As Palavras tocam,
os Exemplos arrastam.
Êxtase de São Francisco, 1437-44.
"Andava um dia por Assis o homem de Deus, mendigando óleo para as lâmpadas da igreja de São Damião, no tempo em que a estava reparando. Encontrando uma multidão de pessoas a se divertir na porta da casa em que queria entrar, ruborizou-se e se afastou. Mas, dirigindo seu nobre espírito para o Céu, repreendeu sua própria fraqueza e soube julgar a si mesmo. Voltou imediatamente para a casa e expôs livremente, diante de todos, as causas de sua vergonha. Como que ébrio de espírito, pediu óleo em francês e o conseguiu. Animou com muito fervor a todos para a obra daquela igreja e profetizou em francês, com todo mundo ouvindo, que naquele lugar haveria no futuro um Mosteiro de Virgens. Falava sempre em francês quando se sentia tomado pelo ardor do Espírito Santo, proferindo palavras ardentes, como se conhecesse desde então que haveria de ser cultuado de maneira toda especial por esse povo”. (S. Francisco de Assis; 2C 13; cfr. 3S 23). Obs: parece ser Dom das Línguas, contudo, não podemos afirmá-lo.
► São Vicente Ferrer “embora falasse corretamente 7 ou 8 línguas, ao pregar, servia-se unicamente do seu dialeto valenciano e dirigia-se nele à gente de todas as nações, e que todas as nações o compreendiam, tanto pela expressão do rosto, gesto e entono, como mesmo, pelo próprio entendimento, que a santidade do pregador tinha o condão de abrir. Assim o atestam, entre outras pessoas, vários senhores da Bretanha, como João Hodierne” (“São Vicente Ferrer, Santo Prodigioso”, Sel Editora, Rio de Janeiro, PP. 44-45).
► "Não pode duvidar-se que Deus lhe concedeu o Dom das Línguas. O prodigioso número de judeus, mouros, sarracenos, turcos e escravos, que arrebatou da infidelidade, sem falar nos milhares de hereges, cismáticos e pecadores obstinados, que converteu na Espanha, França, Itália, Alemanha, Países-Baixos e Inglaterra, prova concludentemente que sem milagre não era possível fazer-se entender de povos tão diferentes" (R. Pe. Croiset, S.J., "Ano Cristão", Vol. IV, pp. 75-80, 5 de Abril, Festa de São Vicente Ferrer; Tradução do Francês pelo R. Pe. Matos Soares, Porto, 1923).
► “São Francisco Solano tinha o Dom das Línguas. Aprendeu milagrosamente em 15 dias o dialeto de uma tribo indígena (Tucumanos)... falando em castelhano a índios de tribos diferentes, sendo entendido como se estivesse expressando-se no dialeto de cada um.
Uma vez, por exemplo, estando em San Miguel del Estero durante as Cerimônias da quinta-feira Santa, veio uma terrível notícia: milhares de índios de diversas tribos, armados para a guerra, avançavam para atacar a cidade. A balburdia foi geral. Só frei Francisco Solano, calmo, saiu ao encontro dos selvagens. Estes, que o respeitavam, pararam para o ouvir. E cada um o entendeu em sua própria língua. Ficaram tão emocionados, que um número enorme deles pediu o Batismo. No dia seguinte, viu-se essa coisa espantosa: ao lado dos espanhóis, esses índios convertidos participavam da procissão da sexta-feira Santa, flagelando-se por causa de seus pecados” (R, Pe. João Batista Lehmann, S.V.D., “Na Luz Perpétua”, Vol. II, 23 de julho; cfr. Lês Petits Bollandistes, Bloud et Barral, Paris, 1882, Tom. IX, pp. 8 ss; Enriqueta Vila, “Santos da América”, Coleção Panoramas de la História Universal, Ediciones Moreton, S. A., Bilbao, 1968, PP. 88, 93 ss).
► São Francisco Xavier, S.J.: “Como os Apóstolos, possuía o Dom das Línguas. Sem ter aprendido o idioma hindu, com os múltiplos dialetos, pregava a Doutrina Cristã e todos o compreendiam perfeitamente. Esta circunstância, bem como os numerosos e estupendos milagres que fazia quase diariamente, chamou a atenção dos povos circunvizinhos, que vinham em chusmas, para conhecer o homem extraordinário e ouvir-lhe a Doutrina” (R. Pe. João Batista Lehmann, S.V.D., ob. cit., Vol. II, 3 de dezembro).
