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Jerusalém destruída |
REVELAÇÃO PROFÉTICA
DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO
“E, tendo saído Jesus do templo, ia-se retirando. E aproximaram-se dele
os seus Discípulos, para lhe fazerem notar a fábrica (construção) do templo.
Mas Ele, respondendo, disse-lhes: Vedes tudo isso? Em verdade Vos digo que
não ficará aqui pedra sobre pedra que não seja derrubada.
E, estando sentado sobre o Monte das Oliveiras, aproximaram-se dele
seus Discípulos à parte, dizendo: Dize-nos, quando sucederão estas coisas? E
qual (será) o sinal da Tua vinda e do fim do mundo?”
Sinais da vinda de Jesus: “E respondendo
Jesus, disse-lhes: Vede que ninguém vos engane. Porque virão muitos em Meu
Nome, dizendo: Eu sou o Cristo; e seduzirão muitos. Porque ouvireis falar de
guerras e de rumores de guerras. Olhai, não vos perturbeis; porque importa que
estas coisas aconteçam, mas não é ainda o fim. Porque se levantará nação contra
nação, e reino contra reino, e haverá pestilências, e fomes, e terremotos em
diversos lugares. E todas estas coisas são o princípio das dores. Então sereis
sujeitos à tribulação, e vos matarão; e sereis odiados por todas as gentes por
causa do Meu Nome. E muitos então serão escandalizados, e um entregará o outro,
e se odiarão uns aos outros. E levantar-se-ão muitos falsos profetas, e
seduzirão muitos. E, por causa de se multiplicar a iniquidade, se resfriará a
caridade de muitos. Mas o que perseverar (no bem) até o fim (da sua
vida), esse será salvo. E será pregado este Evangelho do Reino por todo o
mundo, em testemunho a todas as gentes; e então chegará o fim.”
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Jesus profetisa sobre a destruição de Jerusalém |
Destruição de Jerusalém: “Quando,
pois, virdes a abominação da desolação, que foi predita pelo Profeta Daniel,
posta no lugar Santo, – o que lê entenda! – então os que se acham na
Judeia, fujam para os montes; e o que se acha sobre o telhado, não desça para
tomar coisa alguma de sua casa; e o que está no campo, não volte a tomar a sua
túnica. Mas, ai das (mulheres) grávidas e das que tiverem crianças
de peito naqueles dias! Rogai, pois, que não seja a vossa fuga no inverno, ou
em dia de sábado; porque então será grande a aflição, como nunca foi, desde o
Princípio do Mundo até agora, nem jamais será.”
Sinais do Fim do Mundo: “E, se não se
abreviassem aqueles dias, não se salvaria pessoa alguma; porém, serão
abreviados aqueles dias em atenção aos escolhidos. Então, se
alguém vos disser: Eis aqui está o Cristo, ou ei-lo acolá, não deis crédito.
Porque se levantarão falsos profetas, e farão grandes milagres e prodígios, de
tal modo que (se fosse possível) até os escolhidos se enganariam. Eis que Eu
vo-lo predisse. Se, pois, vos disserem: Eis que ele está no deserto, não
saiais; ei-lo no lugar mais retirado da casa, não deis crédito. Porque, assim
como o relâmpago sai do Oriente e se mostra até ao Ocidente, assim será também
a vinda do Filho do Homem. Em qualquer lugar, em que estiver o corpo, aí se
juntarão também as águias. E, logo depois
da tribulação daqueles dias, escurecer-se-á o sol, e a lua não dará a sua luz,
e as estrelas cairão do Céu, e as potestades dos Céus serão abaladas. E então
aparecerá o sinal do Filho do Homem no Céu; e todas as
tribos da terra chorarão, e verão o Filho do Homem vir sobre as nuvens do Céu
com grande poder e majestade. E mandará os seus Anjos com trombetas e com
grande voz, e juntarão os seus escolhidos dos quatro ventos, duma extremidade
dos Céus, até à outra. Aprendei uma comparação tirada da figueira: Quando os
seus frutos estão tenros e as folhas tem brotado, sabeis que está perto o
estio; assim também, quando virdes tudo isto, sabei que (o Filho do Homem)
está perto, (está) às portas. Na verdade Vos digo que não passará esta
geração, sem que se
cumpram todas estas coisas. O Céu e a terra passarão, mas as Minhas Palavras
não passarão.”
Incerteza da Hora do Juízo e Vigilância: “Mas,
quanto àquele dia e àquela hora, ninguém sabe, nem os Anjos do Céu, mas só o
Pai. E, assim como (foi) nos dias de Noé, assim será também a (segunda)
vinda do Filho de Homem. Porque, assim como nos dias antes do Dilúvio (os
homens) estavam comendo e bebendo, casando-se e dando as mulheres em
casamento, até ao dia em que Noé entrou na Arca; e não souberam nada até que
veio o Dilúvio, e os levou a todos; assim será também na vinda do Filho do
Homem.
