Blog Católico, para os Católicos

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"Uma vez que, como todos os fiéis, são encarregados por Deus do apostolado em virtude do Batismo e da Confirmação, os leigos têm a OBRIGAÇÃO e o DIREITO, individualmente ou agrupados em associações, de trabalhar para que a mensagem divina da salvação seja conhecida e recebida por todos os homens e por toda a terra; esta obrigação é ainda mais presente se levarmos em conta que é somente através deles que os homens podem ouvir o Evangelho e conhecer a Cristo. Nas comunidades eclesiais, a ação deles é tão necessária que, sem ela, o apostolado dos pastores não pode, o mais das vezes, obter seu pleno efeito" (S.S. o Papa Pio XII, Discurso de 20 de fevereiro de 1946: citado por João Paulo II, CL 9; cfr. Catecismo da Igreja Católica, n. 900).

sexta-feira, 3 de abril de 2020

VIA SACRA.


VIA SACRA


PRÓLOGO

A Cruz é uma loucura para os que se perdem; para os que vivem da esperança, porém, isto é, para nós, é uma força divina. Está escrito: “Confundirei a sabedoria dos sábios, e reprovarei a ciência dos doutos”.1 Onde está o homem sábio? Onde está o homem douto? Onde está o homem que se ocupa da ciência deste mundo? Porventura, não chamou Deus loucura à ciência do mundo? Porque o mundo, através da sua ciência, não quis reconhecer Deus em sua Sabedoria, Deus, então, serviu-se da loucura da pregação para salvar os crentes. E enquanto que os Judeus exigem milagres, e os Gregos buscam a sabedoria, nós pregamos Cristo crucificado. E se Cristo crucificado é escândalo para os Judeus e loucura para os gentios, para os que somos chamados à salvação, quer gregos, quer gentios, Cristo é Virtude e Sabedoria de Deus. E por isso, é que o mundo julga ser loucura, aquilo que é sabedoria de Deus, e chama fraqueza à virtude de Cristo.2

INDULGÊNCIAIS3

Os Soberanos Pontífices concederam a este piedoso exercício as seguintes indulgências:


a) Indulgência Plenária, todas as vezes que se percorrer as estações da Via-Sacra;

b) outra Indulgência Plenária, se se comunga no mesmo dia em que se faz este exercício, ou se comunga no mês em que se percorreu dez vezes a Via-Sacra;

c) Indulgência Parcial de dez anos por cada uma das estações se, por motivo plausível, não se pode acabar a Via-Sacra.


Condições. – Para ganhar estas Indulgências, é preciso:

1º. Percorrer realmente cada uma das estações4, a não ser que numeroso concurso de fiéis o não permita.

2º. Meditar na Paixão do Salvador.



INÍCIO DA VIA-SACRA


«Se alguém contemplasse de longe a sua pátria mas de permeio estivesse o mar, veria aonde chegar, mas não disporia dos meios para ir até lá. O mesmo se passa conosco… Vislumbramos a meta a alcançar, mas de permeio está o mar do século presente… Ora, a fim de que pudéssemos dispor também dos meios para lá chegar, veio de lá Aquele para quem nós queríamos ir… e forneceu-nos o madeiro para atravessarmos o mar. De facto, ninguém pode atravessar o mar do século presente, se não é levado pela Cruz de Cristo… Não abandones [pois] a Cruz, e a Cruz te levará».

Estas palavras de Santo Agostinho, tiradas do seu Comentário ao Evangelho de João (2, 2), introduzem-nos na oração da Via-Sacra.



Oração Preparatória5

Poderosíssimo e clementíssimo Deus, prostrado diante da vossa soberana Majestade, profundamente Vos adoro e Vos peço perdão dos meus pecados, que de todo o meu coração detesto, não só por ter perdido o Céu e merecido o Inferno, mas principalmente, por ter ofendido a um Deus tão amante, tão amável e tão bom como Vós sois: confiado na vossa graça, sem a qual nada posso, proponho nunca mais pecar.

