Blog Católico, para os Católicos

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"Uma vez que, como todos os fiéis, são encarregados por Deus do apostolado em virtude do Batismo e da Confirmação, os leigos têm a OBRIGAÇÃO e o DIREITO, individualmente ou agrupados em associações, de trabalhar para que a mensagem divina da salvação seja conhecida e recebida por todos os homens e por toda a terra; esta obrigação é ainda mais presente se levarmos em conta que é somente através deles que os homens podem ouvir o Evangelho e conhecer a Cristo. Nas comunidades eclesiais, a ação deles é tão necessária que, sem ela, o apostolado dos pastores não pode, o mais das vezes, obter seu pleno efeito" (S.S. o Papa Pio XII, Discurso de 20 de fevereiro de 1946: citado por João Paulo II, CL 9; cfr. Catecismo da Igreja Católica, n. 900).

sexta-feira, 19 de novembro de 2021

A INTOLERÃNCIA CATÓLICA.


LOUIS-ÉDOUARD-FRANÇOIS-DÉSIRÉ PIE,

CARDEAL.

Bispo de Poitiers


Sermão pregado

na Catedral de Chartres

(excertos); 1841.


Meus irmãos (...)

Nosso século clama: “Tolerância, tolerância”. Tem-se como certo que um Padre deve ser tolerante, que a Religião deve ser tolerante. Meus irmãos, não há nada que valha mais que a fraqueza, e eu aqui estou para vos dizer, sem disfarce, que no mundo inteiro só existe uma sociedade que possui a verdade e que esta sociedade deve ser necessariamente intolerante. Mas antes de entrar no mérito, distinguimos as coisas, convenhamos sobre o sentido das palavras para bem nos entendermos e assim não nos confundiremos.

A tolerância pode ser civil ou teológica. A primeira, não nos diz respeito e não falarei senão uma pequena palavra sobre ela. Se a lei é tolerante, quer dizer que a sociedade permite todas as religiões porque, a seus olhos, elas são todas igualmente boas ou porque as autoridades se consideram incompetentes para tomar partido neste assunto, tal lei é ímpia e ateia. Ela exprime não à tolerância civil como a seguir indicaremos, mas uma tolerância dogmática que, por uma neutralidade criminosa, justifica nos indivíduos a mais absoluta indiferença religiosa. Ao contrário, se, reconhecendo que uma só Religião é boa, a lei suporta e permite que as demais possam se exercer por amor à tranquilidade pública, esta lei poderá ser sábia e necessária se assim o pedirem as circunstâncias como outros observaram antes de mim (...).

Deixo, porém, este campo cheio de dificuldades e volto-me para a questão propriamente religiosa e teológica, em que exponho estes dois princípios:

1º – A Religião que vem do Céu é verdade e ela é intolerante com relação às doutrinas errôneas.

2º – A Religião que vem do Céu é caridade e ela é cheia de tolerância quanto às pessoas.

Roguemos à Nossa Senhora vir em nossa ajuda e invocar para nós o Espírito de verdade e de caridade: “Spiritum veritatis et pacis”. Ave Maria.

Faz parte da essência de toda verdade não tolerar o princípio que a contradiz. A afirmação de uma coisa exclui a negação dessa mesma coisa, assim como a luz exclui as trevas. Onde nada é certo, onde nada é definido, pode-se partilhar os sentimentos, podem variar as opiniões. Compreendo e peço a liberdade de opinião nas coisas duvidosas: “in dubiis, libertas”. Mas, logo que a verdade se apresenta com as características certas que a distinguem, por isso mesmo que é verdade, ela é positiva, ela é necessária e por consequência, ela é una e intolerante: “in necessariis, unitas”. Condenar a verdade à tolerância, é condená-la ao suicídio. A afirmação se aniquila, se ela duvida de si mesma, e ela duvida de si mesma, se ela admite com indiferença que se ponha a seu lado, sua própria negação. Para a verdade, a intolerância é o instinto de conservação, é o exercício legítimo do direito de propriedade. Quando se possui alguma coisa, é preciso defendê-la sob pena de ser despojado dela bem cedo.