Então, de dois que estiverem num
campo, um será tomado, e o outro
será abandonado. De duas mulheres que estiverem moendo com a mó, uma será
tomada, e a outra será abandonada. Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora
virá o Vosso Senhor. Mas sabei que, se o pai de família soubesse a que hora
havia de vir o ladrão, vigiaria sem dúvida, e não deixaria minar a sua casa.
Por isso, estais vós também preparados, porque não sabeis a que hora virá o
Filho do Homem...”
Sinais Antes da Guerra do Império
Romano contra os Judeus Revoltosos
“Justo seria, contudo, salientar
traços que demonstram o amor e total bondade da Providência relativamente aos
homens. Esperou quarenta anos inteiros, após o audacioso crime contra Cristo
para eliminar os réus. Nesse prazo de tempo, a maioria dos Apóstolos e
Discípulos e o próprio Tiago, o primeiro Bispo da cidade, denominado irmão do
Senhor, ainda viviam e moravam na própria cidade de Jerusalém, fortaleza
poderosamente munida.
A supervisão divina havia
pacientado até então; eles talvez se arrependessem do que haviam perpetrado e
obtivessem perdão e salvação. Além de tão grande longanimidade, houve sinais
extraordinários da parte de Deus sobre o que lhes aconteceria se não se
arrependessem. Esses fatos foram também tidos por memoráveis pelo supracitado
historiador. Nada de melhor do que transcrevê-los para os leitores.
Tomai e lede a exposição do livro
sexto das Histórias: 'Impostores, que falsamente invocavam a Deus por
testemunha, iludiam este infeliz povo, descuidado e descrente dos sinais
precursores que claramente anunciavam a devastação futura; mas como que
fulminados por um raio e privados dos olhos e da razão não atendiam às
mensagens de Deus.
Em primeiro lugar, um astro em
forma de espada pairou acima da cidade e um cometa permaneceu visível no céu
durante um ano. Em seguida, antes da revolta e dos movimentos preparatórios
para a guerra, quando o povo estava reunido para a festa dos Ázimos, no dia
oito do mês de abril, cerca da nona hora da noite, uma luz, intensa como a
solar, iluminou o altar e o santuário, durante uma meia hora. Os ignorantes
pensaram que era um bom presságio, mas os escribas interpretaram o caso
previamente com exatidão.
Durante a festa, uma vaca que o
sumo sacerdote conduzia para o sacrifício, pariu um cordeiro, no meio do
Templo.
A porta oriental do adro interior
era de bronze e tão maciça que, à tarde, vinte homens mal conseguiam fechá-la.
Tinha barras de ferro e trincos fincados firmemente no chão e resistentes. À
sexta hora da noite, abriu-se automaticamente.
Poucos dias depois da festa, no
dia vinte e um do mês de maio, houve uma aparição extraordinária, de tamanho
incrível. Portentoso ainda o que vai ser narrado, se não fosse contado por
testemunhas oculares, e se as desgraças subsequentes não fossem proporcionais a
estes sinais. Efetivamente, antes do pôr-do-sol viram-se em toda a região nos
ares, carros de guerra e falanges armadas que se projetavam através das nuvens
e cercavam as cidades.
Por ocasião da festa denominada
Pentecostes, durante a noite, os sacerdotes, ao entrarem no santuário como de
costume para o serviço do culto, disseram ter ouvido antes agitação e alaridos,
depois vozes que exclamavam em uníssono: 'Saiamos daqui'.
Mais terrível ainda é o seguinte:
Um homem, chamado Jesus, filho de Ananias, homem simples, rude camponês, quatro
anos antes da guerra, quando a cidade fruía de paz profunda e prosperidade,
veio à festa em que é costume geral levantar tendas em honra de Deus, e de
repente começou a clamar no Templo: 'Voz do Oriente, voz do Ocidente, voz dos
quatro ventos, voz contra Jerusalém e o Templo; voz contra os esposos e as
esposas, voz contra todo o povo'. Dia e noite ele percorria as ruas, repetindo
esses gritos.
Alguns cidadãos de destaque
indignaram-se com tais maldições, prenderam-no e maltrataram-no com muitos
golpes. Mas ele, que não falava por si mesmo, nem em próprio nome, continuava a
gritar as mesmas palavras diante dos presentes.
Os chefes pensaram que estava
sendo movido, como de fato estava, por um poder sobrenatural. Conduziram-no
perante o procurador romano. O flagelo dilacerou-o até os ossos. Não proferiu
uma súplica, não derramou uma lágrima, mas quanto podia, com voz lúgubre, a
cada golpe repetia: 'Ai de ti, ai de ti, Jerusalém'”.