Mas, para que minha dor seja mais viva e o propósito mais eficaz, concedei-me a graça de Vos acompanhar com toda a compunção, ó doloroso Jesus, no caminho do Calvário. Dignai-Vos também, confirmar no Céu todas as indulgências que são concedidas na terra, as quais Vos ofereço em benefício da minha alma e das Almas do Purgatório. Amém.


Ave! Ó Cruz, única esperança,

Do mundo glória e salvação.

Aos bons aumenta a graça,

Aos maus alcança perdão.



Oração diante do Altar-mór:

Jesus, amável Salvador, eis-nos humildemente prostrados a Vossos pés, implorando a Vossa divina misericórdia sobre nós e sobra as almas dos fiéis defuntos. Dignai-Vos dispensar-nos os infinitos méritos de Vossa dolorosa Paixão, que agora vamos meditar. Concedei que nesta via de lágrimas e suspiros, a que vamos dar início, os nossos corações tão profundamente se movam à contrição e penitência, que possamos estar preparados para sofrer todas as contradições, sofrimentos e humilhações desta vida.

E Vós, ó Mãe da Graça, que, abandonada em triste soledade, fostes a primeira a percorrer a Via-Sacra, obtende-nos da Adorável Trindade um piedoso acolhimento destes nossos sentimentos de dor e de caridade, em reparação de tantas injúrias à Sua Majestade Soberana. Amém.


Ó Santa Mãe,

em meu coração

gravai fundo

as Chagas do Crucificado!


Canto: A morrer crucificado, teu Jesus é condenado,

por teus crimes, pecador. (2X)

Pela Virgem dolorosa, nossa Mãe tão piedosa,

perdoai-me meu Jesus. (2X)


I ESTAÇÃO

Jesus é condenado à morte.



V. Nós Vos adoramos, ó Cristo, e Vos bendizemos:

R. Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.


Meditação: Consideremos a admirável submissão de Jesus quando ouviu pronunciar sobre Si esta iníqua sentença, e convençamo-nos bem de que não foi Pilatos somente quem o destinou à morte, mas todos nós aqui presentes e todos os pecadores do universo. Compungidos, digamos-Lhe com vivos sentimentos de dor:

Adorável Jesus, porque nossos pecados Vos obrigaram à morte, fazei que os detestemos de coração, de modo a este nosso arrependimento nos lograr perdão e misericórdia.

Pai Nosso... Ave Maria... Glória ao Pai…


V. Tende piedade de nós, Senhor.

R. Tende piedade de nós.

Que as almas dos fiéis defuntos, pela misericórdia de Deus, descansem em paz. Amém.


Ó Santa Mãe,

em meu coração

gravai fundo

as Chagas do Crucificado!


Canto: Com a cruz é carregado, e do peso acabrunhado,

vai morrer por teu amor. (2X)

Pela Virgem dolorosa, nossa Mãe tão piedosa,

perdoai-me meu Jesus. (2X)


II ESTAÇÃO

Jesus é carregado com a Cruz.



V. Nós Vos adoramos, ó Cristo, e Vos bendizemos:

R. Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.


Meditação: Consideremos com que doçura nosso divino Mestre recebeu em Seus ombros doloridos e ensanguentados o terrível instrumento de Seu suplício. Assim nos quis ensinar a levar a nossa cruz sem impaciência nem murmuração, e a padecer resignadamente os males vindos do Céu ou das criaturas.

Doce Jesus, não pertence a Vós carregar madeiro tão pesado, porque sois Inocente; mas a nós, vis pecadores, dobrados ao peso de todas as iniquidades: Dai-nos força para Vos imitar em sofrer com resignação o peso desta vida, e assim alcançarmos a pátria celeste.

Pai Nosso... Ave Maria... Glória ao Pai…


V. Tende piedade de nós, Senhor.

R. Tende piedade de nós.

Que as almas dos fiéis defuntos, pela misericórdia de Deus, descansem em paz. Amém.


Ó Santa Mãe,

em meu coração

gravai fundo

as Chagas do Crucificado!


Canto: Pela Cruz tão oprimido, cai Jesus desfalecido,

pela tua salvação. (2X)

Pela Virgem dolorosa, nossa Mãe tão piedosa,

perdoai-me meu Jesus. (2X)


III ESTAÇÃO

Jesus cai sob o peso da Cruz.



