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"Uma vez que, como todos os fiéis, são encarregados por Deus do apostolado em virtude do Batismo e da Confirmação, os leigos têm a OBRIGAÇÃO e o DIREITO, individualmente ou agrupados em associações, de trabalhar para que a mensagem divina da salvação seja conhecida e recebida por todos os homens e por toda a terra; esta obrigação é ainda mais presente se levarmos em conta que é somente através deles que os homens podem ouvir o Evangelho e conhecer a Cristo. Nas comunidades eclesiais, a ação deles é tão necessária que, sem ela, o apostolado dos pastores não pode, o mais das vezes, obter seu pleno efeito" (S.S. o Papa Pio XII, Discurso de 20 de fevereiro de 1946: citado por João Paulo II, CL 9; cfr. Catecismo da Igreja Católica, n. 900).

sexta-feira, 4 de maio de 2012

A Globo e a reportagem cheia de erros sobre os documentos “secretos” do Vaticano apresentados no JN.

Galileu Galilei


Por Fernando Nascimento

A jornalista Ilse Scamparine, da Rede Globo, em pleno sábado de Aleluia, no Jornal Nacional do dia 7/4/2012, resolveu mais uma vez com suas desinformações, agredir a Igreja Católica num dia santo, isso direto de Roma, valendo-se das desonestas mentiras estratégicas protestantes (lendas negras), que tanto apregoa vez por outra as vendendo como “informação”.

A jornalista apresentava a exposição “Lux in arcana” que reúne documentos valiosos da Igreja, que está acontecendo nos museus do Capitólio, em Roma, como sendo uma “exposição de documentos secretos do Vaticano”.

A exposição “Lux in arcana” de antigos documentos valiosos da Igreja, está em cartaz desde 29 de fevereiro e vai até 9 de setembro, mas a desonesta e espírita Rede Globo escolheu coincidentemente o sábado de Aleluia, para com suas distorções criminosas vender mais uma vez a Igreja como vilã.

Eis o trecho do Jornal Nacional onde a Globo caluniava sobre os documentos:

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Refutando as mentiras da Globo:

1- O processo de Galileu – A jornalista afirmava em forçado tom melancólico, que Galileu (trêmulo) foi condenado por sustentar que a terra era o centro do universo. Para isso a jornalista foi astuta o bastante ao tirar proveito da decoração ambiental do museu, que simbolizava o fogo luz da era medieval (era dos documentos), para fazer uso maldoso das chamas associando-as à inquisição das anti-católicas lendas negras protestantes.
 
Ela afirmou que “muitos” morreram na fogueira, mas não citou nome algum e ainda culpou o Tribunal católico por isso. – Uma mentira vergonhosa, forjada pelo protestante Casidoro Reina que se escondia atrás do pseudônimo de “Montanus”!

Erroneamente ou por má fé, muitos que se aventuram a falar sobre o modo de justiça dos tempos medievais, atribuem as sentenças de morte simplesmente à “Inquisição”, contabilizando isto à Igreja Católica, o que é uma injustiça.
 
Na verdade existiam três Tribunais distintos:

1- o Tribunal civil dos reis (que matava na fogueira e queimou os Templários e muitas bruxas);
 
2- o Tribunal protestante dos protestantes que usurparam países católicos (que matava na fogueira e queimou Miguel Servet e 20 mil bruxas só na confissão de Benedict Carpzov);
 
3- e o Tribunal católico (que era o mais indulgente e possuía proibição papal de se atentar contra a saúde ou vida do acusado. Daí Galileu, Casanova, Lutero, Casidoro Reina e muitos outros terem morrido na velhice de causas naturais, pois as sentenças do Tribunal católico eram a absolvição, ou a excomunhão, e estava limitado a julgar apenas católicos, e somente católicos, que promoviam heresia contra a fé).

Geralmente omitem essas regras do Tribunal católico, e também que a Igreja proibiu o livro proposto que recomendava torturas aos acusados, ou mesmo que foi a Igreja Católica que contribuiu decisivamente para o fim das mortes em outros tribunais.

A Verdade: Galileu foi processado em 1633 por ter violado uma disposição que lhe foi feita em 1616. A disposição de 1616, que Galileu não cumpriu, proibia-o de ensinar o heliocentrismo, que foi descoberto décadas antes pelo padre Copérnico e financiado pelo Papa Paulo III, e que ainda não havia sido confirmado unanimemente pela ciência. Sem uma física como a de Newton, sem uma prova ótica como o movimento da terra, a coisa não se podia explicar.

O próprio Galileu diante de outros cientistas em seu julgamento não foi capaz de provar cientificamente o heliocentrismo, ou seja, a teoria que dizia que o sol está no centro e a terra se move ao redor dele.Só mais tarde com novos instrumentos e estudos isso pode ser provado.
 
Não só isto, Galileu havia conseguido fraudulentamente o imprimatur, enganou a quem o concedeu dizendo que era uma exposição imparcial, mas não era nada imparcial. Por este motivo foi acusado e, portanto, submetido a processos, ou seja, submetido a um processo disciplinar.