“... Ora, após a ascensão de
Nosso Salvador, os judeus, além do que haviam ousado contra ele, armaram contra
os Apóstolos quantas ciladas puderam. Em primeiro lugar, Estêvão foi morto a
pedradas;
depois dele, Tiago, filho de Zebedeu e irmão de João, foi decapitado e
sobretudo Tiago, o primeiro após a ascensão de Nosso Salvador a ocupar a Sé
Episcopal de Jerusalém, foi morto do modo acima descrito. Os outros Apóstolos
sofreram mil embustes, que visavam a matá-los. Expulsos da Judeia, começaram a
se espalhar por todas as nações, no intuito de ensinar-lhes a Mensagem, com a
força de Cristo, que lhes dissera: 'Ide e ensinai a todas as nações em Meu
Nome'.
Ora, os membros da Igreja de
Jerusalém, através de uma profecia proveniente de uma revelação feita aos fiéis
mais ilustres da cidade, receberam a ordem de deixar a cidade antes da guerra e
transferir-se para uma cidade da Peréia, chamada Pela. Para lá fugiram de
Jerusalém os fiéis de Cristo, de sorte que os santos varões abandonaram
totalmente a régia capital dos judeus e toda a terra da Judeia. Então a justiça
de Deus atingiu os judeus que haviam praticado tais iniquidades contra Cristo e
os Apóstolos e esta geração de ímpios desapareceu inteiramente do meio dos
homens”.
REALIZAÇÃO DAS PROFECIAS
DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO
O Cerco à Jerusalém
“Os judeus, obcecados, nada
compreenderam daqueles sinais celestes, e correram ao encontro da catástrofe.
No ano 66, insurgiram-se contra os Romanos, derrotaram as coortes, acampadas em
Jerusalém e deitaram o fogo à torre Antônia que servia de cidadela à guarnição.
Tomando coragem com aquele sucesso feliz, não tardaram os patriotas das
províncias a levantar-se e declarar-se livres. Isto equivalia a atrair sobre si
o raio, e os cristãos não se enganaram. Ao ver que a Judeia entrava em luta com
o império, que hordas de fanáticos se instalavam no recinto do Templo e que as
orgias e os crimes manchavam a cidade de Deus, recordaram-se dos avisos do
Mestre: 'Quando virdes a abominação da desolação no lugar santo, fugi quanto
antes'...
Assim de Sodoma fugiu Lot e sua família, antes da chuva de fogo que a havia de
incendiar.
E era tempo; pois no começo de
67, Vespasiano, à frente das suas legiões vingadoras, apoderou-se das
fortalezas da Galileia e passou os revoltosos ao fio da espada.
Assenhoreando-se, em alguns meses, de todo o país, foi acampar diante de
Jerusalém, onde se tinham concentrado os patriotas que escaparam das
províncias: Zelotes, bandidos, e sicários decididos a derramar até a última
gota de sangue sobre os átrios do Templo. Mercê das guerras civis em que ardeu
o império romano durante dois anos, Vespasiano foi obrigado a adiar o cerco da
cidade; mas, em vez de se aproveitar desta dilação, os bandidos que lá dentro
mandavam, disputaram à mão armada a supremacia do poder. Como urgissem com
Vespasiano para que saísse da inação, respondeu: 'Deixai-os lá que se
despedacem entre si. Deus é maior general do que eu: há de no-los entregar sem
combate'. Em 70, Vespasiano, proclamado imperador, dirigiu-se para Roma e
deixou a seu filho Tito para prosseguir as operações contra Jerusalém.
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Tito avança sobre Jerusalém |
Aqueles dois anos de calma
relativa quase tinham feito esquecer o perigo exterior. Pela Páscoa afluíram os
peregrinos à cidade santa, de modo que um milhão e duzentos mil judeus ali se
encontravam encerrados, quando, de repente, Tito, instado a que rematasse
aquele negócio, apareceu no alto do Monte das Oliveiras com as suas legiões e
máquinas de guerra, com os arietes e catapultas. Os cercados defenderam-se como
leões, mas não puderam impedir que os romanos penetrassem dentro de Bezeta e
Acra e que depois, em três dias, levantassem um muro de circunvalação que os
encerrou nos bairros elevados do Templo e do Monte Sião... Frequentes vezes,
agarrados pelos Romanos, aqueles pobres esfomeados eram crucificados como
espiões, de modo que, à volta de todo o acampamento, se elevava uma como
floresta de cruzes que lembravam aos deicidas a Cruz do Filho de Deus...
