Galileu Galilei
Por Fernando Nascimento
A
jornalista Ilse Scamparine, da Rede Globo, em pleno sábado de Aleluia,
no Jornal Nacional do dia 7/4/2012, resolveu mais uma vez com suas desinformações,
agredir a Igreja Católica num dia santo, isso direto de Roma,
valendo-se das desonestas mentiras estratégicas protestantes (lendas
negras), que tanto apregoa vez por outra as vendendo como “informação”.
A
jornalista apresentava a exposição “Lux in arcana” que reúne documentos
valiosos da Igreja, que está acontecendo nos museus do Capitólio, em
Roma, como sendo uma “exposição de documentos secretos do Vaticano”.
A
exposição “Lux in arcana” de antigos documentos valiosos da Igreja,
está em cartaz desde 29 de fevereiro e vai até 9 de setembro, mas a
desonesta e espírita Rede Globo escolheu coincidentemente o sábado de
Aleluia, para com suas distorções criminosas vender mais uma vez a
Igreja como vilã.
Eis o trecho do Jornal Nacional onde a Globo caluniava sobre os documentos:
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Refutando as mentiras da Globo:
1- O processo de Galileu –
A jornalista afirmava em forçado tom melancólico, que Galileu (trêmulo)
foi condenado por sustentar que a terra era o centro do universo. Para
isso a jornalista foi astuta o bastante ao tirar proveito da decoração
ambiental do museu, que simbolizava o fogo luz da era medieval (era dos
documentos), para fazer uso maldoso das chamas associando-as à inquisição das anti-católicas lendas negras protestantes.
Ela
afirmou que “muitos” morreram na fogueira, mas não citou nome algum e
ainda culpou o Tribunal católico por isso. – Uma mentira vergonhosa,
forjada pelo protestante Casidoro Reina que se escondia atrás do
pseudônimo de “Montanus”!
Erroneamente
ou por má fé, muitos que se aventuram a falar sobre o modo de justiça
dos tempos medievais, atribuem as sentenças de morte simplesmente à
“Inquisição”, contabilizando isto à Igreja Católica, o que é uma
injustiça.
Na verdade existiam três Tribunais distintos:
1- o Tribunal civil dos reis (que matava na fogueira e queimou os Templários e muitas bruxas);
2-
o Tribunal protestante dos protestantes que usurparam países católicos
(que matava na fogueira e queimou Miguel Servet e 20 mil bruxas só na
confissão de Benedict Carpzov);
3-
e o Tribunal católico (que era o mais indulgente e possuía proibição
papal de se atentar contra a saúde ou vida do acusado. Daí Galileu,
Casanova, Lutero, Casidoro Reina e muitos outros terem morrido na
velhice de causas naturais, pois as sentenças do Tribunal católico eram a
absolvição, ou a excomunhão, e estava limitado a julgar apenas
católicos, e somente católicos, que promoviam heresia contra a fé).
Geralmente
omitem essas regras do Tribunal católico, e também que a Igreja proibiu
o livro proposto que recomendava torturas aos acusados, ou mesmo que
foi a Igreja Católica que contribuiu decisivamente para o fim das mortes
em outros tribunais.
A Verdade:
Galileu foi processado em 1633 por ter violado uma disposição que lhe
foi feita em 1616. A disposição de 1616, que Galileu não cumpriu,
proibia-o de ensinar o heliocentrismo, que foi descoberto décadas antes
pelo padre Copérnico e financiado pelo Papa Paulo III, e que ainda não
havia sido confirmado unanimemente pela ciência. Sem uma física como a de Newton, sem uma prova ótica como o movimento da terra, a coisa não se podia explicar.
O
próprio Galileu diante de outros cientistas em seu julgamento não foi
capaz de provar cientificamente o heliocentrismo, ou seja, a teoria que
dizia que o sol está no centro e a terra se move ao redor dele.Só mais tarde com novos instrumentos e estudos isso pode ser provado.
Não
só isto, Galileu havia conseguido fraudulentamente o imprimatur,
enganou a quem o concedeu dizendo que era uma exposição imparcial, mas
não era nada imparcial. Por este motivo foi acusado e, portanto,
submetido a processos, ou seja, submetido a um processo disciplinar.
Outro aspecto importante a levar em conta é que, ainda que às críticas de Galileu, a posição tradicional estava fundamentada, nem Galileu nem ninguém possuíam naquele tempo argumentos para demonstrar que a Terra se movia ao redor do Sol.
