Respostas
dos
Ensinamentos
Tradicionais
da
Igreja
Católica
Algumas
Seitas Protestantes dizem que sim, mas a dissertação dada sobre o
assunto é confusa e contraditória, por isso, preferi não
expor para não complicar. A Renovação Carismática,
nesse ponto, é contrária ao parecer dos Protestantes. Mas,
vejamos o que a Doutrina Católica ensina:
Sim. O Demônio é capaz, por
exemplo, nos casos de Possessão Diabólica.
► “Geralmente não se dá a
possessão senão nos pecadores; há, contudo, exceções, como
no caso do Padre Surin que, exorcizando as Ursulinas de Loudun,
ficou por sua vez possesso (n.c: e poderia acrescentar aqui,
aquela moça que o S. Pe. Pio de Pietrelcina não exorcizou, por ser
uma vítima expiatória).
Como há doenças nervosas,
monomanias ou casos de alienação mental, que se aproximam, nas
suas manifestações, da possessão diabólica, importa dar
sinais que a possam distinguir destes fenômenos mórbidos.
Ora, segundo o Ritual Romano, há
três sinais principais que podem dar a conhecer a possessão: ‘Falar
uma língua desconhecida, fazendo uso de muitas palavras dessa
língua, ou compreender quem a fala; descobrir
coisas remotas e ocultas; dar mostra de energias que ultrapassam as
forças naturais da idade ou condição. – Estes
sinais e outros semelhantes,
quando se encontram reunidos em grande número, são
os mais fortes indícios da possessão’ (De
exorcizandis obsessis a daemonio). Uma palavra para explicar
estes sinais (como estamos tratando da Glossolalia, falaremos só
daquilo que se parece com ela).
O uso de línguas
desconhecidas. É
necessário, para dar o fato por averiguado, um exame profundo
sobre o sujeito, ver se ele não teve ocasião no passado de
aprender algumas palavras dessas línguas, se, em vez de
articular algumas frases aprendidas de cor, fala e compreende
uma língua que lhe era verdadeiramente desconhecida: Citam-se
efetivamente, casos de exaltação mórbida, que despertava na
memória línguas esquecidas, ou ao menos fragmentos que se
haviam escutado: tal aquela criada de um pastor que recitava trechos
de Grego ou Hebraico que tinha ouvido ler ao seu amo. – O Ritual é,
pois, judicioso, quando diz: ‘ignota lingua loqui pluribus
verbis vel loquentem intelligere’ ... Não se encontraram
ainda nevróticos que falem línguas desconhecidas, revelem os
segredos dos corações ou vaticinem o futuro com precisão e
certeza. Ora, estes é que são, como dissemos, os verdadeiros sinais
da possessão; quando faltam todos, pode-se assentar que se trata de
simples nevrose” (Adolfo Tanquerey, ob. cit., Part. II, Liv. III,
Cap. III, Art. II, nn. 1537-1542; cfr. R. Pe. Guilherme Vaessen,
C.M., “Satanás – Sua Natureza, Existência e Atuação”,
Cap. XIV; Mons. Cristiani, “Presencia de Satán en el Mundo
Moderno”).
Cito
alguns brevíssimos exemplos tirados do Livro do Padre G. Vaessen:
► Relato do caso dos possessos
na Alsácia, da vila d’illfurt, na Alemanha: “Eram dois
meninos irmãos, Thiébaut e José, da família Burner e Foltzer. O
primeiro tinha 9, o segundo 7 anos... Falavam
diversas línguas,
respondendo em
francês, latim, inglês e compreendendo diversos dialetos da
França e da Espanha...”;
E em outro lugar conta o caso da
possessa da Província de Placência, na Itália, em 1920, que
“faz conferências
em línguas estranhas diante de um auditório imaginário...”;
Em seguida, relata o caso da
possessa de Natal, na África do Sul, em 1906: “(Germana) uma
jovem de 17 anos... compreendia
toda espécie de línguas e recitava em latim longos
trechos das orações dos exorcismos. Quando o exorcista se
enganava na leitura, ela o corrigia, rindo e zombando...”;
E a título de coroamento desta
série de relatos, o Autor cita um caso singular de Pacto com o
Demônio, presenciado e resolvido pelo grande Santo e Doutor
Místico, S. João da
Cruz:
“Num mosteiro
de Ávila, havia recebido o santo hábito uma jovem que, desde
menina, tinha visto o Demônio aparecer-lhe em forma de um
homem, e tinha ficado seduzida pela aparente beleza, a ponto de
lhe dar toda a afeição. Dotada naturalmente de espírito muito