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Tomada de Jerusalém |
Contudo, cessou, pela primeira
vez, o sacrifício da manhã e da tarde. É que não se encontrava já um cordeiro
para sacrificar a Deus. E desaparecendo o holocausto figurativo, já o templo
não tinha razão de ser. O exército romano conseguiu penetrar no vasto recinto
do edifício sagrado, que os zelotes, encurralados de átrio em átrio, defenderam
com a energia de desesperados. Os romanos, furiosos com aquela resistência que
lhes custava milhares de homens, avançaram por cima dos cadáveres, resolutos a
incendiar o Templo; mas a esse projeto opôs-se Tito, a quem a destruição
daquele monumento incomparável parecia um ato de barbárie sacrílega. De
repente, apesar das ordens do general, um legionário, de pé sobre os ombros dos
camaradas, arremessa um facho inflamado para o interior dos aposentos que
rodeavam o santuário. O fogo comunicou-se em breve ao teto de cedro, os judeus
arrancam gritos horrorosos, e Tito manda apagar o fogo; os soldados porém já
não lhe obedecem. Amontoam, à porta inflamáveis que podem achar à mão. E,
enquanto desaba o Templo, degolam eles sem piedade os milhares de judeus
refugiados nos átrios.
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Jerusalém destruída completamente |
Senhoreando-se em breve do Monte
Sião, onde se tinham refugiado os últimos rebeldes, mandou Tito arrasar o que
restava do Templo e da cidade, exceto as três torres de Herodes, que ficaram de
pé, isoladas no meio daquele deserto, como para atestar que houvera ali uma
cidade que se chamava Jerusalém. 'Parecia, diz o historiador judeu, Josefo, que
aquela terra nunca fora habitada'...”.
A Fome que os Arrasou
“Quantos e quais os males que de
toda parte se abateram sobre o povo inteiro; como especialmente aos habitantes
da Judeia sobrevieram as maiores desgraças; quantos milhares de jovens, bem
como de mulheres e crianças, tombaram pela espada, fome e inúmeros gêneros de
morte; quantas e quais as cidades judaicas sitiadas; além disso, quais os males
terríveis e mais que terríveis presenciados pelos refugiados, enquanto em
metrópole bem fortificada, na própria Jerusalém; o modo como se desenvolveu a
guerra e quais os acontecimentos peculiares; de que modo, enfim, a abominação
da desolação prenunciada pelos Profetas se
instalou no Templo de Deus, outrora célebre e ao qual estava reservada a ruína
completa e a destruição final pelo fogo – tudo isso, quem o quiser, encontrará
com a maior exatidão na História exarada por Josefo.
No entanto, forçoso é reproduzir,
em seus próprios termos, o relato deste historiador sobre a multidão de cerca
de três milhões, vinda da Judeia inteira, aglomerada nos dias da festa de
Páscoa e encontrada em Jerusalém.
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A multidão que estava em Jerusalém |
Convinha, de fato, que
nos dias em que os judeus haviam infligido a Paixão ao Salvador e Benfeitor de
todos, o Cristo de Deus, eles fossem metidos de certo modo numa prisão a fim de
sofrerem a ruína originada da Justiça Divina.
Omitindo, porém, os pormenores
dos eventos, e quanto contra eles se empreendeu por meio da espada ou de
qualquer outra forma, julgo necessário expor apenas as tribulações ocasionadas
pela fome, a fim de que os leitores possam parcialmente saber de que modo
sobreveio-lhes sem demora o Castigo divino, por causa do crime cometido
contra o Cristo de Deus.
Retomemos agora entre as mãos o
quinto livro das Histórias de Josefo e leiamos os trágicos
acontecimentos daquela época. Diz o historiador: 'Quanto aos ricos, só o fato
de ficarem na cidade acarretava-lhes a morte. Sob pretexto de que pretendiam
desertar, eram mortos, na realidade por causa de sua fortuna. Além disso, a
loucura das revoltas crescia com a fome e diariamente aumentavam essas duras
calamidades.
Em parte alguma, achava-se trigo.
Então, as casas eram invadidas e completamente devassadas. Se houvesse trigo,
maltratavam-se os moradores por terem negado; se não houvesse, eram torturados
sob pretexto de o haverem cuidadosamente escondido. Sinal de terem ou não terem
trigo era o corpo desses infelizes. Os que ainda estavam de pé pareciam estar
fartos, e os já esgotados, eram deixados sossegados porque não era razoável
matar os que já morriam à míngua.
Muitos às ocultas permutavam seus
bens por uma medida de trigo se eram ricos, por uma medida de cevada se eram
pobres. Depois, trancavam-se no fundo da casa. Alguns, porém, em extrema
penúria, comiam o trigo sem preparo, outros faziam o pão conforme permitiam o
medo e a necessidade.
Em parte alguma punha-se a mesa.
Os alimentos ainda crus eram retirados do fogo e repartidos. Miserável o alimento
e era espetáculo de arrancar lágrimas assistir aos mais fortes abocanhar mais
que os outros, enquanto os mais fracos gemiam.
A fome supera todas as dores.
