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"Uma vez que, como todos os fiéis, são encarregados por Deus do apostolado em virtude do Batismo e da Confirmação, os leigos têm a OBRIGAÇÃO e o DIREITO, individualmente ou agrupados em associações, de trabalhar para que a mensagem divina da salvação seja conhecida e recebida por todos os homens e por toda a terra; esta obrigação é ainda mais presente se levarmos em conta que é somente através deles que os homens podem ouvir o Evangelho e conhecer a Cristo. Nas comunidades eclesiais, a ação deles é tão necessária que, sem ela, o apostolado dos pastores não pode, o mais das vezes, obter seu pleno efeito" (S.S. o Papa Pio XII, Discurso de 20 de fevereiro de 1946: citado por João Paulo II, CL 9; cfr. Catecismo da Igreja Católica, n. 900).

sexta-feira, 15 de setembro de 2023

AS SETE DORES DE NOSSA SENHORA.


15 de SETEMBRO


Maria deixara-se ficar de pé junto da Cruz do Senhor, e, como o predissera Simeão, “uma espada de dor atravessara-Lhe a alma”. Impotente, “vira o Filho nas angústias da morte e recolhera-Lhe o último suspiro”. A dor que Lhe ferira, à beira da Cruz, o seu Coração Maternal, mereceu-Lhe a palma do martírio. Celebrada já no século XVII com grande solenidade pelos Servitas, a festa das Sete Dores de Maria só em 1817 foi estendida à Igreja Universal, em memória dos sofrimentos que a Santa Igreja padecera na pessoa do Pontífice exilado e detido e depois restituído à liberdade por intercessão de Nossa Senhora.

Pio X elevou-a em 1908 à categoria de 2ª classe e em 1912 fixou-a a 15 de Setembro, Oitava da Natividade. Assim como a festa das Sete Dores no Tempo da Paixão nos lembra a parte que Maria teve no Sacrifício de Jesus, esta no Tempo depois de Pentecostes diz-nos da compaixão que a Mãe do Salvador sente para com a Igreja, Esposa de Jesus e com Ele crucificada, e cuja devoção às Dores de Maria aumenta nos tempos calamitosos que atravessa.1



Afastai-vos de mim. Quero chorar a minha dor amarga. Não vos deis o trabalho de me consolar”.2

A quem te hei de comparar, a quem te hei de assemelhar, ó filha de Jerusalém? A quem te poderei igualar para consolar-te, ó virgem filha de Sião? A tua dor é grande como o Oceano”.3

Ao pé da Cruz do Senhor estava a Sua Mãe e a irmã de Sua Mãe, Maria de Cléofas e Salomé e Maria Madalena. Mulher, eis aí teu filho, disse Jesus; e olhando para o discípulo: Eis aí tua Mãe”. V. Glória ao Pai.

Oração: Ó Deus, em cuja Paixão, uma espada de dor varou, conforme o predissera Simeão, a alma Santíssima de Maria Virgem e Mãe, fazei por vossa misericórdia que, celebrando as Dores da acerba transfixão que sofreu, logremos, por seus merecimentos e pelos de todos os Santos que rodeiam fielmente a Cruz, recolher os ditos frutos da vossa Paixão. Vós que viveis e reinais… R. Amém.

Oração4

Puríssima Virgem Maria, transpassada de dor com a espada que profetizou Simeão; cuidadosa e necessitada fugindo para o Egito; triste e atribulada buscando o Filho perdido; cheia de amargura e lágrimas encontrando-O com a Cruz às costas; aflita e ansiosa vendo-O agonizar e morrer; angustiada e atormentada com o Filho morto nos braços; só e sem consolo deixando-O sepultado: suplico-Vos humildemente, que a graça que Vos peço, se for para maior glória de Deus e bem de minha alma, alcançai-me da Divina Majestade, e senão, que se faça em tudo Sua Santíssima Vontade, e que eu nunca O ofenda. Suplico-Vos, também, que intercedais por nosso Santíssimo Padre, pela paz e concórdia entre os príncipes cristãos, exaltação da Santa Fé Católica, destruição das heresias, conversão dos infiéis, e confusão dos turcos: olhai com os olhos de piedade a vossos devotos, e concedei-lhes especialíssimos auxílios de graça para maior glória de Deus e vossa. Amém.



Ladainha de Nossa Senhora das Dores5


Senhor, tende piedade de nós.

Jesus Cristo, tende piedade de nós.

Senhor, tende piedade de nós.


Jesus Cristo, ouvi-nos.

Jesus Cristo, atendei-nos.


Deus Pai dos Céu, tende piedade de nós.

Deus Filho, Redentor do mundo, tende piedade de nós.

Deus Espírito Santo, tende piedade de nós.

Santíssima Trindade, que sois um só Deus, tende piedade de nós.


