Blog Católico, para os Católicos

BLOG CATÓLICO, PARA OS CATÓLICOS.

"Uma vez que, como todos os fiéis, são encarregados por Deus do apostolado em virtude do Batismo e da Confirmação, os leigos têm a OBRIGAÇÃO e o DIREITO, individualmente ou agrupados em associações, de trabalhar para que a mensagem divina da salvação seja conhecida e recebida por todos os homens e por toda a terra; esta obrigação é ainda mais presente se levarmos em conta que é somente através deles que os homens podem ouvir o Evangelho e conhecer a Cristo. Nas comunidades eclesiais, a ação deles é tão necessária que, sem ela, o apostolado dos pastores não pode, o mais das vezes, obter seu pleno efeito" (S.S. o Papa Pio XII, Discurso de 20 de fevereiro de 1946: citado por João Paulo II, CL 9; cfr. Catecismo da Igreja Católica, n. 900).

domingo, 8 de janeiro de 2012

TENHAMOS MUITO CUIDADO COM AS MODAS.


"O homem ilustrado e o insensato


contribuem para formar o homem prudente:


um ensina-lhe o que deve fazer,


o outro o que deve evitar"

 
(Santo Euquério).








O que é a Moda?




É um uso novo, que não chegou a ser geral. O principal objeto do que se­gue sem­pre a moda, é o chamar à atenção, distinguir-se no gosto, na novidade, na varie­dade. As mulheres variam tanto, e tão a miúdo seus adornos, que estes conser­vam qua­se sempre o nome de modas; rara vez se lhes chega a dar o nome de usos.

Moda é um uso passageiro, introduzido na sociedade pelo gosto ou pelo ca­pricho. É moda trazerem as senhoras vestidos curtos ou compridos, afogados ou de­cotados" (Dicionário da Língua Portu­guesa e Dicionário de Sinônimos seguido do Dicio­nário Poético e de Epítetos).

"Mesmo quando não é indecente, a moda procede sempre de um espírito contrário àquele de humildade evangélica. Porque tem como finalidade atrair a atenção, a moda terá sempre que mudar. Desde que todos se acostumem com uma moda, a mudança será ne­cessária para que per­maneça sempre alerta a atenção centralizada no homem, atenção maligna, já que o homem, por natureza, deveria ser centralizado em Deus, já que foi criado somente para a sua glória" (R. Pe. Marie Joseph).


As Folhas de Figueira e as Modas








"Tem-se feito muito humorismo sobre as mulheres e o seu apego às mo­das. Não jul­guem os homens, porém, levianamente, que estão isentos desta mes­ma doença. Há duas espécies de moda: a das ideias e a do vestuário. Os homens correm atrás da primei­ra e as mulheres da se­gunda.

Nos fins do século passado a moda da filosofia fora lançada por Herbert Spen­cer. Mas quem há hoje que o leia? Ao dobrar do mesmo século os americanos andavam doidos com a fi­losofia de William James. Hoje, esta, como outra, está fora de moda. Há uns dez anos a voga coube a Freud, quase a pas­sar ao báratro. Dentro duns vinte anos a sorte dele será a de Herbert Spencer. Recordo-me de ter feito uma pergunta a um filó­sofo inglês, condecorado com uma me­dalha de ouro pelo falecido Rei Jorge, mer­cê da sua notável contribuição para o pensamento bri­tânico, graças a dois volumes que escre­vera sobre uma noção sem fundamento de que 'o espa­ço é o Corpo de Deus e o tempo a sua Alma'. Eis a sua res­posta: 'Como as criaturas não gostam da Verdade, gostam da novidade; e ninguém ainda tinha ouvido fa­lar no Espaço-Tempo, sem al­guém que tives­se no Espaço-Tempo para o sustentar'. Lembrei-me então de lhe contar a história dos dois marinheiros que encalharam numa ilha e que davam banho um ao outro. A moral a ex­trair é essa: Nunca devemos casar com o espírito duma época. Se o fizermos, ficaremos viú­vos na seguinte. Mas não é agora das modas do pensamento que nos vamos ocupar: é das mo­das do vestuário, que consideraremos sob dois aspectos:


A filosofia do vestuário. A teologia do vestuário.


Nada de novo há nas modas. O que chamamos moderno não passa muitas ve­zes dum desco­nhecimento do antigo.


Vestígios das Modas Antigas As casacas dos homens têm dois botões nas cos­tas que não servem hoje para nada. Mas, quando os homens montavam, estes botões serviam para apertar atrás as abas da casaca. Os longos trajes dos Monsenho­res, dos Bispos e dos Car­deais, serviam para cobrir os animais enquanto cavalgassem. E tudo isto porque nos primeiros tempos o único meio de transporte era o cavalo. As do­bras no cimo das botas serviam para ser puxadas se houvesse necessidade de maior proteção. As dobras das calças, por sua vez, ti­nham como objetivo defendê-las da lama. Esta moda en­raizou-se. Por outras palavras: o que a princípio era útil tornou-se mais tar­de um simples ornamento. Os galões no vestuário da noite re­montam ao tempo em que as calças eram tão justas que tinham de ter bo­tões, na parte de cima, que se pu­dessem desapertar ou apertar quando se despiam ou vestiam. Mais tar­de, para os co­brir, empre­gou-se a carcela, que havia de continuar, mesmo depois de terem desaparecido os bo­tões. Os botões nos punhos dos casacos serviam para abrir as mangas quando debaixo delas se usavam rendas. Os pequenos recortes nas bandas dos casacos são uma so­brevivência dos tempos em que aquelas se podiam levantar sem estragar as lapelas. Hoje, estas já não se vol­tam, mas os recortes fi­caram. Os enfeites nas meias dos ho­mens serviam para encobrir as cos­turas, muito mal feitas outrora. Os homens apertam os botões para a direita e as mulheres para a esquerda. Isto servia aos homens para po­derem puxar mais prontamente pela espada. As mu­lheres teriam de levar os seus filhos do lado direito. Deste modo podiam, com a mão esquerda, desabotoar os casacos a fim de os aleitarem.


Também na política existe o ritmo da moda. O pêndulo oscila dum extremo ao outro. O que em política é hoje revolucionário, se amanhã for aceito, torna-se um hábito. Toma-se o libe­ralismo por muito progressivo e avançado. Mas todo ele é uma forma de reação contra a última forma de liberalismo. No século XVIII identificaram-no com o capi­talismo. Hoje identificaram-no com o anti-capitalismo. Também as modas, como se vê, oscilam aqui de extremo a extremo. O que hoje se reputa como moderno não passa do reaparecimento do antigo. Os chumaços de cri­na, do século XIX, por exemplo, serviam para realçar o peito. Este foi também o estilo do século II. De fato, um grande da igreja oriental, Clemente de Alexan­dria, escreveu um poema acerca da vaidade de realçar o busto. Durante o Império a moda não passou duma reencarnação do estilo da Antiguidade clássica. Nos tempos em que a maturidade, a sagacidade e o mérito eram respei­tados, também se respeitava a tradição e se reverenciavam os mais idosos. A juvent­ude imita os mais velhos no seu vestuário, como as meninas de há pouco en­trançavam o ca­belo e usavam grandes ganchos. Os rapazes, por sua vez, fazem à barba antes de a te­rem. Hoje, não se respeitam os mais velhos, e as modas são ditadas pela juventude. Deste modo os anciãos vestem como os jovens, procurando, até, estampar num rosto de oitenta anos uma frescura de vinte. Jul­ga-se que a moda dos cabelos curtos, nas senho­ras, é mo­derna. As mulheres deste século têm tanto que fazer, segundo se diz que não têm tempo para cuidar do cabelo. A afirmação é dúbia, visto que elas gastam mais tem­po nos salões dos cabeleireiros à espera da sua vez, do que gasta­riam se o usassem comprido. O cabelo curto era quase tão comum nos tempos da civilização greco-romana, como o é hoje. São Paulo censu­rava as mulheres de Corinto por terem o cabelo como o dos homens: 'A natu­reza não nos ensina isso. Sendo feio a um homem usar cabelo com­prido, à moda das mu­lheres, a estas fica-lhes bem; mas torna-se ridícula aquela que os corta'.

