1ª Parte
Há 400 anos Nossa Senhora apareceu a uma religiosa espanhola no
mosteiro das concepcionistas em Quito (Equador), e ordenou que se
confeccionasse uma imagem sua sob as invocações do título, profetizou
impressionantes acontecimentos para os séculos futuros, inclusive o
nosso.
Nossa Senhora apareceu em 2 de fevereiro de 1610 a Madre Mariana de
Jesus Torres, espanhola da alta nobreza, uma das oito fundadoras do
mosteiro das concepcionistas de Quito, para ordenar-lhe a confecção de
uma imagem a Ela dedicada. Estamos, portanto, no ano do IV centenário
dessa aparição.
A milagrosa imagem de Nossa Senhora do Bom Sucesso venera-se no
Monasterio Real de La Limpia Concepción, em Quito, primeiro convento de
monjas contemplativas da América do Sul, fundado em 1577 sob os
auspícios do rei de Espanha Filipe II.
Neste artigo serão apresentadas as importantes relações que a devoção
a essa imagem tem com os dias atuais. No quadro abaixo, a apreciação de
Plinio Corrêa de Oliveira sobre Ela, a ordem do universo e a
civilização cristã.
Histórico das aparições
Situemo-nos no ano de 1556. Matronas da cidade de Quito, devotas de
Maria Imaculada (o dogma só viria a ser proclamado em 1854), desejosas
de ter em sua cidade um mosteiro de religiosas concepcionistas, pediram a
Filipe II a fundação naquela colônia de um mosteiro consagrado à
Imaculada Conceição.
O rei enviou, para atender a tão excelente pedido, um grupo de
religiosas fundadoras, tendo à testa a Rvda. Madre Maria de Jesus
Talvada, descendente de nobre e antiga casa da Galícia, e também a
sobrinha desta, a cândida menina Mariana.
Soror Mariana de Jesus Torres
A par de sua candura, era Mariana notável por sua rara formosura de
alma e de corpo. Grande devota do Santíssimo Sacramento, dotada do dom
da profecia, conheceu as inumeráveis dificuldades e sofrimentos pelos
quais passariam as religiosas; e, uma vez fundado o mosteiro, o ódio e
as perseguições do demônio contra a comunidade ao longo dos séculos.
Teve ainda conhecimento de que o mosteiro duraria até o fim do mundo,
e que nele haveria sempre uma alma santa, em todos os tempos. Foi-lhe
também revelado que a Rainha dos Céus comunicar-se-ia com ela por meio
de aparições.
A 13 de janeiro de 1577, fundava-se o mosteiro. Mariana não pôde
professar na ocasião, por ter apenas 13 anos. Iniciou seu noviciado e
professou aos 15, com o nome de Mariana de Jesus.
A vida de Madre Mariana de Jesus Torres é um portento de santidade.
Mantinha profunda intimidade com seu anjo da guarda, e sua devoção
dominante era a Jesus Sacramentado. Êxtases, visões e revelações
alternavam-se com terríveis perseguições, não só do demônio como também
de religiosas relapsas.
Certo dia ocorreu com suas irmãs de hábito algo muito grave. Madre
Mariana sofreu em silêncio e recorreu a Nosso Senhor, comunicando-Lhe
seus tormentos. O Divino Redentor apareceu-lhe e disse:
— Quando te desposei, experimentei com cuidado tua vontade.
— Senhor — respondeu Madre Mariana — minha vontade está pronta, mas a carne é fraca.
Ao que Nosso Senhor acrescentou:
— Não te faltará fortaleza, assim como não falta nada à alma que Me pede.
Nesse momento, viu ela Jesus Cristo no Gólgota, quando Ele começava a
agonizar. Aterrorizada, exclamou: “Senhor, sou eu a culpada, castiga-me
e poupa teu povo!”. Apareceu-lhe então a Santíssima Virgem, que lhe
disse:
“Não és tu a culpada, mas o mundo criminoso. Estes castigos são para o
séc. XX”. Viu então três espadas, cada uma com uma legenda: Castigarei a
heresia; Castigarei a blasfêmia; Castigarei a impureza.
