Blog Católico, para os Católicos

BLOG CATÓLICO, PARA OS CATÓLICOS.

"Uma vez que, como todos os fiéis, são encarregados por Deus do apostolado em virtude do Batismo e da Confirmação, os leigos têm a OBRIGAÇÃO e o DIREITO, individualmente ou agrupados em associações, de trabalhar para que a mensagem divina da salvação seja conhecida e recebida por todos os homens e por toda a terra; esta obrigação é ainda mais presente se levarmos em conta que é somente através deles que os homens podem ouvir o Evangelho e conhecer a Cristo. Nas comunidades eclesiais, a ação deles é tão necessária que, sem ela, o apostolado dos pastores não pode, o mais das vezes, obter seu pleno efeito" (S.S. o Papa Pio XII, Discurso de 20 de fevereiro de 1946: citado por João Paulo II, CL 9; cfr. Catecismo da Igreja Católica, n. 900).

terça-feira, 30 de novembro de 2021

ORAÇÃO E SÚPLICA A NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO.


(Para todas as necessidades, gerais e particulares; e muito própria para implorar os poderes de seu Patrocínio, diante da Sua milagrosa imagem aparecida)


Ó Imaculada, Santíssima e Puríssima Senhora, Mãe de Misericórdia, Mãe da graça, esperança e refúgio de todos os aflitos, por tudo quanto representar-Vos posso e mais Vos pode obrigar, Vos suplico e rogo pelo nosso Sumo Pontífice e mais Prelados da Igreja, pela paz entre os Príncipes Cristãos, exaltação da Santa Fé Católica e extirpação das Heresias, conversão dos infiéis e de todos aqueles, que combatidos pelo espírito da incredulidade, hesitam, ou duvidam dos Vossos poderes e maravilhas; atraí, Senhora, a todos para que venham rendidos entoar Vossos louvores.

Ponde, ó amantíssima Mãe, os olhos de Vossa Piedade no Nosso amado Chefe, que tanto se desvela pelo bem geral desta Nação e igualmente Vos suplico por toda a sua Família. Destruí, ó Mãe Poderosa, qualquer princípio de erro, que entre nós possa haver, para que todos os brasileiros, à imitação de nossos Maiores, sejam os baluartes da Fé Católica, seus defensores e propugnadores. Verifique-se, Senhora, sempre em nós a palavra, que o Vosso bendito Filho disse ao primeiro Rei de Portugal: que Lhe seria aquele, sempre fiel, puro na Fé, e amado pela sua piedade.

Eu aqui venho, Senhora, com fé, reverência e humildade, quanto cabe nas minhas limitadas forças, render-Vos cultos de afetuosa devoção; dignai-Vos, pois, de aceitar a minha boa vontade e todos os que com tanta eficácia Vos procuram neste Templo, que é um santuário de maravilhas e prodígios Vossos desde os princípios deste Império, pois aparecestes muitas vezes ao glorioso Santo Antônio, animando-o ao progresso das suas virtudes; depois neste mesmo Templo mostrastes a Vossa prodigiosa Grandeza e Imagem, que do porto de Bettencourt foi conduzida a Lisboa por Martin Affonso de Souza, o qual, colocando-a na Paróquia de São Paulo, nos mostrastes prodigiosamente que elegestes esta Igreja para Vossa permanência, desaparecendo naquela, e vindo para este Altar, onde até ao presente sois venerada e onde tendes feito imensos benefícios a todos os que com devota fé Vos tem invocado. Aqui, mostrando que sois Mãe de infinita Piedade e Misericórdia, quisestes que no claustro desta Sé, uma confraria de homens, desse início à Irmandade da Misericórdia, cujos exercícios todos são de Caridade, fazendo que difundisse daqui este bem a todo o Império, estabelecendo-se em todo ele Confrarias do mesmo Instituto por ordem do Senhor Rei D. Manoel. Enfim, Senhora, no século presente mostrastes que as Vossas delícias eram estar Conosco e neste Vosso prodigioso Tabernáculo, fazendo com que pomposamente aqui Vos trasladassem desde a pequena gruta de Carnaxide, onde entre maravilhas fostes aparecida; vieste, Senhora, para serdes também aqui as nossas delícias, nosso refúgio, o nosso amparo e o remédio prontíssimo de todos males e enfermidades no feliz despacho de todas as nossas petições: portanto, Vos rogo, ó Mãe Puríssima, Vos digneis consolar a quem Vos invoca, remediando como podeis e sabeis todas as minhas necessidades; não me negueis o Vosso amor, porque depois de Deus, em Vós tenho posto toda a minha confiança, como em única esperança de minha salvação e remédio; concedei-me este favor e com ele também o que particularmente Vos peço nesta visita (ou Novena, se a fizer, e pode aqui expor a sua súplica particular); concedei-me um ardentíssimo amor a Vós, um fervoroso zelo da Vossa honra e glória, uma viva fé, esperança firme e caridade perfeita, e que na hora da minha morte Vos digneis de me assistir e confortar, alcançando-me a graça final, para que pelos Vossos merecimentos e intercessão poderosa e pelo Mistério de Vossa Puríssima Conceição mereça ir ver-Vos e gozar a Vossa companhia no Céu à vista do Vosso Santíssimo Filho, que com o Pai e o Espírito Santo vive e reina por todos os séculos dos séculos. Amém.