O envernizamento e a pintura das unhas eram coisas tão comuns, na luxuosa ci­vilização egípcia, como hoje. Contudo, naquele tempo, não existia uma Dorothy Parker para lhas compa­rar a 'ferros que acabassem de farpear um touro'.




Moda e Imitação A sociedade compõe-se de duas classes: uma alta e ou­tra baixa; a invejável e a invejosa; a que faz a moda e a que a imita. Os que per­tencem à alta esforçam-se por conservar a sua superioridade e, daqui, a última moda. Os que per­tencem à baixa querem parecer-se com os da alta. Ora, como a classe superior aspira à distinção, tem de criar as modas. A inferi­or, que quer pare­cer da alta, tenta logo imitá-la. Mesmo no que diz respeito aos automóveis, os Ca­dillacs parece serem os carros da moda e os Che­vrolets imitam-nos como se fos­sem seus filhos.


Cada idade tem os seus ideais: às vezes o dos heróis e dos santos, outras o dos capita­listas, como Morgan, Vanderbilt e Carnegie. Por vezes os próprios artistas de cine­ma são apre­sentados como ídolos e idolatrados. O 'macaquismo' destes ideais é um fenômeno à tona de to­das as civilizações. A classe de baixo aspira sempre à posição da de cima. Por isso adota os seus símbolos e os seus trajes. Se aqueles conser­vassem o mesmo corte, os de baixo, com a facilidade que têm de copiar, depressa os imitariam. Mas as classes superiores não querem abdicar dos seus símbolos de su­perioridade. Da­qui a velocidade das modas.

Verifica-se, pois, um duplo movimento: o da classe superior pretendendo fugir à in­ferior, e o da inferior esforçando-se por alcançar a superior. É a perpétua variação en­tre ambas que consti­tui a moda. Ao mesmo tempo é um paradoxo que todos tentem ser se­melhantes e diferentes dos outros. As classes superiores não precisam necessaria­mente de ser aristocráticas, nobres ou ricas: ne­cessitam, porém, de criar novas modas. Quando a rapidez das comunicações não era como a de hoje, o ritmo da imitação fazia-se da cidade para os meios rurais e das grandes cidades para as pe­quenas. Há anos a moda demorava 12 meses a chegar de Paris à Nova Iorque e 8 à es­palhar-se de Nova Iorque pe­las pequenas cidades dos Estados Unidos. Tudo isto se faz agora em algumas semanas. Ora, este au­mento da velocidade deve-se em parte ao grande alargamento das redes de comunicações, ao alto nível de vida e à rapidez dos transportes. Para com­bater a velocidade crescente da imitação exige-se uma cria­ção contínua das modas.

Esta imitação tanto pode aplicar-se aos costumes como às modas. Na corte de Ale­xandre, o Grande, todos afetavam andar com a cabeça altiva e de lado, porque Ale­xandre tinha o pescoço torno, o que lhe dava certa graça, a graça da necessidade. O Im­perador Dionísio era excessivamente míope. Os seus aduladores, quando na sua pre­sença, andavam aos encon­trões, pisando-se, só para demonstrarem que ainda eram mais cegos que o soberano. D. João de Áustria, filho de Carlos V, tinha uma porção de cabelos, num lado da cabeça, que pareciam cerdas. Para ocultar tal defeito costumava pentear-se da frente para trás. Nomeado governador dos Países Baixos, logo aquela moda de penteado ali veio a pe­gar. Diz-se também que das pe­culiaridades da fala espa­nhola se deve ao fato de a Espanha ter tido um rei que tartamudeava. E, daí, todos faze­rem como ele. Platão, segundo consta, tinha os ombros tortos. Os seus discí­pulos admi­ravam-no tanto, que tentavam assemelhar-se-lhe pondo chumaços num ombro para, como ele, ficarem tortos também. Deste modo teve muitos seguidores que lhe imitaram os om­bros, mas não a filosofia.

Esta lei da imitação funciona às avessas nos períodos de declínio. As clas­ses su­periores imitam as inferiores, em parte com receio ao seu poder, tentando aparentar-se com elas. Na socie­dade moderna depara-se por vezes com ricos que se fazem comunis­tas, mas apenas com o fito de justificarem a posse de bens mal adquiridos. Quando ten­tam passar por pobres, mas não adqui­rindo a pobreza real da caridade, surge para as na­ções um grave perigo social. Nas épocas de de­cadência as chamadas classes superio­res aceitam os modos e os valores econômi­cos, políticos ou sociais das inferio­res. Quando as culturas orientais, tanto a árabe como a chinesa, chegaram à Eu­ropa, esta aproveitou delas os chás e as porcelanas. Na sua agonia, Roma imitava os povos subjuga­dos. O Imperador Helio­gábalo, no século III, atreveu-se a aparecer vestido em público à moda da Dalmá­cia. Os ro­manos não usa­vam punhos no vestuário. Considera­vam-nos como coisa 'estranha' até à altura em que o Imperador os mostrou. E foi deste modo que eles tiveram voga entre a nobreza.

Foi por volta do século IX que as dalmáticas, como hoje são conhecidas, passa­ram a ser usadas no traje oficial da Igreja. Nos estertores de Roma a corrente da luxú­ria era tal, que as pessoas distin­tas tinham o prazer banal da taberna e dos ba­nhos. A boe­mia tornou-se a moda. O rico trocava o luxo da sua mesa pelo prazer do esterquilínio. Este rebaixamento não se fazia com o objetivo de aliviar os po­bres, mas pelo prazer dos contrastes. Observa-se o mesmo fenômeno no alinha­mento dos intelectuais pelas mas­sas comunistas, não com o fim de combaterem a ignorância, dando-lhes a verdade, mas com o intuito de expe­rimentarem o choque das sensações das massas sem direção mo­ral ou intelectual. No fim de algumas revoluções foi costume as classes superiores ado­tarem muitos dos costumes das baixas. Como testemunho, podemos invocar o da nobre­za da França, que durante a revolução se entregou ao naturalismo, ao pastoralismo e aos hábitos campônios.


A filosofia de Rousseau inculcava um regresso ao primitivo.