A Santíssima Virgem prosseguiu: “Queres, minha filha, sacrificar-te por este povo?”.
Madre Mariana respondeu: “Minha vontade está pronta”.
As espadas cravaram-se em seu coração, e ela caiu morta pela violência da dor.
Morreu verdadeiramente Madre Mariana, e foi apresentada ao juízo de
Deus: o Padre Eterno regozijou-se por tê-la criado; o Filho Divino, por
tê-la redimido e tomado por esposa; e o Espírito Santo, por tê-la
santificado.
Estava no Céu a alma de Madre Mariana, enquanto na Terra se elevavam
orações fervorosas por sua vida. Nosso Senhor, querendo atender a essas
súplicas, fez Madre Mariana ver como as orações por sua vida subiam ao
trono de Deus.
Apresentou-lhe duas coroas — uma de glória imortal, e a outra cercada
de espinhos — enquanto lhe dizia: “Esposa minha, escolhe uma destas
coroas”. E a fazia entender que, com a coroa de glória, ficaria no Céu,
ao passo que com a outra voltaria a padecer no mundo.
Madre Mariana pediu que a Divina Majestade escolhesse, e não ela.
Nosso Senhor respondeu: ”Não. Quando te tomei por esposa, provei tua
vontade, e agora faço o mesmo”.
Madre Mariana teve então conhecimento do futuro do mosteiro, das
monjas que se salvariam e das que se condenariam; das imensas
calamidades do séc. XX, durante o qual choveria fogo do Céu, consumindo
os homens e purificando a Terra; das almas daquele mosteiro, as quais,
por sua santidade, aplacariam a cólera divina.
Voltou-se então para Nossa Senhora e pediu que Ela mesma governasse o
mosteiro; e aceitou retornar à Terra, tendo então escolhido, humilde e
resignada, a coroa de espinhos. Regressava à vida, com seus 20 anos de
idade.
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2ª Parte
Profecias de Nossa Senhora do Bom Sucesso
Origem da milagrosa imagem
Madre Mariana de Jesus Torres, quadro de época.
A vida de Madre Mariana de Jesus Torres, a quem Nossa Senhora do Bom
Sucesso apareceu, foi escrita com admirável unção por Frei Manoel de
Sousa Peraira, na segunda metade do séc. XVIII, baseando-se no
Cuadernón, que ele pôde consultar.
Este Cuadernón foi posteriormente escondido, em local e data
desconhecidos, a fim de preservá-lo das perseguições religiosas pelas
quais viria a passar o Equador nos séculos XIX e XX.
No livro A Vida Admirável da Rvda. Madre Mariana de Jesus Torres”, de
264 páginas, no qual se baseiam estas linhas, Frei Manoel relata
pormenorizadamente as três mortes e duas ressurreições de Madre Mariana,
sua atuação como religiosa modelar, seus sofrimentos e lutas, os
estigmas de Nosso Senhor Jesus Cristo (os quais ela recebeu aos 25 anos)
e outros fatos extraordinários de sua admirável vida mística.
Seu corpo incorrupto, que assim se conserva desde sua derradeira
morte em 16 de janeiro de 1635, em capela de seu mosteiro, confirma
alguns desses fatos.
Corpos incorruptos de religiosas no convento das aparições
Neste artigo, limitar-nos-emos a abordar mais extensamente a aparição
de Nossa Senhora para lhe ordenar a confecção de sua imagem, e como
esta foi realizada; ocupar-nos-emos também das revelações que Madre
Mariana recebeu da Santíssima Virgem, com referência particular aos dias
em que vivemos.
No ano de 1610, rezava insistentemente Madre Mariana à primeira hora
da madrugada, prostrada ao solo no coro, pelas necessidades de seu
mosteiro, da colônia espanhola da América e da Igreja, quando notou a
presença de uma Senhora de extraordinária formosura, sustentando no
braço esquerdo um Menino belo como a aurora. Emocionada, a religiosa
perguntou:
— Quem sois, linda Senhora, e
que desejais de mim, que sou só uma sofrida monja?
