Blog Católico, para os Católicos

BLOG CATÓLICO, PARA OS CATÓLICOS.

"Uma vez que, como todos os fiéis, são encarregados por Deus do apostolado em virtude do Batismo e da Confirmação, os leigos têm a OBRIGAÇÃO e o DIREITO, individualmente ou agrupados em associações, de trabalhar para que a mensagem divina da salvação seja conhecida e recebida por todos os homens e por toda a terra; esta obrigação é ainda mais presente se levarmos em conta que é somente através deles que os homens podem ouvir o Evangelho e conhecer a Cristo. Nas comunidades eclesiais, a ação deles é tão necessária que, sem ela, o apostolado dos pastores não pode, o mais das vezes, obter seu pleno efeito" (S.S. o Papa Pio XII, Discurso de 20 de fevereiro de 1946: citado por João Paulo II, CL 9; cfr. Catecismo da Igreja Católica, n. 900).

sábado, 6 de agosto de 2022

FLORILÉGIOS DEDICADOS A NOSSA SENHORA DO CARMO.


Tudo é delicioso no Carmelo: encontramos o bom Deus tanto na lavanderia como na oração. Ele se encontra por toda parte! Vivemo-lo, respiramo-lo”.1

Quem assume o escapulário é então introduzido na terra do Carmelo, porque come os frutos e os produtos”2, e experimenta a presença doce e maternal de Maria, no compromisso diário de vestir-se interiormente de Jesus Cristo e de manifestá-lo vivo, em si, para o bem da igreja e de toda a humanidade".3

Por meio do Escapulário do Carmo, pertenço à família Carmelitana e aprecio muito esta graça com a certeza de uma especialíssima proteção de Maria. A devoção a Nossa Senhora do Carmo torna-se uma necessidade e direi mais uma violência dulcíssima para os que trazem o Escapulário do Carmo”.4

"A forma mais genuína da devoção à Virgem Maria, expressa pelo humilde sinal do escapulário, é a consagração ao seu Imaculado Coração”.5

Aprendi a conhecer e a amar a Virgem do Carmo nos braços de minha mãe, nos primeiros dias de minha infância”.6

No Carmelo, Maria, além de Mãe, quer ser também Irmã; a irmã maior que cumpre os ofícios de mãe, porém continuando na condição de familiaridade e igualdade”.7

Quantas almas, em circunstâncias humanamente desesperadas, devem sua suprema conversão e sua salvação eterna ao Escapulário do qual estavam revestidos! Quantas também, nos perigos do corpo e da alma, sentiram, graças a ele, a proteção maternal de Maria!”.8

"As várias gerações do Carmelo, desde as suas origens até os dias de hoje, no seu itinerário rumo à montanha santa, Jesus Cristo nosso Senhor, procuram plasmar a própria vida segundo os exemplos de Maria".9

Nossa Senhora quer que todos usem o Escapulário”.10

O Escapulário é o emblema de Maria. A alma que o traz consigo e que, bem atendido, envida todos os esforços para salvar-se, não pode cair no inferno, pois isto é impossível”.11

"Sobre o teu peito está o escudo da proteção de Maria: o santo escapulário. Aperta-o entre as tuas mãos, beija-o com veneração, e a força e a paz descerão ao teu coração. Nas horas escuras, ergue o olhar para Maria, repetindo sempre com os lábios e com o coração: Rainha e Formosura do Carmelo, mostra-me a Tua proteção".12

"Um pecador empedernido, o qual, vencido pelo desespero, tentara várias vezes se afogar sem sucesso. Não sabendo a que atribuir um acontecimento tão prodigioso, ele percebeu que portava um Escapulário, e ficou tão persuadido que era este o obstáculo que se opunha à seu funesto plano, que ele o arrancou; e, se jogando, em seguida, pela quarta ou quinta vez, as mesmas ondas que o haviam poupado até então sufocaram-no em um instante. Morreu ele em seu pecado; mas não pôde ele morrer senão após ter-se despojado deste hábito de salvação sob o qual não se pode expirar sem ter a regalia de evitar os fogos eternos. Se tu queres morrer em teus pecados, tu morrerás; mas tu não morrerás sob o Escapulário”.13

Um dia uma jovem, antes de entrar na vida religiosa, foi ver o Santo Cura D'Ars - São João Maria Vianney, que, durante a conversa, lhe perguntou:

- “Lembras, minha filha, de um certo baile à noite, em que estiveste? Estava lá um jovem desconhecido, muito bem-vestido, distinto, admirado, e todas as jovens queriam dançar com ele.”