Tal foi a sua influência, que muitos nobres franceses imitaram os costumes das pessoas rústicas. Foi essa a mesma razão que levou alguns dos intelectuais modernos a tornarem-se cai­xeiros viajantes do comunismo. A difusão do primiti­vismo e do exotismo pode observar-se na aristocracia russa e no rasputianismo anterior à Revolução. Tam­bém na arte moderna, em certos edifícios públicos de Washington, nas grandes salas de jantar de alguns hotéis de Nova Iorque, e nou­tros salões, se nota o mesmo primitivismo. Pinta-se o homem com todos os seus músculos, mas sem cérebro, com roldanas, cor­rentes, cor­das e outros instrumen­tos do poder físico, mas sem uma sugestão, sequer, de que ele foi feito à imagem e semelhança de Deus. Quanto ao cine­ma vemo-lo ocupar-se de tipos sub-sociais, de criminosos, de gangsteres, de prostitutas e de adúl­teras. É difícil encontrar ne­les outros heróis, além dos homens do 'Oeste'; e, nestes, o herói só aparece depois de uma dúzia de tiros e de ter morto uma dúzia de pessoas.




A Teologia do Vestuário Para compreendermos a teologia do vestuá­rio tere­mos de remontar à história de Adão e Eva, em que nos é revelado um tre­mendo mistério da dignidade do homem. Com a queda dos nossos primeiros pais, diz a Escritura, 'abri­ram-se os olhos de ambos e repararam na sua nudez. Foi por isso que se cobriram com folhas de figueira'.


Evidentemente que antes da queda não havia vestuários, nem havia nudez. Depois da que­da também não os havia; mas foi com ela que surgiu tal sentimento. Estas coisas não eram idênti­cas no estado original do homem. A nudez implica au­sência de vestuário; mas, antes do pecado, a falta de vestuário não implicava nu­dez. O que antes era velado desvendou-se depois. Aquilo que andava encoberto descobriu-se agora. O corpo, depois da queda, não deixou de ser o mesmo que an­dava nu. Mas, antes da queda, existia num estado diferente do que se seguiu ao pecado. Um ex­emplo desta espécie de desnudamen­to é o de alguns atores. Andam alguns anos em voga rece­bendo a adulação dos seus es­pectadores. Chega, porém, uma altura em que os seus talentos já não encontram saída. E daí resulta uma es­pécie de queda. Conta-se que um ator, durante anos, represen­tou muito bem o papel de Abraão Lincoln, no seu período de glória. Quando saía do teatro, vestia-se como os ou­tros. Mas, ao perder o prestígio, quando se viu 'expulso do seu paraíso', principiou publica­mente a vestir-se à Abraão. Outros atores diziam que a sua felicidade não seria com­pleta enquanto o não assassinassem. Era, como se vê, um modo de encobrir a vergonha que sofrera. Quando algum ator é apeado do seu pedestal costuma vestir-se como nos tempos de glória. Mas o corpo, quando perdeu a sua dignidade, em resultado da queda, passou a cobrir-se. Tanto antes, como depois daquela, continuou a existir um homem interior e um homem exterior. Este tem um corpo e uma alma. An­tes do pecado a alma tinha o fulgor interno, a Graça, a Glória, o brilho, o esplendor, uma beleza que irradiava de todo o corpo, cobrindo-o de luz, qualquer coisa parecida com o Corpo do Senhor, na altura da Transfiguração. 'Uma fulgência como a do Sol rodeou-O', tornando impossível aos Apóstolos a sua con­templação. As roupa­gens do corpo, antes da queda, eram constituídas por esta irradiação da Graça resplandecente interior.

Onde há inocência, sob o ponto de vista moral, não há o sentimento da nu­dez. A virtude era o habitus, o hábito, ou vestuário; mas, perdida a Graça e a Glória interna, desa­pareceu com elas a sua beleza irradiante. A consciência da nudez sur­giu com a perda da inocência. Daí proveio a necessidade imediata da cobertura. A dignidade do corpo perdeu-se com a glória; e a indignida­de ficou despida. O corpo desnudado e desprovido de Graça tornou-se uma coisa pudica. Houve por isso ne­cessidade pronta de encobri-lo. A roupa, como se depreende, é uma expressão de res­peitabilidade e não de Inocência. A verdade acerca da relação entre a beleza in­terior e a exterior tem um alcance mais profundo do que o nosso vestuário. Nota-se, por isso, que quanto maior for a nudez interior de alguém, me­nor é a virtude, a bondade e a humildade na sua alma e maior a sua preocupação com as coisas ex­ternas. Quanto maior for a glória e a graça interior, menor é o cui­dado com as coi­sas de fora. Como escreveu Shakespeare: 'Adquire uma virtude se a não possuis'. Aqueles a quem falta alguma qualidade devem fazer por adquiri-la. Um homem sem educação, mas, que tenta aparentá-la deve empregar um vocabulário pretensioso e livresco. Um rapaz po­bre que deseje parecer rico deverá trajar o melhor possível. Um rico, por sua vez, de nada disso precisa.



Aqueles que possuem muitos enfeites externos caem depressa no erro de acreditar que ter é ser e que por isso são alguém. Foi Carlyle quem primeiro empre­gou a palavra 'albar­das' para dizer que o corpo não é mais do que um apêndice coberto de ornamentos. Sobre­põem-se às vezes, ao mesmo tempo, luxuosas peças de roupa com o fim de realçarem o es­plendor de quem as usa. Pode verificar-se isto nos trajes es­paventosos de Luís XIV e de Luís XVI. O vestuário é tudo; o homem nada mais é do que um cabide. Por detrás de tudo isto se esconde a filosofia de que o homem in­terior não tem ne­nhum valimento, nenhuma grandeza, devendo por isso aparentá-la exteriormente. A carência do ser procura compen­sação na abundância do ter.