Elimina sobretudo o senso do pudor, pois torna desprezível o que em outras
circunstâncias é digno de respeito. As mulheres arrancavam os alimentos da boca
dos maridos, as crianças da boca dos pais, e o que é mais lamentável, as mães
da boca das criancinhas. E enquanto definhavam em seus braços os que elas mais
amavam, não se coravam de subtrair-lhes o pequeno bocado que as fariam
subsistir.
Mesmo os que comiam deste modo,
não conseguiam ficar ocultos. De todos os lados apareciam os revoltosos para
pilhar essas migalhas. Pois, casa fechada tornava-se sinal de que os moradores
estavam prestes a comer. Logo eles arrombavam as portas, irrompiam dentro de
casa e quase arrancavam da garganta os pedaços para arrebatá-los.
Eram surrados os velhos que não
largavam a comida. Arrancavam-se os cabelos das mulheres que escondiam o que
tinham nas mãos. Não se tinha piedade das cãs, nem das criancinhas.
Suspendiam-se as crianças que prendiam a comida na boca e eram jogadas no chão.
Aqueles que, pressentindo a invasão dos ladrões, engoliam o que lhes seria
roubado, eram tratados com crueldade maior, sob pretexto de terem praticado uma
injustiça.
Os rebeldes inventavam suplícios
terríveis, no intuito de descobrir os alimentos. Obstruíam com ervilhaca o
canal da uretra desses infelizes; e com paus pontudos examinavam o reto.
Impingiam-se assim tormentos horríveis, que nem se podem dizer, para que
confessassem onde havia um só pão, ou denunciassem o esconderijo de um punhado
de cevada apenas.
Os algozes, porém, não passavam
fome. Teria sido menor a crueldade se provocada pela necessidade; era apenas
para exibirem um orgulho louco e reservar provisões para dias melhores.
Iam ao encalço dos que à noite se
infiltravam entre os postos avançados dos romanos para colher legumes
campestres e ervas. Quando pensavam estes ter escapado aos inimigos, era-lhes
arrebatado o que traziam. Muitas vezes eles suplicavam, invocando o terrível
Nome de Deus que lhes devolvessem uma parte do que traziam, após terem
enfrentado tantos perigos. Nada lhes era devolvido e podiam ainda considerar-se
felizes de não serem mortos depois de roubados!'
Mais adiante, Josefo acrescenta:
'Para os judeus, desaparecera qualquer esperança de salvação, com a
impossibilidade de sair da cidade e a fome cada vez mais profunda devastava o
povo, casa por casa, família por família. Os terraços estavam cobertos de
mulheres e criancinhas mortas; as ruas, de cadáveres de velhos.
Meninos e jovens, inchados,
vagavam como fantasmas pelas praças e tombavam onde os surpreendiam os
padecimentos. Os enfermos não tinham forças para enterrar os parentes e os que
as teriam, desistiam diante da quantidade de mortos e da incerteza de sua
própria morte. Com efeito, muitos caíam mortos sobre aqueles que iam enterrar e
muitos outros iam para os sepulcros antes que deles precisassem.
No meio dessas tribulações, não
se ouviam lamentos, nem gemidos; mas a fome lhes tirara a sensibilidade. Os
agonizantes olhavam, sem lacrimejar, os que os precediam no repouso. Na cidade
reinava profundo silêncio e escuridão mortal.
Mais miseráveis que todos eram os
bandidos. Com efeito, eles pilhavam as casas transformadas em sepulcros,
despojavam os mortos, saíam com escárnio depois de retirar as mortalhas dos
cadáveres, experimentavam nos corpos a ponta das espadas e às vezes
transpassavam os abandonados ainda vivos para provar o gume. Destes últimos,
alguns pediam a ajuda de suas mãos e de suas espadas, mas eles com desprezo
deixavam-nos entregues à fome. Então, cada agonizante voltava o olhar fixo para
o Templo, que ainda deixava com vida os revoltosos.
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Corpos sendo lançados das muralhas |
Os revoltosos, no início,
mandavam enterrar os mortos, a expensas do tesouro público, por ser
insuportável o mau odor. Mas depois, sem recursos suficientes, do alto das
muralharas jogavam-nos pelas escarpas. Percorrendo-as, Tito viu-as repletas de
cadáveres e, erguendo as mãos, tomou a Deus por testemunha de que tal
calamidade não era obra sua'.
Após ter narrado outros fatos,
mais adiante prossegue Josefo: 'Não hesitarei em manifestar o que me ordena o
sofrimento. A meu ver, se os romanos tivessem retardado a punição dos
criminosos, a cidade teria sido soterrada por um terremoto ou submersa num
cataclismo, ou os raios de Sodoma a teriam destruído, pois continha uma geração
muito mais ateia do que aquelas que suportaram esses males. O povo todo pereceu
com eles, por causa da insensatez que demonstraram'.