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Fonte: “Cartilha ou Compêndio da Doutrina Cristã Ordenada por Perguntas e Respostas”, por Rev. Pe. Antônio José de Mesquita Pimentel, Cap. “Devoção”, pp. 165-168. 18.ª Edição atualizada, Livraria Chardron, de Lello & Irmãos Ltda, Porto, 1872.


DA IMACULADA CONCEIÇÃO, PARA AS FILHAS DE MARIA.


Germen plantationis meae,

opus manus meae ad glorificandum”.1


Eis a semente que eu plantei,

eis a obra de minhas mãos para a minha glória”.2


A semente confiada à terra entreabre em breve, suas entranhas, enterrando aí sua pequena raiz, fixando-se assim onde deve procurar sua vida, seu crescimento e sua robustez. É desta semente que toda a árvore tira a seiva que a nutre. Eis o símbolo da primeira prerrogativa de Maria, a de sua Imaculada Conceição.

Cumpriram-se os tempos. O reino da graça, da misericórdia e da clemência ia suceder às exigências da antiga lei, e estabelecer-se sobre suas ruínas. À luz de um dia calmo e novo ia fazer brilhar aos nossos olhares fatigados as luzes puras do amor de Deus para com os homens. O coração do Pai Eterno, ia dilatar-se e espalhar o orvalho do céu sobre a terra, o tesouro de suas perfeições divinas, seu Filho único, gerado desde a eternidade em seu seio. A este Deus, cujos desígnios eternos tendiam ao próprio aniquilamento, era necessário uma mãe que lhe desse um nascimento comum a todos os filhos de Adão. Ó Maria, sois Aquela que o Filho de Deus escolheu para sua Mãe, e Ele Vos protegeu, criando-Vos e formando-Vos desde o seio da vossa: Dominus, faciens et formans te ab utero auxiliator tuus!3 E esta Virgem, cheia de graça desde o primeiro instante de sua Conceição, pode dizer melhor que Isaías: Antes que eu existisse o Senhor me chamou! Desde o seio de minha mãe fez-me experimentar a impressão de sua graça e recordou-se de mim”. O poder, a sabedoria e a bondade da Santíssima Trindade, queriam brilhar em Maria antes de confiar-lhe o Verbo incriado, e Ela não podia se mostrar mais magnífica e liberal, do que no privilégio extraordinário de uma Conceição Imaculada. O Deus de toda a santidade devia nascer de Maria, e esta devia, desde então, ser concebida sem pecado, ser livre de toda a mácula, ornada de toda a graça: “Tota pulchra es, amica mea et macula non est in te”. Ela é a Arca da Aliança, preservada do dilúvio do Pecado Original; a Fonte selada cujas águas límpidas nunca foram turbadas; o Jardim fechado à antiga Serpente, à qual Ela deve esmagar a cabeça; o Lírio imaculado que ostenta sempre a mais pura alvura; enfim, a Nova Eva, bela, inacessível a toda sombra de pecado, e de imperfeição, arrebatadora de pureza aos olhares de Deus e dos homens.4 A graça de que Deus a cumulou vai se tornar uma fonte fecunda de onde manarão todas as virtudes, que farão desta pura criatura, o tesouro da sabedoria do Pai, o canal dos merecimentos do Filho, o espelho das luzes do Espírito de amor, a esperança, a força e o refúgio de todos os homens. Sua Imaculada Conceição é o primeiro dos dons da Augusta Trindade, que encerra em si o princípio e o gérmen de todas as outras perfeições; é o primeiro dos laços que A une à Divindade, é o brilho, a efusão do amor de Deus em sua criatura predileta.

