Blog Católico, para os Católicos

BLOG CATÓLICO, PARA OS CATÓLICOS.

"Uma vez que, como todos os fiéis, são encarregados por Deus do apostolado em virtude do Batismo e da Confirmação, os leigos têm a OBRIGAÇÃO e o DIREITO, individualmente ou agrupados em associações, de trabalhar para que a mensagem divina da salvação seja conhecida e recebida por todos os homens e por toda a terra; esta obrigação é ainda mais presente se levarmos em conta que é somente através deles que os homens podem ouvir o Evangelho e conhecer a Cristo. Nas comunidades eclesiais, a ação deles é tão necessária que, sem ela, o apostolado dos pastores não pode, o mais das vezes, obter seu pleno efeito" (S.S. o Papa Pio XII, Discurso de 20 de fevereiro de 1946: citado por João Paulo II, CL 9; cfr. Catecismo da Igreja Católica, n. 900).

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

A Glossolalia é garantia de Santidade?

"Sejam escritas estas coisas para a geração futura"
(Salmo 101, 19).


Respostas dos Erros Modernos
 
"Só se tem o Espírito se se tiver o Dom de Línguas... o louvor e as línguas são a primeira manifestação da presença do Espírito em nós (após o batismo no Espírito Santo)... (é) importante para a oração da cura interior: ‘o verdadeiro efeito das línguas não está meramente na verbalização das palavras, mas nos profundos efeitos do Espírito no interior daqueles que rezam em línguas’ (R. Pe. Vicent M. Walsh)... O Dom das Línguas é... a presença visível e sensível do Espírito Santo (At. 2, 32-33)... é sinal (como todos os outros Dons) da salvação em Jesus Cristo... O Espírito Santo através do Dom das Línguas vem em nosso auxílio corrigindo toda esta imperfeição, que existe em nós pelo nosso pecado, vem nos capacitar a orar: vem nos ensinar o que pedir e como pedir, ‘vem nos ensinar a rezar, não mais como maus, mas como bons’ (R. Pe. Fr. Raniero Cantalamessa, O.F.M.cap.), vem nos deixar totalmente livres para que a vontade de Deus se realize em nossa felicidade... O Dom de Línguas torna o homem interior livre, suas palavras coincidem com o que se passa no mais íntimo do seu coração, ele está inteiramente em Deus, e ambos se compreendem e se unem... O Dom de Línguas vai preparando, desta forma, o nosso espírito para receber Graças preciosíssimas, que edificam as nossas almas de maneira surpreendente. Crescemos nas Virtudes, na abertura aos outros Dons Carismáticos, crescemos na Santidade... Quando nós falamos em línguas... podemos estar com Ele (Deus), gozando-O e conhecendo-O, enquanto o Espírito dentro de nós canta alegremente hinos de amor à Sua grandeza. O Dom de Línguas é como rosa preciosa, fazendo de nós o ‘aroma de Cristo para Deus,... espalhando a fragrância do Seu conhecimento’ (II Cor. 2, 14-15)... O Dom de Línguas é dado aos que são cheios do Espírito Santo... é um instrumento que o Senhor nos tem dado para crescer no Espírito Santo... é só uma forma tranquila de louvor, de adoração... Quando nós estamos reunidos em Comunidade, cantando, rezando e louvando, o Espírito do Senhor está agindo para formar aquela adoração. E quando estamos rezando em línguas, o Espírito Santo começa a formar essa adoração em nós e por nós... Esta é a verdadeira língua nova que o apêndice do Evangelho de São Marcos apresenta como o sinal que acompanhará aos que creem em Jesus (S. Marc. 16, 17). São como as palavras inefáveis ouvidas por Paulo, que nenhum homem alcança descrever (II Cor. 12, 2)...” (Emmir Nogueira, ob. cit.; R. Pe. Robert DeGrandis, ob. cit.; Secretaria Paulo Apóstolo, ob. cit.; RR. PP. Tomás Forrest e Diego Jaramillo, e o sr. Doug Gavrilides, ob. cit.).

► “Para mim, os frutos do Espírito revelam o caráter de Deus para o cristão, enquanto que os Dons do mesmo Espírito revelam o resultado, o exercício do inteiro relacionamento com Deus. Em outras palavras: os frutos significam o ser, enquanto que os Dons significam o fazer... Aliás, quando os frutos estão sempre em destaque, os Dons são uma consequência totalmente natural... Muitos pensam que falar alto, em línguas, é um sintoma de espiritualidade, e por isso não fazem nenhuma cerimônia em gritar em línguas, mesmo que tenham de interromper o pastor da igreja... isto é uma verdadeira bagunça dentro de muitas denominações... Portanto, aqueles que falam em línguas estranhas e não produzem os frutos do próprio Espírito Santo, não somente estão enganando os outros, como também estão enganando a si mesmos pelos espíritos imundos que habitam neles e que também sabem falar em línguas estranhas tentando imitar o Espírito de Deus” (Pr. Edir Macedo, ob. cit., pp. 78, 111, 130).