Galileu tentou prová-lo citando o movimento das marés, desde então,
como sabemos, o argumento das marés estava errado. Só para bem situar as
pessoas, antes disso tudo, Galileu havia “provado” matematicamente a
existência do fictício inferno de Dante Alighieri. (1)
Galileu nunca foi condenado como herege, nem tampouco o heliocentrismo foi declarado como herético.
Foi-lhe imposta uma penitência saudável, que consistia em prisão
domiciliar, onde trabalhava normalmente, e recitar uma vez na semana os
sete salmos penitenciais. Sua filha se ofereceu para fazê-lo no lugar
dele. Não esteve na prisão nem um só momento, em atenção à sua fama, à
sua idade e à consideração que tinha; foi tratado sempre com grande
admiração.
Ao contrário do que a jornalista tenta passar, Galileu amava a Igreja,
e diz, exagerando (Galileu) como faz sempre, em uma carta a um nobre
francês: “Outros podem ter falado mais piamente e mais doutamente, mas
nenhum mais cheio de zelo pela honra e a reputação da Santa Mãe Igreja
do que escrevi eu”. É exagerado, mas, em todo caso, demonstra que é
verdade. Como dizia João Paulo II, a
verdade histórica dos fatos está muito longe da imagem que se criou
posteriormente em torno de Galileu.
Galileu morreu na velhice, e sempre foi católico até o último dia de sua vida, e repousa até hoje dentro de uma Igreja católica.
A
maior injustiça neste caso é os caluniadores sempre omitirem que foi o
padre Copérnico, o verdadeiro descobridor do heliocentrismo, décadas
antes de Galileu o defender cegamente. Por mais que a atitude dos que condenaram Galileu pareça exagerada, na realidade responde a uma lógica. (2)
Hoje
sabemos que a Igreja fez muito bem, defendendo prudentemente as
Escrituras quando Galileu a questionou. As Escrituras afirmam que “o sol
se deteve … quase um dia inteiro” (Josué 10,13), demonstrando um
excepcional milagre divino, onde quase não houve noite no fim do dia.
Não há contradição aí, a menos que alguém queira discutir com Max Planck
e Albert Einstein (da Teoria da Relatividade):
“Se
tomarmos, por exemplo, um sistema de referências fixamente ligado com a
nossa Terra, teremos de afirmar que o Sol se move no céu; se,
inversamente, deslocarmos o sistema de referência para uma estrela fixa,
o Sol encontra-se em repouso. Na oposição entre estas duas formulações
não existe contradição nem obscuridade: trata-se somente de duas
maneiras diferentes de considerar as coisas. Segundo a teoria física da
relatividade, que atualmente pode ser considerada como aquisição
científica assegurada, ambos os sistemas de referência e os modos de
consideração que lhes correspondem são igualmente corretos e igualmente
justificados, e é fundamentalmente impossível, sem arbitrariedade,
decidir entre eles através de quaisquer medições ou cálculos“. (Max
Planck, in Vorträge und Erinnerungen, Stuttgart, 1949, p. 311).
Isto claramente prova que a Igreja, não estava “errada”, como pregam certos indoutos linguareiros, para rapinar na ignorância. Além do que no texto da sentença a Galileu não aparece em nenhum momento citado o Papa; portanto,
esse documento não pode ser considerado como um ato de magistério
pontifício, e menos ainda como um ato de magistério infalível nem
definitivo. (3)
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2-
A confissão dos Templários – A jornalista afirma que um pergaminho de
60 metros contém o processo contra a Ordem dos Templários da França,
acusada de heresia pelo Papa Clemente V. – Uma mentira vergonhosa!
A Verdade:
o pergaminho não contém nenhuma acusação ou condenação do Papa aos
Templários, mas a confissão dos templários diante de três cardeais
enviados pelo Papa ao castelo de Chinon. Quem condenou os templários e
os sacrificou na fogueira foram os corruptos reis da época, valendo-se
de falsas acusações e torturas, para se apoderarem dos bens da Ordem.
A
publicação desse documento caluniado pela jornalista, dissipa e deixa
claro todas as dúvidas que por interesse se verteram durante esses
séculos sobre a Ordem do Templo e que tanto dano causaram à imagem da
Ordem, deixando claro que:
1. O Papa Clemente V nunca esteve convencido da culpabilidade da Ordem do Templo.
2.
A Ordem do Templo, seu Grão Mestre Jacques de Molay e os demais
templários presos, muitos deles justiçados posteriormente, foram
absolvidos pelo Santo Padre.
3. O Templo nunca foi dissolvido, senão suspenso.
4.
O Papa Clemente V nunca acreditou nas acusações de heresia e por isso
permitiu aos templários justiçados receber os Santos Sacramentos.
5. Clemente V nega as acusações de traição, heresia e sodomia pelas quais o Rei da França acusou o Templo.
6.