Ó privilégio admirável, nossa fraca inteligência não poderia fazer uma ideia de vosso inestimável valor! Cegos pelas trevas do pecado, ignoramos a beleza da graça. A semelhança do Deus três vezes Santo, gravada na alma de Maria, no próprio momento em que foi retirada do nada, destruída da nossa pelo pecado do primeiro Pai antes de havermo-lA recebido, faz pouca impressão sobre os nossos corações. Nossa cegueira oculta-nos a nudez de nossa horrível miséria; daí, nossa pouca vigilância e solicitude para proporcionarmo-nos os seus salutares efeitos. Ó minha alma, abramos os olhos da fé, experimentemos o dom do Senhor! Por uma misericórdia infinita, incompreensível, inefável, o privilégio da Augusta Maria propagou-se até nós. O Mistério de sua pureza é a aurora da nossa reconciliação. A graça do Santo Batismo torna-se, interiormente, o gérmen da vida nova que encerra em seu todo o cristão. Semente que a caridade do pai de família quis lançar, por um milagre de misericórdia, num terreno infeccionado, para curar-lhe a corrupção; prodígio de reparação em nossas almas, em vez de ser prodígio de preservação como na de Maria; gérmen entretanto fecundo, princípio de vida, porém, de vida sobrenatural; “Fomos sepultados em Jesus Cristo pelo Batismo, a fim de ressuscitar para a glória de seu Pai, vivendo de uma nova vida”.5 Dom inefável que põe à nossa disposição todos os seus tesouros; adoção divina que nos dá a augusta qualidade de filhos de Deus; que elevação! De irmãos de Jesus Cristo; que união! De templos do Espírito Santo; que santificação! Graça do Batismo encerrando toda graça! Graça que nos arrancando das garras do Demônio, nos põe no campo predileto da Santa Igreja, a fim de recebermos aí o orvalho do Céu, e produzirmos frutos abundantes de todas as virtudes. Já compreendemos, ó minha alma, este dom magnífico? Tínhamos apreciado este adorno todo gratuito, que nos tem revestido das librés do Céu, antes que conhecêssemos as misérias da terra, antes que pensássemos em pedir os divinos favores? Pensemos nisto, de agora em diante. Entreguemos nossos corações ao reconhecimento, publiquemos as misericórdias do Senhor. Que todos os momentos de nossa existência sejam momentos de ações de graças; e que o título incomparável de cristão, faça toda nossa felicidade, toda a nossa glória, toda a nossa esperança.

Ó Maria Imaculada! Virgem puríssima e perfeitíssima! Beleza celestial, da qual nunca a mínima mancha embaciou o brilho, abaixai sobre nós vossos olhares de benevolência e de amor, para que eles nos iluminem fazendo-nos saborear o grande Mistério de nossa adoção divina! Que o resplendor de vossa pureza, refletindo em nossas almas, descubra-nos a beleza da graça, que vosso amor nos obtenha de sentir dele todo o valor, a fim de que de agora em diante prefiramos mil vezes a morte, do que consentir a perder o mais precioso dos bens, o tesouro inapreciável da graça. Assim seja.

Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos à Vós!

Prática: Renovar as Promessas do nosso Batismo em todas as Festas da Santíssima Virgem, a fim de entregar nossas promessas à guarda do seu Imaculado Coração.


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Fonte: Manual das Filhas de Maria Imaculada, II Parte, Livro II, Cap. II, § 1. p. 1, pp. 345-348. Nova Edição, Casa Central das Filhas da Caridade, Rio de Janeiro/RJ, 1929.

1.  Leituras meditadas, compostas pelo Rev. Pe. Aladel: primeiro Diretor da Associação.

2.  Is., 60, 21.

3.  Is., 44, 2.

4.  São Lourenço Justiniano.

5.  Rom. 6, 4.


NOVENA EM HONRA DA IMACULADA CONCEIÇÃO DA VIRGEM MARIA. 2º DIA.