V. Nós Vos adoramos, ó Cristo, e Vos bendizemos:

R. Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.


Meditação: Consideremos Jesus a caminho do Calvário. Vejamos como Ele avança com passo cansado e inseguro. Coberto de sangue, vem tão debilitado que se abate ao peso da Cruz e cai no chão!

Ó Jesus! Eis como quisestes expiar as nossas quedas no pecado. Fortalecei as nossas fraquezas e dai-nos alento para Convosco subirmos ao Calvário!

Pai Nosso... Ave Maria... Glória ao Pai…


V. Tende piedade de nós, Senhor.

R. Tende piedade de nós.

Que as almas dos fiéis defuntos, pela misericórdia de Deus, descansem em paz. Amém.


Ó Santa Mãe,

em meu coração

gravai fundo

as Chagas do Crucificado!


Canto: De Maria lacrimosa, sua Mãe tão dolorosa,

vê a imensa compaixão. (2X)

Pela Virgem dolorosa, nossa Mãe tão piedosa,

perdoai-me meu Jesus. (2X)


IV ESTAÇÃO

Jesus encontra Sua Mãe



V. Nós Vos adoramos, ó Cristo, e Vos bendizemos:

R. Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.


Meditação: Consideremos a imensidade da dor de Jesus ao ver Maria e a de Maria ao ver Jesus, tão sofrido no meio de tão cruéis ultrajes.

Ó Maria, Mãe das dores! Alcançai-me amor ardente para acompanhar Jesus à Montanha Santa, e jamais me afastar d’Ele.

Pai Nosso... Ave Maria... Glória ao Pai…


V. Tende piedade de nós, Senhor.

R. Tende piedade de nós.

Que as almas dos fiéis defuntos, pela misericórdia de Deus, descansem em paz. Amém.


Ó Santa Mãe,

em meu coração

gravai fundo

as Chagas do Crucificado!


Canto: Em extremo desmaiado, deve auxílio tão cansado,

receber do Cireneu. (2X)

Pela Virgem dolorosa, nossa Mãe tão piedosa,

perdoai-me meu Jesus. (2X)


V ESTAÇÃO

Simão Cireneu ajuda Cristo a levar a Cruz.



V. Nós Vos adoramos, ó Cristo, e Vos bendizemos:

R. Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.


Meditação: Consideremos a fineza do amor de Jesus para conosco: Se permite que O ajudem, é também para nos ajudar a partilhar com Ele do Seu cálice de amargura.

Jesus, nosso Mestre! Reservastes o amargo do cálice para Vós e deste-nos o resto. Fazei que um dia possamos também provar, na terra dos vivos, da torrente de delícias eternas.

Pai Nosso... Ave Maria... Glória ao Pai…


V. Tende piedade de nós, Senhor.

R. Tende piedade de nós.

Que as almas dos fiéis defuntos, pela misericórdia de Deus, descansem em paz. Amém.


Ó Santa Mãe,

em meu coração

gravai fundo

as Chagas do Crucificado!


Canto: O Seu rosto ensanguentado, por Verônica enxugado,

eis, no pano apareceu. (2X)

Pela Virgem dolorosa, nossa Mãe tão piedosa,

perdoai-me meu Jesus. (2X)


VI ESTAÇÃO

Uma piedosa mulher enxuga a Face de Jesus.



V. Nós Vos adoramos, ó Cristo, e Vos bendizemos:

R. Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.


Meditação: Consideremos a ação heroica desta santa mulher, que se dá pressa a enxugar a Face de Jesus, tão desfigurada e dolorida! Esta oficiosa e diligente caridade afeiçoa e enternece o Coração de Jesus, e O move às lágrimas.

Bom Jesus, o mais belo entre os filhos dos homens, a que estado Vos reduziu o Vosso amor para conosco! Meu bom Amigo, basta de pecado, jamais Vos quero tornar a ofender.

Pai Nosso... Ave Maria... Glória ao Pai…


V. Tende piedade de nós, Senhor.

R. Tende piedade de nós.

Que as almas dos fiéis defuntos, pela misericórdia de Deus, descansem em paz. Amém.


Ó Santa Mãe,

em meu coração

gravai fundo

as Chagas do Crucificado!