Outro aspecto importante a levar em conta é que, ainda que às críticas de Galileu, a posição tradicional estava fundamentada, nem Galileu nem ninguém possuíam naquele tempo argumentos para demonstrar que a Terra se movia ao redor do Sol. Galileu tentou prová-lo citando o movimento das marés, desde então, como sabemos, o argumento das marés estava errado. Só para bem situar as pessoas, antes disso tudo, Galileu havia “provado” matematicamente a existência do fictício inferno de Dante Alighieri. (1)

Galileu nunca foi condenado como herege, nem tampouco o heliocentrismo foi declarado como herético. Foi-lhe imposta uma penitência saudável, que consistia em prisão domiciliar, onde trabalhava normalmente, e recitar uma vez na semana os sete salmos penitenciais. Sua filha se ofereceu para fazê-lo no lugar dele. Não esteve na prisão nem um só momento, em atenção à sua fama, à sua idade e à consideração que tinha; foi tratado sempre com grande admiração.

Ao contrário do que a jornalista tenta passar, Galileu amava a Igreja, e diz, exagerando (Galileu) como faz sempre, em uma carta a um nobre francês: “Outros podem ter falado mais piamente e mais doutamente, mas nenhum mais cheio de zelo pela honra e a reputação da Santa Mãe Igreja do que escrevi eu”. É exagerado, mas, em todo caso, demonstra que é verdade. Como dizia João Paulo II, a verdade histórica dos fatos está muito longe da imagem que se criou posteriormente em torno de Galileu.

Galileu morreu na velhice, e sempre foi católico até o último dia de sua vida, e repousa até hoje dentro de uma Igreja católica.

A maior injustiça neste caso é os caluniadores sempre omitirem que foi o padre Copérnico, o verdadeiro descobridor do heliocentrismo, décadas antes de Galileu o defender cegamente. Por mais que a atitude dos que condenaram Galileu pareça exagerada, na realidade responde a uma lógica. (2)

Hoje sabemos que a Igreja fez muito bem, defendendo prudentemente as Escrituras quando Galileu a questionou. As Escrituras afirmam que “o sol se deteve … quase um dia inteiro” (Josué 10,13), demonstrando um excepcional milagre divino, onde quase não houve noite no fim do dia. Não há contradição aí, a menos que alguém queira discutir com Max Planck e Albert Einstein (da Teoria da Relatividade):

“Se tomarmos, por exemplo, um sistema de referências fixamente ligado com a nossa Terra, teremos de afirmar que o Sol se move no céu; se, inversamente, deslocarmos o sistema de referência para uma estrela fixa, o Sol encontra-se em repouso. Na oposição entre estas duas formulações não existe contradição nem obscuridade: trata-se somente de duas maneiras diferentes de considerar as coisas. Segundo a teoria física da relatividade, que atualmente pode ser considerada como aquisição científica assegurada, ambos os sistemas de referência e os modos de consideração que lhes correspondem são igualmente corretos e igualmente justificados, e é fundamentalmente impossível, sem arbitrariedade, decidir entre eles através de quaisquer medições ou cálculos“. (Max Planck, in Vorträge und Erinnerungen, Stuttgart, 1949, p. 311).

Isto claramente prova que a Igreja, não estava “errada”, como pregam certos indoutos linguareiros, para rapinar na ignorância. Além do que no texto da sentença a Galileu não aparece em nenhum momento citado o Papa; portanto, esse documento não pode ser considerado como um ato de magistério pontifício, e menos ainda como um ato de magistério infalível nem definitivo. (3)
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2- A confissão dos Templários – A jornalista afirma que um pergaminho de 60 metros contém o processo contra a Ordem dos Templários da França, acusada de heresia pelo Papa Clemente V. – Uma mentira vergonhosa!

A Verdade: o pergaminho não contém nenhuma acusação ou condenação do Papa aos Templários, mas a confissão dos templários diante de três cardeais enviados pelo Papa ao castelo de Chinon. Quem condenou os templários e os sacrificou na fogueira foram os corruptos reis da época, valendo-se de falsas acusações e torturas, para se apoderarem dos bens da Ordem.

A publicação desse documento caluniado pela jornalista, dissipa e deixa claro todas as dúvidas que por interesse se verteram durante esses séculos sobre a Ordem do Templo e que tanto dano causaram à imagem da Ordem, deixando claro que:

1. O Papa Clemente V nunca esteve convencido da culpabilidade da Ordem do Templo.
 
2. A Ordem do Templo, seu Grão Mestre Jacques de Molay e os demais templários presos, muitos deles justiçados posteriormente, foram absolvidos pelo Santo Padre.
 
3. O Templo nunca foi dissolvido, senão suspenso.
 
4. O Papa Clemente V nunca acreditou nas acusações de heresia e por isso permitiu aos templários justiçados receber os Santos Sacramentos.
 