V. Vinde, ó Deus, em meu auxílio.

R. Apressai-Vos, Senhor, em me socorrer.

V. Glória ao Pai, e ao Filho e ao Espírito Santo.

R. Assim como era no princípio, agora e sempre e por todos os séculos dos séculos. Amém.

Oferecimento1

Imaculada Virgem Mãe de Deus, Rainha dos Céus e da terra, minha terna Mãe, eu Vos ofereço e consagro esta novena, destinada a promover o Vosso culto, a celebrar as Vossas glórias e aumentar a devoção para convosco. Dignai-Vos aceitá-la, ó Mãe Virgem, e acolher todos os que recorrem a Vós, e abrasai o meu coração no amor divino, para que de hoje em diante os meus pensamentos, palavras e obras não tenham outro fim senão concorrer para Vos dar glória e a Vosso divino Filho. Assim seja.



Coroinha

em Honra da Imaculada

Conceição de Maria Santíssima2


Em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. Amém.

Primeira Parte: Seja bendita a Santa e Imaculada Conceição da Beatíssima Virgem Maria. Recite-se 1 Pai Nosso, 4 Ave Marias e um Glória ao Pai.

Segunda Parte: Seja bendita… Recite-se 1 Pai Nosso, 4 Ave Marias e um Glória ao Pai.

Terceira Parte: Seja bendita… Recite-se 1 Pai Nosso, 4 Ave Marias e um Glória ao Pai.



2º Dia


A Imaculada Conceição:

Portento divino do Amor Incriado.3


Entre todos os portentos na ordem espiritual, destaca-se uma obra-prima, plasmada pelas mãos do próprio Deus, primogênita de todas as criaturas, a mais santa, a mais perfeita, a mais pura, a mais semelhante ao Supremo Autor do universo.

Este ente privilegiado é Maria, a ilibada Mãe do Salvador, a Imaculada concebida sem Pecado Original, Aquela que, desde o primeiro instante de sua existência, estava repleta de graça e à qual se aplicam as palavras dos Cantares: “Tu és toda formosa, ó minha amiga, e em ti não há mancha”.4

Assim canta, jubilosa a Igreja no preclaríssimo dia de Nossa Senhora da Imaculada Conceição, comemorando o maior e o mais singular privilégio da Mãe de Deus, que é o de ter sido preservada do comum contágio de Adão, plenamente isenta do labéu original, por estar destinada pelos decretos divinos a ser a intacta Mãe do Redentor.

Pio IX, o mesmo Pontífice que definiu o dogma da Infalibilidade Papal, e depois de consultar os Prelados acerca da devoção do Clero e dos fiéis, a esse respeito na Encíclica Ubi primum, declarou o Mistério da Conceição Imaculada verdade de Fé na Bula Ineffabilis Deus, de 8 de Dezembro de 1854, com as seguintes palavras: “A doutrina de que a Bem-aventurada Virgem Maria, no primeiro instante da sua Conceição, por singular graça e privilégio de Deus Onipotente, em atenção aos méritos do Salvador do gênero humano, Jesus Cristo, foi preservada imune de toda a mancha de Culpa Original, foi revelada por Deus, e, portanto, deve ser firme e constantemente crida por todos os fiéis”.

Inatingida pelo pecado, Maria Santíssima, que devia conceber e dar ao mundo o Filho de Deus, não podia, de forma alguma, ficar sujeita, nem por um instante sequer, ao poder de Satanás a quem Ela, por sua Imaculada Conceição, devia esmagar a cabeça, conforme promessa divina, proferida depois da culpa de Adão, desde lá do Éden: “Porei inimizade entre ti e a mulher, e a mulher esmagar-te-á a cabeça”.5

Preservada do labéu original desde o próprio momento da concepção pelos méritos de Jesus Cristo; possuída por Deus desde o princípio de seus imperscrutáveis caminhos; favorecida do Céu desde toda a eternidade, a Virgem Santa nunca esteve debaixo da escravidão do Demônio, porque estava destinada a ser o Templo, onde residiria toda a plenitude da Divindade: o Verbo Humanado.

Prerrogativa essa tanto mais apreciável quanto mais universal era a lei do Pecado Original que, tragicamente, pairava sobre a humanidade em peso.

