Da confiança dos fiéis em Maria Santíssima, quão eficaz e proveitosa, quão consoladora e bem fundada seja, é impossível falarmos dignamente; mas, seria injúria passar sem dizer alguma coisa. Aos que passam a Linha esconde-se a estrela do Norte; mas, aos que estão em passamento, que é a linha entre o tempo e a eternidade, não se esconde a Virgem, antes, se põe mais perto. Só invocado o seu Nome naquela hora, defende, esforça e assegura. E, para o invocarmos sempre com gosto, parece que Deus derramou nele, quantos favos enriqueceram o monte Hibla e quantas flores se riram nos jardins de Alcinoo. Soubesse lá embora Sêneca, por felicidade da memória, repetir fielmente dois mil nomes pela mesma ordem, que uma vez os ouvira que eu, à hora da minha morte, não quisera repetir mais que estes dois: JESUS e MARIA, uma e muitas mil vezes: JESUS, que é Salvador, MARIA, que é Corredentora; JESUS, que é Graça, MARIA, que é cheia de graça; JESUS, que é Deus e Homem, MARIA, que é Mãe e Virgem; JESUS, que é nosso Mediador com o Pai, MARIA, que é nossa Medianeira com o Filho; JESUS, que é Vida, MARIA, que é a Árvore desta Vida; enfim, JESUS e MARIA, duas luminárias grandes do Céu da Igreja, em tudo respectivamente semelhantes e benéficas aos mortais.
__________________________
Fonte: Rev. Pe. Manuel Bernardes, Oratoriano, “Nova Floresta”, Terceiro Tomo, Título V – Da Confiança em Deus, Cap. LIV, Ilustração III, pp. 243-244. Nova Edição, Livraria Lello & Irmão – Editores, Porto, 1949.
Nenhum comentário:
Postar um comentário