Blog Católico, para os Católicos

BLOG CATÓLICO, PARA OS CATÓLICOS.

"Uma vez que, como todos os fiéis, são encarregados por Deus do apostolado em virtude do Batismo e da Confirmação, os leigos têm a OBRIGAÇÃO e o DIREITO, individualmente ou agrupados em associações, de trabalhar para que a mensagem divina da salvação seja conhecida e recebida por todos os homens e por toda a terra; esta obrigação é ainda mais presente se levarmos em conta que é somente através deles que os homens podem ouvir o Evangelho e conhecer a Cristo. Nas comunidades eclesiais, a ação deles é tão necessária que, sem ela, o apostolado dos pastores não pode, o mais das vezes, obter seu pleno efeito" (S.S. o Papa Pio XII, Discurso de 20 de fevereiro de 1946: citado por João Paulo II, CL 9; cfr. Catecismo da Igreja Católica, n. 900).

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

A Igreja frente à Ideologia Gay


Bento XVI advoga 

por «ecologia do homem»

A ideologia de gênero altera a constituição da natureza humana, adverte.

Por Jesús Colina

CIDADE DO VATICANO, segunda-feira, 22 de dezembro de 2008 (ZENIT.org).- A defesa da natureza não é algo acessório para a Igreja, mas faz parte de sua natureza, afirmou Bento XVI nesta segunda-feira, declarando, contudo, que se trata de uma «ecologia do homem», no longo e extenso discurso que dirigiu aos membros da Cúria Romana, com quem teve o tradicional encontro de troca de felicitações por oasião do Natal.

Recordando o papel decisivo que teve a reflexão sobre a ecologia durante as JMJ, celebradas em julho em Sydney, acontecimento central para a Igreja em 2008, o pontífice ofereceu uma sugestiva leitura sobre o respeito da criação.

«Dado que a fé no Criador é parte essencial do credo cristão, a Igreja não pode e não deve limitar-se a transmitir a seus fiéis só a mensagem da salvação», afirmou o Papa, que no início de 2009 publicará uma encíclica de caráter social.

«Ela também tem uma responsabilidade com relação à criação – advertiu – e tem de cumprir esta responsabilidade em público.»

No cumprimento desta missão, acrescentou, a Igreja «não só tem de defender a terra, a água, o ar, como dons da criação que pertencem a todos. Tem de proteger também o homem contra sua própria destruição».

«É necessário que haja algo como uma ecologia do homem, entendida no sentido justo», assegurou.

Esta ecologia humana, afirmou, baseia-se no respeito dos gêneros, masculino e feminino, que fazem parte da natureza humana.

O bispo de Roma o disse com estas palavras: «Quando a Igreja fala da natureza do ser humano como homem e mulher e pede que se respeite esta ordem da criação, não está expondo uma metafísica superada».


Trata-se, assegurou, «da fé no Criador e da escuta da linguagem da criação, cujo desprezo significaria a auto-destruição do homem e, portanto, uma destruição da própria obra de Deus».

O pontífice advertiu sobre a manipulação que acontece em fóruns nacionais e internacionais quando se altera o termo «gender» (gênero). Com freqüência, como aconteceu na quinta-feira passada na assembléia geral das Nações Unidas, utilizam termos como «orientação sexual» ou «identidade de gênero» para reconhecer o pretendido «casamento» homossexual.

«O que com freqüência se expressa e entende com o termo ‘gender’ se sintetiza em definitivo na auto-emancipação do homem da criação e do Criador. O homem quer fazer-se por sua conta, e decidir sempre e exclusivamente só sobre o que lhe afeta», constatou o pontífice.

Mas deste modo, advertiu, «vive contra a verdade, vive contra o Espírito criador». «Os bosques tropicais merecem, certamente, nossa proteção, mas não menos a merece o homem como criatura, na qual está inscrita uma mensagem que não contradiz a nossa liberdade, mas é sua condição», indicou.

Por isso, declarou, «grandes teólogos da escolástica qualificaram o matrimônio, ou seja, o laço para a vida toda entre o homem e a mulher, como sacramento da criação, instituído pelo Criador e que Cristo – sem modificar a mensagem da criação – acolheu depois na história de sua aliança com os homens».

«Faz parte do anúncio que a Igreja deve oferecer o testemunho a favor do Espírito criador presente na natureza em seu conjunto, de maneira especial na natureza do homem criado à imagem de Deus», concluiu.