Quando Adão e Eva se viram nus, perdendo a irradiação intrínseca da Gra­ça, cobri­ram-se prontamente com folhas de figueira; e, mais tarde, com peles de animais. Em qual­quer caso a ver­gonha era coberta com matérias inferiores às da criatura humana e retira­das, quer ao reino animal, quer ao reino vegetal. Mas estas coisas apenas podiam adaptar-se ao corpo e não à alma. Um ca­saco de peles cus­ta uma vida para encobrir a vergonha do homem. Daqui o pensar-se que seria tam­bém necessário sacrificar uma vida humana para tapar a vergonha da nossa raça. Os animais abatidos não tinham culpa do pecado. Ora, Aquele que morreu para que se saldassem as faltas da humanidade, também a não ti­nha. Foi como se Deus dissesse aos homens: 'Tendes razão em vos vestirdes. Em tem­pos foi a vossa alma quem vos vestiu. Agora colocastes o corpo sobre a alma e deveis por isso ta­par a sua vergonha'. Na balança Divina não pesa nada a vergonha do tempo em que a alma vestia o corpo; mas pesa muito a daquele em que o corpo vestiu a al­ma. É por isso que o corpo tem que andar oculto e encoberto. Como os assassi­nos, tentando esconder as suas víti­mas, tentamos nós, também, esconder o nosso crime. Mas onde há Graça in­trínseca, onde se compartilha da Natureza Divina, duma semelhança Divina quanto à alma, não há qualquer necessi­dade imperiosa de a compensar com atavios. Isto explica a bela cerimônia da tomada do hábito pe­las freiras. Toda a jovem que se apresenta e se oferece a Deus, perante o altar, veste os trajes mais ricos que possui. Consente-se-lhe também que ostente as joias que lhe foram mais caras e às vezes, mesmo, que se vista de noiva. Per­mitem-se-lhe, enfim, todos os enfeites. Todavia, mal se ofereceu a Deus e se comprome­teu a servi-lo, durante toda a vida, como Sua esposa, retira-se para o claustro e veste o humilde hábito da sua Ordem. Depreende-se, desta cerimônia, que en­quanto era do mun­do tinha de exagerar a sua falta de mérito interno com a pompa e o esplendor. Porém, quando a sua alma foi coroada pela Graça, a bondade e a virtu­de, deixaram de ser preci­sas as coisas exteriores. É como se se desse um Regres­so ao Paraíso, onde a ostentação não e ne­cessária, porque o mérito real fulgura ali perenemente. A teologia do vestuário pode ser ilustrada pela cerimônia do Batis­mo. Quando se batiza uma criança, a Graça que se perdeu na Queda volta a ser-lhe concedida. Um pano branco, ou um vestido, é coloca­do sobre ela, com as pala­vras: 'Re­cebe este traje branco para que possas conservar-te imaculada até ao dia em que tenhas de com­parecer perante o Tribunal de Nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo'. A brancura e a simplicidade do vestuário representam a Graça perdi­da; recordam a irradiação interna que foi abafada pelo cor­po. Quando o Filho Pró­digo regressou a casa, seu pai ofereceu-lhe um fato. Era o regresso à Gra­ça interi­or. Os nossos vestuários deviam destinar-se à Graça, à Virtude e à Inocência ce­leste. As coberturas ter­renas são um sinal indicativo da falta do verdadeiro vestuá­rio. Eis como o vestuário nos conta a história do mérito exterior e do interno. É um símbolo da inocência que se perdeu, um memento duma glória primitiva. Há, por­tanto, duas modas: a moda passageira do mun­danismo e a moda permanente da espiritualidade. No Juízo Final não se tomará em conta como andávamos vestidos por fora, pois que se pode entrar no Reino do Céu mesmo em frangalhos; mas há uma in­finita diferença quanto ao modo como vestíamos por dentro.

A importância desta moda interior revelou-a o Senhor na parábola nupcial. Vieram milha­res de pessoas das alturas, de toda a parte. Quando o Rei as obser­vou notou que um homem não trazia roupa de cerimônia. O traje nupcial substitui a interna irradiação da Gra­ça, da Caridade e da Inocência perdida na Queda. Nesta terra há ocasiões em que são obrigatórios os atavios brancos. Contudo, não é com eles que se entra no Céu. Para isso nos é preciso o alvinitente ves­tuário da Graça" (Mons. Fulton J. Sheen, "Entre o Céu e o In­ferno", Cap. XIX, pp. 251-263, Ed. Educa­ção Nacional, Porto, 1958).




"Ao encetar a fala desta noite, principalmente me dirijo às senhoras, a fim de lhes lem­brar umas quantas verdades e obrigações.

Faço-o na presença dos homens, e isto para mostrar a todos que o chamado sexo fraco também é capaz de ouvir verdades fortes...

Ouvi-las, talvez pestanejar um pouco e emendar-se quanto seja necessário. Pelo menos, assim espero.

Proponho-me tratar de assunto que costuma ser gratíssimo a todo o auditório fe­minino. Vou falar da moda.

Nisto, como em tudo, procuremos ser equilibrados. Nem excessivas concessões nem ri­gorismos estreitos. Tendamos sempre para a justa medida. E entremos decidida­mente no as­sunto.

A moda, de si, nada tem de mal. Faça-se lhe justiça.

A evolução da moda surge espontânea no convívio humano. Não há que preten­der fugir-lhe ou contrariá-la. Seria remar contra a corrente. E remar sem glória nem pro­veito.

A moda é absolutamente legítima. Reconheçamos-lhe direitos. E ao mesmo tem­po lem­bremos alguns correlativos deveres.

A pretexto de moda, não vamos introduzir o que é imoral. E recordemos neste ponto que moda e modéstia sempre deviam caminhar juntas, pois ambas as palavras provém do latim modus, que vale semanticamente por justa medida, moderação, equi­líbrio.

Nos nossos dias quebrou-se aquela essencial harmonia e assistimos à funesta aberração de a mulher se tornar escrava da moda exatamente porque pretendeu eman­cipar-se da Moral. A dignidade e a graça femininas só perderam com isso. Forçoso é re­conhecê-lo.

Nos tempos modernos, a moda governa com poderes absolutos. É rainha. SUA MAJES­TADE A MODA!




Não se discute a sua ordem. Nem precisa de mandar, basta sugerir. Encontra logo multi­dão imensa a seguir-lhe docilmente qualquer desejo. E leva aos maiores exa­geros e às mais de­gradantes ati­tudes.

Algumas filhas de Eva, talvez por não serem capazes de apresentar dotes de alma e de coração, vingam-se com exibicionismos do corpo. Triste sinal! ... A ninguém iludem, porém. Ape­nas a si próprias se enganam.

Fingem-se mocidades que já começaram a fugir ou mesmo desapareceram há muito...

Inventam-se belezas que nunca chegaram a existir. E a angústia transforma-se em de­sespero, que aumenta na medida em que os anos passam e a velhice chega...

E o desespero, porque é cego, não vê o ridículo de certos excessos: encurtam-se as sai­as, supri­mem-se as mangas, e para compensar... os decotes aumentam.

Tudo na ânsia de aparentar juventude e fazer impressão. Juventude não a apa­rentam. Impressão causam-na, isso sim. Mas não a que elas supõem...

Um homem comentava: se as mulheres que se apresentam com certos exibicio­nismos, soubes­sem a ideia que fazemos delas na sua presença e, sobretudo, o que dize­mos na ausência, bem depressa mudariam de processos...




Quantas que vivem em ânsias de beleza, que já fugiu, se alguma vez chegou a existir, podem fazer seu o epigrama seguinte composto por um poeta de gênio:


'Diz um velho velho-relho


enfeitando-se ao espelho


e fazendo mil trejeitos:


os espelhos no meu tempos


eram muito mais perfeitos!'

 
(Bocage)

 
São Francisco de Sales, o bondoso Bispo de Genebra, deu em certa ocasião resposta muito cru­el.

Uma senhora, com pretensões a bonita, procura aquele famoso diretor de almas e per­gunta:

Diga-me, Excelência: será pecado olhar para o espelho e pensar que sou for­mosa?

E o Santo Bispo pacifica-lhe imediatamente os escrúpulos, respondendo em tom decidi­do e con­victo:

Não, minha senhora. Um engano nunca foi um pecado...

Não há que duvidar! Sua Majestade a Moda impera soberanamente. Tudo se lhe sacrifi­ca: dinhei­ro, tempo, saúde, moral, bom gosto...

Para muitas, a moda é sorvedouro de tudo: do que têm e do que não têm...

Gasta-lhes o tempo: a pensarem no que hão de mandar fazer para a próxima es­tação e a carpi­rem pelo que não podem comprar...

Arruína-lhes a saúde: há quem tire ao estômago para fazer frente às exigências da mo­da... E al­gumas levam a rigor a obrigação de não exceder o peso... Para tanto, impõem-se aus­teríssimo jejum. À procura de elegância... Em alguns casos, houve que recorrer ao Sanatório, e nem tão mal se o caso por aí ficou...

A moral sacrifica-se, não raro, ante o altar da moda.

