Blog Católico, para os Católicos

BLOG CATÓLICO, PARA OS CATÓLICOS.

"Uma vez que, como todos os fiéis, são encarregados por Deus do apostolado em virtude do Batismo e da Confirmação, os leigos têm a OBRIGAÇÃO e o DIREITO, individualmente ou agrupados em associações, de trabalhar para que a mensagem divina da salvação seja conhecida e recebida por todos os homens e por toda a terra; esta obrigação é ainda mais presente se levarmos em conta que é somente através deles que os homens podem ouvir o Evangelho e conhecer a Cristo. Nas comunidades eclesiais, a ação deles é tão necessária que, sem ela, o apostolado dos pastores não pode, o mais das vezes, obter seu pleno efeito" (S.S. o Papa Pio XII, Discurso de 20 de fevereiro de 1946: citado por João Paulo II, CL 9; cfr. Catecismo da Igreja Católica, n. 900).

quarta-feira, 20 de novembro de 2019

DA IMPORTÂNCIA QUE TEM PARA O CATÓLICO, DE CONSAGRAR-SE A NOSSA SENHORA DO CARMO.



Pode-se dizer que o hábito ou o Escapulário seja um meio de Consagração a Maria?

O hábito do Carmo foi desde o início de sua história um meio de consagração a Deus e Nossa Senhora. Os primeiros eremitas do Monte Carmelo consagravam as suas vidas a Deus e à Mãe Santíssima e entregavam-se à contemplação para A honrarem. O Pontífice Pio XII, pediu a todos que vissem no hábito ou Escapulário, um sinal de Consagração ao Imaculado Coração de Maria (Carta pela Comemoração do VII Centenário do Escapulário, em 1950).

Como sinal da Consagração a Maria, deve-se preferir o hábito (Escapulário), ou a medalha?

Quem estiver familiarizado com o simbolismo antigo do vestuário, não pode ter dúvida de que o Hábito ou Escapulário ser preferível à medalha; porque o Hábito, tal como um uniforme ou libré, cobre toda a pessoa e mostra a sua pertença a outrem. A medalha, é aliás frequentemente, um mero substituto do Hábito ou Escapulário. Além disso, está prescrito aos Terceiros, o uso do Escapulário.

O que é que se entende, por Consagração por meio do Hábito?

Por consagração, entende-se que uma pessoa, um local ou uma coisa, deixa de ser posse de homem, para se tornar, de uma maneira especial, propriedade de Deus. Assim, o Padre é escolhido entre os homens, para se tornar Ministro de Deus, e, o Cálice, taça vulgar, é retirado do uso profano, para servir somente no altar. Dessa maneira, na consagração pelo hábito ou Escapulário, tornamo-nos, se assim se pode dizer, propriedade de Maria; tornamo-nos Seus de uma maneira especial e comprometemo-nos a servi-lA sempre.

Poderá a própria vida de Maria servir-nos de Modelo de Consagração?

Maria tinha continuamente a consciência da sua pertença a Deus, e de estar na terra para realizar a Sua Vontade como ela se realiza no Céu. As suas palavras: “Eis a escrava do Senhor; faça-se em mim segundo a tua Palavra” mostram que era para servir e praticar a Verdade na Caridade que Ela vivia. O Terceiro deve estar repleto dos mesmos sentimentos de espírito e coração em veneração a Nossa Senhora. Embora a nossa dependência d’Ela seja essencialmente diferente da nossa dependência de Deus, sabemos que Ela é a Mãe da Divina Graça e que todos os favores de Deus, mesmo a vida eterna, vem até nós através d’Ela. Servi-lA é reinar.

Deve o Terceiro renovar com frequência a sua consagração a Nossa Senhora?

O Terceiro deverá renovar se possível diariamente a sua consagração a Ela, a fim de alcançar uma dependência amorosa, viva e duradoura.

O que é que se entende por Consagração Total a Maria?

Por consagração total entende-se que a nossa vida inteira deve ser vivida para Maria e que Ela em troca a oferecerá a Deus, enriquecida com os seus próprios méritos e doçura do seu amor.

Para nos consagrarmos a Nossa Senhora serão necessários os dois votos prescritos pela Regra?

Em virtude do Hábito ou Escapulário ser um sinal de consagração a Maria, sua simples imposição, mesmo sem os votos, é já de per si um ato de consagração a Ela.

Sendo assim, qual é o valor dos votos?

O fato de se prestar os votos fortalece a nossa vontade para dar algo a Deus corroborando o motivo. Além disso, dá às nossas boas ações um valor e um mérito particular, tornando-os atos de virtude de religião. Os dois votos da Regra da Ordem Terceira tornam também a nossa consagração a Nossa Senhora mais íntima e mais perfeita.