ZP08122209 - 22-12-2008
Permalink: http://www.zenit.org/article-20407?l=portuguese



«Homossexual pode ser padre?»

Dom Odilo P. Scherer

Bispo auxiliar de São Paulo secretário-geral da CNBB

BRASÍLIA, quinta-feira, 1 de dezembro de 2005 (ZENIT.org).- Publicamos a seguir artigo de Dom Odilo Pedro Scherer, bispo auxiliar de São Paulo e secretário-geral da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), sobre o tema do novo documento da Congregação para a Educação Católica, que reafirma a questão da incompatibilidade entre homossexualismo e sacerdócio. O artigo foi difundido essa quarta-feira pelo organismo episcopal.


Homossexual pode ser padre?

A Santa Sé, através da Congregação para a Educação Católica, emitiu uma Instrução sobre “critérios para o discernimento vocacional acerca das pessoas com tendências homossexuais e da sua admissão ao seminário e às Ordens sacras”.

A Instrução foi publicada no Vaticano no dia 29 de novembro mas teve a aprovação do papa Bento XVI já no dia 29 de agosto passado e recolhe as orientações do Magistério da Igreja já presentes em vários outros Documentos anteriores sobre o mesmo assunto. Mas também apresenta algumas inovações.

O pressuposto básico é que a vocação sacerdotal é um chamado de Deus para uma missão especial na comunidade da Igreja e cabe a esta colocar os critérios e discernir, nos casos concretos, sobre a autenticidade da vocação, através daqueles que têm esta responsabilidade. Assim fica estabelecido que não podem ser admitidos ao seminário e às Ordens sacras aqueles que praticam atos homossexuais, os que apresentam tendências homossexuais “profundamente radicadas” e aqueles que aderem à chamada “cultura gay” (n. 2).

Quais são os motivos para essa tomada de posição? A questão não é nova e vem sendo refletida pela Igreja há mais tempo; mas a ocasião dessa intervenção, certamente, foi dada por escândalos sexuais em ambientes eclesiásticos, largamente difundidos pela imprensa. Na convicção da Igreja, o sacerdócio não equivale ao exercício de uma profissão, em vista de algumas funções, mas é um chamado para uma especial “configuração com Jesus Cristo”, mediante a ação do Espírito Santo. E isso requer, entre outras condições, maturidade afetiva, equilíbrio na vida sexual e a capacidade de estabelecer uma relação fecunda de paternidade espiritual com todos – homens e mulheres.

A Instrução afirma que, embora respeitando as pessoas homossexuais e condenando qualquer injusta discriminação em relação a elas, a Igreja considera que a tendência homossexual profundamente radicada é objetivamente desordenada e sinal de imaturidade afetiva séria; e os atos homossexuais são intrinsecamente contrários à natureza e, por isso, imorais (n. 2), não podendo ser aprovados.

O Documento, porém, observa que a tendência homossexual transitória, sinal de uma adolescência ainda não plenamente passada, não exclui da ordenação sacerdotal, contanto que o candidato tenha dado prova segura de ter superado essa tendência, pelo menos, três anos antes de receber a ordenação diaconal. O discernimento cabe aos formadores.

De maneira enfática, a Santa Sé reafirma a responsabilidade dos bispos e dos superiores gerais, no caso dos religiosos, na aceitação dos candidatos à ordenação sacerdotal. Esta responsabilidade deve ser compartilhada por aqueles que os bispos e os superiores maiores escolhem como formadores dos seminaristas. O próprio candidato ao sacerdócio deve colaborar, com confiança e honestidade, sem ocultar sua eventual tendência homossexual.

Ninguém tem o direito de receber a ordenação sacerdotal e os responsáveis pela formação e a transmissão das Ordens sacras devem, em consciência diante de Deus, avaliar todas as qualidades da personalidade dos candidatos, sua maturidade afetiva e seu comportamento sexual. Aqueles candidatos que não apresentarem as qualidades exigidas pela Igreja devem ser aconselhados a não prosseguir no caminho do sacerdócio.

O breve Documento da Santa Sé, agora publicado, representa uma clara tomada de posição numa questão especialmente delicada. No entanto, a palavra orientadora do Magistério da Igreja sobre essas questões deverá ter o efeito de estabelecer clareza sobre a formação sacerdotal e a escolha daqueles que podem receber a ordenação sacerdotal.

Dom Odilo P. Scherer
Bispo auxiliar de São Paulo e
secretário-geral da CNBB


ZP05120116 - 01-12-2005
Permalink: http://www.zenit.org/article-9598?l=portuguese

Houve algum Santo que não teve algum Dom Extraordinário?



