Papa Bento XVI
VATICANO, 26 Ago. 12 / 09:35 pm (
ACI/EWTN Noticias).-
Em suas palavras prévias à
oração do Ângelus, junto aos fiéis reunidos em sua residência de Castel Gandolfo, o
Papa Bento XVI
recordou a traição de Judas, que permaneceu não por amor, mas por
vingança, e cuja culpa mais grave "foi a falsidade, que é a marca do
diabo".
O Santo Padre assinalou "Ele poderia ter ido embora, como
fizeram os outros discípulos, ou melhor, deveria ter ido embora, se
tivesse sido honesto. Porém, ficou com Jesus. Ficou não por causa da fé,
nem por amor, mas com a intenção secreta de se vingar do Mestre. Por
quê? Porque Judas se sentia traído por Jesus, e decidiu que, por sua
vez, iria traí-lo".
"Judas era um Zelota, e queria um Messias
vencedor, para guiar uma revolta contra os romanos. Mas Jesus tinha
decepcionado essas expectativas. O problema é que Judas não foi embora, e
sua culpa mais grave foi a falsidade, que é a marca do diabo".
O Papa indicou que por isso Jesus disse aos doze apóstolos que "um de vós é um diabo!".
Bento XVI
assinalou que no Evangelho de hoje indica que muitos seguidores de
Jesus se afastaram dele e deixaram de acompanhá-lo "porque não
acreditaram nas palavras de Jesus que dizia: Eu sou o pão vivo descido
do céu. O que comer deste pão viverá eternamente".
"Para eles esta
revelação permanecia incompreensível, a entendiam em sentido material,
enquanto que aquelas palavras preanunciavam o mistério pascal de Jesus,
em que Ele daria a si mesmo pela salvação do mundo".
O Santo Padre
recordou que depois Jesus se dirige aos apóstolos e lhes pergunta se
eles também querem ir-se, "e como em outras situações, foi Pedro quem
tomou a palavra e respondeu em nome dos doze: "Senhor, a quem iríamos
nós? Tu tens as palavras de
vida eterna. E nós cremos e sabemos que tu és o Santo de Deus".
Ao concluir, o Santo Padre pediu à
Virgem Maria que "nos ajude a crer em Jesus, como São Pedro, e a ser sempre honestos com Ele e com todos".
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