Espera-se do Terceiro Carmelita que ele ore mais do que o simples Católico?

Sendo a oração o fim primário de toda a vocação Carmelita deverá o Terceiro torná-la a ocupação principal da sua vida. Mais do que qualquer outro católico, deverá ele aprender a arte da oração contínua.1




A Devoção ao Escapulário Carmelitano
é a Síntese Sincronizada
da Mensagem de
Nossa Senhora de Fátima

Nas aparições de Nossa Senhora de Fátima, estão contidas as duas principais devoções marianas que resistiram à dura prova do tempo: A do Rosário e a do Escapulário. Dadas aos homens na Idade Média, trazem-nos ambos privilégios inestimáveis relacionados com a perseverança, a salvação da alma e a conversão do mundo. Sempre foram importantes e atuais, mas com as revelações de Fátima estas devoções tornaram-se ainda mais necessárias e urgentes.

No auge das aparições, no dia 13 de Outubro, enquanto transcorria o grande milagre do Sol visto por mais de 50 mil pessoas, a Mãe de Deus mostrou-se aos pastorzinhos sob a invocação de Nossa Senhora do Monte Carmelo, apresentando-lhes nas mãos o Escapulário. Certamente que, transcorrendo no momento mais alto entre todos os fenômenos passados na Cova da Iria, esta aparição não é um detalhe sem importância. Pode-se concluir até que os privilégios inestimáveis ligados ao Escapulário são parte integrante da Mensagem que nos deixou a Mãe de Deus em Fátima, juntamente com o Rosário e a devoção ao Imaculado Coração de Maria.

De facto, as referências ao Inferno, ao Purgatório, à necessidade de penitência e à intercessão de Nossa Senhora contidas na Mensagem estão em inteira consonância com as promessas anexas ao Escapulário.

Quem deitar atenção sobre o verdadeiro sentido das aparições concluirá naturalmente que o atendimento completo dos pedidos de Nossa Senhora de Fátima impõe que se conheça a importância do dom do Escapulário, e que este seja difundido o mais amplamente possível. Concluirá também, certamente, que o paulatino abandono em que caiu a devoção ao Escapulário deu-se paralelamente ao crescente desconhecimento do sentido profundo da Mensagem da Mãe de Deus.

Assim, na comemoração dos 750 anos da entrega do Escapulário a São Simão Stock, não poderia haver melhor ocasião para os devotos de Nossa Senhora de Fátima trabalharem com denodo a fim de restabelecer o uso deste sacramental que a incomensurável bondade da Mãe de Deus nos legou. Será um grande passo no cumprimento da missão que a Santíssima Virgem confiou a todos os portugueses: estabelecer no mundo a devoção ao Imaculado Coração de Maria.

No ápice das aparições em que Nossa Senhora proclama a verdade da sua realeza, sob a forma do triunfo do Imaculado Coração de Maria, Ela aparece revestida do traje da sua mais antiga devoção – a do Carmo. E, desse modo, realiza uma síntese entre o historicamente mais remoto (O Monte Carmelo), o mais recente (A devoção ao Imaculado Coração de Maria) e o futuro glorioso, que é a vitória e o reinado desse mesmo Coração.

É sinal inequívoco de que o católico zeloso do cumprimento dos pedidos da Mãe de Deus encontrará nesta devoção uma fonte abundante de graças para a sua conversão pessoal e para o seu apostolado, especialmente nestes dias de profunda descristianização da nossa sociedade. Este “Vestido de Graça” fortalecerá a sua certeza de que, ao fechar os olhos para esta vida e ao abri-los para a eternidade, encontrará o seu fim último, Cristo Jesus, na Glória Eterna.2



Carmelita,
Ir. Lúcia de Fátima,
garantiu que o Escapulário e o Rosário,
são inseparáveis.

REDAÇÃO CENTRAL, 13 Jul. 19 / 08:00 am (ACI).- Uma das videntes das aparições da Virgem em Fátima foi Lúcia, que mais tarde se tornou religiosa Carmelita e revelou que Nossa Senhora do Carmo esteve na última aparição, em 13 de outubro de 1917, mostrando que “o Escapulário e o Rosário são inseparáveis”.

Conforme relato recolhido pelo site da ‘Ordem do Carmo em Portugal’, em 13 de outubro de 1917, a Mãe de Deus cumpriu a promessa que tinha feito aos três pastorinhos no mês anterior. Assim, após a aparição da Virgem, apareceram também São José e o Menino Jesus, depois, Nossa Senhora das Dores e, em seguida, Nossa Senhora do Carmo.