As Graças Extraordinárias 
não fazem o homem melhor em si.

Sim, houve e haverá sempre, pois a Perfeição Cristã não consiste em Carismas Extraordinários. Vejamos:
 
► São Francisco de Sales: “Vários Santos que estão no Céu nunca estiveram em êxtase ou arroubo de contemplação; porque quantos Mártires, e grandes Santos e Santas vemos na História, nunca terem tido na oração outro privilégio, senão o da Devoção e Fervor! Mas, nunca houve Santo que não tivesse o êxtase e arroubo da vida e da operação, vencendo-se a si mesmo e vencendo as suas inclinações naturais” (“Tratado do Amor de Deus”, Liv. VII, Cap. VII).

► R. Pe. João Batista Lehmann, S.V.D.: “São Roberto Belarmino foi sem dúvida alguma um dos maiores sábios de seu tempo, senão o maior, a quem a Igreja e quase todos os países da Europa devem serviços e benefícios incalculáveis. Embora não tivesse feito coisas extraordinárias, nem praticado atos de penitência como um São Luís de Gonzaga; embora a vida de religioso não se lhe visse acompanhada de Graças Místicas, pois, de relance seja dito, que em nada disto consiste a Perfeição Cristã; São Roberto Belarmino era um homem que só conhecia um ideal, e à realização deste ideal pertencia todo o seu ser: amar a Deus somente, e somente a Ele servir. Viver 79 anos sem cometer falta grave, conservar durante todo este tempo a pureza do coração, observar escrupulosamente os Santos Mandamentos e a Santa Regra, cumprir em tudo e sempre o dever, como Religioso, como Cardeal e Arcebispo, trabalhar sempre pela conservação da Fé, é coisa extraordinária, é heroísmo, é perfeição” (“Na Luz Perpétua”, Vol. I, 13 de Maio – Festa de S. Roberto Belarmino, S.J.; cfr. Reflexão).


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Fonte: Acessar o ensaio "Elucidário sobre o Dom das Línguas" no link "Meus Documentos - Lista de Livros".

Quem são os que desejam, temerariamente, os Dons Extraordinários?



Genealogia dos Iludidos


Satã


(Satã, o maior 
de todos os iludidos)

"Dize a esta pedra que se converta em pão... lança-Te daqui abaixo...” (S. Mat. 4, 1-11; S. Luc. 4, 1-13).

O Demônio pede a Nosso Senhor que, presunçosa e temerariamente, rea­lize Milagres; mas, a resposta de Deus foi simples e esmagadora: “Não tentarás o Senhor Teu Deus”, isto é, “não te expo­rás temerariamente ao peri­go, para pôr à prova a bondade de Deus” (R. Pe. Matos Soares, “Bíblia Sa­grada”, trad. da Vulgata Sixto-Clementina; cfr. Notas), ou em ou­tras palavras: “Tentar a Deus para pro­var a bondade e o Poder Divino, é expor-se ao peri­go” (D. Vi­cente M. Zioni, ob. cit., cfr. Notas).

Simão, o Mago.


(como figura fiel 
dos falsos carismáticos)

► “... E, observando os prodígios e grandes milagres que se fazi­am, cheio de pas­mo, ad­mirava-se (n.c: não de uma admiração humilde e sadia, mas sim, enganosa, egoís­ta, in­vejosa e irrespon­sável)... Dai-me também a mim este poder...” (At. 8, 9-25).

O “proceder de Simão deu origem ao termo Simonia, que significa, o co­mércio com as coisas sa­gradas” (R. Pe. Matos Soares, ob. cit., cfr. Notas).

Simão, o Mago, é considerado pelos bons autores, como o Pai de to­das as Here­sias.

Constata-se esse pecado em todos os hereges, mas, de forma mais sutil nas Seitas di­tas cristãs.

São Judas Tadeu, falando dos hereges, afirma que, “assim como Sodoma e Go­morra, e as ci­dades circunvizinhas, que fornicaram com elas, e se abandona­ram ao prazer in­fame, fo­ram postas por escarmento, sofrendo a pena do fogo eterno, da mesma maneira tam­bém estes contaminaram a sua carne, e des­prezam a Dominação (de Cristo), e blasfe­mam da Majesta­de (Divina)... Estes, porém, blasfemam de todas as coisas que ignoram, e pervertem-se como animais sem razão em todas aquelas coisas que conhecem naturalmente. Ai deles, porque andaram pelo caminho de Caim, e, por (causa de um aviltante) lu­cro, precipitaram-se no erro de Balaão, e pereceram na rebelião de Core... para os quais está reservada uma tempestade de trevas por toda a eternida­de” (7-13).

