Blog Católico, para os Católicos

BLOG CATÓLICO, PARA OS CATÓLICOS.

"Uma vez que, como todos os fiéis, são encarregados por Deus do apostolado em virtude do Batismo e da Confirmação, os leigos têm a OBRIGAÇÃO e o DIREITO, individualmente ou agrupados em associações, de trabalhar para que a mensagem divina da salvação seja conhecida e recebida por todos os homens e por toda a terra; esta obrigação é ainda mais presente se levarmos em conta que é somente através deles que os homens podem ouvir o Evangelho e conhecer a Cristo. Nas comunidades eclesiais, a ação deles é tão necessária que, sem ela, o apostolado dos pastores não pode, o mais das vezes, obter seu pleno efeito" (S.S. o Papa Pio XII, Discurso de 20 de fevereiro de 1946: citado por João Paulo II, CL 9; cfr. Catecismo da Igreja Católica, n. 900).

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Citai algum exemplo de verdadeiro Dom das Línguas.



As Palavras tocam
os Exemplos arrastam.


Êxtase de São Francisco, 1437-44.

"Andava um dia por Assis o homem de Deus, mendigando óleo para as lâmpadas da igreja de São Damião, no tempo em que a estava reparando. Encontrando uma multidão de pes­soas a se diver­tir na porta da casa em que queria entrar, ruborizou-se e se afastou. Mas, dirigin­do seu nobre espírito para o Céu, repreendeu sua própria fraqueza e soube julgar a si mesmo. Voltou imediatamente para a casa e expôs livremente, diante de to­dos, as causas de sua vergo­nha. Como que ébrio de espírito, pe­diu óleo em francês e o con­seguiu. Animou com muito fervor a todos para a obra daquela igreja e profe­tizou em francês, com todo mundo ouvindo, que naquele lugar haveria no futuro um Mos­teiro de Vir­gens. Falava sempre em francês quan­do se sentia tomado pelo ar­dor do Espírito Santo, profe­rindo palavras ardentes, como se conhe­cesse desde então que haveria de ser cul­tuado de maneira toda especial por esse povo”. (S. Francisco de Assis; 2C 13; cfr. 3S 23). Obs: parece ser Dom das Lín­guas, contudo, não podemos afirmá-lo.


São Vicente Ferrer “embora falasse corretamente 7 ou 8 línguas, ao pregar, ser­via-se uni­camente do seu dialeto valenciano e dirigia-se nele à gente de todas as na­ções, e que todas as na­ções o compreendiam, tanto pela expressão do rosto, gesto e entono, como mesmo, pelo próprio entendi­mento, que a santidade do pregador tinha o condão de abrir. Assim o ates­tam, entre outras pessoas, vários senhores da Bretanha, como João Ho­dierne” (“São Vicente Ferrer, Santo Prodigioso”, Sel Editora, Rio de Janeiro, PP. 44-45).


"Não pode duvidar-se que Deus lhe concedeu o Dom das Línguas. O prodigioso núme­ro de judeus, mouros, sarracenos, turcos e escravos, que arrebatou da infidelida­de, sem falar nos milhares de hereges, cismáticos e pecadores obstinados, que conver­teu na Espanha, França, Itá­lia, Alemanha, Países-Baixos e Inglaterra, prova concludente­mente que sem milagre não era possí­vel fazer-se entender de povos tão diferentes" (R. Pe. Croi­set, S.J., "Ano Cristão", Vol. IV, pp. 75-80, 5 de Abril, Festa de São Vicente Ferrer; Tra­dução do Francês pelo R. Pe. Matos Soares, Porto, 1923).


► “São Francisco Solano tinha o Dom das Línguas. Aprendeu mila­grosamente em 15 dias o dialeto de uma tribo indígena (Tucumanos)... falan­do em castelhano a índi­os de tribos diferentes, sendo entendido como se es­tivesse expressando-se no dialeto de cada um.