O processo e martírio de templários foi um “sacrifício” para evitar um
cisma na Igreja Católica, que não compartilhava em sua grande maioria
das acusações do Rei da França, e muito especialmente da Igreja
francesa.
7. As acusações foram falsas e as confissões conseguidas sob torturas.
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3- O Papa Pio XII – Em tom pilhérico, a jornalista afirma que na exposição não há nada sobre o Papa Pio XII, segundo ela “acusado de se omitir diante da matança de judeus pelos nazistas.” – Uma mentira vergonhosa!
A
verdade: Há sim, muito na exposição que contradiz a jornalista , sobre a
inocência e bravura do Papa Pio XII. A jornalista apenas omitiu e
preferiu fazer eco a uma caduca difamação maquinada e já refutada pelo
jornalista Olavo de Carvalho, que começou com a caluniosa peça teatral
“O Vigário” (1963), do protestante Rolf Hochhuth, e culminou no
fantasioso livro do desonesto John Cornwell, “O Papa de Hitler” (1999),
sendo de cabo a rabo essa farsa, uma criação da KGB. Confira tudo aqui:http://www.olavodecarvalho.org/semana/070201jb.html
O
Papa jamais silenciou diante do massacre dos judeus, repetem essa
mentira para vê-la tornar-se verdade. Os meios de comunicação da época
são testemunhas letais contra os caluniadores.
Veja os Editoriais do New York Times nos anos da guerra sobre Pio XII:
“A
voz de Pio XII é uma voz solitária no silêncio e na escuridão
envolvendo a Europa neste Natal. O Papa reitera o que antes já havia
dito. De modo geral, ele repete, ainda que mais claramente, o plano de
cinco diretrizes que ele primeiro enunciara em sua mensagem de Natal no
início da guerra, em 1939. (…)”
Em
janeiro de 1940, por exemplo, o Papa deu instruções à Rádio Vaticana de
que revelasse as “horríveis crueldades da selvagem tirania” que os
nazistas estavam infligindo aos judeus e aos católicos poloneses. Dando
notícia da transmissão uma semana depois, o Defensor Público dos judeus
de Boston reconheceu-a por aquilo que era: “Uma denúncia explícita das
atrocidades perpetradas pelos alemães na Polônia ocupada pelos nazistas,
declarando abertamente que são uma afronta à consciência moral de toda a
humanidade”. O New York Times escreveu em seu editorial: “Hoje o
Vaticano falou, com uma autoridade que não pode ser posta em discussão, e
confirmou os piores presságios de terror que emergem das trevas da
Polônia”. Na Inglaterra, o Manchester Guardian elogiou o Vaticano como
“o mais enérgico defensor da Polônia torturada”.
Ao
contrário do que afirmava a omissa e desonesta jornalista, ao dizer que
não havia nada ali sobre o Papa Pio XII, há sim documentos que defendem
a atitude do papa Pio XII, entre eles, está um relatório do núncio
Francesco Borgongini-Duca que visitou sete campos de concentração na
Itália, em 1941, e uma carta de agradecimentos de pessoas detidas nos
campos, endereçada ao papa.
Filmes revelam ajuda de Pio XII aos judeus na SGM
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4-
A Carta indígena – A desonesta e omissa jornalista mostrou uma carta
indígena escrita em 1887, “feita com o tronco de uma árvore” e enviada
ao Papa Leão XIII, mas “inteligentemente” omitiu que o chefe da tribo
indígena Ojibwa na carta, chama Leão XIII de “grande mestre das preces
que cumpre as funções de Jesus”.
Por
que será que a jornalista fez questão de comentar caluniando o conteúdo
dos outros documentos e omitiu o conteúdo desta carta? Certamente
faltou uma lenda negra protestante para este caso.
O
povo católicos não merece o mau-caratismo da espírita Rede Globo, nem a
ma fé e falta de profissionalismo da senhora Ilze Scanparini, em Roma,
num sábado de Aleluia.
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Notas:
(1) Scientifc Blunders: A Brief History of How Wrong Scientists Cam Sometimes Be,
Roberts yuongson, Carrol & Graf Publishers, 1998.
(2)
Mariano Artigas e Melchor Sánchez de Toca, Galileo y el Vaticano.
Historia de la Comisión Pontificia de Estudio del Caso Galileo
(1981-1992) (Madrid: Biblioteca de Autores Cristianos, 2008).)
(3)
Por Mariano Artigas, professor de Filosofia da Ciência na Universidade
de Navarra (Espanha), co-autor do livro “ Galileo en Roma. Crónica de
500 días” e autor do livro “Filosofia da Natureza”.
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