► São Luís Bertrand (Beltrão): “A biografia do Santo afirma que, apesar de ter sido senhor de um só idioma, todos os povos que o ouviam falar, o compreendiam perfeitamente” (R. Pe. João Batista Lehmann, S.V.D., ob. cit., Vol. II, 11 de outubro).
► “O rumor das maravilhas que Santo Antônio operava com a sua pregação, chegava até à corte romana. Ele granjeou tanto a estima dos Príncipes da Igreja, que o Soberano Pontífice e todos os Cardeais corriam a seus sermões, com um zelo extraordinário e uma devoção que não se poderia descrever. Desde que o Papa Gregório IX saboreou uma vez a palavra de Santo Antônio, não pode mais privar-se deste maná celeste, e fez-se um dos seus assíduos ouvintes. Admirava a sua ciência das Sagradas Escrituras, e como lhes possuía a Letra e o Sentido, e com que rara felicidade os aplicava às almas. Contemplava essa Abelha Mística que percorria, como a recrear-se, os prados balsâmicos da Revelação sobre os quais o Espírito Santo derramou tantos perfumes e imprimiu tantas cores; tomando um pouco por toda parte que formava os materiais de suas admiráveis instruções. Não foi sem razão que o Sumo Pontífice lhe deu o nome de ‘a Arca do Testamento’; o texto dos dois Testamentos estava, de fato, gravado tão profundamente em sua memória, que, a exemplo de Esdras, sozinho com as suas recordações seria capaz de restabelecer integralmente as Escrituras, dado o caso de que todas as cópias Delas se perdessem. É o que atestam todos os homens que viveram longo tempo com ele, e que o conheceram mais de perto. Além disto, possuía um maravilhoso talento para interpretar as Divinas Escrituras, e para expor com clareza e solidez os seus diversos sentidos. Não havia na Bíblia um só livro que lhe fosse estranho. A Concordância Moral da Santa Escritura, e o Comentário Místico sobre o Antigo Testamento, no qual não deixa um só trecho sem o acompanhar de notas cheias de erudição e de piedade, são a prova de que São Antônio não havia usurpado esta reputação.
Aproximavam-se as Festas de Páscoa. O Papa fez promulgar a grande indulgência que atraía à Cidade Eterna imensos concursos de estrangeiros, vindos de todos os pontos da Cristandade. No ano em que Santo Antônio de Pádua pregou a Quaresma, a afluência foi inumerável. As multidões apinhavam-se com avidez em torno do Apóstolo: cada um estava mais desejoso de vê-lo e de ouvi-lo. Para muitos, não era ele um desconhecido; tinham-no encontrado noutros pontos da Itália e da França; a lembrança de sua eloquência e de seus milagres ainda aumentava neles o entusiasmo geral de que eram testemunhas. Santo Antônio estava colocado no centro desta pequena humanidade na qual todas as nações se achavam representadas. Ele as trazia todas em seu coração; elevava-as todas até à verdade, até Deus. Assim este vaso de eleição, que fora predestinado para anunciar aos povos e aos reis o Nome de Cristo bendito, se tornara em Roma ‘um vaso Católico’, segundo a bela expressão de que a Antiguidade se serviu para exprimir a extensão de seu zelo, a profundeza de suas vistas, e a universalidade de sua glória. O Papa encarregou-o de explicar aos peregrinos a natureza dos favores espirituais de que abrira o Tesouro, o valor incalculável que lhes deveriam ligar e as condições em que poderiam consegui-los. Santo Antônio obedeceu a esta ordem suprema; e, no dia da Ressurreição, sua pregação foi acompanhada de um milagre que lembrou o acontecimento em Jerusalém no dia de Pentecostes, e cuja narração se encontra nos Atos dos Apóstolos. Ei-lo tal, como é referido nos Fioretti de São Francisco de Assis: ‘O maravilhoso vaso do Espírito Santo, monsior Santo Antônio de Pádua, um dos discípulos escolhidos e companheiro de São Francisco, ao qual, São Francisco chamava seu Vigário. Pregando uma vez em Consistório, diante do Papa e dos Cardeais (no qual Consistório havia homens de diversas nações, isto é, gregos, latinos, franceses, alemães, eslavos, ingleses e de outras diversas línguas do mundo); inflamado do Espírito Santo tão eficazmente, tão devotamente, tão sutilmente, tão docemente e tão claramente e intuitivamente expôs e falou Palavras de Deus, que todos os que estavam em Consistório, conquanto usassem línguas diversas, claramente lhe entendiam as palavras distintamente como se ele tivesse falado na língua de cada um, e todos estavam estupefactos e lhes parecia que se havia renovado o antigo milagre dos Apóstolos no tempo de Pentecostes, os quais falavam por virtude do Espírito Santo em todas as línguas, e diziam (os Cardeais) juntos, um para o outro com admiração: ‘Não é de Espanha este que prega? E como ouvimos nós em seu falar o nosso idioma?’ O Papa, semelhantemente, considerando e maravilhando-se da profundeza das palavras dele, disse: ‘Este é verdadeiramente a Arca do Testamento e o Armário da Escritura Divina’. Em louvor de Cristo. Amém’ (Fior. 39).
