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Santa Teresinha do Menino Jesus |
No Consultório do Frei Justino
perguntou-se o seguinte:
"Pergunta: É pecado usar
meia manga? – Anônima.
Resposta: “Certa vez,
escreve Santa Terezinha do Menino Jesus, na sua autobiografia, relatando fatos
da sua infância, quando não tinha ainda 5 anos, certa vez, tínhamos de ir ao
campo, em visita a amigos. Mamãe disse à Maria, que me desse o meu vestido mais
bonito, porém, não me deixasse os braços nus. Eu não disse palavra; até
mostrei a indiferença que devem ter as crianças dessa idade; mas interiormente,
falava comigo mesma: 'Ora, eu teria ficado tão gentil, com os bracinhos de
fora!' (Cap. 1)”.
Aí está! A tentação de querer
aparecer e agradar, a tentação da vaidade feminina (chamemo-la pelo justo nome)
existia, já aos 4 anos, na futura grande Santa de Lisieux...
Não será a mesma tentação, ou
quiçá alguma outra pior, que faz as meninas e mulheres de hoje teimarem em
mostrar a sua cútis, as suas formas, a sua carne?...
Que uma lavadeira ou cozinheira
arregace as mangas, está certo.
Mas, que as melindrosas lutem com
o Vigário para ver se conseguem descobrir cada dia um pouco mais do seu corpo,
mesmo dentro do recinto sagrado, é ridículo; dá uma ideia desfavorável da sua
inteligência e da sua virtude.
Pergunta: A moça que usa
meia manga na rua não pode ser absolvida em confissão? – A mesma.
Resposta: Pode ser e pode
não ser absolvida. Isto não depende tanto das mangas, como das boas disposições
da pessoa que se confessa.
Pergunta: Pode um Padre
deixar de dar a S. Comunhão a uma pessoa que tenha confessado e sido absolvida
por outro Padre? – A mesma.
Resposta: Pode isto
acontecer, não porque o Padre recuse definitivamente dar o Sacramento, mas por
julgar que a pessoa não se acha em condições exteriores (de
decência, por exemplo) suficientes para a recepção do mesmo.
Do estado interior da alma
que vem comungar, não lhe compete julgar...” (Frei Justino, O.P.).
Fonte: Revista Mensal
“Mensageiro do Santo Rosário”, pp. 175-176; Redação e Administração no Convento
dos Dominicanos, Uberaba – MG, novembro de 1936.
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