Santa Maria, rogai por nós.

Mãe das Dores, rogai por nós.

Mãe do Crucificado, rogai por nós.

Rainha dos Mártires, rogai por nós.

Modelo dos que sofrem, rogai por nós.

Consolo dos aflitos, rogai por nós.

Auxílio dos necessitados, rogai por nós.

Proteção dos desamparados, rogai por nós.

Fortaleza dos pusilânimes, rogai por nós.

Refúgio dos pecadores, rogai por nós.

Saúde dos enfermos, rogai por nós.

Esperança dos moribundos, rogai por nós.


Por vossa pobreza e desamparo no estábulo de Belém, socorrei-nos, ó Mãe das Dores.

Pela compaixão que experimentastes na Circuncisão do Divino Infante, socorrei-nos, ó Mãe das Dores.

Pela dor que Vos causou a profecia de Simeão, socorrei-nos, ó Mãe das Dores.

Por vossas angústias na Fuga para o Egito, socorrei-nos, ó Mãe das Dores.

Pela dor que Vos causou o Morticínio das Crianças, ordenado por Herodes, socorrei-nos, ó Mãe das Dores.

Pela aflição com que procurastes o Menino Jesus, quando O perdestes, socorrei-nos, ó Mãe das Dores.

Pela tristeza profunda que a cegueira de vosso povo Vos causou, socorrei-nos, ó Mãe das Dores.

Pela dor e angústia que a prisão de vosso Filho Vos causou, socorrei-nos, ó Mãe das Dores.

Pela visão dolorosa de vosso Filho maltratado, em caminho para a morte, socorrei-nos, ó Mãe das Dores.

Por vosso sofrimento inexprimível na hora da Crucifixão, socorrei-nos, ó Mãe das Dores.

Pela grande tristeza que Vos encheu a Alma a Morte de vosso Unigênito, socorrei-nos, ó Mãe das Dores.

Por vossa perseverança inquebrantável ao pé da Cruz, socorrei-nos, ó Mãe das Dores.

Por vossa resignação admirável à vontade do Altíssimo, socorrei-nos, ó Mãe das Dores.

Pelos grandes merecimentos de vossas dores, socorrei-nos, ó Mãe das Dores.


De todo o pecado, livrai-nos, ó Mãe das Dores.

Da falta de caridade e dureza para com os necessitados, livrai-nos, ó Mãe das Dores.

Do orgulho e soberba, livrai-nos, ó Mãe das Dores.

De nos mostrarmos descontentes com os desígnios divinos, livrai-nos, ó Mãe das Dores.

Do desânimo e impaciência no sofrimento, livrai-nos, ó Mãe das Dores.

Das ciladas do Inimigo, livrai-nos, ó Mãe das Dores.

D o espírito de impenitência, livrai-nos, ó Mãe das Dores.

Da morte infeliz, livrai-nos, ó Mãe das Dores.

Da condenação eterna, livrai-nos, ó Mãe das Dores.


Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, perdoai-nos, Senhor.

Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, ouvi-nos, Senhor.

Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, tende piedade de nós.


Jesus Cristo, ouvi-nos.

Jesus Cristo, atendei-nos.


Senhor, tende piedade de nós.

Jesus Cristo, tende piedade de nós.

Senhor, tende piedade de nós.


V. Em toda a aflição, angústia e necessidade.

R. Vinde em nosso auxílio, ó Bem-aventurada Virgem Maria.


Oremos

Senhor Jesus Cristo, nós Vos suplicamos a graça de ter como intercessora junto de Vós, agora e na hora de nossa morte, a Bem-aventurada Virgem Maria, cuja Alma foi transpassada pelo gládio da dor em vossa Paixão. Vós, que viveis e reinais com o Pai e o Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém.


__________________________

1.  Missal Quotidiano e Vesperal, por Dom Gaspar Lefebvre, beneditino da Abadia de São André, Sinopse, Iª e IIª Vésperas e Intróito da Missa das Sete Dores de Nossa Senhora (15 de Setembro), p. 1605. Desclée de Brouwer & CIE, Bruges (Bélgica). 1952. Cfr. Jo. 19, 25-27.

2.  Sl. 109.

3.  Thren. 2, 13.

4.  Santo Antônio Maria Claret, Caminho Reto e Seguro para Chegar ao Céu, p. 222. Tradução do Espanhol, 5ª edição, Administração da Revista “Ave Maria”, São Paulo/SP. 1909.

5.  “Vademecum” – Orações Cotidianas para Uso Comum das Educandas das Missionárias “Servas do Espírito Santo” e Membros da “Obra Auxiliar do Espírito Santo”, Editada pela Direção Geral da mesma Congregação; Segunda Parte, Cap. “Ladainhas”, pp. 255-257. Tipografia do “Lar Católico”, Juiz de Fora/MG, 1958.


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