Assim é que se aprazia Deus em glorificar a seu Servo diante de todas as tribos da terra. Com isto mereceu ele ser comparado aos Apóstolos, pois que, como estes, recebera o Dom precioso das Línguas” (R. Pe. Antônio At, C.S.C., “História de Santo Antônio de Pádua”, Cap. XI).
► Dom das Línguas (Poema)
*Roma. Século treze. Eis o Papa exultante
Na sublime assembleia – onde luz e reluz
Frei Antônio – pregando o sermão cintilante
Da semana pascal. Porta-voz de Jesus,
*Frei Antônio – falando aos romanos – perante
Outros povos – reluz – como o sol – luz a flux:
Sua voz foi ouvida em francês, em vibrante
Espanhol, em inglês... Como a todos seduz!
*Dom das Línguas! Ali se repete a passagem
Da Sagrada Escritura – o milagre, a mensagem
- De outras línguas de fogo – a inflamar tanta gente!
*Porta-voz de Jesus! Tua língua sagrada
Continua a pregar – sempre, sempre escutada,
Numa Casa-de-Deus, o sermão mais luzente!
(José A. Machado Filho, “Clarões”, P. 548).
► “Todos os sentidos de Teresa Neumann – já o afirmei – e não somente a vista, estão ativos durante as suas visões, que abrangem todos os tempos, inclusive os períodos ante-históricos mais recuados e todos os países do mundo. Estende-se até muito para além dessas épocas longínquas, pois, foi-lhe dado já, por exemplo, assistir ao combate dos Anjos bons contra os Anjos maus, que terminou com a derrota de Lúcifer e a criação do Inferno. Desse espetáculo, por sinal, conserva uma recordação de tal forma emocionante que evitam recordar-lhe, porquanto a lembrança dele já chegou a fazer-lhe perder os sentidos.
Teresa Neumann ouve os personagens que vivem sob os seus olhares tão claramente como os vê, e a sua memória é de tal forma que repete, especialmente no estado de arroubamento, as palavras pronunciadas por eles. Foi assim que notaram, a princípio com espanto, que repetia, com pronúncia exata e acento correto (sendo ela alemã), quase todas as línguas antigas e modernas e em especial certas línguas orientais, hoje mortas, nos seus diferentes dialetos.
Diversos orientalistas e particularmente o Prof. Bauer, da Universidade de Halle, o sábio Jesuíta Leiber, o Doutor Kiefer e, sobretudo o Prof. Wutz, afirmaram que ela repetia com grande exatidão conversas travadas na língua de Cristo, o aramaico.
Por exemplo, quando Pilatos mostra Jesus à multidão, esperando que esta se compadeça à vista do seu lastimoso estado, resultante da Flagelação e da Coroação de Espinhos. Teresa ouve distintamente o grito: ‘Schalapa’, que em aramaico, significa: ‘Crucifica-O’. Quando contempla a Agonia do Calcificado sobre a Cruz, ela ouve dizer: ‘Es-che ... Abba, Chaboc, Lehon ... Eloïm, Zabakhtani ... Abba Bejadakh, afked, Roukhi, Chalem ... Coulekti ...’, que significa: ‘Tenho sede... Pai perdoai-lhes... Meu Deus, por que Me abandonastes? ... Pai entrego o Meu espírito nas tuas mãos... Tudo está consumado’. Estas são na verdade as palavras de Cristo na Cruz, citadas pelos Evangelistas.
