Blog Católico, para os Católicos

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"Uma vez que, como todos os fiéis, são encarregados por Deus do apostolado em virtude do Batismo e da Confirmação, os leigos têm a OBRIGAÇÃO e o DIREITO, individualmente ou agrupados em associações, de trabalhar para que a mensagem divina da salvação seja conhecida e recebida por todos os homens e por toda a terra; esta obrigação é ainda mais presente se levarmos em conta que é somente através deles que os homens podem ouvir o Evangelho e conhecer a Cristo. Nas comunidades eclesiais, a ação deles é tão necessária que, sem ela, o apostolado dos pastores não pode, o mais das vezes, obter seu pleno efeito" (S.S. o Papa Pio XII, Discurso de 20 de fevereiro de 1946: citado por João Paulo II, CL 9; cfr. Catecismo da Igreja Católica, n. 900).

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

O que é o Dom das Línguas?



Respostas dos Erros Modernos

“A glossolalia, portanto, é uma oração, não um meio de comunic­ação...; é um Dom de oração, útil para a interces­são; é um Dom pessoal e comuni­tário de oração, que se seguiu imedia­tamente ao derramamento do Espírito Santo em Pentecostes (At. 2, 1-4)” (Em­mir Noguei­ra – Comuni­dade Católica Shalom/Ce, “Estudos Bíbli­cos – Enchei-vos: Se­minário de Vida no Espírito”; R. Pe. Robert DeGrandis, S.S.J., “The Gift of Ton­gues”; Secreta­ria Paulo Apóstolo – RCC, “Carismas”, Liv. 3, da Cole­ção “Paulo Apóstolo”; RR. PP. Diego Ja­ramillo Cuar­tas, Emiliano Tardif e José Prado Flores, “O Dom das Línguas”, da Coleção “O Novo Pentecos­tes”, Liv. IV; ed. Loyola, 3ª ed., 1979).

► “... é o Espírito Santo orando em nós... essa forma de oração é um dom de falar em línguas... a oração em línguas é infalível... é o dom dos nenéns... é um dom de oração... é uma conversa com Deus” (R. Pe. Jonas Abib, “Aspirai aos Dons Espirituais”, Cap. V, PP. 54,56,57,64,67; 7ª Edição, janeiro de 2004).

► “Às vezes, ficamos isolados de tudo e de todos, e é exatamente nes­ta hora que se faz mais necessária a oração em línguas estranhas, porque, orando assim, ficamos mais reani­mados, pois, há uma evidência real de que não estamos sós, mas alguém vive dentro em nós” (Pr. Edir Macedo, “O Espí­rito San­to”, Cole­ção “Reino de Deus”, p. 109, 4ª ed.).

► “Quando, em oração, não encontramos palavras para nos exprimir, o Es­pírito, em lín­gua desconhecida, toma a nossa necessidade e a alça a Deus” (Pr. Gordon Lindsay, “Vida com Jesus”, p. 155, da Coleção “Reino de Deus”).


Respostas dos Ensinamentos Tradicionais da Igreja Católica

“Eis os Milagres que acompanharão os que crerem: ... falarão no­vas línguas...” (S. Marc. 16, 17; Bíblia Sagrada, traduzida da Vulgata e anotada pelo Pe. Matos Soares, 9ª edi­ção, Paulinas, 1955 ).

► “... E foram todos cheios do Espírito Santo, e começaram a falar em vári­as lín­guas, confor­me o Espírito Santo lhes concedia que falassem...” (At. 2, 1-13).

► “Dou graças ao meu Deus, porque falo as línguas que todos vós fa­lais. Mas, eu an­tes quero dizer na igreja cinco palavras, de modo a ser compre­endido para instruir também os outros, do que dez mil palavras em língua estra­nha... Assim também vós, se, falando uma lín­gua, não fizerdes um dis­curso bem in­teligível, como se entenderá o que dizeis? Fala­reis ao vento. Há, com efeito, tantos gêneros de línguas neste mundo e todas tem a sua ex­pressão. Se eu, pois, não entender o que significam as palavras serei bárbaro para aquele a quem falo; e o que fala será um bárbaro para mim. Assim também vós, visto que sois dese­josos de Dons espirituais, procurai abundar (neles) para edificação da Igreja. E, por isso, o que fala uma língua desconhecida, peça o Dom de a interpretar... Porque a um é dada pelo Es­pírito... a variedades de línguas; a outro a interpretação das palavras” (I Cor. 12, 8. 10; 14, 9-13. 18-19).