Assim, meus irmãos, pela própria necessidade das coisas, a intolerância está em toda parte, porque em toda parte existe o bem e o mal, o verdadeiro e o falso, a ordem e a desordem. Que há de mais intolerante do que esta proposição: “2 e 2 fazem 4”? Se vierdes me dizer que 2 e 2 fazem 3, ou fazem 5, eu vos respondo que 2 e 2 fazem 4 (...).

Nada é tão exclusivo quanto a unidade. Ora, ouvi a palavra de São Paulo: “Unus Dominus, una fides, unum baptisma”. Há, no Céu, um só Senhor: “Unus Dominus”. Esse Deus cuja unidade é seu grande atributo, deu à terra um só símbolo, uma só doutrina, uma só fé: “una fides”. E esta fé, esta doutrina, Ele confiou-as a uma só Sociedade visível, uma só Igreja cujos filhos são, todos marcados com o mesmo selo e regenerados pela mesma graça: “Unum baptisma”. Assim, a unidade divina que brilha por todos os séculos na glória de Deus, produziu-se sobre a terra pela unidade do dogma evangélico, cujo depósito foi confiado por Nosso Senhor Jesus Cristo à unidade hierárquica do Sacerdócio: Um Deus, uma fé, uma Igreja: “Unus Dominus, una fides, unum baptisma”.

Um pastor inglês teve a coragem de escrever um livro sobre a tolerância de Jesus – Cristo e o filósofo de Genebra disse, falando do Salvador dos homens: “Não vejo que meu divino Mestre tenha formulado sutilezas sobre o dogma”. Bem verdadeiro, meus irmãos. Jesus Cristo não formulou sutilezas sobre o dogma, mas trouxe aos homens a verdade e disse: se alguém não for batizado na água e no Espírito Santo; se alguém, recusa-se a comer a minha carne e a beber o meu sangue, não terá parte em meu reino. Confesso que nisso não há sutilezas, há intolerância, a exclusão, a mais positiva, a mais franca. E mais, Jesus Cristo enviou seus Apóstolos para pregar a todas as nações, isto é, derrubar todas as religiões existentes, para estabelecer em toda a terra a única Religião Cristã e substituir todas as crenças dos diferentes povos pela unidade do Dogma Católico. E prevendo os movimentos e as divisões que esta doutrina vai incitar sobre a terra, Ele não se deteve e declarou que tinha vindo para trazer não a paz, mas a espada e acender a guerra, não somente entre os povos, mas no seio de uma mesma família e separar, pelo menos quanto às convicções, a esposa fiel do esposo incrédulo, o genro cristão do sogro idólatra. A afirmação é verdadeira e o filósofo tem razão. Jesus Cristo não formulou sutilezas sobre o dogma (...).

Falam da tolerância dos primeiros séculos, da tolerância dos Apóstolos. Mas isso não é assim, meus irmãos. Ao contrário, o estabelecimento da Religião Cristã foi, por excelência, uma obra de intolerância religiosa. No momento da pregação dos Apóstolos, quase todo o universo praticava essa tolerância dogmática tão louvada. Como todas as religiões eram igualmente falsas e igualmente desarrazoadas, elas não se guerreavam; como todos os deuses valiam a mesma coisa uns para os outros, eram todos Demônios, não eram exclusivos, eles se toleravam uns aos outros: Satã não está dividido contra si mesmo. O Império Romano, multiplicando suas conquistas, multiplicava seus deuses e o estudo de sua mitologia se complica na mesma proporção que o da sua geografia. O triunfador que subia ao Capitólio, fazia marchar diante dele os deuses conquistados com mais orgulho ainda do que arrastava atrás de si os reis vencidos. A mais das vezes, em virtude de um Senatus-Consulto, os ídolos dos Bárbaros se confundiam desde então com o domínio da pátria e o Olímpio nacional crescia como o Império.

