Blog Católico, para os Católicos

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"Uma vez que, como todos os fiéis, são encarregados por Deus do apostolado em virtude do Batismo e da Confirmação, os leigos têm a OBRIGAÇÃO e o DIREITO, individualmente ou agrupados em associações, de trabalhar para que a mensagem divina da salvação seja conhecida e recebida por todos os homens e por toda a terra; esta obrigação é ainda mais presente se levarmos em conta que é somente através deles que os homens podem ouvir o Evangelho e conhecer a Cristo. Nas comunidades eclesiais, a ação deles é tão necessária que, sem ela, o apostolado dos pastores não pode, o mais das vezes, obter seu pleno efeito" (S.S. o Papa Pio XII, Discurso de 20 de fevereiro de 1946: citado por João Paulo II, CL 9; cfr. Catecismo da Igreja Católica, n. 900).

sábado, 22 de outubro de 2011

Quem são os maiores inimigos do Cristianismo?

Missa com fundo marxista

 
"Já meditei ontem em que é que ele consistia e compreendi bem a sua nocividade.

Um motivo ainda e dos mais graves desta nocividade é que o espírito do Mundo in­sinua-se sem se dar por isso.

Não são falhas de verdade estas palavras de quem prudentemente observou a invasão de cos­tumes mundanos em pessoas que se julgam cristãs. 'A maior parte das pessoas pie­dosas não julgam o espírito do Mundo tão mau como ele é; não compreendem a sua universali­dade, a sua sutileza, o seu poder de infiltração em quantidade bastante para despojar do seu mérito o bem que fazemos, a sua parti­cular habilidade em dominar as pessoas que se julgam inacessíveis ao seu al­cance'. O grande mal do Mundo está nos homens se persuadirem que ele não é tão mau como o pintam... Esta persuasão é que é o seu triunfo. Quem o não jul­ga perigoso é já sua vítima.

Missa Afro-inculturada


Quando Pregadores ou Moralistas creem oportuno desmascarar os perigos da mundani­dade, le­vantam-se geralmente os mundanos a protestar contra tal exagero: 'Invenções quiméri­cas de gente abor­recida, julgam eles. Que inconveniente haverá em eu ter na igreja um genufle­xório chique de pe­lúcia ou de veludo, em trabalhar para os pobres em... cortar um pouco a casa­ca ao vizinho, em se­guir a Moda, em não me privar de nenhum prazer legítimo, em querer estar ao corrente do último ro­mance, da última película, da última peça de teatro... Se se vai a cortar por tudo, acabaremos por já não poder viver'.

Muito bem! É exatamente assim. E tal é de fato o espírito do Mundo.

Missa com repouso no espírito


Nenhum perigo? De fato; menos precisamente o de o espírito do Evangelho se tor­nar anti­pático. E é pouco? E com tais ideias como é que se vão formar os filhos para austeridades gene­rosas, para o ideal do apostolado? Como constituir um lar perfeitamen­te cristão? O grande mal de muitos cristãos não é o pecado ao menos falando em geral mas o en­tibiamento do espírito de Jesus Cristo, a arte de esquecer a Cruz, o desejo, implí­cito pelo menos, de não se imporem nenhuma mortificação, de darem a parte menos avan­tajada às rea­lidades invi­síveis.

Padre Pinto


Quanto menos exigentes nos mostramos em matéria de espírito cristão e de vida cris­tã, menos cristãos nos tornamos, e insensivelmente chegaremos a uma extenuação quase completa da nossa religiosidade.

Fica ainda a moldura, fica a rotina, fica a fachada. E nada mais. A Religião foi esvazia­da da sua substância, o Evangelho foi dulcificado, as Bem-aventuranças esquecidas.

E ao que fica pode-se ainda chamar Cristianismo?

Missa com dança litúrgica


Não é esse o grande escândalo? Por que é que os incrédulos não abraçam em massa a Fé de Jesus Cristo? É tão belo o Evangelho; todos deviam ser atraídos para ele!

Ai! Entre o Evangelho e os olhos dos incrédulos há essas silhuetas sem graças de cris­tãos de descorado Cristianismo. É atraente uma tal Religião? Ah! Não, mil vezes não! Se foi uma doutrina e uma prática como essa a que Cristo nos veio trazer, muito obrigado, não me satisfaz! Assim racio­cinam os que não compartilham a nossa Fé. Os maiores inimigos do Cristianismo são os maus cristãos.

Missa com repouso no espírito


Que espécie de cristão sou eu? Que impressão devo produzir no meio em que vivo? Que pen­sam de mim os que me rodeiam, no meu lar, na oficina, no armazém, na fábrica? Discípulo de Cristo? Ou quê?

Com Deus não se brinca, diz a Sagrada Escritura. E vamos julgar agora que Deus se con­tenta com um Cristianismo só de fachada? Não, mil vezes não. Os verdadeiros fiéis são os fiéis em espírito e verdade. Ocultar-se, quem não é cristão, sob as aparências de uma vida pseudo-cris­tã, isso pode enganar os homens: Deus não se engana.

Imodéstia na Missa


Com que é que se parece o meu Cristianismo? Vida, ou, simples fachada? Rótulo, ou, verdadeira alma? Convenção, ou, crença sincera, coerente, integral, da qual não resul­tam só atitudes postiças, mas uma prática perseverante, substanciosa, que vivifique a existência toda, dinâmica, avassaladora?

Meu Deus, a vossa Religião é vida. Fazei que eu viva!” (R. Pe. Raul Plus, S.J., "Cristo no Lar", Liv. II, c, p. 207).


"La buena fé exige que hablemos con toda sinceridad y franqueza" (R. Pe. J. Balmes, "Cartas a um Cético em Matéria de Religião", C. 1).

Quando sei a vosso respeito de coisas que não agradam a Deus e são contrá­rias aos vossos interesses, se eu não vos advertir, não posso pretender que amo a Deus, nem que vos amo como devo” (São Pio X, Carta Encíclica “Communium Rerum”, de 21/04/1909).

É aprovar o erro não lhe resistir, é sufocar a verdade não a defender... Todo aquele que deixa de se opor a uma prevaricação manifesta pode ser tido como um cúmplice secreto” (Papa Félix III; citado pelo Papa Leão XIII, em carta aos Bispos italia­nos, em 8/12/1892).


Fonte: Ensaio "Reminiscência sobre a Modéstia no Vestir".

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