O bom senso, ao tratar-se de tal matéria, logo deserta de tantos cérebros femini­nos!




O bom gosto sucumbidamente se esvai. Como disse Balzac, 'as modas não pas­sam, às vezes, de forte ridículo sem objeção'.

Uma senhora escreveu: 'Certas mulheres morreriam de desespero, se a natureza as ti­vesse feito tais como a moda por vezes as apresenta'.

E Rochepèdre diz: 'As mulheres pedem à moda certos atrativos que seriam alei­jões se a nature­za lhos tivesse dado'.

Algumas modas, tão sem jeito e tão sem gosto, triunfam unicamente graças à universal tolice...

Razão tinha La Bruyère ao afirmar: 'Coisa estranha e reveladora da nossa fra­queza é a sujeição às modas quando estão em causa o bom gosto, o teor de vida, a saú­de e a consciênci­a'.

Há senhoras que dão sinais de bom senso e energia em muitas circunstâncias. Só a moda as faz capitular. Impõe-lhes rendição incondicional. E gostosamente a aceitam. E en­tão: Adeus, bom senso! Adeus, bom gosto! Adeus, princípios morais!

Tenho para mim que a designação de sexo fraco aplicada às mulheres deve ti­rar a sua origem da atitude feminina diante da moda.

Por certo, alguém as observou e a designação nasceu... Sexo fraco e, às vezes, fraquíssimo...

Teste infalível: coloque-se a mulher diante dos excessos da moda. Veja-se a rea­ção. Se porven­tura sabe resistir, dá a melhor prova de que é alguém. Não se lhe pode exigir garantia mais segura...

Lancemos rapidíssimo olhar por sobre o juízo crítico formulado através dos tem­pos a res­peito das exigências caprichosas da moda.




Em 1717, Montesquieu já as deplorava ao dizer: 'algumas pessoas esqueceram o que vestiram no último verão e ignoram o que hão de vestir no próximo. Mas, sobretu­do, o que não se pode avaliar é quanto custa a um marido ter a sua mulher na atualidade da moda'.

Chamfort refere-se às extravagâncias da moda e chama-lhes 'o imposto que a in­dústria do pobre lança à vaidade do rico'.

Uma senhora escreveu esta palavra forte: 'O luxo (de certas modas) deslumbra os par­vos, e não nos dá um só prazer verdadeiro (Madame de Genlis)'.

E os antigos não falaram diferentemente a respeito dos excessos da moda e dos perigos que tra­zem.

O velho Plauto disse na sua linguagem pitoresca: 'A nau e a mulher nunca se dão por bastante­mente equipadas'.

Salústio já lamentava que certos Romanos cuidassem mais dos ornatos do corpo que das quali­dades do espírito.

E Tácito exortava os seus concidadãos: 'Roma não perecerá se não perecerem os Ro­manos'. Mas os Romanos pereceram, pela dissolução moral, e o Império caiu.

Aprendamos a lição da História: a loucura desenfreada do luxo e a corrupção dos costu­mes anunciam a próxima derrocada de um povo.

Urge em nossos dias iniciar-se a cruzada da honestidade nas modas.

As pessoas constituídas em mais alta posição social têm maiores responsabilida­des, por­que o seu exemplo arrasta as de mais humilde condição. As de cima fazem à lei; as de baixo co­piam o figurino, que em breve tem numerosas edições: incorretas e mui­to aumentadas. E lá vão correndo mundo. E re­crutando fiéis servidoras. Quantas virtu­des sucumbem diante das exi­gências feitas!

Recordo nesta altura o pensamento de Labouisse: 'As mulheres virtuosas, ao co­piarem as mo­das, as maneiras e os ademanes de outras sem virtude, fazem por vezes suspeitar que le­vam mais longe a imitação...'.

Algumas terão moralidade. A maneira, porém, como se apresentam mostra que­rerem fin­gir que a não possuem. E fingem com tal perfeição que absolutamente nos con­vencem...

Digamo-lo com energia: entre os direitos da moda não se conta o de corromper os costu­mes.

Há que reagir contra o impudor que, não raro, se ostenta a pretexto de elegância e de úl­timo figu­rino.

Não se pretende, certo, que a mulher do século XX ande vestida como andavam as nos­sas avós, mas reclama-se a dignificação da mulher pela decência no trajar e pelo repúdio de cer­tas escandalosas exibições.




A elegância e o bom gosto são perfeitamente compatíveis com a melhor decên­cia.

Condenemos os espíritos acanhados que se comprazem no mau gosto, julgando prestar home­nagem à moral.

Condenemos também os espíritos desvairados que, a pretexto de elegância, re­jeitam os princípi­os morais.

Enganam-se os primeiros, ao pensarem que a moral traz consigo deselegância. Enga­nam-se os segundo, ao pretenderem chegar à elegância física por meio de desele­gância moral.

Saibam as raparigas do nosso tempo distinguir entre moda e seus exageros, en­tre bom gosto e impudor.

E todas as que prezam a dignidade feminina não contemporizem com as tolas exigênci­as, que apenas revertem em seu desprestígio. Saibam impor-se e ser fortes di­ante do paganis­mo de certas mo­das.

E vem a propósito referir um caso acontecido há anos no palácio real da Holan­da.

Às melhores famílias havia sido feito convite para baile em traje à rigor. Chegou o dia da festa e apareceram muitos e grandiosos decotes.

No meio de tudo, as filhas de certo ministro de Estado apresentam-se bem vesti­das e com toda a decência. No palácio real, à entrada da sala, houve reparo da parte do encarregado do protocolo, e as fi­lhas do ministro preferiram não insistir e retiraram-se.

Dias depois o ministro contou à Rainha o sucedido. A soberana quis reparar o agravo fei­to ao mi­nistro e às filhas e, ao mesmo tempo, dar proveitosa lição a todas quantas se haviam apresentado exces­sivamente despidas. Faz novo convite geral para outro baile, mas desta vez em traje ao rigor da decência.

As filhas do ministro apareceram com o mesmo vestido; as outras tiveram de tro­car o ri­gor da moda pelo rigor da decência... o que representou inegável vantagem...

Aprendamos a lição: Quando surgir conflito entre estes dois rigores, o sacrifica­do não seja o da decência. Isto em nome da elegância moral e do bom senso...

Que a mulher cultive a graça, a beleza, as prendas femininas. Mas, pelo amor de Deus! Não pen­se consegui-lo, mediante o impudor e a imodéstia.

Pelo culto das nobres superioridades é que se chega à dignidade feminina. E das nobres superio­ridades não pode estar ausente à honestidade.

Gosto de exortar: Homem, respeita a mulher!

Mas é preciso dizer também: Mulher, respeita-te a ti mesma! (Programa transmi­tido a 3 de Maio de 1950)” (Dr. A. de Azevedo Pires, "O Problema da Castidade Ao Mi­crofone da Emis­sora Nacional", Cap. 38, pp. 327-336, Lisboa, 1950).



"A moda, nas suas formas patológicas que apresenta: o excesso e a indecência, não são causa, mas efeito do coquetismo. A moda existe e existirá sem­pre apesar das inves­tidas e sarcas­mos com que ela é perseguida, não obstante a con­denação da opinião públi­ca e da Religião. Exis­tirá sempre enquanto a mulher acari­ciar o sonho de unir com ela o triunfo da sua beleza ao ho­mem, incontestavelmente superior a ela em força e inteligên­cia; ao passo que ele como um imbe­cil, em vez de impedir esse aparato pomposo de se­dução que é o único que o pode e deve estor­var, deixa que ela o maneje impunemente" ("Decênio Crítico", por um as­sistente da Ação Católica, Cap. IV, Art. II, b).