Uma vez, por exemplo, estando em San Miguel del Estero durante as Ce­rimônias da quinta-feira Santa, veio uma terrível notícia: milhares de índios de di­versas tribos, armados para a guerra, avançavam para atacar a cidade. A balbur­dia foi geral. Só frei Francisco Solano, calmo, saiu ao encontro dos selva­gens. Es­tes, que o respeitavam, pararam para o ouvir. E cada um o entendeu em sua própria língua. Ficaram tão emocionados, que um número enorme deles pediu o Batismo. No dia seguinte, viu-se essa coisa espantosa: ao lado dos es­panhóis, esses índios convertidos participavam da procissão da sexta-fei­ra Santa, flagelando-se por causa de seus pecados” (R, Pe. João Batista Lehmann, S.V.D., “Na Luz Per­pétua”, Vol. II, 23 de julho; cfr. Lês Petits Bollandistes, Bloud et Barral, Paris, 1882, Tom. IX, pp. 8 ss; En­riqueta Vila, “Santos da América”, Coleção Pa­noramas de la História Universal, Ediciones More­ton, S. A., Bilbao, 1968, PP. 88, 93 ss).


São Francisco Xavier, S.J.: “Como os Apóstolos, possuía o Dom das Lín­guas. Sem ter aprendido o idioma hindu, com os múltiplos diale­tos, pregava a Doutrina Cristã e todos o compre­endiam perfeitamente. Esta cir­cunstância, bem como os numerosos e estupen­dos milagres que fazia quase dia­riamente, chamou a atenção dos povos circunvizi­nhos, que vi­nham em chus­mas, para conhecer o homem extraordinário e ouvir-lhe a Doutrina” (R. Pe. João Batista Lehmann, S.V.D., ob. cit., Vol. II, 3 de dezembro).


São Luís Bertrand (Beltrão): “A biografia do Santo afirma que, ape­sar de ter sido senhor de um só idioma, todos os povos que o ouviam fa­lar, o compreendiam perfei­tamente” (R. Pe. João Batista Lehmann, S.V.D., ob. cit., Vol. II, 11 de outubro).


► “O rumor das maravilhas que Santo Antônio operava com a sua prega­ção, che­gava até à corte romana. Ele granjeou tanto a estima dos Príncipes da Igreja, que o Soberano Pon­tífice e todos os Cardeais corriam a seus sermões, com um zelo extraordinário e uma de­voção que não se poderia des­crever. Desde que o Papa Gregório IX saboreou uma vez a pala­vra de Santo Antônio, não pode mais pri­var-se deste maná celeste, e fez-se um dos seus assí­duos ouvintes. Ad­mirava a sua ciência das Sagra­das Escrituras, e como lhes possuía a Letra e o Sentido, e com que rara felicidade os aplicava às almas. Contemplava essa Abe­lha Mística que percorria, como a recrear-se, os prados balsâmicos da Revelação sobre os quais o Espíri­to Santo derramou tantos perfumes e imprimiu tantas co­res; tomando um pouco por toda parte que formava os materiais de suas admirá­veis instruções. Não foi sem razão que o Sumo Pontífice lhe deu o nome de ‘a Arca do Testamento’; o texto dos dois Testamentos estava, de fato, gravado tão profunda­mente em sua memória, que, a exemplo de Es­dras, sozinho com as suas recorda­ções seria capaz de restabelecer integral­mente as Escrituras, dado o caso de que todas as cópias Delas se perdessem. É o que ates­tam todos os homens que vive­ram longo tempo com ele, e que o conheceram mais de perto. Além disto, possuía um maravilhoso talento para in­terpretar as Divinas Escrituras, e para ex­por com clareza e solidez os seus diversos sentidos. Não havia na Bíblia um só li­vro que lhe fosse estranho. A Concordância Moral da Santa Escritura, e o Comen­tário Místico sobre o Antigo Testamento, no qual não deixa um só trecho sem o acom­panhar de notas cheias de erudição e de piedade, são a prova de que São Antô­nio não havia usurpado esta reputação.