No sexto livro, escreve ainda
Josefo o seguinte: 'Ilimitado foi o número dos famintos que sucumbiram na
cidade; indizíveis eram os sofrimentos. Em cada casa, se em alguma parte se
visse uma sombra de alimento, havia verdadeira guerra. Aqueles que mais se
amavam pelejavam para arrancarem-se mutuamente os miseráveis meios de
subsistência. Mesmo relativamente aos moribundos, não se dava crédito a seu
despojamento.
Efetivamente, os salteadores
davam buscas até nos que mal respiravam, suspeitando fingirem estar à morte,
mas conservarem os alimentos nas dobras do manto. Sob o efeito da fome, muitos
cambaleavam, com a boca aberta como cães danados, tropeçavam, esbarravam nas
portas como ébrios, e iam duas ou três vezes por hora às mesmas casas. A
necessidade forçava-os a comerem de tudo.
Recolhia-se até o que os mais vis
dos irracionais não teriam tomado para comer. Não se abstinham dos cintos e das
sandálias; enfim, arrancavam o couro dos escudos para roê-los. Até pó de ferro
velho era alimento para alguns. Muitos colhiam fibras vegetais e vendiam uma
pequena quantidade delas por quatro dracmas.
Mas, por que falar da impudência
provocada pela fome, no tocante a seres inanimados? Vou referir um episódio,
ocasionado pela fome, de tal espécie que nada de semelhante se conta entre os
gregos, nem entre os bárbaros. É horripilante de se narrar, incrível de se
ouvir! No que me toca – que não aparente inventar fábulas para os pósteros –
teria de bom grado silenciado essa calamidade, se não houvesse entre os
contemporâneos inúmeras testemunhas. De resto, prestaria à pátria mísero favor
se silenciasse males que ela verdadeiramente suportou.
Havia, entre os habitantes da
Transjordânia, uma mulher, chamada Maria, filha de Eleazar, da aldeia de
Bathezor (termo que significa: casa do hissopo), distinta por nascimento e
riqueza. Refugiara-se em Jerusalém, com o restante da multidão, e lá também
suportava o cerco.
Os tiranos haviam lhe
arrebatado todos os bens que ela coligira e transportara da Peréia à cidade.
Homens armados invadiam-lhe diariamente a casa e apossavam-se do resto de sua
fortuna, e dos alimentos que conseguia obter. Uma intensa cólera apoderou-se da
mulher, que a todo instante insultava e maldizia os assaltantes, excitando-os
contra si.
Como ninguém a matava, nem por
cólera, nem por piedade, cansada de obter para outrem alimentos que em parte
alguma era possível encontrar, e como a fome também traspassava-lhe as
entranhas e a medula dos ossos e o coração ardia-lhe mais que a fome, seguiu a
sugestão da ira e da penúria e agiu contra a própria natureza. Tinha um filho,
ainda lactente. Ela o tomou e disse:
'Infeliz de ti, criancinha! De
que serve conservar-te em vida durante a guerra, a fome, a revolta? Se ainda
vivermos sob o domínio dos romanos, será a escravidão; a fome, aliás, antes da
escravidão, e os revoltosos são mais terríveis que uma e outra. Vamos! Serás
para mim alimento, maldição para os sediciosos, mito para a humanidade, a única
desgraça que ainda faltava aos judeus'.
Assim falando, matou o filho, e
após cozê-lo, comeu a metade; e guardou escondido o restante. Logo os
revoltosos chegaram e percebendo o cheiro desta crueldade ímpia, ameaçaram a
mulher de imediatamente estrangulá-la se não apresentasse a comida preparada.
Mas ela respondeu que reservara para eles uma boa parte e mostrou-lhes os
restos da criança.
Eles ficaram logo assombrados
e apavorados, imóveis diante deste espetáculo. Mas ela lhes disse: 'É meu
próprio filho. Eu mesma fiz isto. Comei, pois eu também comi. Não sejais mais
delicados que uma mulher, nem mais sensíveis que uma mãe. Se sois compassivos e
rejeitais meu sacrifício, o que comi foi por vós; o resto fique para mim'.
Então, trêmulos, eles saíram.
Por uma vez ao menos tiveram pavor e penalizados deixaram à mãe tal alimento. Mas,
pela cidade inteira propagou-se a horrorosa notícia. Cada um, pondo diante dos
olhos esse crime como se ele próprio o houvesse perpetrado, estremecia de
horror.
Havia entre os famintos uma
espécie de anelo pela morte e eram tidos por felizes os que haviam perecido
antes de ver e ouvir males tão horrendos”.
Tal foi o castigo sofrido pelos
judeus por causa da injustiça e da impiedade relativamente ao Cristo de Deus.
O Que Aconteceu após o Cerco de Jerusalém?
