A VERDADE!
Talvez alguém argumente: “Que
diferença faz saber a verdadeira razão de sua condenação se ao final ele
foi morto” ? A diferença é a verdade!
Muitos críticos da
Igreja que desconhecem a história usam sua morte como argumento da
suposta e mentirosa afirmação de que a Igreja é CONTRA a ciência!
Sem cair no anacronismos, eis a Verdade!
***
Quem tem o mínimo de conhecimento
histórico sabe que Giordano Bruno não foi condenado por sua defesa do
sistema Copérnico, nem por sua teoria da pluralidade dos mundos
habitados, mas por sua idéias teológicas repletas de erros, este
afirmava, por exemplo, que Cristo não era Deus e sim um hábil mágico,
que o espírito santo era a alma do mundo e que o Diabo seria salvo.
Suas idéias e concepções:
Seu sistema de pensamento era
materialista e panteísta onde Deus e o mundo seria um só, Corpo e alma
seria duas fases de uma mesma substância; O universo é infinito onde
além do mundo visível havia uma infinidade de mundos; ele também
afirmava que a terra tinha alma, na verdade todos e parte da terra
também tinha alma como animais, plantas, minerais tudo é constituído
pelo mesmo elemento sem distinção entre seres terrestres e celestes. (1)
As idéias Panteístas e Materialistas de
Giordano eram totalmente contrárias a doutrina Católica e foi isso que
levou a sua condenação.
“O princípio do mundo
infinito obriga Bruno a supor que o princípio do mundo não está fora
dele, mas é força que está dentro dele. Bruno é contrário à ortodoxia
cristã apoiada na metafísica aristotélico-tomista, que colocava Deus
como primeira causa, motor imóvel e perfeição absoluta, que seria
transcendente, ou seja, com existência plena e separada de suas
criaturas.
Concebe Deus como imanente
ao Universo e idêntico a Ele. Deus não é o criador nem o primeiro motor,
mas a alma do mundo, não é causa transcendente e nem temporária com um
momento de criação, mas, como Spinoza diria a causa imanente, a causa
interna e permanete das coisas, princípio material e formal das coisas
que as produz, organizam e governam de dentro para fora: numa palavra,
sua substância eterna. O espaço, segundo ele, não tem limites ou
barreiras intransponíveis separando nosso mundo de uma outra região
reservada aos espíritos, anjos e Deus.
Deus está misturado nas
coisas; mente ou alma do mundo, ordenadora e unificadora das próprias
coisas. Em De la causa, principio e uno (também de 1584) ele elabora a
teoria física na qual estava baseada sua concepção do universo: “forma” e
“matéria” estão intimamente unidas e constituem o “Uno”. Assim o
tradicional dualismo dos físicos aristotélicos foi reduzido por ele a
uma concepção monística do mundo, implicando a unidade básica de todas
as substancias e a coincidência dos opostos na unidade infinita do Ser.
A individualidade de cada
ente singular é forma individualizada e finita que assume a essência
divina infinita. Deus, como unidade além de todos os opostos, não é
cognoscível na sua profunda natureza”.(2)
“Como panteísta que é
Giordano Bruno considera Deus parte da natureza e princípio imanente a
ela, bem como vê o mundo como animal, cuja alma é a sua forma, a qual
possui como principal faculdade o entendimento ou inteligência
universal, que dirige a natureza: “…e, por sua vez, a alma do mundo é a
forma universal do mundo… O entendimento universal é a faculdade íntima,
mais real e própria, é a parte mais potente da alma do mundo…iluminando
o universo e dirigindo a natureza convenientemente…” ( BRUNO, Giordano. A Causa, o Princípio e o Uno. Editora Nova Estella, 1988, trad. Attilio Cancian.)(3)
Por causa de suas idéias heréticas no
ano de 1.591, começou o processo de Giordano e, em 1593, ele foi
transferido a Roma onde se deu continuidade ao processo. As principais
acusações contra ele eram as seguintes:
- Defender o uso da magia.
- Defender que Jesus Cristo não fez milagre algum e sim magia.
- Pregar que todos progrediam, sendo que até os demônios eram salvos.
- Acusar a Igreja de promover a ignorância de seus fiéis, para que estes permanecessem como “asnos”.
Portanto, fica claro que “Ao contrário
do que se pensa comumente, Giordano Bruno não foi queimado na fogueira
por defender o heliocentrismo de Copérnico”.(5) Pois, como afirmam os
filósofos e historiadores ele foi além da teoria de Copérnico e na época
não havia uma posição Católica oficial acerca do Heliocentrismo e
defendê-lo certamente não era considerado uma heresia, tal como nunca
foi. O que causou sua condenação foram suas idéias heréticas.
E é válido lembrar que antes de sua condenação pelo tribunal
inquisitório este foi condenado pelos Calvinistas e excomungado pelos
Luteranos, portanto, isso demonstra até que ponto chegava suas heresias.
Assim desmascaramos mais uma mentira contra a Santa Igreja e aqui caberia a frase que sempre digo “O Protestantismo acusa, a história refuta”.
“Aprofundar o conhecimento acerca da história é abdicar ao protestantismo”. John Henry Newman, ministro ex-protestante convertido ao catolicismo.
Por Jefferson Nóbrega
Sancte Michael Archangele, Defende nos in praelio ut inimicos Santae Ecclessiae humiliari digneris, te rogamus, audi nos!
Referências:
(1) http://www.newadvent.org/cathen/03016a.htm
(2) http://www.cobra.pages.nom.br/fmp-bruno.html#Pante%C3%ADsmo
(3) http://www.paradigmas.com.br/parad10/p10.5.htm
(4) http://www.infoescola.com/filosofos/giordano-bruno/
(5) http://pt.wikipedia.org/wiki/Giordano_Bruno
Nenhum comentário:
Postar um comentário