Aproximavam-se as Festas de Páscoa. O Papa fez promulgar a grande in­dulgência que atraía à Cidade Eterna imensos concursos de estrangei­ros, vindos de todos os pontos da Cristandade. No ano em que Santo Antônio de Pádua pre­gou a Quaresma, a afluência foi inu­merável. As multidões apinhavam-se com avi­dez em torno do Apóstolo: cada um estava mais desejoso de vê-lo e de ouvi-lo. Para muitos, não era ele um desconhecido; tinham-no encon­trado noutros pontos da Itália e da França; a lembrança de sua eloquência e de seus milagres ainda aumentava neles o entusiasmo geral de que eram testemunhas. Santo Antônio estava colocado no centro desta pequena humanidade na qual todas as nações se acha­vam repre­sentadas. Ele as trazia todas em seu coração; elevava-as todas até à verdade, até Deus. As­sim este vaso de eleição, que fora predesti­nado para anunciar aos povos e aos reis o Nome de Cristo bendi­to, se tornara em Roma ‘um vaso Católico’, segundo a bela expressão de que a Antiguidade se ser­viu para ex­primir a extensão de seu zelo, a profundeza de suas vistas, e a univer­salidade de sua glória. O Papa encarregou-o de explicar aos peregrinos a nature­za dos favo­res espirituais de que abrira o Tesouro, o valor incalculável que lhes deveriam ligar e as condições em que poderiam consegui-los. Santo Antônio obe­deceu a esta or­dem suprema; e, no dia da Ressurreição, sua pregação foi acom­panhada de um mila­gre que lembrou o aconte­cimento em Jerusalém no dia de Pentecostes, e cuja narração se encontra nos Atos dos Após­tolos. Ei-lo tal, como é referido nos Fioretti de São Francisco de Assis: ‘O maravilhoso vaso do Espírito Santo, monsi­or Santo Antônio de Pádua, um dos discípulos escolhidos e compa­nheiro de São Francisco, ao qual, São Francisco chamava seu Vigário. Pregando uma vez em Con­sistório, diante do Papa e dos Cardeais (no qual Consistório havia homens de diversas nações, isto é, gregos, latinos, fran­ceses, alemães, eslavos, ingleses e de outras diversas línguas do mundo); inflamado do Espírito Santo tão eficazmen­te, tão devotamente, tão sutilmente, tão do­cemente e tão claramente e intuitiva­mente expôs e falou Palavras de Deus, que todos os que estavam em Consistó­rio, conquanto usassem línguas diver­sas, claramente lhe entendiam as palavras distintamente como se ele tivesse falado na língua de cada um, e todos estavam es­tupefactos e lhes parecia que se havia renovado o antigo milagre dos Após­tolos no tem­po de Pentecostes, os quais falavam por virtude do Espírito Santo em todas as lín­guas, e diziam (os Cardeais) juntos, um para o outro com admiração: ‘Não é de Espanha este que prega? E como ouvimos nós em seu falar o nosso idioma?’ O Papa, semelhante­mente, conside­rando e maravilhando-se da profundeza das palavras dele, disse: ‘Este é verdadeira­mente a Arca do Testamento e o Armário da Escritura Divina’. Em louvor de Cristo. Amém’ (Fior. 39).

Assim é que se aprazia Deus em glorificar a seu Servo diante de to­das as tribos da ter­ra. Com isto mereceu ele ser comparado aos Apóstolos, pois que, como estes, recebera o Dom precioso das Línguas” (R. Pe. Antônio At, C.S.C., “História de Santo Antônio de Pá­dua”, Cap. XI).