Os Escribas e Fariseus


(figura de todos os hipócritas, 
mercenários e blasfemadores)

► “Mestre, nós desejávamos ver algum prodígio Teu” (S. Mat. 12, 38).

E a Sabedoria Encarnada responde-lhes: “Esta geração má e adúl­tera pede um pro­dígio, mas não lhe será dado outro prodígio, senão o prodí­gio do Profeta Jonas” (S. Mat. 12, 39; 16, 1-4).

Realmente foi dado a estes o prodígio da Gloriosa Morte e Ressur­reição de Nosso Se­nhor; e o que foi que fizeram?

“Tendo elas (n.c: as Santas Mulheres) partido, eis que foram à cida­de al­guns dos guar­das, e no­tificaram aos príncipes dos sacerdotes tudo o que ti­nha su­cedido. E, tendo-se congre­gado com os an­ciãos, depois de tomarem con­selho, deram uma grande soma de dinheiro aos soldados, dizendo-lhes: ‘Dizei: os seus discípulos vieram de noite, e, enquanto nós estávamos dormindo, o rouba­ram. E, se che­gar isto aos ouvidos do governador, nós lho faremos crer, e atende­remos a vossa segurança...’” (S. Mat. 28, 11-15).

Assim acontece, também, com esta nossa geração má, pois, nos é dado ver o prodígio do Profeta Jonas, todos os dias nos nossos San­tos Alta­res, no Santo Sacrifício da Missa. E o que é que acontece atualmen­te? Sim­plesmente, desprezamos a Fonte, de onde jorram todas as Graças, para cor­rermos ao primeiro falso profeta, para impor as suas pecaminosas mãos so­bre nós, para recebermos fictícias curas, milagres, liberta­ções, dons, etc.

Ora, Santo Afonso Maria de Ligório ensina: “O Concílio de Trento diz da Santa Mis­sa (Sess. 22): ‘Devemos reconhe­cer que ne­nhum outro ato pode ser praticado pelos fiéis que seja tão Santo como a Celebração deste tre­mendo Mistério. O próprio Deus Todo-Podero­so não pode fa­zer que exista uma ação mais su­blime e Santa do que o Santo Sacrifício da Mis­sa...’ ... São João Crisóstomo diz que durante a Santa Missa o Altar está circunda­do de An­jos que aí se reúnem para adorar a Jesus Cristo que, nesse Sa­crifício su­blime, é oferecido ao Pai Celeste (De Sac., 1. 6). Que cristão poderá du­vidar, es­creve São Gregório (Dial. 4, c. 58), que os Céus se abram à voz do Sa­cerdote, du­rante esse Santo Sacrifício, e que Coros de An­jos assistiam a esse su­blime Misté­rio de Jesus Cristo. Santo Agostinho chega até a dizer que os Anjos se colocam ao lado do Sacerdote para servi-lo como ajudantes... São Boaventura (De Inst. Nov., 1. c.) diz que a Santa Missa nos põe diante dos olhos todo o amor que Deus nos de­dicou e que é, de certo modo, um Compêndio de todos os Bene­fícios que Ele nos fez... Deve­mos por isso reconhecer, com o Santo Concílio de Trento, que a Santa Missa é a mais Santa e Divina de todas as Obras (Sess. 22)... Segun­do o Concílio (Sess. 22, c. 2), é especialmente durante a Santa Missa que o Senhor ‘está sen­tado naquele Trono de Graças’, ao qual deve­mos nos che­gar, diz o Apóstolo, ‘para alcançar­mos mise­ricórdia e encontrarmos Graças no momento oportuno’ (Heb. 4, 16). Até os Anjos es­peram o tempo da Santa Missa, diz São João Crisóstomo (Hom. 13, De incomp. Dei nat.), para pedirem com mais resulta­do por nós, e ele acrescenta que, dificilmente se alcançará aquilo que não se con­segue durante a Santa Mis­sa” (R. Pe. Saint-Omer, C.Ss.R., “Escola da Per­feição Cristã para Seculares e Religiosos”, Part. IV, Cap. III, Art. I-II).

