Dom Luiz Bergonzini:
Ao jornalista José Maria Mayrink, do Estadão
Sabemos que o senhor é jornalista há muito tempo e também escritor, autor do livro "Mordaça", portanto, bastante criterioso no uso da linguagem. Por essas razões, tomamos a liberdade de escrever ao senhor para reclamar da matéria Bispo algoz de Dilma na eleição se aposenta por considerá-la infeliz no título e, em parte, pelo que alguns poderiam deduzir do conteúdo informativo.
Vamos reclamar do uso do vocábulo algoz, que tem a conotação de carrasco, executor da pena de morte ou de outras penas corporais (como tormentos, açoites etc.) e, no sentido figurado, de indivíduo cruel, insensível, de maus instintos; atormentador, assassino, que causa sofrimento alheio.
O uso da palavra algoz, não se aplica ao nosso caso, pois não somos carrascos. Não matamos, não executamos, não infligimos castigo físico, não somos cruéis e não determinamos a infelicidade de ninguém. Seguindo Jesus Cristo, nós e a Igreja Católica somente buscamos o bem das pessoas e a verdade.
Na época das eleições, travamos a batalha da verdade contra a mentira (AQUI). A verdade não é assassina, não é cruel, não atormenta, nem provoca remorsos. A mentira é cruel, atormenta e causa remorsos.
Nós não alegamos que a atual presidente Dilma Rousseff e seu partido são a favor da liberação do aborto. Nós provamos perante o TSE que ela e seu grupo político defendem o aborto. Dilma, o PT e seu grupo político fizeram representação criminal contra nós no TSE, mas o Ministério Público Federal não a aceitou, dizendo que não havia crime em dizer a verdade, defender o Evangelho e usar do direito de cidadão para manifestar as nossas convicções, como é permitido a qualquer pessoa ou partido político.
Mesmo depois de arquivado o projeto de lei n. 1135/91, proposto por petistas que pretendiam a liberação do aborto, as senadoras dos partidos de esquerda, lideradas pelo PT (Senado) continuam investindo no objetivo de liberar o aborto. Tudo isso está documentado em nosso blog www.domluizbergonzini.com.br.
Quanto à aposentadoria, precisamos esclarecer que no caso de bispos, eles se desligam das obrigações administrativas e deixam de responder pelo expediente burocrático da diocese. No mais, o bispo continua bispo até o dia de sua morte, subordinado ao Papa, conforme foi esclarecido na época das eleições por Bento XVI, com todas as obrigações e prerrogativas de seu sacerdócio episcopal.
Aproveitamos para informá-lo que Bento XVI elegeu para Guarulhos um bispo pró-vida e pró-família, Dom Joaquim Justino Carreira, que era responsável pela Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e Família, da Arquidiocese de São Paulo (AQUI). Portanto, agora somos dois bispos em defesa da vida e da família, em Guarulhos.
Um fraternal abraço.
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