"A Moda - Entramos de novo no campo feminino, ou melhor, no reino abso­luto da mu­lher... Pena que o frenesi de parecer sempre a primeira e de querer so­bressair sobre suas rivais a induza frequentemente a abandonar as linhas clássicas do vestuário majesto­so de Roma, para amesquinhar-se com os figurinos de Pa­ris que a deformam, tornam-na ridículo e... até desonesta.

O sentimento nacional, volvido a vida nova e difundido por toda a par­te, jun­tamente com o cuidadoso intento de se fazerem recordar os usos e costu­mes das romanas, nos deveria levar a uma santa reação contra tudo o que tem sabor exóti­co. E um dos primeiros artigos a se suprimir sem desculpas nem atenuantes é a moda desenfreada que deprava os costumes e a alma de nos­sas mulheres" ("O De­cênio Crítico", Cap. I, Art. IV, Ponto II).

"Para nos convencermos de que é ridículo tomar a moda como norma de condu­ta, bas­ta olhar para alguns retratos antigos" (São Josemaría Escrivá de Balag­uer, "Sulco", Cap. "Respeitos Humanos", nº 48).



Escravidão das Modas






"Um outro enigma é a atitude da mulher em questões de Moda e Toilette.

É geral a queixa de que o homem está perdendo o respeito à mulher, e que seu tradicio­nal cava­lheirismo desapareceu. A degeneração dos costumes leva natural­mente ao desres­peito da mulher, que é relegada e rebaixada a vil instrumento da sensua­lidade. Assim sen­do, era de se esperar que as senhoras tudo fariam para readquirir de novo essa estima, mos­trando o seu verdadeiro valor, as prefe­rências da alma e as riquezas do coração, evitando tudo que pudesse atrair a atenção para o corpo e des­pertar os desejos sexuais do homem.

Na realidade, o que se vê é justamente o contrário!

Se quisermos compreender a contínua mudança da Moda, com todas as suas consequências, devemos observar que seus dirigentes têm o maior inte­resse em poder variá-la ao infinito. É preciso, aliás, lembrar esta inclinação da mu­lher de atrair so­bre si a aten­ção do homem, ao qual deseja agradar. Por isso, para muitas moças o pen­samento de não seguir a Moda é insuportável. Quanto mais este dese­jo de agradar se apodera dela, tanto maior é a importância que atribui à ri­gorosa observância da Moda, e desta forma o comér­cio faz negócios muito lucrativos.

Mas os exageros são introduzidos ordinariamente pelas mulheres de vida fácil. Pro­va-o o Dr. Liepman, dizendo: 'que as saias curtas e as meias de seda trans­parentes foram usadas em pri­meiro lugar pelas demi-mondaines em Paris, muito antes que chegassem a qualquer outra parte da Europa. A princípio todo o mundo ficou indignado com estas in­decências, mas pouco a pouco toleraram-nas e aca­baram por imitá-las'. Em vista destes es­tudos, continua o Dr. Liepman: 'É sempre a mes­ma coisa; Modas extravagantes são introdu­zidas por prostitutas, a princípio re­jeitadas pela sociedade como muito vulgares e sensu­ais, e pouco a pouco adota­das por essa mesma socieda­de, que as havia condenado... Esta atitude é apoiada, prin­cipalmente, pelas mães, que não conse­guem um genro assaz de­pressa. Como po­deria tal educação produzir outros resultados, se tem em vista unicamen­te a caça ao marido, e tornar a moça apta à realização deste intento?' Até aqui o nosso au­tor.


Atenção





Os srs. Bispos alemães publicaram uma Pastoral acerca deste mesmo as­sunto; alegam como causa desta desordem o alvo a atingir, isto é, de incitar a sensualida­de do homem pelo modo ten­dencioso de se desnudar e salientar certas par­tes do cor­po.

Depois destas reflexões, podemos distinguir três classes escravas da Mo­da.

À primeira, pertencem as que seguem simplesmente a tendência do demi-mon­de, pro­curando alcançar o mesmo resultado. Parece, felizmente, que é a menor parte (n.c: infelizmente os tempos são outros). A segunda classe receia ser considerada como atrasada, se não seguir em tudo a última Moda. Vendo que as outras já usam es­sas toilettes, tal Moda perde para elas o seu caráter obscuro e vulgar. Elas, aliás, não procedem assim por malícia, mas, o que é pior, por respeito humano, vaidade e falta de caráter. À terceira classe, pertencem as comodistas, que obedecem à lei do menor es­forço. Entram na primeira loja que encontram, onde elas compram sem pensar na figura que irão fazer com semelhante toilette.

Em si dever-se-ia ter somente um sorriso desdenhoso para esta tola vaida­de, se o efeito deste traje não fosse tantas vezes lamentável.

Entre nós, ainda há moças que não aprovam esta disposição da mulher, pelo contrário, a conde­nam, pois as relações com tais criaturas são causa de muitas tenta­ções. O jovem já tem as suas dificul­dades em refrear o instinto natural. Se, além disso, a Moda lasciva aumenta esta luta com a natu­reza, pode-se compreender então o direito que o moço realmente cavalhei­ro tem de condenar uma tal moça, posto que ela julgue a sua atitude perfeitamente correta e ino­cente, visto que nada sabe das ten­dências do outro sexo, e que ela pode ser causa da perdição de tantas almas... Não aprende­mos nós que é pecado mortal provocar deliberadamente graves tentações no cora­ção do próximo?

Esta atitude é absolutamente incompreensível, se refletirmos que tais pes­soas, sol­teiras ou casadas, perdem a sua dignidade e expõem sua inocência, acompa­nhando se­melhante Moda, pois elas são a involuntária confissão da sua disposição interi­or a tão pe­tulantes quão presunço­sos homens. Os que se deixam atrair já sabem que tais criaturas são mais acessíveis à tentação, do que a moça que revela sua personalida­de pelo modo de trajar, e que não a quer perder.

As primeiras não devem estranhar que eles não procurem nelas outra coi­sa, senão o que elas tão ostensivamente apresentam.

É certo, aliás, que os homens são muitas vezes os culpados das excentrici­dades da Moda, pois a sua petulância as anima a acompanhar estas levian­dades, e a este respei­to os bailes e ou­tras reuniões mostram que as que não se tra­jam no ri­gor da Moda estão expostas ao seu pouco caso. Não se pode, natural­mente, assaz condenar esta disposição imoral, que revela a baixeza no modo de apreci­ar a mu­lher, que nada vale para eles, se não sabe despertar a sua sensualidade. Qualida­des e nobreza da alma não encontram mais apreciação, porque no seu materialism­o não têm mais noção da dis­tinção e nobreza do verdadeiro encanto da mulher. E quanto mais se dei­xam impressio­nar por essa baixeza e essa inferiorida­de dos homens, tanto mais contribuem para que eles se confirmem nes­ta aprecia­ção e se sintam encorajados na sua insolência. Como sem­pre, quem per­de é a mu­lher! ...

