Part. II, Cap. II − A Sensualida­de, pp. 63-64, 1978, da Fundação S. João Crisóstomo, Rio de Janeiro, 1978).

Fonte: Acessar o ensaio "Reminiscência sobre a Modéstia no Vestir" no link "Meus Documentos - Lista de Livros".

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