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"Uma vez que, como todos os fiéis, são encarregados por Deus do apostolado em virtude do Batismo e da Confirmação, os leigos têm a OBRIGAÇÃO e o DIREITO, individualmente ou agrupados em associações, de trabalhar para que a mensagem divina da salvação seja conhecida e recebida por todos os homens e por toda a terra; esta obrigação é ainda mais presente se levarmos em conta que é somente através deles que os homens podem ouvir o Evangelho e conhecer a Cristo. Nas comunidades eclesiais, a ação deles é tão necessária que, sem ela, o apostolado dos pastores não pode, o mais das vezes, obter seu pleno efeito" (S.S. o Papa Pio XII, Discurso de 20 de fevereiro de 1946: citado por João Paulo II, CL 9; cfr. Catecismo da Igreja Católica, n. 900).

domingo, 8 de janeiro de 2017

Santas Palavras de uma Filha de Maria à Beira da Morte


Pela Tarde, foi-lhe também fazer uma visita o Clérigo salesiano Félix Ortiz, que se achava no Colégio de Junín por motivo de saúde.

Seis anos depois, já sacerdote, ele assim revocava suas lembranças num jornal de Viedma:

Também eu fui visitar Laura.

O rosto pálido, os olhos encovados davam a impressão que o Anjo da Morte já lhe tinha estampado o gélido ósculo sobre a fronte.

Sorriu ao ver-me chegar; pareceu reanimar-se; e tomando nas mãos a estatueta de Maria Auxiliadora que eu lhe tinha levado alguns dias antes, disse-me com um fio de voz: – É Maria quem me dá força e alegria nestes momentos.

Aproximei-me da cama, e depois de algumas perguntas sobre as suas condições – perguntas às quais respondeu com serenidade que nada mais desejava senão o Divino beneplácito – eu quis saber o que mais a alegrava naqueles difíceis momentos.

Sempre sorridente Laura me sussurrou ao ouvido: – o que mais me consola nestes momentos é ter sido sempre devota de Maria. Oh, sim! Ela é minha Mãe… é minha Mãe!… Nada me põe mais feliz do que pensar que sou Filha de Maria!

Acrescentou outras frases que trago gravadas na alma, pois que se referiam somente a mim; a recordação delas muitas vezes me tem renovado as energias interiores”.

À guisa de comentário dessa sua evocação o Pe. Ortiz ajunta: “– É minha Mãe… é minha Mãe!...”



Naquela expressão estava o segredo da vida de Laura: vida inocente, serena, sem mancha, mais de Anjo que de criatura”…

Nas poucas horas de que fala o Pe. Ortiz outras coisas aconteceram à cabeceira da moribunda.

Chegou antes de tudo a enfermeira Irmã Marieta Rodríguez, que ficara sozinha no Colégio Maria Auxiliadora com algumas meninas em férias.

Laura tinha desejado sua presença para lhe agradecer os serviços, e para lhe pedir perdão das faltas que tivesse cometido contra ela. “Encontrei-a – escreve ela – resignada à vontade de Deus; e entre outras coisas me disse: – espero que minha mãe se decida a levar uma vida boa: depois morrerei feliz”.

Depois pediu-lhe que lhe mandasse Merceditas e Maria Vera. A amizade cobrava a sua dívida: Laura não podia eximir-se: era uma necessidade do coração.

As duas irmãs foram logo, e compreenderam que a grande hora estava iminente.

A menina não conseguiu erguer-se no leito. “Convidou-me – narra Mercedes Vera – a chegar meu ouvido aos seus lábios; e permanecendo deitada cingiu-me com aqueles braços por onde passava já o frio da morte”.

Depois de algumas palavras íntimas, acrescentou penosamente: – “querida Merceditas, seja sempre devota de Jesus Sacramentado e de Maria Auxiliadora… Seja constante na virtude… Fomos companheiras na terra: não deixarei de ajudar você, do Céu… Adeus… Beijarei por você também os pés de Nossa Senhora, que espero ver dentro em Breve!”


Fonte: Rev. Pe. Luís Cástano, S.D.B., “Laura Vicuña – A Heroica Filha de Maria dos Andes da Patagônia”, Cap. XVII, pp. 247-258; Livraria Editora Salesiana Ltda., São Paulo, 1958.


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