Mas quando encontram moças que com sua atitude correta provam: 'Olhe, rapaz, ainda existem moças que não são assim como está pensando!' - eles veem-se obrigados a emendar pou­co a pouco o seu modo de pensar, e desta ma­neira a se cor­rigir, e a distin­guir entre as que mere­cem respeito, e as que não o me­recem.

Eis uma ocasião propicia para dizer uma palavra contra a leviandade das nossas Modistas, que julgam que seu dever é de adular a vaidade das suas clien­tes e fa­vorecê-las em todos os seus caprichos e excentricidades. A Modista deve ter a coragem de prevenir o mau gosto destas levia­nas, e mostrar que uma toilette, quanto mais sim­ples, maior fine­za e bom gosto revela de quem a usa.

Se a jovem quiser que os homens a respeitem, que não vejam nela apenas o objeto sexual, mas, sim, a verdadeira mulher, com todas as suas prefe­rências e belas qualidades interiores, en­tão procure cobrir o seu corpo com os ves­tidos, de tal forma que não excite a sensualidade do ho­mem, e que pelo modo de se trajar e comportar resplan­deça em todo o seu ser a nobreza da sua alma. De­vemos reco­nhecer indubitavelmente que a Moda de hoje corresponde mais à saú­de que anti­gamente; e com alguma boa von­tade e bom senso para aquilo que con­vém e o que correspon­de ao físico da pessoa e ao seu temperamento, achará a jo­vem facilmen­te um caminho, pelo qual satisfaça de um modo lícito à tendência da Moda moder­na, e que, contudo, vista o corpo de uma maneira decente e agradável" (R. Pe. Hardy Schilgen, S. J., "Tu e Ele", Cap. "Moda", pp. 142-147, Ed. Vozes, 1940).

"Pecam contra a Modéstia e contra a Castidade e são dignas de severa repreen­são, as pessoas mundanas escravas dos exageros a que chamam Moda, in­centivo e frequente ocasião de pecado" (R. Pe. Tomás Pègue, O. P., "Suma Teológi­ca de S. Tomás em forma de Catecismo, para uso de todos os fiéis", 2ª Part., 2ª Secç., Cap. LVI).
 

Falsa Noção da Existência




"Um dia, enquanto Jesus falava às turbas, aproximou-se Dele um chefe da Sina­goga, dizendo-lhe que a única filha, com 12 anos de idade, acabava de morrer naquele instante, e O su­plicava que fos­se depressa à sua casa, a fim de lhe impor as mãos para que ela revivesse. Je­sus de boa vontade aco­lheu o pedido desse chefe e, chegado à casa do mesmo, mandou que se re­tirassem todos: e depois to­mou pela mão a menina, chamando-a pelo nome, e esta logo res­suscitou, sentou-se, levantou-se, andou, e, a mando de Jesus, comeu também para demonstrar que de fato ficara curada de todo o mal.

Esta menina é figura de muitas outras que morrem, na flor da idade, senão à vida do cor­po, (ao menos) à vida da Graça.

Empolgadas pelo espírito da época, deixam-se dominar pelas tenta­ções do século, per­dendo pouco a pouco o candor da sua inocência, o encanto que lhes proporcio­na o pu­dor e o re­cato, rolando paulatinamente pela descida da degrada­ção, onde se afundam e se extinguem para Deus, para a vida de uma eternidade fe­liz e para o bem da sociedade.

O quadro que nos apresenta a sociedade atual é simplesmente desola­dor. Os sen­timentos que enobrecem a alma da juventude feminina e a tornam que­rida e respeitada, quase Anjos do Céu, pouco a pouco foram se obliterando até desapare­cerem le­vados pelo vício e pelo pecado, e uma alma que se deixa levar pelo vício e pelo pecado, é, espiritual­mente, morta.

Boa parte da mocidade feminina jaz morta, como a filha de Jairo, no leito da sua vaidade, imóvel e fria, no caminho da virtude, que, única e exclusiva­mente, lhe pode con­ferir aquele tesou­ro de sentimentos e de Graça que a tornam flor mimosa a perfumar os ambientes cristãos de poe­sia e de encantamen­to.

Como efeito de um feminismo que falseou a educação da mulher, hoje em dia nos acha­mos diante de uma inumerável quantidade de moças que vivem so­nhando um futuro irrealizável, consideradas como objeto de luxo e ornamento de festas, por uns, e como concorrentes temíveis dos homens por outros, que veem nelas um competidor a avançar continuamente na luta, cada vez mais cruel e fu­nesta, para a sua emancipação.

Emancipa-se a jovem de todos os bons hábitos cristãos, apascenta-se de vaidade e de so­nhos, preocupa-se exclusivamente em embelezar seu corpo e com­parecer em públi­co no rigor da ultima moda.



Moças sem Alma e sem Juízo





Com os sistemas educativos de muitas famílias, consegue-se ter mo­ças sem alma e sem juízo: bonecas sem vida, atordoadas, senão mortas pelos ru­mores das diversões e vertigens do mundo vão e sedutor.

Que formação para a vida real poderá ter uma moça que só lê roman­ces, que nada valem e só servem para narcotizar a alma, corrompendo-a e desvian­do-a; uma moça que somente vai ao teatro ou ao cinema, escola da imoralidade mais vergonhosa; que só pas­seia, dança e vive ansiosa pelos serões de festas, prolon­gadas até o alvore­cer do dia se­guinte?

Urge que Jesus cumpra não um, mas milhares de milagres, para res­suscitar tantas mortas, despertar tantos corações adormecidos à beira do precipí­cio.

Como poderá conseguir-se, pois, que se retirem os tocadores de flauta que es­tão ao re­dor da menina, no seu leito fatal, e a turba do povo que carpi muito em torno dela, quando a vê morta para o mundo, e viva para Deus?

Ouvindo a palavra do Santo Padre Pio XI, que muitas vezes nos tem apon­tado os peri­gos, os males provenientes do abuso da moda e os remédios para neutra­lizar seus desastro­sos efeitos.

Escrevendo ao Arcebispo de Colônia o Santo Padre diz: 'Com grande alívio de nossa alma, sou­bemos que a Associação das Mulheres Católicas Alemãs se esforça, por todos os mei­os, para, e com conferências públicas e livros oportunos, tutelar extrema­mente a integridade dos costumes que, infeliz­mente, por obra dos maus, vemos, hoje, de dia para dia, sempre mais de­caírem; e estes, para melhor conseguirem seu fim, tem por alvo especialmente a péssima moda de vestir das mulheres, que já invadiu to­dos os lugares.

É deveras deplorável que as vestes introduzidas, para cobrir conveniente­mente o corpo, nestes nossos tempos, ao contrário havendo as mulheres esque­cido a sua gran­de dignidade frequentemente se confeccionam de maneira que ofendem, com impudên­cia, a Modéstia, ofere­cendo a todos, e, especialmente aos moços e aos meni­nos, grande e grave incentivo para as pai­xões mais abjetas' (Car­ta ao Arcebispo de Colô­nia, de 26-10-1926).

'Não há coisa que interesse tanto o Santo Padre quanto a obra que se de­senvolve para a reforma dos costumes. É necessário opor modos práticos, uma escola cristã contra uma escola vergonhosa que domina a moda e a dança.

É questão não só de Modéstia, senão de dignidade' (Às Congressistas da U. I. L. J., de 22-5-1922).