Dom das Línguas (Poema)

*Roma. Século treze. Eis o Papa exultante
Na sublime assembleia – onde luz e reluz
Frei Antônio – pregando o sermão cintilante
Da semana pascal. Porta-voz de Jesus,
*Frei Antônio – falando aos romanos – perante
Outros povos – reluz – como o sol – luz a flux:
Sua voz foi ouvida em francês, em vibrante
Espanhol, em inglês... Como a todos seduz!
*Dom das Línguas! Ali se repete a passagem
Da Sagrada Escritura – o milagre, a mensagem
- De outras línguas de fogo – a inflamar tanta gente!
*Porta-voz de Jesus! Tua língua sagrada
Continua a pregar – sempre, sempre escutada,
Numa Casa-de-Deus, o sermão mais luzente!

(José A. Machado Filho, “Clarões”, P. 548).


► “Todos os sentidos de Teresa Neumann – já o afirmei – e não so­mente a vista, es­tão ativos durante as suas visões, que abrangem todos os tem­pos, in­clusive os períodos ante-his­tóricos mais recua­dos e todos os países do mundo. Estende-se até muito para além dessas épocas longínquas, pois, foi-lhe dado já, por exemplo, assistir ao combate dos Anjos bons con­tra os Anjos maus, que ter­minou com a der­rota de Lúcifer e a criação do Inferno. Des­se espe­táculo, por si­nal, conserva uma recordação de tal forma emocionante que evitam recor­dar-lhe, porquan­to a lembrança dele já chegou a fazer-lhe perder os senti­dos.

Teresa Neumann ouve os personagens que vivem sob os seus olhares tão claramente como os vê, e a sua memória é de tal forma que repete, especial­mente no estado de arrouba­mento, as palavras pronunciadas por eles. Foi assim que notaram, a princípio com espanto, que repetia, com pronúncia exata e acento correto (sendo ela alemã), quase todas as lín­guas antigas e modernas e em especial certas línguas orientais, hoje mortas, nos seus dife­rentes dia­letos.

Diversos orientalistas e particularmente o Prof. Bauer, da Universida­de de Halle, o sábio Jesuíta Leiber, o Doutor Kiefer e, sobretudo o Prof. Wutz, afirmaram que ela re­petia com grande exatidão conversas trava­das na língua de Cristo, o aramaico.

Por exemplo, quando Pilatos mostra Jesus à multidão, esperando que esta se compa­deça à vista do seu lastimoso estado, resultante da Flagelação e da Coroação de Espinhos. Teresa ouve distintamen­te o grito: ‘Schalapa’, que em aramaico, significa: ‘Crucifica-O’. Quan­do contempla a Agonia do Calcifica­do so­bre a Cruz, ela ouve dizer: ‘Es-che ... Abba, Chaboc, Lehon ... Eloïm, Zabakhtani ... Abba Bejadakh, afked, Roukhi, Chalem ... Coulekti ...’, que signi­fica: ‘Tenho sede... Pai perdoai-lhes... Meu Deus, por que Me abandonastes? ... Pai entre­go o Meu espírito nas tuas mãos... Tudo está consumado’. Es­tas são na verdade as pala­vras de Cristo na Cruz, citadas pelos Evangelistas.

Quando dos meus primeiros inquéritos, tive o privilégio de travar lon­gas conversas com o Prof. Wutz, na sua casa de Eichstaett. Foi uma das teste­munhas diretas dos fatos de Kon­nersreuth que mais utilidade teve para mim. Pos­suía um ‘Dossier’ precioso do qual faziam par­te impressionantíssima pelícu­las de certos êxtases de Teresa.