► “Na Lei está escrito: ‘Por outras línguas (idiomas) e por outros lábios falarei a este povo; e nem ainda assim Me ouvirão’(Is. 28, 11-12), diz o Se­nhor” (I Cor. 14, 21).

► “é um sinal para os incrédulos” (S. Ambrósio, “Sobre os Sacra­mentos”, Liv. II).

É “o Dom de falar as línguas de todos” (S. Leão Magno, “Sermão LXX­XII – no Na­talício dos Apóstolos S. Pedro e S. Paulo”).

É o “sinal soberano e soberanamente necessário: (para falar) as lín­guas de to­dos os povos...” (S. Agostinho, “A Cidade de Deus contra os Pa­gãos”, Part. II, Liv. XVIII, Cap. XLIX).

É “a Graça da Palavra” para instruir sobre as Verdades da Fé “a mui­tos po­vos...” (S. To­más de Aquino, “Suma Contra os Gentios”, Vol. II, Liv. III, Cap. CLIV, N. 3261).

► “É o Dom de orar em línguas estranhas com certo sentimento de exalta­ção; segun­do os Teó­logos, é o Dom de falar várias línguas” (Adolfo Tanque­rey, “Compêndio de Teolo­gia Ascética e Mística”, Liv. III, Cap. III, Art. I, N. 1515).

► “É o Dom sobrenatural de falar várias línguas” (R. Pe. Gabriel Roschi­ni, O.S.M., “Instru­ções Marianas”, Instr. XVII).

É o Dom do Espírito Santo para “falar muitas línguas que antes desconheci­am” (S. João Bosco, “História Sagrada”, 7ª Época, Cap. XI).

É o auxílio da Graça Divina para “falar diversas línguas” que antes se ignora­vam, e para se “ensinar as Verdades do Evangelho” (S. João Bosco, “História Eclesiástica”, 1ª Épo­ca, Cap. III).

É o Dom miraculoso que faz “brotar pelas línguas os pregões das grandezas de Deus” (Ven. Pe. Manuel Bernardes, Orat., “Luz e Calor”, Part. II, Medit. XXXI, Pont. III).

É “um sinal do Fogo Divino”; e por este Milagre fala-se “a todos os ho­mens..., e são de todos milagrosamente compreendidos” (Dr. João Al­zog, “História Universal da Igre­ja”, Tom. I, 1º Perío­do, Part. I, Cap. II, Art. XLIII).

É “a capacidade de falarem as várias línguas” de diferentes na­ções (R. Pe. Pe­dro Cerruti, S.J., “Síntese da Teologia Católica”, Tom. II, Part. II, Cap. III, Art. VI, Tese XVI, nº. 365. a. 1).

É a capacidade sobrenatural concedida pelo Divino Espírito Santo para “pregar em diferen­tes línguas...” (RR. PP. Pablo Arce e Ricardo Sada, Opus Dei, “Curso de Teologia Dog­mática”, Part. XIV, Cap. III, Art. I).

É um “Milagre do Espírito Santo” (D. Vicente M. Zioni, “Novo Testa­mento”, com Co­mentário do R. Pe. Fr. E. Tintori, O.F.M., cfr. I Cor. 12, 1 – ver nota).

► “É um Carisma extraordinário... uma Graça especial, um Dom gratui­to, um be­nefício... uma Graça do Espírito Santo... uma maravilhosa ri­queza de Graça para a vitalida­de apostólica e para a santidade de todo o Corpo de Cristo, mas desde que se trate de Dom que provenha verda­deiramente do Espírito Santo e que seja exercido de ma­neira plenamente conforme aos impulsos autênticos deste mesmo Espírito, isto é, se­gundo a Cari­dade, verdadeira medida dos Carismas” (Catecismo da Igreja Católica, nn. 799-800, 2003).

E por último, Sua Santidade o Papa Bento XVI, gloriosamente reinante, assim ensina: "... As ima­gens que São Lucas utiliza para indicar a irrupção do Espírito Santo o vento e o fogo recordam o Si­nai, onde Deus havia se revelado ao povo de Israel e havia concedido Sua Aliança (cf. Êxodos 19, 3ss). A festa do Sinai, que Israel celebrava 50 dias depois da Páscoa, era a festa do Pacto. Ao falar das línguas de fogo (cf. Atos 2, 3), São Lucas quer representar Pentecos­tes como um novo Sinai, como a Festa do novo Pacto, no qual a Aliança com Israel se es­tende a todos os Povos da terra. A Igreja é Cató­lica e Missionária desde o seu nascimento. A universalidade da salvação se manifesta com a lista das numerosas etnias às quais per­tence quem escuta o primeiro anúncio dos Apóstolos (cf. Atos 2, 9-11).