Deixemos, pois, a ilusória vida do maravilhoso e firmemos o nosso coração e a nossa mente nos sólidos Fundamentos da Fé Católica, “e todas estas coisas vos serão dadas de acrésci­mo” (S. Mat. 6, 33), se assim o quiser a Sacrossanta Vontade Divina (n. c. ).

Mas, apesar de terem visto os prodígios e milagres operados por Nosso Senhor, disse­ram: é “por virtude de Belzebu, príncipe dos Demônios” (S. Mat. 12, 24). E Nosso Senhor res­ponde-lhes: “Pelas tuas palavras serás justifica­do, e pe­las tuas palavras serás condenado” (S. Mat. 12, 27), “porque os Judeus exigem milagres...” (I Cor. 1, 22-25).

Herodes


(figura de todos os zombadores, 
impudicos e réprobos)

► “... E Pilatos, ouvindo falar da Galileia, perguntou se aquele homem era Galileu. E, quando soube que era da jurisdição de Herodes, remeteu-O a Hero­des, o qual, naqueles dias, encontrava-se também em Jerusalém.

Herodes, tendo visto Jesus, teve grande alegria, porque havia muito tempo que tinha desejo de O ver (S. Luc. 9, 9), por ter ouvido falar Dele muitas coisas, e esperava vê-lO fazer algum Milagre...” (S. Luc. 23, 1-12).

A Sabedoria Encarnada interpelada pela loucura encarnada, não diz uma única palavra (S. Luc. 23, 9), antes, a rejeita e despreza silenciosamente. E, não poderia ser de outra manei­ra, pois, entre as duas há um abismo infinito de oposi­ção.

A loucura encarnada, fez calar a voz do Profeta da Sabedoria Encar­nada; logo, a Sa­bedoria En­carnada não há nada a dizer a quem não quer ouvir. Este é, sem dúvida, o maior cas­tigo aplicado ao ho­mem nesta vida, e o será também na próxima: o des­prezo de Deus.

Os Filhos da Loucura


(patriarcas dos pseudos 
fazedores de milagres)


Janes e Mambres: “... Mas Faraó chamou os sábios e magos, e eles fizeram tam­bém coisas semelhantes por meio dos encantamentos egípcios e de certos segredos (n.c: ci­ências ocultas). E lança­ram por terra cada um deles as suas varas, as quais se converteram em dragões, mas a vara de Arão de­vorou as varas deles” (Ex. 7, 8-12; cfr. vs. 20-22). “Os ma­gos, com o auxílio do Demônio e permissão de Deus, puderam contrafazer o milagre de Moi­sés. Deus, porém, para mostrar que Moisés era seu enviado e muito superior aos magos, fez com que a vara de Arão devorasse as varas dos magos” (R. Pe. Matos Soares, ob. cit., cfr. no­tas).


(Disputa de S. Pedro e Simão, o Mago, 
e a crucifixão de S. Pedro)

Simão, o Mago: “... Ora, encontrava-se nela um homem, chama­do Si­mão, o qual antes tinha exercido a magia, enganando o povo de Samaria, di­zendo que era um grande perso­nagem; e todos lhe davam ouvidos, desde o me­nor até ao maior, dizendo: ‘Este é a Virtu­de de Deus, a qual se chama a gran­de’. E obe­deciam-lhe, porque, com as suas artes mágicas, os tra­zia seduzidos desde há muito tempo” (At. 8, 9-11).

Simão, o Mago, nutria um ódio figadal para com o Apóstolo São Pe­dro. Vide entre ou­tras conten­das, a formal acusação de bruxaria movida por Si­mão contra São Pedro em Antio­quia, narrada por São Clemente I, Papa, no “Reco­nhec.”, X, 54; ed. Migne, T. I, P. 1466; e nas “Homilias”, passim. As lutas de São Pedro e de Simão constituem o objeto das larguíssimas 20 Homilias, atribuí­das àquele São Clemente I, Papa. Dele fala também Euséb., “Hist. Ecles.”, II, b; o “A. dos Philosophum.”, VI, I, 20, P. 67, ed. Paris.