A sua indignação atingira o auge quando quiseram insinuar que havi­am sugerido à es­tigmatizada as palavras e frases em aramaico que ela repetia. A ver­dade, porém, era exata­mente o contrário. Teresa não falara aramaico porque o Prof. Wutz estava em Konnersreuth, mas, sim, este fora ali chamado, aliás, de­pois de vários outros especialistas, porque Teresa fa­lava aramaico. Tomaram aqui o efeito pela causa. E acrescentava que, ao invés do que se dis­sera, era ele que tinha aprendido, ao escutar Teresa, e até modificara o seu ensino após haver reconhecido que ela tinha ou devia ter razão em pontos onde certas formas de aramaico, repe­tidas por ela, diferiam das que ele próprio conhecia. Quando, por exemplo, Te­resa contava que Cristo, sobre a Cruz, dissera: ‘Es-che’, o Prof. Wutz sustentava que ‘Tenho Sede’ se deve dizer ‘Sachana’. Mas Teresa insistia afir­mando que ouvira distintamente ‘Es-che’, sem possibi­lidade de erro. Por fim, de­pois de haver estudado o assunto, reconheceu ser ela quem tinha ra­zão e que essa expressão era de uso corrente no tempo de Cristo.

É curioso notar que, quando Teresa vê São Pedro a dirigir a palavra à multidão, no dia de Pente­costes, ouve-o a falar em dialeto bávaro, pois, cada pes­soa após a descida do Espíri­to Santo, o escutou na própria língua. Foi assim que se tornou possível conhecer o texto exato do Discurso de São Pedro aos pa­gãos, gravado em disco por um irmão de Teresa, (chamado) Fernando" (“Thérése Neu­mann – la stig­matisée”, por Ennemond Boniface; Trad. Por Aníbal de Castro, Cap. II, PP. 174-177).


► “Na vida de São Domingos se conta havê-lo recebido (o Dom das Lín­guas) em certa oca­sião para conversar com alguns peregrinos ale­mães” (Fr. Alberto Colunga, O.P., “Introduccion a la Cuestion 176 – Sobre el Don de Len­guas”, Suma Teológica de São Tomás de Aquino, Ed. BAC, Madrid, 1955).


"O biógrafo mais ilustre, que em dois alentados volumes melhor estudou a vida de Santo Antônio Maria Claret, o Pe. Cristovão Fernández, diante da dificul­dade de enumerar os mi­lagres do Bem-aventurado, depois de falar-nos do Dom especial de ler nas consciências, procura catalogar os milagres mais extraordinári­os, sob a epígrafe que nos lembram os mila­gres opera­dos pelos Apóstolos: '... Super aegros manus imponent,... si mortiferum quid biberint' ... '... in nomine meo daemonia ejicient' ... '... linguis loquentur novis', etc." (R. Pe. Geraldo Fer­nandes, C. M. F., "Santo Antônio Maria Claret", Cap. VI, p. 40, Vozes, 1953).


► “Em 1912, o Padre Agostinho de San Marco in Lamis, diretor espiritual do Padre Pio, conce­beu uma ideia original. Quis pôr à prova a santidade do Padre Pio e infligir novos desaires ao Demônio. Com esse fim, porque não escrever ao Padre Pio em línguas estrangeiras que ele desconhecia? Assim, estabeleceu-se entre o confessor e o seu discípulo, uma correspondência em francês e em grego! Mas, o Padre Pio aguentou magnificamente essa experiência, porque tinha junto de si al­guém, o seu Anjo da Guarda, que se encarregava da tradução! Existem provas irrefutáveis desse fa­to. Quando ele manteve essa correspondência muito particular, o Padre encontrava-se em Pietrelcina e o seu diretor imediato era o arcipreste Don Salvatore Mannullo. Ora, na margem de uma dessas cartas, en­contra-se um certificado escrito pela mão desse Padre, que declara, em consciência, que quando o Padre Pio recebia do seu confessor uma carta escrita em grego, lhe revelava o seu conteúdo. 'Eu lhe pergun­tava, diz o Padre, como é que ele podia ler e explicar a carta, visto que ele não conhecia nem se­quer o alfabeto grego'. Mas ele me respondia: 'Saiba que o meu Anjo da Guarda me explicou tudo!' Declaração esta, confirmada pelo próprio Padre Pio.