Moda Imoral, Verdadeira Vergonha






É necessário, pois, manter acesa a luta contra a moda imoral 'que é uma verda­deira vergonha para tão grande número de mulheres, que se dizem cristãs e que desonram o nome cristão.

Nós nos alegramos convosco por estardes de acordo conosco, numa das nossas maiores preocupações', diz o Santo Padre às Sócias da União Internacio­nal das Ligas Femini­nas Católicas. 'E isto não nos causa surpresa nenhuma; é sem­pre uma consolação achar os vossos sentimentos em harmonia com um dos mais ar­dorosos desejos do nosso cora­ção, no tocante a um assunto so­bre o qual Nos agrada voltar todas as vezes que se nos oferece a ocasião.

A profundidade, a clarividência da vida cristã, são proporcionadas pelo conheci­mento sóli­do da mesma vida cristã. Vós fizestes experiência disto, diariamen­te, em vos­sos trabalhos. Não há nada como o gosto das coisas belas, gran­des, ge­nerosas, para ins­talar nas almas resoluções ele­vadas e dignas.

Por este motivo Nós queremos lembrar a vós, exclusivamente, um porme­nor, a pro­pósito da campanha que vos propusestes fazer contra a Moda imoral.

Pois que notamos, por vezes, que o sentimento de repulsão contra a Moda menos digna falta mesmo lá onde menos se pensa, mesmo em casas de edu­cação que, todavia, são cristãs e pretendem que assim venham chamadas, Nós nunca nos esquecemos de perguntar às Religiosas si têm Casas de Educação. E à res­posta delas, quase sempre afir­mativa, nunca deixamos de lhes recomendar para que insistam sobre a Modéstia Cristã no vestir de suas alunas: 'a qualquer cus­to'.

Por vezes ouvimos Nos responder que a insistência demasiada acaba por ser cau­sa de as mães retirarem suas filhas do colégio. Isso pouco importa; a Mo­déstia no vestir deve ser ensinada "com insistência" e "a qualquer custo". E, Nós queremos que o exem­plo proceda das Casas de Educação, Religiosas, Católicas. É necessário começar pelas mais moças, para enraizar nos cora­ções o espíri­to da virtude, o sentimento indizível da dignidade da alma humana.

Na realidade, é mesmo em nome da humanidade que se torna neces­sário pugnar pela de­cência da Moda; e, sobretudo, pela dignidade do nome cristão, visto que todos nós trazemos os traços do Sangue do Redentor, testemunho es­plêndido dos destinos eternos que nos esperam' (Alocução à União Internacional das Ligas Fe­mininas Católicas, de 27-10-1925).

'Abençoava de coração e animava as boas jovens e damas católicas que se empe­nham na cruzada, na campanha santa para a decência do vestido, que cons­titui tão gran­de parte da vida cristã; visto que si podemos dizer, quanto ao vestido religioso, que o há­bito não faz o monge, tem, porém, grande parte na vida do mon­ge. Como o uniforme do soldado não faz o soldado, mas dis­tingue o soldado, as­sim também na vida cristã, embora o hábito não faça o cristão, é o hábito que deve distinguir o cristão de quem é pouco cris­tão, ou, infelizmente, é de todo pa­gão' (Alocução ao Convênio das Juntas Direc. da A. C. J., de 16-5-1926).


O Soberano Modelo


'O Santo Padre, portanto, está certo de que as Moças Católicas, persevera­rão na sua santa campanha em defesa da Modéstia Feminina; campanha em que está de permeio a fideli­dade a Je­sus Cristo, e também a mesma honra e digni­dade delas. Quando, à mu­lher, falta o sentimento da pureza, da Modéstia, da pudi­cícia, é porque ela perdeu o senti­mento de sua pró­pria dignidade. E é fácil conven­cer-se da excelência dos sentimentos da Igreja a este respeito, em comparação dos do mundo. A Igreja, apontando o exemplo glorio­so das Virgens, das San­tas, das Mães e Mártires Cris­tãs, e, sobretudo, realizando este ideal na figura sublime de Maria Santíssima (a criança, a menina, a mocinha, a mulher cristã, por excelên­cia) pro­põe algo de tão elevado, de tão belo, de tão digno, de tão subli­me, que faz experi­mentar toda a beleza de um convite dirigido a preservar da ofensa não só a consci­ência cristã, mas também a dignidade humana da mulher. Ao contrário, o mun­do, aquele mundo de sentimentos terrenos, pelo qual Jesus Cristo, que por to­dos orou, que orou mes­mo por seus crucificadores, que chamou Ju­das seu amigo no mo­mento que o atraiçoava, não quis orar, (e é esta talvez a palavra mais terrí­vel do Evan­gelho) outra coisa não faz senão impelir a mulher a abandonar todo o sentimento de sua dignidade, multipli­cando os estímulos, para a impudicícia, para a imoralidade, para a imo­déstia em todas as formas e especialmente nas do vestido feminino. Basta esta reflexão para compreender o que se deve pensar diante de certos costu­mes modernos, em que todas as más atrações, as más tendências do mundo se revelam. De uma parte, a Igreja convida a imitar o exem­plo de grandes Santas, fortes, gloriosas mulheres, e sobretudo o de Maria, a maior e mais gloriosa entre todas, exemplo para o qual os olhos não podem dirigir-se sem ver nele os ideais mais santos e mais puros. De outro lado o mundo convida a mulher para lu­gares onde não achará senão falsos, mentirosos carinhos e atenções, que, na rea­lidade, não são senão verdadeiros insultos e ofensas à sua dignidade. As Moças Católicas, pois, não de­vem hesitar e re­solutamente continuar a travar seu combate para a honra de Deus e de Sua Igreja, e junta­mente para sua própria honra, para a sua própria dignidade, para tudo o que elas têm de mais belo, de mais glorioso, de mais precioso' (Alocução aos Círculos da M. F. I. de Roma, de 02-06-1926).

É imprescindível que elas, ao se abrir o botão de sua adolescência, se­jam entre­gues a Je­sus, ao Mestre Divino que ensina a pureza, a simplicidade, o amor ao sacrifício, a nobreza e a for­ça.

Quem não conhecer Jesus, como a filha de Jairo, morre à vida da alma. Só Ele pode res­tituir esta vida. Vivam, pois, de Jesus as nossas donzelas. Alimentem-se com Cristo Eucarístico, e com as ver­dades que Ele ensina; teremos destarte infundido nelas os sentimentos da mais hu­milde e pura entre as virgens e as mães, Maria Santíssi­ma, modelo insuperável das boas e pie­dosas meninas, a qual, na Fé, na piedade, no tra­balho e no silêncio se preparou para a mais ele­vada missão de mãe que o mundo con­templou.

Imitem Maria as donzelas cristãs, cuidando sobremaneira em reproduzir em si os traços Dela, na união íntima com Jesus, que foi toda a razão de ser, a força e a gló­ria de sua incompa­rável progenitora" (R. Pe. Dr. Felicio Magaldi, "A Ação Católica segun­do Pio XI", 23º Domingo depois de Pentecostes).


A moda é feita para provocar o desejo”,


defendia Mary Quant.

 
(Inventora da Mini-saia)




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Fonte: Acessar o ensaio "Reminiscência sobre a Modéstia no Vestir" no link


"Meus Documentos - Lista de Livros".


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