Quando aparece o Cristianismo (prestem atenção a isso, meus irmãos, são dados históricos de algum valor com relação ao assunto presente), o Cristianismo quando apareceu pela primeira vez não foi logo repelido subitamente. O paganismo perguntou-se, se, ao invés de combater a nova religião, não devia lhe dar acesso ao seu seio. A Judeia tinha se tornado uma província romana. Roma, acostumada a receber e conciliar todas as religiões, recebeu a princípio, sem maiores dificuldades, o culto saído da Judeia. Um imperador colocou Jesus Cristo assim como Abraão entre as divindades de seu oratório, como viu-se mais tarde um César propor prestar-lhe homenagens solenes. Mas a palavra do Profeta não tardou a se verificar: as multidões de ídolos que viam, de ordinário sem ciúmes, deuses novos e estrangeiros ser colocados ao lado deles, com a chegada do Deus dos cristãos, lançam um grito de terror, e, sacudindo sua tranquila poeira, abalam-se sobre seus altares ameaçados: ecce Dominus ascendit, et commovebuntur simulacra a facie ejus. Roma estava atenta a esse espetáculo. E logo, quando se percebeu que esse Deus novo era irreconciliável inimigo dos outros deuses; quando se viu que os cristãos, cujo culto se havia admitido, não queriam admitir o culto da nação; em uma palavra, quando se constatou o espírito intolerante da fé cristã, foi então que começou a perseguição.

Ouvi como os historiadores do tempo justificam as torturas dos cristãos. Eles não falam mal de sua religião, de seu Deus, de seu Cristo, de suas práticas; só mais tarde é que inventaram calúnias. Eles os censuram somente por não poderem suportar outra religião senão a deles. “Eu não tinha dúvidas”, diz Plínio, o Jovem, “apesar de seu dogma, de que não era preciso punir sua teimosia e sua obstinação inflexível”: Pervicaciam et inflexibilem obstinationem. “Não são criminosos”, diz Tácito, “mas são intolerantes, misantropos, inimigos do gênero humano. Há neles uma fé teimosa em seus princípios, e uma fé exclusiva que condena as crenças de todos os povos”: Apud ipsos fides obstinata, sed adversus omnes alios hostile odium. Os pagãos diziam geralmente dos cristãos o que Celso disse dos judeus, com os quais foram muito tempo confundidos, porque a doutrina cristã tinha nascido na Judéia. “Que esses homens adiram inviolavelmente às suas leis”, dizia este sofista, “nisto não os censuro; só censuro aqueles que abandonam a religião de seus pais para abraçar uma diferente! Mas, se os judeus ou os cristãos querem só dar ares de uma sabedoria mais sublime que aquela do resto do mundo, eu diria que não se deve crer que eles sejam mais agradáveis a Deus que os outros”.

Assim, meus irmãos, o principal agravo contra os cristãos era a rigidez absoluta do seu Símbolo, e, como se dizia, o humor insociável de sua teologia. Se só se tratasse de um Deus a mais, não teria havido reclamações; mas era um Deus incompatível, que expulsava todos os outros: aí está o porquê da perseguição. Assim, o estabelecimento da Igreja foi obra de intolerância dogmática. Toda a história da Igreja não é senão a história dessa intolerância. Que são os Mártires? Intolerantes em matéria de fé, que preferem os suplícios a professar o erro. Que são os Símbolos? São fórmulas de intolerância, que determinam o que é preciso crer e que impõem à razão os Mistérios necessários. Que é o Papado? Uma instituição de intolerância doutrinal, que pela unidade hierárquica mantém a unidade de fé. Por que os Concílios? Para frear os desvios de pensamentos, condenar as falsas interpretações do dogma, anatematizar as proposições contrárias à fé.