vivo e conversa espirituosa e atraente, tinha
a ambição de aprender e saber tudo. Aproveitando
a violenta paixão de que era objeto, o Demônio lhe propôs torná-la
eminente em toda a espécie de ciência, com a condição de ela
obrigar-se, por documento assinado com seu sangue, a não ter
jamais outro esposo senão ele. Satanás, sem lhe causar a mínima
dor, tirou-lhe do braço o sangue suficiente para a assinatura do
contrato. Tornada propriedade do Demônio, a infeliz sentiu tal
ódio a Deus, que chegou a desejar que todos O odiassem. Era a prova
de amor que queria dar ao seu esposo. Já crescida em idade, ou
porque não achasse na família meios para abraçar outro estado, ou
porque o Demônio quisesse servir-se dela para fazer muito mal às
almas consagradas a Deus, entrou para o convento onde foi muito
bem recebida, graças às brilhantes esperanças que
prometiam seus talentos. O Demônio, com efeito, tinha cumprido
suas promessas. Ela
falava várias línguas,
conhecia as belas artes e discutia sutilezas teológicas. Dotes tão
extraordinários, não tardaram a suscitar suspeitas. Os
Superiores encaminharam-na ao grande Doutor Místico e grande
Santo, São João da Cruz. Iluminado pelas luzes do Espírito
Santo, o servo de Deus concluiu, que se tratava de um caso de
possessão, e caso que só se resolveria por exorcismos especiais,
visto que pela longa possessão, o Demônio havia
adquirido sobre ela poder extremamente tenaz, que seria difícil
quebrar. Pediram-lhe os Superiores que, uma vez diagnosticado o mal,
tivesse a bondade de aplicar-lhe o remédio. O Santo
desculpou-se, mas, depois de preparar-se pela oração, jejum, a
desconfiança de si mesmo e a confiança em Deus, cedeu aos pedidos
reiterados de seus Superiores. Apenas se achou na presença da
possessa, esta guardou silêncio absoluto: o Demônio
tornara-a completamente muda. No segundo exorcismo, Satanás foi
obrigado a declarar desde quando possuía aquela alma, o
mal que lhe tinha feito e o número de Demônios que a possuía no
momento.
Tendo recobrado os sentidos, que
perdera durante os exorcismos, ela explicou detalhadamente
o deplorável estado de sua alma. O Santo impôs sua vontade aos
Demônios com autoridade tão irresistível, que, não obstante
o esforço para não cederem às suas ordens, obrigou-os a
saírem do corpo da vítima e a entregarem o compromisso
por ela assinado: o Demônio atirou o papel ao chão e o servo
de Deus o lançou ao fogo. Foi assim que o Santo Doutor libertou a
religiosa da possessão do espírito mau e a restituiu a
Deus e ao seu serviço (cfr. REB, junho de 1957, p. 319)” (ob.
cit., Cap. XII,XV-XVIII).
► “O Demônio, de fato,
para falar uma língua, não precisa de alguém que a saiba” (R.
Pe. Júlio Maria, “Os Segredos do Espiritismo”, Cap. XIII, Art.
X, p. 167, 2ª ed., “Vozes”, 1933).
► O ex-pastor batista,
Francisco Almeida de
Araújo, hoje Diácono
e Professor católico, nacionalmente conhecido pelo caso intitulado
de “Nossa Senhora do Marrom Glacê”, “conta-nos
que, nos Estados Unidos, um pastor, antigo 'missionário' na África,
e conhecedor de vários idiomas e dialetos dos africanos, um dia
encontrou em sua igreja um grupo de jovens 'falando em línguas'.
Mas, tomou um susto ao conhecer que aqueles jovens proferiam
blasfêmias contra Nosso Senhor em um dialeto africano que conhecia
bem. Era, pois, o Demônio que inspirava aquelas mentes em estado de
transe, aquelas blasfêmias” (Folhetos
Católicos, nº 11).
♣ Uma
parcela do Protestantismo ensina a Renovação Carismática:
“Paulo
proibia as mulheres de falarem na igreja... A proibição podia
referir-se somente ao falar línguas. E
as razões estariam ainda na aparência que poderia haver com os
cultos pagãos, onde também acontecia um fenômeno semelhante:
pessoas em êxtase falavam uma linguagem incompreensível” (ob.
cit., Lição 12, P. 74).
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Fonte: Acessar o ensaio "Elucidário sobre o Dom das Línguas" no link "Meus Documentos - Lista de Livros".
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