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"Uma vez que, como todos os fiéis, são encarregados por Deus do apostolado em virtude do Batismo e da Confirmação, os leigos têm a OBRIGAÇÃO e o DIREITO, individualmente ou agrupados em associações, de trabalhar para que a mensagem divina da salvação seja conhecida e recebida por todos os homens e por toda a terra; esta obrigação é ainda mais presente se levarmos em conta que é somente através deles que os homens podem ouvir o Evangelho e conhecer a Cristo. Nas comunidades eclesiais, a ação deles é tão necessária que, sem ela, o apostolado dos pastores não pode, o mais das vezes, obter seu pleno efeito" (S.S. o Papa Pio XII, Discurso de 20 de fevereiro de 1946: citado por João Paulo II, CL 9; cfr. Catecismo da Igreja Católica, n. 900).

segunda-feira, 18 de maio de 2020

ORIGEM DO QUADRO DE NOSSA SENHORA AUXILIADORA.



Nos primeiros meses, o pensamento de Dom Bosco está absorto pelo grande quadro de Maria Auxiliadora que deverá dominar no santuário. Confia a execução do mesmo ao pintor Lorenzone e procura comunicar-lhe tudo o que “quer ver” naquele quadro.

No alto, Maria Santíssima entre os Anjos, ao redor, os Apóstolos, os Profetas, as Virgens, os Confessores. Na parte inferior, o povo das várias regiãos da terra que estendem as mãos para Ela, pedindo ajuda.

Lorenzone deixa-o terminar, depois:

E este quadro, onde vai colocá-lo?

Na nova igreja.

E acredita que caberá? E onde encontrar a sala para pintá-lo? A fim de se encontrar um espaço adaptado às dimensões que o senhor imagina, seria preciso a praça Castelo!

Dom Bosco houve de reconhecer que o pintor tinha razão. Foi, então, decidido que à volta de Maria seriam pintados somente os Apóstolos e os Evangelistas. Aos pés do quadro figuraria o Oratório.

Lorenzone alugou um altíssimo salão no Palácio Madama e iniciou o trabalho. Iria durar três anos.

Vingou dar ao rosto de Maria Auxiliadora uma expressão maternal e dulcíssima. Um Padre do Oratório contava:

Um dia entrei no estúdio para ver o quadro. Lorenzone estava trepado na escadinha, dando as últimas pinceladas no rosto de Maria. Não se voltou ao rumor que fiz ao entrar, continuou o seu trabalho. Dali a pouco desceu e pôs-se a observar. A súbitas, apercebeu-se da minha presença, tomou-me por um braço e me conduziu até um ponto de plena luz:

Observa como é bela! – disse-me. – Não é obra minha, não. Não sou eu que pinto. Há uma outra mão que guia a minha. Dize a Dom Bosco que o quadro será belíssimo.

Estava entusiasmado para além de qualquer medida. Por fim, pôs-se novamente ao trabalho”.

Quando o quadro foi transportado ao Santuário – recordava o P. Lemoyne – e alçado ao seu lugar, Lorenzone caiu de joelhos e se pôs a chorar qual uma criancinha.


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Fonte: Pe. Terésio Bosco, “Dom Bosco – Uma Biografia Nova”, pp. 351-352. Editora Salesiana Dom Bosco, São Paulo/SP, 1983.

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