Nós somos então intolerantes, exclusivos em matéria de doutrina; disto fazemos profissão; orgulhamo-nos da nossa intolerância. Se não o fôssemos, não estaríamos com a verdade, pois que a verdade é uma, e consequentemente intolerante. Filha do céu, a Religião cristã, descendo à terra, apresentou os títulos de sua origem; ofereceu ao exame da razão fatos incontestáveis, e que provam irrefutavelmente sua Divindade. Ora, se ela vem de Deus, se Jesus Cristo, seu Autor, pode dizer: Eu sou a verdade: Ego sum veritas, é necessário, por uma consequência inevitável, que a Igreja Cristã conserve incorruptivelmente esta verdade tal qual a recebeu do céu; é necessário que repila, que exclua tudo o que é contrário a esta verdade, tudo o que possa destruí-la. Recriminar à Igreja Católica sua intolerância dogmática, sua afirmação absoluta em matéria de doutrina, é dirigir-lhe uma recriminação muito honrosa. É recriminar à sentinela ser muito fiel e muito vigilante, é recriminar à esposa ser muito delicada e exclusiva.

Nós ficamos muitas vezes confusos com o que ouvimos dizer sobre todas estas questões até por pessoas sensatas. Falta-lhes a lógica, desde que se trate de religião. É a paixão, é o preconceito que os cega? É um e outro. No fundo, as paixões sabem bem o que querem quando procuram abalar os fundamentos da fé, pondo a religião entre as coisas sem consistência. Elas não ignoram que, demolindo o dogma, preparam para si uma moral fácil. Diz-se com justeza perfeita: é antes o Decálogo que o Símbolo o que as faz incrédulas. Se todas as religiões podem ser postas num mesmo nível, é que se equivalem todas; se todas são verdadeiras, é porque todas são falsas; se todos os deuses se toleram, é porque não há Deus. E, se se pode aí chegar, já não sobra nenhuma moral incômoda. Quantas consciências estariam tranquilas no dia em que a Igreja Católica desse o beijo fraternal a todas as seitas suas rivais!

Jean-Jacques [Rousseau] foi entre nós o apologista e o propagador desse sistema de tolerância religiosa. A invenção não lhe pertence, se bem que ele tenha ido mais longe que o paganismo, que nunca chegou a levar a indiferença a tal ponto. Eis, com um curto comentário, o ponto principal desse catecismo, tornado infelizmente popular: todas as religiões são boas. Isto é, de outra forma, todas as religiões são ruins (…).

A filosofia do século XIX se espalha por mil canais por toda a superfície da França. Esta filosofia é chamada eclética, sincrética, e, com uma pequena modificação, é também chamada progressiva. Esse belo sistema consiste em dizer que não existe nada falso; que todas as opiniões e todas as religiões podem conciliar-se; que o erro não é possível ao homem, a menos que ele se despoje da humanidade; que todo o erro dos homens consiste em julgar-se possuidores exclusivos de toda a verdade, quando cada um deles só tem dela um elo e quando, da reunião de todos esses elos, se deve formar a corrente inteira da verdade. Assim, segundo essa inacreditável teoria, não há religiões falsas, mas são todas incompletas umas sem as outras. A verdadeira seria a religião do ecletismo sincrético e progressivo, a qual ajuntaria todas as outras, passadas, presentes e futuras: todas as outras, isto é, a religião natural que reconhece um Deus; o ateísmo, que não conhece nenhum; o panteísmo, que o reconhece em tudo e por tudo; o espiritualismo, que crê na alma, e o materialismo, que só crê na carne, no sangue e nos humores; as sociedades evangélicas, que admitem uma revelação, e o deísmo racionalista, que a rejeita; o Cristianismo, que crê no Messias que veio, e o judaísmo, que o espera ainda; o Catolicismo, que obedece ao Papa, o protestantismo, que olha o Papa como o Anticristo. Tudo isto é conciliável. São diferentes aspectos da verdade. Da união desses cultos resultará um culto mais largo, mais vasto, o grande culto verdadeiramente católico, isto é, universal, pois que abrigará todas as outras no seu seio.