- “Sim, e lembro-me que quando ele não me pediu para dançar com ele , fiquei triste, porque todas as outras jovens tinham tido o privilégio de dançar com o mesmo.”

- “Gostarias de ter dançado com ele, não gostarias?” - perguntou-lhe o Cura D'Ars.

- “Sim.” respondeu-lhe a jovem.

- “Recordas de que, quando esse jovem ia a sair do salão do baile, viste debaixo dos pés dele duas chamas azuis? E que pensaste que era uma ilusão dos teus olhos? Quando viste esse jovem deixar o salão de baile, viste fogo debaixo dos pés dele! Não era uma ilusão dos teus olhos, minha filha. Aquele homem era um demônio. E se não foi ter contigo a pedir-te que dançasses com ele, foi por uma razão: estava a usar a veste [o Escapulário] de Nossa Senhora do Carmo”.14

... Veio-me agora à memória quão grande benefício é o que faz Nossa Senhora aos religiosos de sua Ordem que portaram seu hábito e fizeram o que esse privilégio pede".15

"Na minha condição de Irmão da Bem-Aventurada Virgem Maria do Monte Carmelo, desejo conduzir à terra do Carmelo todos os que, tal como eu, amam e prestam culto a Maria como sua querida Mãe, para que, da mão da Mãe e Esplendor do Carmelo, cheguem à mais íntima união com Deus, visto que esta união constituiu a finalidade da vida contemplativa no Carmelo: Introduzi-vos na terra do Carmelo para que comais os melhores dos seus frutos (Jr 2,7)".16

Ó Mãe bem-aventurada, nós te temos esperado tanto! Tu, que instituíste a nossa Ordem e a tens organizado e guiado com perfeição! Ajoelhados a teus pés, ó toda santa, Mãe primeira da Família Carmelitana, todos nós que estamos nesta montanha, saciamos a sede de nosso coração nas tuas fontes. Nós, com sinceridade, nos reconhecemos guiados por tua mão, ajudados por teu socorro, iluminados por tua luz Transforma-nos em ti e a nossa vida na tua! Então, ó Senhora nossa, fica entre nós.

Ó Maria, nós buscamos um refúgio em teu seio. É preciso que a Mãe permaneça com seus filhos, a Mestra com seus discípulos, a Priora com seus monges”.17

A espiritualidade do Carmelo que é vida de oração e de terna devoção a Maria, me levaram à feliz decisão de abraçar esta vida. O espírito do Carmelo me fascinou!”.18

"De todos os povos, e gentes do mundo [a Virgem Maria] escolheu o povo cristão, que são os seus filhos por fé; de todos os cristãos escolheu os seus devotos, que são os seus filhos por afeto; de todos os seus devotos escolheu as congregações que a servem debaixo de seu nome e patrocínio, que são os seus filhos por instituto; e, finalmente, de todos os institutos passados, presentes e futuros, escolheu a Ordem do Monte Carmelo, para que ela fosse a única e escolhida entre todos os outros filhos, e, sobre todos eles, sua; Matri suae, electa genitrici suae. Todos os outros com mais ou menos prerrogativa, e sempre com grande dignidade, são filhos da Virgem Maria; mas os carmelitas são os seus filhos, os seus: Matri suae, genitrici suae".19

"Ó sagrada religião do Monte Carmelo, como vos fez semelhante a si quem vos fez só para si e para que levásseis tantos a Ele! Tudo isto fazia Cristo para introduzir nos ânimos dos homens a fé de sua divindade, e ensinar ao mundo que assim como havia nele duas naturezas, assim tinha dois nascimentos: um nascimento antiquíssimo e eterno, em que era Filho de seu Pai, e outro nascimento novo e em tempo, em que era Filho de sua Mãe. E assim como Cristo teve dois nascimentos, e ambos virginais, como lhes chamou S. Gregório Nazianzeno, um antiquíssimo e eterno, em que nasceu de Pai sem mãe, outro novo e em tempo, em que nasceu de Mãe sem pai, assim a sagrada religião carmelitana teve dois nascimentos também virginais: um antiquíssimo na lei escrita, em que nasceu de Elias virgem, que foi nascimento de pai sem mãe; outro menos antigo, na lei da graça, em que nasceu da Virgem Maria, que foi nascimento de Mãe sem pai. As duas cores e as duas peças do hábito carmelitano são a prova e a herança destes dois nascimentos. A prova e herança do nascimento do pai sem mãe é o manto branco, dado por Elias nas mãos de Eliseu carmelita; a prova e herança do nascimento de Mãe sem pai é o escapulário pardo, dado pela Virgem Maria nas mãos de Simão, também carmelita e geral santo dos carmelitas".20