A Ilibada Virgem ficou subtraída da lei universal do pecado por vontade divina, assim como a rainha Ester ficou isenta da geral matança dos judeus, intentada pelo ímpio Amã, por ordem do rei Assuero, que jurou a Ester: “Não morrerás. Porque esta lei não foi feita para ti, mas só para todos os outros”.6

Entre todas as mulheres, só Maria recebeu a honrosa embaixada do Arcanjo São Gabriel, que a saudou em nome do Altíssimo: “Ave, Maria, cheia de graça; o Senhor é convosco; bendita sois entre as mulheres”.7

O exímio Santo Agostinho afirma a respeito da puríssima Virgem que, por honra do Senhor, nunca pode entrar em questão quando se trata do pecado.

Pela sua Imaculada Conceição, a graça foi comunicada a Maria em toda a plenitude que a fez ocupar o primeiro lugar junto ao Autor da Graça, conforme se exprime São Boaventura: “Deus podia criar um sol mais fúlgido, um maior número de estrelas, uma lua mais luminosa, um firmamento mais vasto, um mundo maior. Todavia, em toda a sua Onipotência, não podia criar mãe mais sublime que a Mãe de Deus”.

Pela sua Imaculada Conceição, Maria é um oceano de graças e a Igreja exclama, cheia de júbilo: “Vossa Imaculada Conceição, ó Santa Mãe de Deus, trouxe gáudio e alegria ao universo todo”.

O gênero humano, sacudido pelas funestas consequências do Pecado Original, no auspicioso dia de Nossa Senhora da Conceição, parece respirar um perfume de pureza, um aroma de inocência, um odor de santidade, lembrando, com profunda saudade, a feliz estadia antes da queda fatal, quando ainda resplandecia em candura, sorte essa inefável que o mundo compartilharia não fosse o labéu original.

A Imaculada Conceição é um raio de luz que dissipa as trevas da culpa. É uma estrela fulgurante na noite do pecado. É um farol luminoso que mostra à humanidade decaída caminhos melhores a palmilhar.

Maria Imaculada é o apanágio da virtude. É o mais acrisolado modelo de perfeição. É a escola mais aperfeiçoada que atrai àqueles que têm sede e fome de justiça e de verdade.

Pelo singular privilégio da Imaculada Conceição, Maria é o terror do Inferno. No mesmo instante em que Ela, saída das mãos do Criador, apareceu no mundo, o príncipe das trevas começou a estremecer. O exército infernal começou a retroceder.

Predestinada para excelsa Mãe de Jesus, que traria ao mundo a salvação, pela Imaculada Conceição foram quebradas as algemas do Inferno, que nos acorrentavam e arrastavam à perdição.

Neste belo dia, a Igreja, em transportes de júbilo, saúda sua excelsa Rainha, verdadeiro portento da graça divinal, com as soleníssimas palavras: “Sois toda formosa, Maria, e mancha original não há em Vós!”

Salve, pois, Mãe e Virgem sem mácula,

Do universo, portento primor!

Mais esplêndida glória que a tua

Tem só Deus, do universo Senhor!...”

Pai Nosso, Ave Maria, Glória ao Pai.



Oração8

Virgem Imaculada, que agradastes ao Senhor e fostes sua Mãe: por piedade volvei benigna os olhos para nós, os infelizes, que imploramos o vosso poderoso patrocínio.

A Serpente maligna, contra quem foi lançada a primeira maldição, teima em combater e tentar os míseros filhos de Eva.

Eia, bendita Mãe, nossa Rainha e Advogada, que desde o primeiro instante da vossa Conceição esmagastes a cabeça do Inimigo! Acolhei as súplicas que, unidos a Vós num só coração, vos pedimos que apresenteis diante do Trono do Altíssimo, para que nunca nos deixemos cair nas emboscadas que se nos preparam; para que todos nós cheguemos ao porto da salvação; e, no meio de tantos perigos, a Igreja e a Sociedade, cantem de novo o hino do resgate, da vitória e da paz. Assim seja.