— Sou Maria do Bom
Sucesso, a Rainha dos Céus e da Terra. Porque me invocaste com terno
afeto, venho do Céu consolar teu aflito coração. Tuas orações, lágrimas e
penitências são muito agradáveis a nosso Pai Celestial. Na mão direita,
tenho o báculo que vês, pois quero governar este meu mosteiro como
Priora e Mãe. Satanás quer destruir esta obra de Deus, mas não o
conseguirá, porque Eu sou a Rainha das Vitórias e a Mãe do Bom Sucesso,
sob cuja invocação quero fazer prodígios em todos os séculos.
É
vontade de meu Filho Santíssimo que mandes confeccionar uma imagem, tal
como me vês, e que a coloques no trono da abadessa. Na minha mão
direita porás o báculo e as chaves da clausura, em sinal de minha
propriedade e autoridade. Em minha mão esquerda porás meu Divino Filho.
Eu mesma governarei este meu Mosteiro.
— Senhora —ponderou a religiosa — como realizar tudo isso, se até desconheço Vossa estatura?
— Dá-me o cordão franciscano
que trazes à cintura. A Santíssima Virgem o tomou e colocou uma de suas
extremidades na mão de seu Divino Filho, que o aplicou à cabeça da Mãe,
indicando a Madre Mariana que, com a outra ponta, tocasse seus pés.
O cordão milagrosamente se esticou, até alcançar a estatura exata da Santíssima Virgem.
— Aqui tens, minha filha, a
medida de tua Mãe do Céu. Meu servo Francisco del Castilho, a quem
explicarás minhas feições e minha postura, talhará minha imagem, pois
tem reta consciência e observa religiosamente os mandamentos de Deus e
da Igreja. De tua parte, ajuda-o com orações e humildes sofrimentos”.
Francisco del Castillo preparou-se com penitências, para tão alto
encargo: confessou-se, comungou, e no dia 15 de setembro de 1610 iniciou
a confecção da imagem.
Quando faltavam apenas os retoques finais, certo de que a imagem,
embora satisfatória, nem de longe representava o que Madre Mariana havia
visto, resolveu não só fazer mais penitência, mas saiu de viagem em
busca das melhores tintas para concluir o trabalho.
De
regresso, surpreendeu-se ao encontrar já concluída a imagem. Diante do
bispo, fez juramento escrito para testemunhar que a imagem não era obra
sua, e que a havia encontrado, ao voltar, com uma forma muito diferente
da que havia deixado, seis dias antes.
Madre Mariana de Jesus descreve assim os acontecimentos: rezava às
três horas da madrugada do dia 16 de janeiro de 1611, no coro, onde
estava a imagem que ia sendo esculpida por Francisco del Castillo,
quando viu os arcanjos São Miguel, São Gabriel e São Rafael, os quais se
apresentavam diante do trono da Rainha dos Céus.
São Miguel, saudando-a, disse: “Ave Maria, Filha de Deus Padre”; São
Gabriel acrescentou: “Ave Maria, Mãe de Deus Filho”; e São Rafael
concluiu: “Maria Santíssima, Esposa puríssima do Espírito Santo”.
Nesse momento apareceu São Francisco de Assis, e se uniu aos três
arcanjos. Seguidos da milícia celeste, acercaram-se da imagem
semi-acabada, transformando-a e refazendo-a, dando-lhe uma beleza
inigualável que mão humana jamais poderia conferir.
A Virgem estava totalmente iluminada, como se estivesse no meio do
sol. Do alto, a Santíssima Trindade olhava comprazida o que acontecia, e
os anjos entoavam suas melodias.
No meio de todas essas alegrias, a Rainha do Céu penetrou
pessoalmente na imagem, como raios de sol que se introduzem em um
cristal.
Como que tomando vida, tornou-se resplandecente, e com celestial
melodia cantou o Magnificat. Os anjos entoaram o hino Salve Sancta
Parens (Ave, ó Santa Progenitora).
Essa foi a origem da milagrosa imagem de Nossa Senhora do Bom Sucesso.
As extraordinárias revelações da Virgem Santíssima
Madre Mariana recebeu grande número de revelações, nas quais Nossa
Senhora profetizou acontecimentos do século XX e vários que já se
realizaram. Convido o leitor a tomar conhecimento de alguns, dentre
muitos.