Quando dos meus primeiros inquéritos, tive o privilégio de travar longas conversas com o Prof. Wutz, na sua casa de Eichstaett. Foi uma das testemunhas diretas dos fatos de Konnersreuth que mais utilidade teve para mim. Possuía um ‘Dossier’ precioso do qual faziam parte impressionantíssima películas de certos êxtases de Teresa.
A sua indignação atingira o auge quando quiseram insinuar que haviam sugerido à estigmatizada as palavras e frases em aramaico que ela repetia. A verdade, porém, era exatamente o contrário. Teresa não falara aramaico porque o Prof. Wutz estava em Konnersreuth, mas, sim, este fora ali chamado, aliás, depois de vários outros especialistas, porque Teresa falava aramaico. Tomaram aqui o efeito pela causa. E acrescentava que, ao invés do que se dissera, era ele que tinha aprendido, ao escutar Teresa, e até modificara o seu ensino após haver reconhecido que ela tinha ou devia ter razão em pontos onde certas formas de aramaico, repetidas por ela, diferiam das que ele próprio conhecia. Quando, por exemplo, Teresa contava que Cristo, sobre a Cruz, dissera: ‘Es-che’, o Prof. Wutz sustentava que ‘Tenho Sede’ se deve dizer ‘Sachana’. Mas Teresa insistia afirmando que ouvira distintamente ‘Es-che’, sem possibilidade de erro. Por fim, depois de haver estudado o assunto, reconheceu ser ela quem tinha razão e que essa expressão era de uso corrente no tempo de Cristo.
É curioso notar que, quando Teresa vê São Pedro a dirigir a palavra à multidão, no dia de Pentecostes, ouve-o a falar em dialeto bávaro, pois, cada pessoa após a descida do Espírito Santo, o escutou na própria língua. Foi assim que se tornou possível conhecer o texto exato do Discurso de São Pedro aos pagãos, gravado em disco por um irmão de Teresa, (chamado) Fernando" (“Thérése Neumann – la stigmatisée”, por Ennemond Boniface; Trad. Por Aníbal de Castro, Cap. II, PP. 174-177).
► “Na vida de São Domingos se conta havê-lo recebido (o Dom das Línguas) em certa ocasião para conversar com alguns peregrinos alemães” (Fr. Alberto Colunga, O.P., “Introduccion a la Cuestion 176 – Sobre el Don de Lenguas”, Suma Teológica de São Tomás de Aquino, Ed. BAC, Madrid, 1955).
► "O biógrafo mais ilustre, que em dois alentados volumes melhor estudou a vida de Santo Antônio Maria Claret, o Pe. Cristovão Fernández, diante da dificuldade de enumerar os milagres do Bem-aventurado, depois de falar-nos do Dom especial de ler nas consciências, procura catalogar os milagres mais extraordinários, sob a epígrafe que nos lembram os milagres operados pelos Apóstolos: '... Super aegros manus imponent,... si mortiferum quid biberint' ... '... in nomine meo daemonia ejicient' ... '... linguis loquentur novis', etc." (R. Pe. Geraldo Fernandes, C. M. F., "Santo Antônio Maria Claret", Cap. VI, p. 40, Vozes, 1953).
► “Em 1912, o Padre Agostinho de San Marco in Lamis, diretor espiritual do Padre Pio, concebeu uma ideia original. Quis pôr à prova a santidade do Padre Pio e infligir novos desaires ao Demônio. Com esse fim, porque não escrever ao Padre Pio em línguas estrangeiras que ele desconhecia? Assim, estabeleceu-se entre o confessor e o seu discípulo, uma correspondência em francês e em grego! Mas, o Padre Pio aguentou magnificamente essa experiência, porque tinha junto de si alguém, o seu Anjo da Guarda, que se encarregava da tradução! Existem provas irrefutáveis desse fato. Quando ele manteve essa correspondência muito particular, o Padre encontrava-se em Pietrelcina e o seu diretor imediato era o arcipreste Don Salvatore Mannullo. Ora, na margem de uma dessas cartas, encontra-se um certificado escrito pela mão desse Padre, que declara, em consciência, que quando o Padre Pio recebia do seu confessor uma carta escrita em grego, lhe revelava o seu conteúdo. 'Eu lhe perguntava, diz o Padre, como é que ele podia ler e explicar a carta, visto que ele não conhecia nem sequer o alfabeto grego'. Mas ele me respondia: 'Saiba que o meu Anjo da Guarda me explicou tudo!' Declaração esta, confirmada pelo próprio Padre Pio.
