Blog Católico, para os Católicos

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"Uma vez que, como todos os fiéis, são encarregados por Deus do apostolado em virtude do Batismo e da Confirmação, os leigos têm a OBRIGAÇÃO e o DIREITO, individualmente ou agrupados em associações, de trabalhar para que a mensagem divina da salvação seja conhecida e recebida por todos os homens e por toda a terra; esta obrigação é ainda mais presente se levarmos em conta que é somente através deles que os homens podem ouvir o Evangelho e conhecer a Cristo. Nas comunidades eclesiais, a ação deles é tão necessária que, sem ela, o apostolado dos pastores não pode, o mais das vezes, obter seu pleno efeito" (S.S. o Papa Pio XII, Discurso de 20 de fevereiro de 1946: citado por João Paulo II, CL 9; cfr. Catecismo da Igreja Católica, n. 900).

sábado, 1 de maio de 2021

SÃO JOSÉ, MODELO DOS OPERÁRIOS.

 


Todos os homens estão sujeitos à lei do trabalho. Quem nada possui, deve trabalhar para ganhar o pão cotidiano; quem não necessita de ganhar o pão, deve trabalhar para conservá-lo e para fugir à ociosidade. Se o pobre não sua, morrerá de fome; se o rico hoje só pensa em gozar, cairá amanhã na miséria e perecerá também por falta de alimento. Cada um deve pois amar o trabalho do próprio estado e da própria condição social.

São José é chamado, por antonomásia, o Artífice de Nazaré. É o modelo dos operários pela santidade com que exerceu por toda a vida o seu ofício; mereceu ser o exemplo e o padroeiro de todos os operários da terra. Embora de régia estirpe, em sua juventude aprendeu uma arte e, adorando os desígnios da Divina Providência, que dispusera perdesse a família de Davi o estado de grandeza no qual se achara por tantos séculos, não recusou ganhar o necessário à vida com o trabalho das próprias mãos.

Escolheu o humilde mister de carpinteiro e alegrou-se em suportar duras fadigas por amor e submissão à vontade de Deus. Imaginemos, diz um célebre escritor, a oficina de Nazaré e nela um jovem de seus dezoito anos, atento ao trabalho. Sua fronte é serena, os olhos cintilantes de alegria erguem-se de quando em quando, fixando-se por um instante. Depois a voz prorrompe em um cântico de ação de graças e louvor ao Criador.

Maneja ora o machado, ora a serra ou a plaina. Em volta, multidões de Anjos o contemplam atônitos, sabendo que o Senhor do Céu e da terra tem sobre ele magníficos desígnios: quer confiar à guarda daquele os seus mais preciosos Tesouros: o Filho em quem pôs as suas complacências, e Aquela que Lhe destinou por Mãe”.

Após as núpcias, continuou a trabalhar na oficina de Nazaré, admirado, não só pelos Anjos, mas também pela Rainha desses Bem-aventurados Espíritos. Por vezes, Ela ia visitar o seu José, que achava então menos pesada a fadiga do trabalho.

Quando, mais tarde, para salvar o Salvador do mundo, teve de abandonar a terra de seus pais e andar exilado pelo remoto Egito, o único recurso da Sagrada Família foi o mister de carpinteiro. Com o trabalho, conseguiu o necessário a Maria Santíssima, a Jesus e a si mesmo.

A Sagrada Família permaneceu vários anos na terra de exílio, e, quando deixou de existir aquele que procurava matar o Menino, o Anjo que dera a São José o aviso para a fuga, reapareceu-lhe no Egito e lhe ordenou que regressasse à terra de Israel.

Em Nazaré, continuou José a trabalhar em sua oficina por perto de vinte e cinco anos, e, nesse longo espaço de tempo teve por companheiros de suas fadigas, não só os Anjos e a Rainha dos Anjos, mas o próprio Criador do Céu e da terra.

São José trabalhou por toda a vida, e, naquela humilde condição, tornou-se Santo. Manejando a plaina e o martelo, praticou todas as virtudes.

Devemos trabalhar para eliminar a ociosidade, fonte de tantos males. Escrevia São Jerônimo ao monge Rústico: “Faze sempre alguma coisa, para que o Demônio te ache sempre ocupado”.

Felizes aqueles que, a exemplo de São José, aceitam com paciência o trabalho, santificam-no com a oração, com a resignação à vontade de Deus e o dirigem para a glória de Deus.


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Fonte: Rev. Pe. Tarcísio M. Ravina, “São José – Na Vida de Jesus Cristo, Na Vida da Igreja, No Antigo Testamento, No Ensino dos Papas, Na Devoção dos Fiéis, Nas Manifestações Milagrosas”, 2ª Parte, Cap. “São José Modelo dos Operários”, pp. 121-123; Edições Paulinas, Recife/PE, 1954.


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