Respostas dos Ensinamentos Tradicionais 
da Igreja Católica

Não. Não é garantia da santidade de ninguém, porque “estes Dons são concedidos até aos maus, não para sua vantagem pessoal, mas por causa do bem comum, para a edificação da Igreja. O Dom de curar, por exemplo, é conferido por atenção ao enfermo, não por causa de quem o possui” (Catecismo Romano, Part. I, Cap. X, Art. 25). 

Sobre o valor do Catecismo Romano, assim diz um grande Santo: “(é) fiel intérprete deste Santo Concílio (de Trento)” (S. Luís Mª Grignion de Montfort, “Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem”, Cap. IV, Art. II, N. 129).

► Não. Porque “as Graças extraordinárias não fazem o homem melhor em si. São talentos que Deus dá segundo lhe apraz ... Sem dúvida, são Dons preciosos com os quais se pode fazer muito bem e granjear muitos merecimentos... Estes Bens, em si, não aumentam o valor de uma alma: isso só o bom uso deles o faz... Estas Graças, portanto, nem sempre são prova de santidade...” (R. Pe. Francisco Spirago, ob. cit.).

► Não. Porque “é verdade que Dons extraordinários do Espírito Santo abundaram nos primeiros dias da Igreja (cfr. At. 19, 6)... Eles eram concedidos imediatamente por Deus... Mas os indivíduos que recebiam tais Dons não deviam considerar-se como os melhores por possuí-los” (R. Pe. Dr. L. Rumble, M.S.C., ob. cit.).

► Não. Porque “o fato de uma pessoa receber muitas Graças desse tipo não a torna merecedora de maior Glória, antes obrigando-a mais a servir, já que recebeu mais... há muitas pessoas santas que nunca souberam o que é receber uma dessas Graças, ao passo que existem outras que, tendo-as recebido, não são santas...” (S. Teresa d’Ávila, “Mor.”, VI, 9, 16).

► Não. Porque “essas Graças supõem a santidade, não a fazem” (S. Pedro Julião Eymard, ob. cit.).

► Não. Porque "certa vez alguém fez referência elogiosa a S. Luís Bertrand, por causa dos Milagres que fazia. Respondeu-lhe o Santo: Pensa o senhor, que fazer Milagre é sinal de santidade? Fique certo de que não é nada menos que isso, mas única e exclusivamente efeito da Fé. Poder incomparavelmente maior recebeu Lúcifer e perdeu-se" (R. Pe. João Batista Lehmann, S.V.D., “Na Luz Perpétua”, Vol. II, 11 de Outubro – Festa de S. Luís Bertrand).

► Não. Porque “a Graça Habitual, as Virtudes e Dons tem por objeto santificar a quem os possui, e as Graças gratis datae, habilitar a quem exerce junto ao próximo, o ministério do apostolado” (R. Pe. Tomás Pègue, O.P., ob. cit.).

► “Aqui é preciso prestar muita atenção para evitar equívocos no emprego da palavra 'graça'. Esta pode empregar-se num sentido largo para designar qualquer favor concedido por Deus: pode Ele conceder benefícios a pecadores sem por isso os tornar santos. Particularmente emprega-se muitas vezes a palavra 'graça' para designar dons que o homem por si mesmo não possui e que não podem vir senão de Deus, como o dom de fazer milagres, o de falar ou compreender línguas desconhecidas, mas tais dons não tornam forçosamente santo aquele que os recebe, e podem ser concedidos a pecadores não santificados para que desempenhem uma missão pública de que estão encarregados: no vocabulário latino da teologia diz-se que semelhante graça é 'gratis data' mas não 'gratum faciens', isto é, merece o nome de 'graça' por ser 'dada gratuitamente'(puro dom de Deus), mas não porque 'torne o homem agradável aos olhos de Deus ou santo'. A graça santificante é simultâneamente 'gratis data' e 'gratum faciens': não somente é puro dom de Deus 'dado gratuitamente', mas também torna o homem realmente santo, 'fá-lo agradável a Deus'. Em outras palavras, este dom de Deus é o dom de uma santidade interior que atinge realmente o homem em seu próprio ser, e não o dom de desempenho de alguma obra exterior que em nada mudaria o que interiormente somos. Repetimos portanto, que a graça santificante é infinitamente mais do que um milagre, ou profecia, ou visão” ( Jean Daujat, “A Graça e Nós Cristãos”, Cap. I, pp. 56-57; SEI e CREIO – Enciclopédia do Católico do Século XX, 2ª Parte, “As Grandes Verdades da Salvação”, Livraria e Editora Flamboyant, 1960).

"O cristão que não é apóstolo é apóstata" (Papa Pio XI).

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Fonte: Acessar o ensaio "Elucidário sobre o Dom das Línguas" no link "Meus Documentos - Lista de Livros".
 

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