A uma pergunta formal do Padre Agostinho, o Padre Pio respondeu por estas palavras de Jeremias: 'Ah!... nescio loqui, eu não conheço as línguas estrangeiras e portanto não as sei falar'. E numa carta de 20 de Setembro de 1912, o Padre Pio revela quem o instruía, declarando: 'Os seres celestiais fazem-me visitas continuamente e, se a missão do Anjo é grande, a do meu é ainda mais importante, visto que tem de me ensinar e explicar as línguas estrangeiras'.
Esta afirmação corresponde inteiramente a uma nota do Padre Agostinho: 'O Padre Pio não sabe nem grego nem francês. O Anjo da Guarda explica-lhe tudo e é só assim que ele as pode compreender'.
A ajuda do seu professor sobrenatural foi tão eficaz, que o Padre Pio conseguiu escrever nessas línguas. Encontramos um exemplo nos escritos do Padre (76 e 96), duas cartas que ele escreveu em francês com a ajuda do seu Anjo...
No confessionário, o Padre Pio compreendia cada um e vice-versa. Falava tão bem o francês como o inglês e a maior parte dos dialetos, os mais raros, da América, da China e mesmo do Japão não representavam para ele qualquer dificuldade. No seu belo livro, Del Fante põe em dúvida este fato, o que é compreensível, porque cada escritor conta o que experimentou por si mesmo; ora, Del Fante era italiano e não podia, portanto, ter a experiência desse dom do Padre Pio. Portanto, quando me confessei pela primeira vez ao Padre Pio, o fiz em francês e ele respondeu-me nesta língua. Foi só quando deixei o confessionário que me dei conta disso. Quando Mary Pyle perguntava aos soldados americanos como é que eles se confessavam ao Padre, eles respondiam a rir: 'Ele compreende-nos e nós o compreendemos'. Uma húngara contou-me: 'Ele falou-me em húngaro! E porque não? Quanto a mim ele não precisava de palavras, falava a língua do coração e a língua do coração é, para os místicos, o esperanto do Céu. Nos últimos anos, todavia, devia-se saber ou o italiano ou o latim, para se confessarem. Essa regra foi tomada para limitar o número de penitentes por causa dos inúmeros e insistentes pedidos...
Na história lendária do Padre Pio, encontram-se inúmeros fatos pitorescos dizendo respeito a soldados. Assim, um soldado negro da força naval veio num 'jeep' de Tarento, para se confessar ao Padre. Este falou com ele o dialeto dos 'dockers' de Nova York com a desenvoltura de um carregador. Cada soldado que teve contato com ele, tinha a sua história a contar” (Rev. Pe. Fr. Arni Decorte, F.M., ob. cit., pp. 59-60, 198, 213-214, edição brasileira, 1995).
► “Teria Maria possuído, também, o dom das línguas? Em todas as circunstâncias da vida em que teve necessidade dele, como, por exemplo, na visita dos Magos, na fuga para o Egito, Deus lho terá certamente concedido. Deve ter-lhe concedido o dom das línguas, a seguir, especialmente no dia de Pentecostes, tanto mais que Ela teria de falar muito frequentemente com pessoas de língua diferente. Não teria sido uma verdadeira decepção para os fiéis da primitiva Igreja, que falavam língua estrangeira, não conseguirem fazer-se compreender pela Mãe comum de todos?” (Rev. Pe. Gabriel Roschini, O.S.M., “Instruções Marianas”, Instrução XVII, Ponto II, 2, pp. 194-195, Ed. Paulinas).
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Fonte: Acessar o ensaio "Elucidário sobre o Dom das Línguas" no link "Meus Documentos -
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