Calculando o número global dos
mortos, o historiador anota terem perecido pela fome e pela espada um milhão e
cem mil homens;
diz que os sediciosos e salteadores sobreviventes denunciaram-se mutuamente
após a queda da cidade e foram executados; os jovens das camadas mais elevadas
e que se destacavam pela beleza corporal foram reservados para o triunfo.
Quanto ao restante da multidão, os maiores de dezessete anos foram algemados e
enviados para os trabalhos no Egito; os outros, em maior número, foram
distribuídos pelas províncias, a fim de serem mortos nos teatros pelo ferro ou
animais ferozes. Os menores de dezessete anos foram levados prisioneiros a fim
de serem vendidos. Somente desses últimos, contaram-se mais ou menos noventa
mil homens.
Esses acontecimento se deram no
segundo ano do império de Vespasiano, e de acordo com os oráculos proféticos de
Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo que, por virtude divina, previra-os como
se fossem já presentes, tinha chorado e soluçado; e segundo os escritos dos
Santos Evangelistas, que registraram as próprias palavras do Senhor, proferidas
então, como se falasse de algum modo à própria Jerusalém:
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Jesus chora sobre Jerusalém |
'Se nesse dia ao menos conhecesse
a mensagem de paz! Agora, porém, isso está escondido a teus olhos! Pois dias
virão sobre ti, e os teus inimigos te cercarão de trincheiras, te rodearão e te
apertarão de todos os lados. Deitarão por terra a ti e aos teus filhos'.
Em seguida, a respeito do povo:
'Com efeito, haverá uma grande angústia na terra e cólera sobre este povo. E
cairão ao fio da espada, levados cativos por todas as nações, e Jerusalém será
pisada por nações, até que se cumpram os tempos das nações'. E ainda:
'Quando virdes Jerusalém cercada de exércitos, sabei que está próxima a sua
desolação'.
Quem comparar as palavras de
Nosso Salvador com os demais relatos do historiador sobre toda a guerra, como
não haverá de se admirar e confessar como divinas, verdadeiras e
sobrenaturalmente extraordinárias a presciência e a predição de Nosso
Salvador?”.
“Tinham vendido Jesus por trinta
dinheiros; os romanos venderam trinta judeus por um dinheiro. Tito escolheu
setecentos dos mais jovens e vigorosos, entre os quais João e Simão, chefes da
revolta, para lhe ornarem o cortejo na sua entrada triunfal em Roma. Lá os
viram, naquele cortejo, levarem numa charola os restos do Templo, a mesa dos
pães da proposição, o candelabro de sete braços, o livro da Lei, atrás da
estátua da Vitória. Tito subiu ao Capitólio, enquanto os carrascos
estrangulavam a João no cárcere Mamertino e crucificavam a Simão depois de o
ter açoitado.
O imperador mandou cunhar
medalhas comemorativas daquele grande acontecimento. No reverso, vê-se uma
mulher desfeita em pranto e com manto de luto, sentada à sombra de uma palmeira
com a cabeça apoiada na mão: é a Judeia cativa, diz a inscrição, Judae capta;
é a triste Jerusalém, doravante sem rei, sem sacerdote, sem sacrifício, sem
altar.
Tal foi a pavorosa sorte da nação
deicida. 'Caia o seu Sangue sobre nós e sobre os nossos filhos!' clamavam
os judeus da Paixão; Deus ouviu-os e vingou o Sangue do seu Filho. Desde a cena
do Calvário, procuravam com ódio implacável exterminar a Igreja; e Jesus, Chefe
da Igreja, acabava de os exterminar a eles. Não se enganava Tito, quando, ao
oferecerem-lhe as cidades do Oriente coroas de ouro, as recusou, dizendo: 'Não
sou eu o vencedor; eu não fiz mais que emprestar o meu braço a Deus que estava
irritado contra os judeus'
E para que o mundo inteiro saiba,
até ao fim dos séculos, quem venceu os judeus, Jesus conserva a raça maldita e
forca-a a andar errante no meio dos povos, levando nas mãos o fatal rotulo,
onde todos podem ler o crime e o castigo dos deicidas: 'Depois de sessenta e
duas semanas, será morto o Cristo, e o povo que o tiver renegado, já não será
seu povo. Virá uma nação com o seu príncipe destruir a cidade e o santuário e
sucederá a desolação, desolação sem fim. A abominação da desolação habitará no
Templo, faltarão as vítimas, cessará o sacrifício, e a desolação há de durar
até a consumação dos séculos'. Os judeus
lerão e transmitirão esta profecia de Daniel, e, mais cegos e mais endurecidos
que os do Calvário, continuarão a blasfemar contra o Cristo que os venceu, até
ao dia em que, por um milagre da graça, se tornarão os instrumentos mais ativos
do Seu triunfo”.