O Povo de Deus, que havia encontrado no Sinai sua primeira configuração, amplia-se hoje até superar toda fronteira de raça, cultura, espaço e tempo. De forma diferente de como aconteceu com a Torre de Babel, quando os homens que queriam construir com suas mãos um caminho para o Céu havi­am terminado destruindo sua própria capacidade de compreender-se reciprocamente, o Pentecostes do Espírito, com o Dom das Línguas, mostra que sua pre­sença une e transforma a confusão em co­munhão. O orgulho e o egoísmo do homem sempre criam divisões, levantam muros de indiferença, de ódio e de violência. O Espírito Santo, pelo contrário, faz que os corações sejam capazes de compre­ender as línguas de todos, pois restabelece a ponte da autêntica comunicação entre a Terra e o Céu. O Espírito Santo é o Amor..." ("Homilia da Missa de Pen­tecostes", no Domingo, 4 de Junho de 2006, na Praça de São Pedro, no Vaticano; cfr. Zenit, Agência de Informação, cód. ZP06060410 www.­zenit.org).

Depois de tudo o que já foi visto, conclui-se que não. A Glossolalia não pode ser uma ora­ção. Vejamos o por quê:

Não. Porque assim ensinou São Pedro Apóstolo: “Homens irmãos, vós sabeis que desde os pri­meiros dias, Deus ordenou entre Nós, que da minha boca ouvissem os Pagãos a Pala­vra do Evange­lho e cressem (nela)” (At. 15, 7).

Ora, São Pedro era um simples pescador, que provavelmente falava um dialeto, ou uma variação do hebraico (cfr. S. Mat. 26, 73); como então, o Santo Apóstolo ensinou às vári­as na­ções que representa­das estavam no dia de Pente­costes: ‘... (todos) os ouvimos falar (e não re­zar), nas nossas línguas, das maravi­lhas (dos feitos) de Deus...’(At. 2, 1-41). Não foi com a ora­ção, mas sim, com a pregação da Palavra de Deus capacitada pelo Dom das Línguas.

Não. Porque o Doutor Angélico assim ensinou sobre o Dom das Lín­guas: “Aquilo que o homem conhece só pode ser transmitido a outro pela palavra. Por isso, como os que rece­bem a Revelação de Deus segundo a Or­dem por Ele estabelecida, devem instruir os ou­tros; foi necessário que a eles fosse dada também a Graça da Palavra, segundo a exigên­cia da utilida­de dos que estavam se instruindo. Donde ter Isaías dito: ‘O Senhor me deu a Palavra sá­bia, para que eu saiba sustentar pela palavra os que caem’ (50, 4). E o Senhor disse aos Discípulos: ‘Dar-Vos-ei a Palavra e a Sabe­doria às quais to­dos os vossos adver­sários não poderão contradizer ou resistir’ (S. Luc. 21, 15). E também por este motivo, quando foi necessário que poucos homens pregassem a Verdade da Fé a muitos povos, alguns foram divina­mente ins­truídos para ‘falarem várias línguas’, como está dito: ‘Todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar várias línguas, segun­do o Es­pírito Santo lhes dava’ (At. 2, 4)” (S. Tomás de Aquino, “Suma Contra os Gentios”, Vol. II, Liv. III, Cap. CLIV, nº. 3261).

E para vergonha dos carismáticos cito o parecer dos Batistas:

As línguas são idiomas que Deus concede aos homens falarem para que outros que não nos entendem possam conhecer o evangelho, como se deu em Pentecostes... Vale acentuar que as línguas mencionadas nas Escri­turas são sempre idiomas. O dom de línguas em Corinto que mui­tos tomam como exemplo para sua prática hoje constituía um abuso do ver­dadeiro dom de fa­lar idiomas não aprendidos intelectualmente” (Revista de Jovens e Adul­tos da Convenção Batista Flu­minense, “Palavra & Vida”, Lição 10, p. 65, Ja­neiro-Fevereiro-Março de 2005).

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Fonte: Acessar o ensaio "Elucidário sobre o Dom das Línguas", no link "Meus Documentos - Lista de Livros".

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