Que de fato, São Pedro tenha vindo a Roma a fim de se opor a Si­mão, o Mago, pode-se com fundamento afirmar, atento ao imenso dano que então causa­vam em toda a Igreja, e também em Roma, as Heresias de Simão. O Santo Após­tolo, na segunda Epístola, escrita exatamente a esse tempo, da ci­dade de Roma, e provavelmente na casa de São Pudente, do cárcere Marmetino, quase que ou­tra coisa não faz senão combater o Simonismo; o mesmo transparece nas Cartas, mais ou menos contemporâne­as, de São Paulo, São João, São Tiago, São Judas. Já a primeira vinda a Roma no tempo de Cláudio ti­vera a mesma ra­zão: “Petrus ... Claudii imperatoris, anno, ad expugnandum Simonem magum per­git”. As­sim São Jerônimo, “De vir. Ill.”, cap. I. Estão de acordo as Constituições Apostól., VI, 7, e em outros pas­sos e mais largamente os “Reconhec.” E as “Homi­lias” de São Cle­mente, valiosos Documentos de remota Antiguidade. Combinam São Filástrio, São Cirilo Jerosolimitano, os Filosofunemos, recente­mente desco­bertos, e outros Escritores Eclesiásticos em bom número.

Conferir At. 19, 17-19. Dos livros de magia compostos por Simão, o Mago, e dados aos discípu­los se fala nas “Constituições Apostól.”, VI, 16; nos “Filosofu­nemos”, VI, cap. I, passim.

Quanto às bruxarias de Simão, o Mago, hão de menear a cabeça es­píritos levianos. Pode certa­mente o Demônio produzir tais fantasmagorias. E com efeito a Escritura nos recorda algumas que a estas se assemelham, operadas pe­los Ma­gos do Egito; e pela Pitonisa de En­dor. No caso do nosso nigroman­te, te­nha pre­sente o leitor que ele era o tal “... porque, com as suas Artes Mágicas, os trazia seduzidos desde há muito tempo” (At. 8, 10-11). Temerário, pois, aquele que ne­gasse que Simão operava Magias, sendo, como eram, realmente admirá­veis os seus Prestígios. Aliás, todos os antigos Escritores Eclesiásti­cos falam de Simão e lhe atribuem bruxedos e magias (R. Pe. J. J. Franco, S.J.).


(S. Paulo cega Elimas, o Mago)

Barjesus: “... E, tendo percorrido toda a ilha até Pafos, encontra­ram um certo ho­mem Mago, falso profeta, judeu, que tinha por nome Barjesus, o qual estava com o Procôn­sul Sérgio Pau­lo, homem prudente. Este, tendo manda­do chamar Barnabé e Saulo dese­java ouvir a Palavra de Deus. Mas Elimas, o Mago (porque assim se interpreta o seu nome), se lhes opu­nha, procurando afas­tar da Fé o Procônsul. Porém Saulo, que também se chama Paulo, cheio do Es­pírito Santo, fixando nele os olhos, disse: ‘ó (tu, que estás) cheio de todo o engano e de toda a astúcia, filho do Demônio, inimigo de toda a Justiça, tu não deixas de per­verter os cami­nhos re­tos do Senhor. Pois agora, eis que a Mão do Senhor está sobre ti, e serás cego sem ver o sol du­rante certo tempo’. E logo caiu sobre ele uma obscuridade e trevas, e, andan­do à roda, buscava quem lhe desse a mão. Então o Procônsul, vendo este fato, creu, admiran­do a Doutrina do Se­nhor” (At. 13, 4-12).


(Montano, Priscila e Maximilia)

Montano: “Nascido em Pepusa, na Frigia (pelo ano de 170 d.c.), provavelmen­te, an­tigo sacer­dote de Cibele, logo foi recebido no seio do Cristianis­mo, apresentou-se como inspi­rado pelo Espírito Santo, como o órgão mais pode­roso do Paráclito, que até então aparecera, ameaçando com os castigos mais se­veros e mais próximos, aqueles que se insurgissem con­tra ele e o perseguissem. A ins­piração, de que Montano se dizia dotado, era só mo­mentânea; eram uns como arrebatamentos passageiros, que lhe roubavam toda a reflexão e consci­ência de si mesmo. ‘Eis o Deus, eis o Espírito Santo, que fala’, exclamava Montano nos seus êxtases pro­féticos (necesse est excidat sensu)...” (Dr. João Alzog, “His­tória Universal da Igreja”, Tom. I, 2º Período, Part. II, Cap. II, Art. LXXIII).


(Apologistas do Paganismo)

Os Pagãos: “Vós, se não virdes milagres e prodígios, não credes” (S. Jo. 4, 48). E, ulti­mamente, os Pentecostais e os Carismáticos...


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Fonte: Acessar o ensaio "Elucidário sobre o Dom das Línguas) no link "Meus Documentos - Lista de Livros".

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