Canto: Outra vez desfalecido, pelas dores abatido,

cai em terra o Salvador. (2X)

Pela Virgem dolorosa, nossa Mãe tão piedosa,

perdoai-me meu Jesus. (2X)


VII ESTAÇÃO

Jesus cai pela segunda vez.



V. Nós Vos adoramos, ó Cristo, e Vos bendizemos:

R. Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.


Meditação: Consideremos o Homem-Deus, de novo sucumbindo ao peso do madeiro. Ponhamos nossos olhos pecadores sobre esta Santa Vítima estendida por terra, ensanguentada, sem forças para ir adiante.

Jesus, nossa força, preservai-nos de toda a recaída no pecado, para não frustrarmos o preço de tantas dores e fadigas que por nós padecestes.

Pai Nosso... Ave Maria... Glória ao Pai…


V. Tende piedade de nós, Senhor.

R. Tende piedade de nós.

Que as almas dos fiéis defuntos, pela misericórdia de Deus, descansem em paz. Amém.


Ó Santa Mãe,

em meu coração

gravai fundo

as Chagas do Crucificado!


Canto: Das matronas piedosas, de Sião filhas chorosas,

é Jesus consolador. (2X)

Pela Virgem dolorosa, nossa Mãe tão piedosa,

perdoai-me meu Jesus. (2X)


VIII ESTAÇÃO

Jesus consola as filhas de Israel.



V. Nós Vos adoramos, ó Cristo, e Vos bendizemos:

R. Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.


Meditação: Admiremos aqui a generosidade incomparável de Jesus: Esquece-se por momentos de Seus próprios sofrimentos, para abrir os seios de Sua entranhável caridade às filhas de Israel, e adverti-las de Sua dor. “Não choreis sobre Mim, mas antes, sobre vós mesmas e sobre vossos filhos” – são as palavras de Jesus.

Amável Senhor, Consolador dos aflitos, fazei que sigamos sempre de companhia conVosco, rumo ao Calvário, para lograrmos Vossas palavras de vida eterna.

Pai Nosso... Ave Maria... Glória ao Pai…


V. Tende piedade de nós, Senhor.

R. Tende piedade de nós.

Que as almas dos fiéis defuntos, pela misericórdia de Deus, descansem em paz. Amém.


Ó Santa Mãe,

em meu coração

gravai fundo

as Chagas do Crucificado!


Canto: Cai terceira vez prostrado, pelo peso redobrado,

dos pecados e da Cruz. (2X)

Pela Virgem dolorosa, nossa Mãe tão piedosa,

perdoai-me meu Jesus. (2X)


IX ESTAÇÃO

Jesus cai pela terceira vez.



V. Nós Vos adoramos, ó Cristo, e Vos bendizemos:

R. Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.


Meditação: Consideremos o nosso bom Jesus ao ver o Calvário. É ali, no cimo do monte, que um altar vai se erguer à Justiça ultrajada de Deus. Mas o Coração de Jesus padece grande angústia. Não teme os horrores de morte tão cruel; mas antes, a inutilidade de Seu Sangue para tantos pecadores. Este triste pensamento O constrange, O aflige, e, de súbito, o Corpo cai de golpe no chão.

Jesus, Vítima de amor, por misericórdia, erguei-Vos, consumai o Sacrifício, para não ficarmos privados de Vossa herança eterna.

Pai Nosso... Ave Maria... Glória ao Pai…


V. Tende piedade de nós, Senhor.

R. Tende piedade de nós.

Que as almas dos fiéis defuntos, pela misericórdia de Deus, descansem em paz. Amém.


Ó Santa Mãe,

em meu coração

gravai fundo

as Chagas do Crucificado!


Canto: Dos vestidos despojados, por verdugos maltratado,

eu Vos vejo, meu Jesus. (2X)

Pela Virgem dolorosa, nossa Mãe tão piedosa,

perdoai-me meu Jesus. (2X)


X ESTAÇÃO

Jesus é despojado dos Seus vestidos.



V. Nós Vos adoramos, ó Cristo, e Vos bendizemos:

R. Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.