A uma pergunta formal do Padre Agostinho, o Padre Pio respondeu por estas palavras de Jere­mias: 'Ah!... nescio loqui, eu não conheço as línguas estrangeiras e portanto não as sei falar'. E numa carta de 20 de Setembro de 1912, o Padre Pio revela quem o instruía, declarando: 'Os seres ce­lestiais fazem-me visitas continuamente e, se a missão do Anjo é grande, a do meu é ainda mais importante, visto que tem de me ensinar e explicar as línguas estrangeiras'.

Esta afirmação corresponde inteiramente a uma nota do Padre Agostinho: 'O Padre Pio não sabe nem grego nem francês. O Anjo da Guarda explica-lhe tudo e é só assim que ele as pode compreender'.

A ajuda do seu professor sobrenatural foi tão eficaz, que o Padre Pio conseguiu escrever nessas línguas. Encontramos um exemplo nos escritos do Padre (76 e 96), duas cartas que ele escreveu em francês com a ajuda do seu Anjo...

No confessionário, o Padre Pio compreendia cada um e vice-versa. Falava tão bem o francês como o inglês e a maior parte dos dialetos, os mais raros, da América, da China e mesmo do Japão não representavam para ele qualquer dificuldade. No seu belo livro, Del Fante põe em dúvida este fato, o que é compreensível, porque cada escritor conta o que experimentou por si mesmo; ora, Del Fante era italia­no e não podia, portanto, ter a experiência desse dom do Padre Pio. Portanto, quando me confessei pela primeira vez ao Padre Pio, o fiz em francês e ele respondeu-me nesta língua. Foi só quando deixei o con­fessionário que me dei conta disso. Quando Mary Pyle perguntava aos soldados americanos como é que eles se confessavam ao Padre, eles respondiam a rir: 'Ele compreende-nos e nós o compreendemos'. Uma húngara contou-me: 'Ele falou-me em húngaro! E porque não? Quanto a mim ele não precisava de palavras, falava a língua do coração e a língua do coração é, para os místicos, o esperanto do Céu. Nos últimos anos, todavia, devia-se saber ou o italiano ou o latim, para se confessarem. Essa regra foi tomada para limitar o número de penitentes por causa dos inúmeros e insistentes pedidos...

Na história lendária do Padre Pio, encontram-se inúmeros fatos pitorescos dizendo respeito a soldados. Assim, um soldado negro da força naval veio num 'jeep' de Tarento, para se confessar ao Padre. Este falou com ele o dialeto dos 'dockers' de Nova York com a desenvoltura de um carrega­dor. Cada soldado que teve contato com ele, tinha a sua história a contar” (Rev. Pe. Fr. Arni Decorte, F.M., ob. cit., pp. 59-60, 198, 213-214, edição brasileira, 1995).


► “Teria Maria possuído, também, o dom das línguas? Em todas as circunstân­cias da vida em que teve necessidade dele, como, por exemplo, na visita dos Magos, na fuga para o Egito, Deus lho terá certamente concedido. Deve ter-lhe concedido o dom das línguas, a seguir, especialmente no dia de Pen­tecostes, tanto mais que Ela teria de falar muito frequentemente com pessoas de língua diferente. Não te­ria sido uma verdadeira decepção para os fiéis da primitiva Igreja, que falavam língua estrangeira, não conseguirem fazer-se compreender pela Mãe comum de todos?” (Rev. Pe. Gabriel Roschini, O.S.M., “Ins­truções Marianas”, Instrução XVII, Ponto II, 2, pp. 194-195, Ed. Paulinas). 

_________________

Fonte: Acessar o ensaio "Elucidário sobre o Dom das Línguas" no link "Meus Documentos - 

Nenhum comentário:

Redes Sociais

Continue Acessando

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...