Notícias do 4º Século
“No ano de 360, Juliano, o
apóstata, primo de Constâncio, foi
proclamado Imperador de Roma pelo exército; e, tendo-se Constâncio posto em
marcha para combatê-lo, morreu no caminho, o que facilitou a Juliano a vitória
definitiva e a sua proclamação como Imperador do Oriente e Ocidente.
|
Juliano, o apóstata. |
A política de Juliano teve três
objetivos principais: I – Restaurar o paganismo, convertendo-o de novo em
religião oficial do Império, com a ideia de que Roma voltasse ao seu antigo
esplendor, eclipsado, segundo ele, pelo Cristianismo. II – Destruir o
Cristianismo. III – Restabelecer o Judaísmo nas posições de onde havia sido
desalojado por Constantino e seus filhos, até chegar ao extremo de ordenar a
reconstrução do Templo de Salomão...
Além disso, fez todos os
preparativos necessários para iniciar as obras de reconstrução do Templo de
Jerusalém...
Para a reconstrução do Templo de
Jerusalém, Juliano nomeou o seu melhor amigo, Alypius de Antioquia, a quem deu
instruções de não poupar gasto algum, ordenando aos governantes da Palestina e
da Síria que ajudassem Alypius em tudo o que necessitasse...
A reconstrução do templo judeu
fracassou, devido, entre outras causas, a que saíam da terra chamas
misteriosas que queimavam os que trabalhavam nas obras; o caso tem todos os
fundamentos de fato histórico comprovado, visto que, por um lado, os
historiadores cristãos o confirmam, enquanto que, por outro, historiadores
hebreus tão prestigiados como Graetz a aceitam
também; só que este, em vez de atribuir o fato a um milagre, como asseguram os
católicos, atribuiu-o a causas naturais, explicando que se devem a gases
comprimidos, formados em passagens subterrâneas e obstruídas pelo derrubamento,
que, ao serem descobertas e tomando contato com o ar, provocaram esses
incêndios, que contribuíram, juntamente com outros motivos, a induzir Alypius a
suspender a obra”.
|
Juliano |
“Tendo predito Jesus Cristo que
não ficaria pedra sobre pedra do Templo de Jerusalém, e tendo os fatos, como
vimos, correspondido plenamente às suas palavras, propôs-se Juliano a
desmenti-lo reedificando aquele templo célebre; porém, a única coisa que
conseguiu foi tirar a última pedra sem poder sequer lançar os alicerces. Logo
que começou o edifício, apenas colocadas as primeiras pedras, sobreveio um
espantoso terremoto que as vomitou do seio da terra, e as lançou a grande
distância contra os operários, especialmente judeus. Eles tinham acorrido com
frenético entusiasmo para ver se conseguiam reedificar seu antigo templo; mas
muitos ficaram sepultados entre as ruínas, e outros gravemente feridos. Tornou-se
a tentar mais de uma vez a temerária empresa, e não se abandonou até que
turbilhões de vento espalharam a areia, a cal e os outros materiais. Mas a
coisa mais prodigiosa e terrível ao mesmo tempo, é que saíam dentre aquelas
ruínas globos de fogo que serpeando com a rapidez do relâmpago, deitavam por
terra os trabalhos e os arrastavam consumindo muitos até os ossos, e
carbonizando outros. Chegavam até a alcançar a alguns judeus que estavam muito
longe e os sufocavam ou consumiam. Em vista de tão extraordinário milagre,
não se atrevendo já ninguém a aproximar-se daquele lugar, desistiu-se da ímpia
empresa. Ano de 368”.
___________________________
[10] S. Mat.
24, 1-51; cfr. Bíblia Sagrada, traduzida da Vulgata e anotada pelo Pe. Matos
Soares, pp. 1209-1210, 10ª Edição, Edições Paulinas, 1959.
[11] Eusébio de Cesareia, “História Eclesiástica”.
[15] Eusébio
de Cesareia, idem.
[17] Rev. Pe.
Berthe, CSsR, “Jesus Cristo – Sua Vida, Sua Paixão, Seu Triunfo”, Liv. VIII,
Cap. VI; Estabelecimentos Benziger & Co. S. A., Einsiedeln, Suíça, 1925.
[18] Dan. 9,
27; 12, 11; cfr. Mat. 24, 15; Marc. 13, 14.
[24] Eusébio
de Cesareia, “História Eclesiástica”, Liv. III, Caps. 5-8; Coleção Patrística,
Vol. 15, Ed. Paulus, São Paulo, 2000.
[27] Rev. Pe.
Berthe, CSsR, “Jesus Cristo – Sua Vida, Sua Paixão, Seu Triunfo”, Liv. VIII,
Cap. VI; Estabelecimentos Benziger & Co. S. A., Einsiedeln, Suíça, 1925.
[28] Era
filho de um irmão do Grande Constantino.
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