Duas, portanto, são as verdades evocadas no sinal do Escapulário: por uma parte, a proteção contínua da Virgem Santíssima, não só ao longo do caminho da vida, mas também no momento da transição até a plenitude da glória eterna; por outra, a consciência de que a devoção a ela não pode se limitar a orações e obséquios em sua honra em algumas circunstâncias, mas deve constituir um hábito, como que um tecer permanente da própria conduta cristã, entrelaçada de oração e de vida interior, mediante a frequente prática dos Sacramentos e o concreto exercício das obras de misericórdia espiritual e corporal”.21

Enquanto o mar nos escarcéus bramir e no alto céu brilhar o eterno Sol, viverá sempre para honra minha, a Ordem cândida do meu Carmelo!”.22

Assim como os homens ficam orgulhosos quando outros usam a sua insígnia, assim a Santíssima Virgem se alegra quando os seus filhos usam o escapulário como sinal de que se dedicam ao seu serviço e são membros da família da Mãe de Deus”.23

Traz sobre o teu peito o santo escapulário do Carmo. - Poucas devoções (há muitas e muito boas devoções marianas) estão tão arraigadas entre os fiéis e têm tantas bênçãos dos Pontífices. Além disso, é tão maternal este privilégio sabatino!”24

Por volta de 1610, o quadro da Mãe da Graça foi encontrado em um montão de caluça pelo Revmo. Padre Domingos de Jesus-Maria, mais tarde geral dos carmelitas descalços.

Estando ele um dia a rezar com todo fervor diante do quadro, vivificou-se repentinamente o semblante da Mãe de Deus; sorriu para Domingos e agradeceu-lhe, inclinando a cabeça (daí o título Nossa Senhora da Cabeça Inclinada) e depois lhe disse que se dirigisse a ela, com toda a confiança, em todas as suas necessidades.

Posteriormente, a Rainha do Céu estimulou novamente o servo de Deus a que lhe pedisse graças. Humildemente ele fez um pedido: que Maria se dignasse ouvir os pedidos de todos aqueles que fossem render-lhe homenagem diante daquele quadro. Maria, então, prometeu-lhe: “Eu ouvirei os pedidos e concederei muitas graças a todos aqueles que recorrerem à minha proteção, honrando-me devotamente por meio deste quadro; mas atenderei principalmente as orações pelo alívio e salvação das almas do Purgatório”.

Depois desta promessa Domingos não quis conservar por mais tempo só para si o milagroso quadro, por isso o levou para a igreja dos carmelitas – Santa Maria della Scala, em Roma, onde começou a ser venerado com todo o fervor.
Inumeráveis e surpreendentes foram os favores com que Maria recompensou tal veneração. Frei Domingos fez várias cópias do precioso quadro e conseguiu que outras pessoas os expusessem, de modo que em pouco tempo era venerado em muitos lugares.

O quadro foi levado para a Áustria um ano depois da morte do Servo de Deus. Atualmente se acha na igreja dos carmelitas em Viena-Doebling, onde foi solenemente coroado no dia 27 de setembro de 1931, durante o pontificado do papa Pio XI. Nesse dia fazia 300 anos que o quadro tinha chegado a Viena.

A Mãe de Deus tem cumprido suas promessas em todos os lugares em que o quadro da Graça é piedosamente venerado, mas as graças são dispensadas na medida da confiança e do amor com que se recorre à sua bondade.