Meditação: Consideremos quão grande foi a confusão de Jesus ao ver-se reduzido a tão completa nudez, desabrigado aos olhares daquela turba encarniçada e perversa.

Jesus, Divino Cordeiro, eis-Vos chegado ao lugar do suplício, sem um lamento nem um queixume. Despem-Vos e sofreis tal afronta, para satisfazer pelos meus pecados de indecência e imodéstia. Jesus, bom Jesus, vesti-me com o manto da Vossa graça, pois não quero fazer-Vos sofrer mais.

Pai Nosso... Ave Maria... Glória ao Pai…


V. Tende piedade de nós, Senhor.

R. Tende piedade de nós.

Que as almas dos fiéis defuntos, pela misericórdia de Deus, descansem em paz. Amém.


Ó Santa Mãe,

em meu coração

gravai fundo

as Chagas do Crucificado!


Canto: Sois por mim à Cruz pregado, insultado, blasfemado,

com cegueira e com furor. (2X)

Pela Virgem dolorosa, nossa Mãe tão piedosa,

perdoai-me meu Jesus. (2X)


XI ESTAÇÃO

Jesus é pregado à Cruz.



V. Nós Vos adoramos, ó Cristo, e Vos bendizemos:

R. Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.


Meditação: Consideremos os atrozes sofrimentos de nosso Salvador ao ser pregado, com grossos cravos, ao madeiro, e olhemos com piedoso amor para o estandarte da nossa Redenção arvorado no cimo do Calvário. Vítima de dor, todo o Corpo de Jesus sofre, e o Sangue corre e inunda a terra!

Pecado, maldito pecado, causa deste mar de amarguras e dor! Cristãos, aprestemo-nos a beber do Sangue que fortalece e dá vida, e abramos em nossos olhos duas fontes de lágrimas para chorar nossos pecados.

Pai Nosso... Ave Maria... Glória ao Pai…


V. Tende piedade de nós, Senhor.

R. Tende piedade de nós.

Que as almas dos fiéis defuntos, pela misericórdia de Deus, descansem em paz. Amém.


Ó Santa Mãe,

em meu coração

gravai fundo

as Chagas do Crucificado!


Canto: Por meus crimes padecestes, meu Jesus, por mim morrestes,

como é grande a minha dor. (2X)

Pela Virgem dolorosa, nossa Mãe tão piedosa,

perdoai-me meu Jesus. (2X)


XII ESTAÇÃO

Jesus morre na Cruz.



V. Nós Vos adoramos, ó Cristo, e Vos bendizemos:

R. Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.


Meditação: Consideremos um Deus de toda a santidade, a morrer numa Cruz, entre dois celerados, por amor das Suas criaturas, tirando do peito, não palavras de maldição e injúria, mas prece divina de amor e perdão: “Pai, perdoai-lhes, porque não sabem o que fazem”. “Tudo está consumado”. E, dizendo isto, expirou!

Feri-me de amor, Vos suplico, Jesus, feri-me de amor, porque lacrimo e perco a vista, perante tão estranho espetáculo: um Deus morto por mim! E, pois, Vos ides, Senhor, e nos deixais sós e abandonados num mundo de miséria e dor? Não! Bem sei! Tudo está consumado. Imitando Vossos exemplos, e seguindo Vossos conselhos, havemos de pôr cobrança à multidão de nossos pecados, para alcançarmos um dia a felicidade do Céu.

Pai Nosso... Ave Maria... Glória ao Pai…


V. Tende piedade de nós, Senhor.

R. Tende piedade de nós.

Que as almas dos fiéis defuntos, pela misericórdia de Deus, descansem em paz. Amém.


Ó Santa Mãe,

em meu coração

gravai fundo

as Chagas do Crucificado!


Canto: Do madeiro Vos tiraram, e nos braços Vos deixaram,

de Maria. Que aflição! (2X)

Pela Virgem dolorosa, nossa Mãe tão piedosa,

perdoai-me meu Jesus. (2X)


XIII ESTAÇÃO

Jesus é descido da Cruz e posto nos braços de Sua Mãe.



V. Nós Vos adoramos, ó Cristo, e Vos bendizemos:

R. Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.