V. Toda sois formosa, ó Maria.

R. Toda sois formosa, ó Maria.

V. E mácula original não há em Vós.

R. E mácula original não há em Vós.

V. Vós sois a glória de Jerusalém.

R. Vós sois a alegria de Israel.

V. Vós sois a honra do nosso povo.

R. Vós sois a Advogada dos pecadores.

V. Ó Maria.

R. Ó Maria.

V. Virgem prudentíssima.

R. Mãe clementíssima.


V. Rogai por nós.

R. Intercedei por nós a Nosso Senhor Jesus Cristo.

V. Vós fostes, ó Virgem, imaculada em vossa Conceição.

R. Rogai por nós ao Pai, cujo Filho destes à luz.


Oremos: Ó Deus, que pela Imaculada Conceição da Virgem Maria, preparastes a vosso Filho digna morada: nós vos rogamos que, pois a preservastes de toda a mancha, pela previsão da morte de seu mesmo Filho, nos concedais por sua intercessão, que também puros até Vós cheguemos. Pelo mesmo Cristo, Senhor nosso.

R. Amém.



Ladainha de Nossa Senhora

(Atualizada)


Senhor, tende piedade de nós.

Jesus Cristo, tende piedade de nós.

Senhor, tende piedade de nós.


Jesus Cristo, ouvi-nos.

Jesus Cristo, atendei-nos.


Pai celeste que sois Deus, tende piedade de nós.

Filho, Redentor do mundo, que sois Deus,

Espírito Santo, que sois Deus,

Santíssima Trindade, que sois um só Deus.


Santa Maria, rogai por nós.

Santa Mãe de Deus,

Santa Virgem das Virgens,

Mãe de Jesus Cristo,

Mãe da Igreja,*9

Mãe de misericórdia,*10

Mãe da divina graça,

Mãe da esperança,*

Mãe puríssima,

Mãe castíssima,

Mãe imaculada,

Mãe intacta,

Mãe amável,

Mãe admirável,

Mãe do bom conselho,

Mãe do Criador,

Mãe do Salvador,

Virgem prudentíssima,

Virgem venerável,

Virgem louvável,

Virgem poderosa,

Virgem clemente,

Virgem fiel,

Espelho de justiça,

Sede de sabedoria,

Causa da nossa alegria,

Vaso espiritual,

Vaso honorífico,

Vaso insigne de devoção,

Rosa mística,

Torre de Davi,

Torre de marfim,

Casa de ouro,

Arca da aliança,

Porta do céu,

Estrela da manhã,

Saúde dos enfermos,

Refúgio dos pecadores,

Conforto dos migrantes,*

Consoladora dos aflitos,

Auxílio dos cristãos,

Rainha dos anjos,

Rainha dos patriarcas,

Rainha dos profetas,

Rainha dos apóstolos,

Rainha dos mártires,

Rainha dos confessores,

Rainha das virgens,

Rainha de todos os santos,

Rainha concebida sem pecado original,

Rainha elevada ao céu,

Rainha do sacratíssimo rosário,

Rainha da família,*11

Rainha da paz,


Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, perdoai-nos Senhor.

Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, ouvi-nos Senhor.

Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, tende piedade de nós.


V. Rogai por nós, Santa Mãe de Deus.

R. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.


Oremos: Senhor Deus, nós Vos suplicamos que concedais aos vossos servos perpétua saúde de alma e de corpo; e que, pela gloriosa intercessão da Bem-aventurada sempre Virgem Maria, sejamos livres da presente tristeza e gozemos da eterna alegria. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.


_________________________

1.  Manual da Pia União das Filhas de Maria, Cap. V, Devocionário, Art. I, p. 474. Traduzido do Italiano pelo Côn. Dr. Ananias Correa do Amaral, 11ª Edição, Editora Livraria Católica Portuense Ltda, Porto, 1926.

2.  “Manual das Missões e Devocionário Popular”, por um Presbítero da Congregação da Missão, Orações e Meditações, p. 382. 1908.

3.  Viver com a Igreja – Breves Considerações em torno do Ano Eclesiástico e de Assuntos Relacionados com os Costumes e o Espírito da Igreja Católica”, por Frei Benvindo Destéfani, O.F.M., 2ª Parte, Imaculada Conceição, pp. 179-184. Tipografia de São Francisco, Bahia, 1941.

4.  Cânt. 4, 7.

5.  Gên. 3, 15.

6.  Est. 15, 13.

7.  Luc. 1, 28.

8.  Manual dos Congregados Marianos (Edição Oficial), 4ª Parte – Devocionário Mariano, pp. 235-237. Editora Vozes, Petrópolis/RJ, 1938.


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