Este episódio foi contado pela própria Ir. Lúcia ao Pe. Donald O’Callaghan, O. Carm., em setembro de 1949. Em testemunho à ‘Ordem do Carmo em Portugal’, o sacerdote contou que na visita feita à religiosa, “estava particularmente interessado em saber qual o lugar do Escapulário do Carmo nas aparições de Fátima”.

Ao sacerdote carmelita, Ir. Lúcia contou que Nossa Senhora não lhe falou nada sobre o Escapulário, porém, “dissera-lhe que viria como Nossa Senhora do Carmo, e a sua interpretação era que a devoção do Escapulário agradava a Nossa Senhora, e que Ela desejava que fosse propagada”.

Em seguida, Pe. O’Callaghan narrou ter perguntado à vidente “se ela pensava que a devoção do Escapulário fazia parte da Mensagem de Fátima”, ao que Lúcia respondeu que, certamente, “o Escapulário e o Rosário são inseparáveis”, pois “o escapulário é o sinal da consagração a Nossa Senhora”.

O sacerdote disse ter pedido que a carmelita escrevesse tais palavras, mas, ela afirmou que “só o faria com a permissão do Santo Padre”.

No ano seguinte, em 11 de fevereiro de 1950, o Papa Pio XII convidou a “colocar em primeiro lugar, entre as devoções marianas, o Escapulário que está ao alcance de todos”.

Mais tarde, na festa da Assunção de Nossa Senhora em 1950, Ir. Lúcia voltou a falar sobre a aparição de Nossa Senhora do Carmo e sobre o escapulário ao Pe. Howard Raffterty, O. Carm.

Segundo narrou o sacerdote, Ir. Lúcia ressaltou que, “em muitos livros sobre Fátima, os autores não dão o Escapulário como parte integrante da Mensagem”. “Ah, fazem mal; Nossa Senhora quer que todos usem o Escapulário”, completou a religiosa.

Pe. Raffterty contou ter insistido sobre a questão, por considerar que aquela declaração “não fosse talvez suficientemente claro”. Assim, perguntou novamente: “Mas Nossa Senhora nada disse quando apareceu como Senhora do Carmo. Podemos ter a certeza que Ela queria o Escapulário como fazendo parte da Mensagem, só pelo fato de trazer o hábito vestido e segurar o Escapulário?”.

Ir. Lúcia, então, garantiu que “sim” e afirmou: “Agora já o Santo Padre o confirmou a todo o mundo, dizendo que o Escapulário é sinal de consagração ao Imaculado Coração. Ninguém pode discordar”.

Além disso, a religiosa reforçou que, “sem dúvida, o terço e o Escapulário são inseparáveis”.3




Consagração
a Nossa Senhora do Carmo4


Ó Maria, Rainha e Mãe do Carmelo, venho hoje consagrar-me a Vós.

Tudo o que sou e tudo o que tenho entrego em Vossas mãos!

Vós olhais com especial bondade os que estão revestidos do Vosso Escapulário.

Suplico-vos que fortaleçais com o Vosso poder a minha fraqueza, iluminai a escuridão da minha mente com a Vossa sabedoria.

Aumentai em mim a fé, a esperança e a caridade, para que possa render-vos todos os dias a minha homenagem.

Que o Santo Escapulário atraia sobre mim o Vosso olhar misericordioso.

Traga-me a Vossa especial proteção nas lutas diárias, para que eu possa ser fiel a Vós e ao Vosso Divino Filho.

Possa o Santo Escapulário afastar-me de tudo que é pecaminoso e me lembre sempre o dever de imitar-vos e revestir-me com Vossas virtudes.

Desde já me esforçarei para viver em Vossa presença, ser na vida um espelho da Vossa humildade, caridade, paciência, mansidão e empenho!

Mãe querida, apoiai-me com Vosso constante amor, para que eu, Vosso filho pecador, possa um dia trocar o Vosso Escapulário pela veste celestial e viver convosco e os Santos do Carmelo no Reino do Vosso Filho. Amém!


______________________________

1.  Fr. Kiliano Liynch, O. Carm., “Catecismo da Ordem Terceira do Carmo”, pp. 4-5.

4.  Manual do Terceiro Carmelita – Venerável Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo, Sodalício de Campos dos Goytacazes – RJ, Província Carmelitana de Santo Elias, Cap. Orações, p. 273. Assistente Espiritual: Pe. Everaldo Bon Robert, 2010.

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