Esta doutrina que qualificais de absurda não é de minha invenção; ela enche milhares de volumes e de publicações recentes; e, sem que seu fundo jamais varie, toma todos os dias novas formas sob a caneta e sobre os lábios dos homens em cujas mãos repousam os destinos da França. — A que ponto de loucura chegamos então? — Chegamos ao ponto a que deve logicamente chegar todo aquele que não admite o princípio incontestável que estabelecemos, a saber: que a verdade é uma, e por consequência intolerante, apartada de toda a doutrina que não é a sua. E, para resumir em poucas palavras toda a substância deste meu discurso, eu vos direi: Procurais a verdade sobre a terra? Procurai a Igreja intolerante. Todos os erros podem fazer-se concessões mútuas; eles são parentes próximos, pois que têm um pai comum: vos ex patre diabolo estis. A verdade, filha do céu, é a única que não capitula.

Vós, pois, que quereis julgar esta grande causa, tomai para isto a sabedoria de Salomão. Entre essas diferentes sociedades para as quais a verdade é objeto de litígio, como era aquela criança entre as duas mães, quereis saber a quem adjudicá-la. Pedi que vos deem uma espada, fingi cortar, e examinai as caras que farão os pretendentes. Haverá vários que se resignarão, que se contentarão da parte que vão ter. Dizei logo: Essas não são as mães! Há uma cara, ao contrário, que se recusará a toda composição, que dirá: a verdade me pertence, e devo conservá-la inteira, jamais tolerarei que seja diminuída, partida. Dizei: Esta aqui é a verdadeira mãe!

Sim, Santa Igreja Católica, Vós tendes a verdade, porque tendes a unidade, e porque sois intolerante; não deixais decompor esta unidade. É este, meus irmãos, nosso primeiro princípio: a religião que desce do Céu é a verdade, e por consequência, ela é intolerante quanto às demais doutrinas.

Não nos pedi pois a tolerância em relação às doutrinas. Encorajai ao contrário, nossa solicitude em manter a unidade do dogma, que é o único laço da paz sobre a terra. O orador romano disse: a união dos espíritos é a primeira condição da união dos corações. E este grande homem faz entrar na definição mesma da amizade a unanimidade de pensamento em relação às coisas divinas e humanas: Eadem de rebus divinis et humanis cum summa charitate juncta concordia.

Nossa sociedade é sujeita a mil divisões; nós nos lastimamos disso todos os dias. De onde vem este enfraquecimento das afeições, este resfriamento dos corações? Ah! Meus irmãos, como seriam os corações aproximados onde os espíritos estão tão distantes? É porque cada um de nós se fecha no amor de si mesmo. Queremos pôr fim a essas dissidências sem número que ameaçam destruir todo espírito de família, de cidade e de pátria? Queremos não ser mais estrangeiros, adversários e quase inimigos uns dos outros? Voltemos a um Símbolo e nós reencontraremos logo a concórdia e o amor.


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O Perigo da

Confraternização

Universal das Religiões.

(Chesterton, “O Homem Eterno”).


Dois mil anos atrás, já se havia empreendido, às margens do Mediterrâneo, a edificação de uma espécie de Panteon. Os cristãos foram cordialmente convidados a colocar ali uma estátua de Jesus, que se acotovelaria com as de Júpiter, Mitra, Osíris, Atis, ou Ammon. A recusa dos cristãos é a chave mestra da história… Ninguém pode compreender o Mistério da Igreja, ninguém está em sintonia com a fé dos primeiros tempos, se não avaliar que o mundo esteve então muito perto, de perecer na confraternização e na compreensão mútua de todas as religiões...”.


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