Talvez para algum leitor, habituado às precisões matemáticas de hoje
(aliás, de si elogiáveis), seja útil mostrar antes a conexão entre o que
Nossa Senhora diz sobre o século XX e o que se passa em 2010.
Procissão na festa no convento das aparições
Com efeito, cada século se define mais pelo desenrolar dos
acontecimentos relevantes que nele se verificam do que pelos dois zeros
que caracterizam o ano como múltiplo de cem.
Assim, os historiadores situam a Revolução Francesa como
acontecimento do século XVIII, ao passo que ela se prolongou, com sua
difusão por Napoleão Bonaparte, até o Congresso de Viena em 1815; e só
consideram concluído o séc. XIX com o fim da Belle Époque e o início da I
Guerra Mundial, em 1914.
Isto porque a conceituação mais adequada de um século reside no significado profundo que ele tem na arquitetonia da História.
Outro exemplo: quando Paulo VI e João Paulo II tratam, com clareza e
precisão, da tragédia ocorrida na Santa Igreja depois do Concílio
Vaticano II, referem-se evidentemente a um fenômeno do séc. XX, tragédia
que se prolonga e se desdobra até nossos dias.
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3ª Parte
Gabriel García Moreno (1821-1875)
“Um presidente verdadeiramente católico”
Em aparição de 16 de janeiro de 1599, Nossa Senhora disse a Madre Mariana:
“A pátria em que vives deixará de ser colônia e será república livre;
então, chamar-se-á Equador e necessitará de almas heroicas para
sustentar-se no meio de tantas calamidades, públicas e privadas”.
Previsão cumprida 200 anos depois. Nessa mesma aparição, a Santíssima Virgem afirmou:
“No séc. XIX haverá um presidente verdadeiramente
católico, varão de caráter, a quem Deus dará a palma do martírio, na
mesma praça onde está este meu convento. Ele consagrará a República ao
Divino Coração de meu Filho Santíssimo, e esta consagração sustentará a
Religião católica nos anos posteriores, os quais serão amargos para a
Igreja”.
Com efeito, em 25 de março de 1874, Gabriel Garcia Moreno [foto]
tornou o Equador a primeira nação da América consagrada ao Sagrado
Coração de Jesus. E no ano seguinte, a 6 de agosto, entregou sua alma a
Deus, assassinado pelos inimigos da fé, na mesma praça em que está
situado o mosteiro. Antes de expirar, escreveu no solo, com o próprio
sangue: Dios no muere.
“Quando tudo parecer perdido, será o início do triunfo da Santa Igreja”
Em aparição de 2 de fevereiro de 1634, Nossa Senhora do Bom Sucesso entregou o Menino Jesus a Madre Mariana.
Em seus braços, Ele revelou-lhe a proclamação do Dogma da Imaculada
Conceição, quando “meu Vigário” (o Papa) estiver cativo; e o dogma da
Assunção, depois de o mundo sair de um banho de sangue.
O que se verificou, respectivamente, em 1854, no pontificado do Bem-aventurado Pio IX, e após a II Guerra Mundial, em 1950.
Em 8 de dezembro de 1634, a Rainha do Céu e da Terra indicou a Madre
Mariana que sua invocação de Bom Sucesso iria ser a sustentação e guarda
da fé, face à total corrupção do séc. XX. Ela predisse que,
“nesses tempos de calamidade, quase não haverá
inocência infantil [...], a atmosfera estará saturada de impureza, a
qual, como um mar imundo, correrá pelas ruas, praças e lugares públicos
com uma liberdade assombrosa, de maneira que quase não se encontrarão no
mundo almas virgens[...]. Quanta dor sinto ao te manifestar que haverá
muitos e enormes sacrilégios públicos e também ocultos, profanações da
Sagrada Eucaristia. [...] Meu Filho Santíssimo será lançado ao solo e
pisoteado por pés imundos. [...] O Sacramento da ordem sacerdotal será
ridicularizado, oprimido e desprezado, porque nesse sacramento se oprime
e denigre a Igreja de Deus e a Deus mesmo, representado em seus
sacerdotes. [...] O Sacramento do matrimônio, que simboliza a união de
Cristo com a Igreja, será atacado e profanado em toda a extensão da
palavra [...]. Impor-se-ão leis iníquas, com o objetivo de o extinguir,
facilitando a todos viverem mal”.