Meditação: Consideremos a extrema dor desta Mãe, ao ver em seus braços o Seu amado Filho, chagado, lívido, com as pálpebras cerradas no frio sono da morte. Contempla os estragos feitos nas mãos e pés pelos duros cravos, o lado aberto pela cruel lança, a cabeça ensanguentada e ferida pela coroa de espinhos; e lastima-se de haver gente tão sem coração, que tal fizeram ao Filho do Seu amor.

Ó Maria, somos nós a causa da Vossa dor! Por Vossa misericórdia, dignai-Vos aceitar-nos como filhos arrependidos, para adorarmos em Vossos braços o Amor Crucificado.

Pai Nosso... Ave Maria... Glória ao Pai…


V. Tende piedade de nós, Senhor.

R. Tende piedade de nós.

Que as almas dos fiéis defuntos, pela misericórdia de Deus, descansem em paz. Amém.


Ó Santa Mãe,

em meu coração

gravai fundo

as Chagas do Crucificado!


Canto: No sepulcro Vos deixaram, enterrado Vos choraram,

magoado o coração. (2X)

Pela Virgem dolorosa, nossa Mãe tão piedosa,

perdoai-me meu Jesus. (2X)


XIV ESTAÇÃO

Jesus é colocado no sepulcro.



V. Nós Vos adoramos, ó Cristo, e Vos bendizemos:

R. Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.


Meditação: Eis, Senhor, onde colocaram o Vosso Corpo adorável, inestimável penhor de nossa Redenção: Deixai-me sepultar conVosco, e morrer ao mundo, para viver em Vossa companhia no Céu. Sepultai todas as minhas iniquidades e paixões, todas as coisas vis de que estou cheio, e ressuscitai em mim o homem novo, que possa contemplar-Vos um dia na glória inestimável do Céu.

Termina-se pela recitação 5 vezes do Pai Nosso, Ave Maria, e Glória ao Pai, em honra das Chagas do Senhor.

V. Tende piedade de nós, Senhor.

R. Tende piedade de nós.

Que as almas dos fiéis defuntos, pela misericórdia de Deus, descansem em paz. Amém.


Ó Santa Mãe,

em meu coração

gravai fundo

as Chagas do Crucificado!


Canto: Meu Jesus, por Vossos passos, recebei em Vossos braços,

a mim, pobre pecador. (2X)

Pela Virgem dolorosa, nossa Mãe tão piedosa,

perdoai-me meu Jesus. (2X)


Depois acrescenta-se:

Olhai propício, Senhor, esta Vossa família, pela qual Nosso Senhor Jesus Cristo não hesitou entregar-se, às mãos dos malfeitores e padecer os tormentos da Cruz.



Oração Final6

Ó Deus, que pelo precioso Sangue de vosso Unigênito Filho, quisestes santificar o Estandarte da Cruz vivificante; concedei, que aqueles que se alegram pela honra da mesma Santa Cruz, se alegrem também, sentindo por toda parte a vossa proteção. Pelo mesmo Jesus Cristo, Nosso Senhor. Amém.


___________________________

Fontes: Missal Quotidiano e Vesperal, por Dom Gaspar Lefebvre, O.S.B. Desclée de Brouwer & Cie, Bruges/Bélgica, 1952. Hinário Cantate Domino, Coleção de Hinos e Cânticos Sacros, para uso das Igrejas da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney, Campos dos Goytacazes/RJ, 2014.

1.  Isaías 29, 14.

2.  I Cor. 1, 18-25.

3.  “Manaul das Indulgências – Normas e Concessões”, Cap. “Outras Concessões”, Art. 63, pp. 72-73. 2ª Edição, Editora Paulus, São Paulo, 1990.

4.  As imagens dos 14 Mistérios são úteis, mas não necessárias. O que é estritamente exigido são 14 cruzes de madeira.

5.  “Manual da Paróquia”, compilado pelo Mons. Leovigildo Franca, Pároco da Matriz de Santa Teresinha, RJ, 2ª Parte, I – Exercícios de Piedade, pp. 92-107. 5ª Edição, Editora Vozes Ltda, Petrópolis/RJ, 1950.

6.  “Manual da Paróquia”, ob. cit., pp. 107.


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