Oração: Senhor, em vossa infinita sabedoria, escolhestes a Virgem Maria para Mãe do Autor da Graça e cooperadora de nossa salvação; concedei que ela nos obtenha a abundância de suas graças e nos conduza ao porto da salvação eterna. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.25

Que a pessoa esteja com a resolução de sair do pecado (ao usar o Escapulário), senão estar-se-á no número dos falsos devotos da Santíssima Virgem e dos devotos presunçosos e impenitentes, os quais, sob o manto da Santíssima Virgem, com o Escapulário em seus corpos ou o rosário em suas mãos, gritam: Santíssima Virgem… e, no entanto, crucificam e ferem cruelmente Jesus Cristo por seus pecados”.26

O Carmo existe para Maria e Maria é tudo para o Carmelo, na sua origem e na sua história, na sua vida de lutas e de triunfos, na sua vida interior e espiritual”.27

Revistam-se do seu santo Escapulário e Ela os conduzirá ao porto da conversão”.28

"Desafoguem o peito diante da Virgem do Carmo os pecadores mais empedernidos: revistam-se do seu santo escapulário e ela os conduzirá ao porto da conversão. Honrem-na com o uso do escapulário e demais obrigações ou obséquios da confraria”.29

Nós somos os Filhos dos Profetas, não segundo a carne, mas pela imitação de suas obras. O Redentor dizia dos judeus que se gloriavam de proceder de Abraão: Fazer as obras de Abraão: Assim hoje deve-se dizer aos carmelitas: Fazei as obras de Elias”.30

Elias, apesar de não ter sido quem deu uma Regra escrita, porém; foi um exemplo e o modelo da santa vida das carmelitas”.31


Decálogo da História e da Espiritualidade Carmelita


1. Nascemos no final do século XII no Monte Carmelo.

2. Recebemos a Regra ou norma de vida no princípio do século XIII.

3. Jesus Cristo é o “projeto da nossa vida” e “segui-Lo é a nossa meta”.

4. Maria, nossa Mãe e Irmã, ensina-nos a “gerar” e a ser “portadores da vida de Deus no mundo”.

5. Elias, nosso Pai, mostra-nos como “viver na presença de Deus” e “ser profetas da justiça e da paz entre os pobres”.

6. Os Santos Carmelitas, “mestres do Espírito”, oferecem-nos, com o testemunho das suas vidas e da sua doutrina, “trilhos” que nos conduzem pelo caminho da união com Deus.

7. A contemplação, coração do Carisma Carmelita, unifica a nossa vida de oração, fraternidade e serviço.

8. O Escapulário, “sinal do amor solícito e da proteção maternal de Maria”, reveste-nos de Cristo e faz-nos membros da Família Carmelita.

9. A Família Carmelita é formada por religiosos, religiosas, monjas e leigos.

10. O nosso lema: conhecer, amar, imitar e irradiar Jesus e Maria.


_________________________

1.  Santa Elisabeth da Trindade.

2.  CF GER 2, 7.

3.  São João Paulo II, 25/03/2001.

4.  São João XXIII.

5.  Venerável Pio XII, Carta “Neminem Profecto”; LG, 67.

6.  S. S. Pio XI, ao Geral dos Carmelitas.

7.  Frei Bartolomeu Xiberta.

8.  Venerável Pio XII, em 06/08/1950.

9.  São João Paulo II.

10.  Irmã Lúcia do Coração Imaculado – Pastorinha de Fátima.

11.  Santa Elisabeth da Trindade.

12.  Beata Maria Josefina de Jesus Crucificado.

13.  São Cláudio de La Combière.

14.  São João Batista Maria Vianney.

15.  São João da Cruz.

16.  São Tito Brandsma.

17.  Arnold Bóstio (1499), “Speculum Historiale”.

18.  São Tito Brandsma.

19.  Pe. Antônio Vieira, S.J., Sermão sobre a Festa de Nossa Senhora do Carmo 1.

20.  Pe. Antônio Vieira, S.J., Sermão sobre a Festa de Nossa Senhora do Carmo 2.

21.  São João Paulo II.

22.  Promessa de Nossa Senhora a São Pedro Tomás.

23.  Santo Afonso Maria de Ligório.

24.  São Josemaría Escrivá.

25.  23 de Julho, memória litúrgica da Bem-aventurada Virgem Maria, Mãe da Divina Graça (Devoção Própria da Ordem Carmelita, último dia no Oitava da Festa de Nossa Senhora do Carmo).

26.  São Luís Maria Grignion de Montfort.

27.  Cardeal Piazza.

28.  São Simão Stock.

29.  São Boaventura, Doutor da Igreja.

30.  Beato João Soreth (1471), “Exposição da Regra”.

31.  Abade João Tristemis (1516).


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