Dramaticamente
essas profecias indicam o que ocorre em nossos dias em relação aos
sacrilégios, ao sacerdócio e àquilo que seria então inacreditável: a
legalização de uniões de indivíduos do mesmo sexo, como se elas fossem
casamento.
E Nossa Senhora do Bom Sucesso acrescentou:
“Quando tudo parecer perdido, será o início do
triunfo da Santa Igreja. O pequeno número de almas que guardarão o
tesouro da fé e das virtudes sofrerá um cruel e indizível padecer, a par
de um prolongado martírio [...], haverá uma guerra formidável e
espantosa, na qual correrá sangue de nacionais e estrangeiros, de
sacerdotes e de religiosas. Essa noite será terrível, pois parecerá ao
homem o triunfo da maldade. Será chegada, então, a hora em que Eu de
maneira assombrosa destronarei o soberbo e maldito Satanás, pondo-o
abaixo de meus pés e sepultando-o no abismo infernal. Deixarei por fim
livres, a Igreja e a pátria, de sua cruel tirania [...]. Ora com
insistência, pedindo a nosso Pai Celeste que se compadeça e ponha termo,
o quanto antes, a tempos tão nefastos, enviando à Santa Igreja o
prelado (do latim, “praelatus” — aquele que vai à frente),que deverá
restaurar o espírito de seus sacerdotes. A esse filho meu muito querido
amamos, meu Filho Santíssimo e Eu, com amor de predileção, pois o
dotaremos de uma capacidade rara, de humildade de coração, de docilidade
às divinas inspirações, de fortaleza para defender os direitos da
Igreja e de um coração terno e compassivo, para que, qual outro Cristo,
atenda o grande e o pequeno, sem desprezar o mais desafortunado que lhe
peça luz e conselho em suas dúvidas e amarguras [...]. Em sua mão será
posta a balança do Santuário, para que tudo se faça com peso e medida, e
Deus seja glorificado”.
“Alegre e triunfante, qual terna menina, ressurgirá a Igreja”
Em outra ocasião, revelando a mesma situação com ênfase diferente, Nossa Senhora do Bom Sucesso diz:
“Tempos funestos sobrevirão, nos quais, cegando na
própria claridade, aqueles que queriam defender em justiça os direitos
da Igreja, sem temor servil nem respeito humano, darão a mão aos
inimigos da Igreja, para fazer o que estes quiserem. Mas ai do erro do
sábio — o que governa a Igreja —, do Pastor do redil que meu Filho
Santíssimo confiou a seus cuidados. Mas quando aparecerem triunfantes e
quando a autoridade abusar de seu poder, cometendo injustiças e
oprimindo os débeis, próxima está sua ruína. Cairão por terra
estatelados. E, alegre e triunfante, qual terna menina, ressurgirá a
Igreja e adormecerá brandamente, embalada em mãos do hábil coração
maternal de meu filho eleito e muito querido daqueles tempos, ao qual,
se dócil prestar ouvido às inspirações da graça — sendo uma delas a
leitura das grandes misericórdias que meu Filho Santíssimo e Eu temos
usado contigo —, enchê-lo-emos de graças e dons muito particulares,
fá-lo-emos grande na Terra e muito maior no Céu, onde lhe temos
reservado um assento muito precioso, porque, sem temor dos homens,
combateu pela verdade e defendeu, impertérrito, os direitos de sua
Igreja, pelo que bem o poderão chamar mártir”.
As profecias de Nossa Senhora à Madre Mariana de Jesus Torres
impressionam, quer pela clareza com que predisse acontecimentos já
realizados, quer pela exatidão com que descreve a imensa crise de nossos
dias.
E são inteiramente afins com as mensagens de Nossa Senhora em Fátima e em La Salette.
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(Fonte: Carlos Antonio E. Hofmeister Poli, Coronel do
Exército de Cavalaria e Estado-Maior (R), ”Catolicismo”, fevereiro de
2010),
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