5. Clemente V nega as acusações de traição, heresia e sodomia pelas quais o Rei da França acusou o Templo.
 
6. O processo e martírio de templários foi um “sacrifício” para evitar um cisma na Igreja Católica, que não compartilhava em sua grande maioria das acusações do Rei da França, e muito especialmente da Igreja francesa.
 
7. As acusações foram falsas e as confissões conseguidas sob torturas.
 
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3- O Papa Pio XII – Em tom pilhérico, a  jornalista afirma que na exposição não há nada sobre o Papa Pio XII, segundo ela “acusado de se omitir diante da matança de judeus pelos nazistas.” – Uma mentira vergonhosa!

A verdade: Há sim, muito na exposição que contradiz a jornalista , sobre a inocência e bravura do Papa Pio XII. A jornalista apenas omitiu e preferiu fazer eco a uma caduca difamação maquinada e já refutada pelo jornalista Olavo de Carvalho, que começou com a caluniosa peça teatral “O Vigário” (1963), do protestante Rolf Hochhuth, e culminou no fantasioso livro do desonesto John Cornwell, “O Papa de Hitler” (1999), sendo de cabo a rabo essa farsa, uma criação da KGB. Confira tudo aqui:http://www.olavodecarvalho.org/semana/070201jb.html
 
O Papa jamais silenciou diante do massacre dos judeus, repetem essa mentira para vê-la tornar-se verdade. Os meios de comunicação da época são testemunhas letais contra os caluniadores.
 
Veja os Editoriais do New York Times nos anos da guerra sobre Pio XII:
 
“A voz de Pio XII é uma voz solitária no silêncio e na escuridão envolvendo a Europa neste Natal. O Papa reitera o que antes já havia dito. De modo geral, ele repete, ainda que mais claramente, o plano de cinco diretrizes que ele primeiro enunciara em sua mensagem de Natal no início da guerra, em 1939. (…)”
 
 
Em janeiro de 1940, por exemplo, o Papa deu instruções à Rádio Vaticana de que revelasse as “horríveis crueldades da selvagem tirania” que os nazistas estavam infligindo aos judeus e aos católicos poloneses. Dando notícia da transmissão uma semana depois, o Defensor Público dos judeus de Boston reconheceu-a por aquilo que era: “Uma denúncia explícita das atrocidades perpetradas pelos alemães na Polônia ocupada pelos nazistas, declarando abertamente que são uma afronta à consciência moral de toda a humanidade”. O New York Times escreveu em seu editorial: “Hoje o Vaticano falou, com uma autoridade que não pode ser posta em discussão, e confirmou os piores presságios de terror que emergem das trevas da Polônia”. Na Inglaterra, o Manchester Guardian elogiou o Vaticano como “o mais enérgico defensor da Polônia torturada”.
 
 
Ao contrário do que afirmava a omissa e desonesta jornalista, ao dizer que não havia nada ali sobre o Papa Pio XII, há sim documentos que defendem a atitude do papa Pio XII, entre eles, está um relatório do núncio Francesco Borgongini-Duca que visitou sete campos de concentração na Itália, em 1941, e uma carta de agradecimentos de pessoas detidas nos campos, endereçada ao papa.
 
 
Filmes revelam ajuda de Pio XII aos judeus na SGM
 
Foram descobertos filmes que mostram a enorme atividade de ajuda que o Papa  Pio XII desenvolveu durante a Segunda Guerra Mundial a favor de todas as vítimas, independentemente de sua religião.http://www.2guerra.com.br/novosite/index.php?option=com_content&view=article&id=738:filmes-revelam-ajuda-de-pio-xii-aos-judeus-na-sgm&catid=94:artigos&Itemid=32
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4- A Carta indígena – A desonesta e omissa jornalista mostrou uma carta indígena escrita em 1887, “feita com o tronco de uma árvore” e enviada ao Papa Leão XIII, mas “inteligentemente” omitiu que o chefe da tribo indígena Ojibwa na carta, chama Leão XIII  de “grande mestre das preces que cumpre as funções de Jesus”.
 
Por que será que a jornalista fez questão de comentar caluniando o conteúdo dos outros documentos e omitiu o conteúdo desta carta? Certamente faltou uma lenda negra protestante para este caso.
 
O povo católicos não merece o mau-caratismo da espírita Rede Globo, nem a ma fé e falta de profissionalismo da senhora Ilze Scanparini, em Roma, num sábado de Aleluia.
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Notas:
 
(1) Scientifc Blunders: A Brief History of How Wrong Scientists Cam Sometimes Be,
Roberts yuongson, Carrol & Graf Publishers, 1998.
 
(2) Mariano Artigas e Melchor Sánchez de Toca, Galileo y el Vaticano. Historia de la Comisión Pontificia de Estudio del Caso Galileo (1981-1992) (Madrid: Biblioteca de Autores Cristianos, 2008).)
 
(3) Por Mariano Artigas, professor de Filosofia da Ciência na Universidade de Navarra (Espanha), co-autor do livro “ Galileo en Roma. Crónica de 500 días” e autor do livro “Filosofia da Natureza”.
 
 
 
 

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