Respostas dos Erros Modernos
"Línguas de oração é Dom permanente pelo qual você será edificado... Orar em línguas é Dom permanente. Falar em línguas é Dom transitório, só utilizado quando há uma unção... Línguas é o discurso não-vernáculo do Espírito Santo que permanece sob o controle da pessoa. A pessoa sempre detém o controle... A oração em línguas está sempre sob o controle de quem fala e pode ser ‘ligada’ e ‘desligada’ à vontade... E nunca acontece que esse Dom fique fora do nosso controle. Ao contrário, ele está totalmente sob nosso controle, e quando falamos em línguas uma vez só, não precisamos nos entregar de novo para recomeçar cada vez; o Dom é permanente...” (R. Pe. Robert DeGrandis e Doug Gravilides, ob. Cit.).
► “... E, como precisamos sempre ser alimentados e construídos, temos necessidade de oração em línguas a vida inteira...”. No dom de línguas “a pessoa começa a falar quando quer e para também quando quer” (R. Pe. Jonas Abib, ob. cit., PP. 60, 61, 64).
Respostas dos Ensinamentos Tradicionais da Igreja Católica
"E foram todos cheios do Espírito Santo, e começaram a falar em várias línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem” (At. 2, 4).
► “As línguas cessarão...” (I Cor. 13, 8).
► “Nos efeitos supracitados da Graça, há ainda outra diferença a ser considerada. Pois alguns desses efeitos são necessários para toda a vida do homem, visto que sem eles não pode haver salvação, como: crer, esperar, amar e obedecer aos Preceitos Divinos. E para esses efeitos é necessário existirem nos homens algumas perfeições habituais de modo que mediante elas possam agir no tempo oportuno. Outros efeitos, porém, não são necessários para toda a vida, mas apenas para determinados tempos e lugares, como, por exemplo, fazer Milagres, prever o futuro, etc. E, para estes, não são dadas perfeições habituais, sendo apenas produzidos certos influxos Divinos, os quais cessam quando o ato cessa, e devem ser iterados quando necessária a iteração do ato, como por exemplo, a mente do Profeta que é iluminada por nova luz em cada Revelação; e, também, em cada obra miraculosa deve haver nova eficácia da Virtude Divina” (S. Tomás de Aquino, “Suma Contra os Gentios”, Tom. II, Liv. III, Part. III, Cap. CLIV, nn. 3263-3269, 3277. c, 3279 – “De donis gratiae gratias datae; in quo de divinationibus daemonum”).
► “E não penseis que esses favores sejam contínuos” (S. Teresa d’Ávila, “Mor.”, VI, 9, 16).
► “As Graças gratuitamente dadas... são, efetivamente, Dons gratuitos, extraordinários e transitórios” (Adolfo Tanquerey, ob. cit., nº 1514).
► “O Dom das Línguas acabou-se (como Dom auxiliar na implantação da Igreja primitiva frente ao mundo pagão) com a primitiva Igreja, e passou com os fundadores Dela... Apareceram sobre os Apóstolos línguas de fogo, o qual fogo se assentou sobre Eles. De maneira que não foram as línguas que se assentaram, senão o fogo. E por que? Porque as línguas vieram de passagem, e passaram com a primitiva Igreja; porém, o fogo das mesmas línguas, esse não passou, mas permaneceu, e ficou de assento. E que fogo de línguas é este? É o zelo e fervor ardente que tem e sempre tiveram os herdeiros do espírito apostólico, de saber, estudar, e aprender as línguas estranhas, para com elas pregar o Evangelho, propagar a Fé, e ampliar a Igreja” (Ven. Pe. Antônio Vieira, S.J., “Sermões – Exortação primeira em véspera do Espírito Santo”, Tom. V).
► “A Igreja era, então, um Céu. O Espírito a dirigia como Dono, dirigia e inspirava a cada um de seus dignitários. Hoje não nos restam mais que os símbolos e os vestígios desses Dons. De fato, também em nossos dias falamos cada um por seu turno, dois ou três, e quando um se cala o outro começa a falar. Mas estes, não são mais que sinais e um memorial do que acontecia então. Também quando oramos, o povo responde: ‘Com o teu Espírito’, como para significar que antes falava assim, movido, não por sua própria sabedoria, mas pelo Espírito. O que deixou de existir, ao menos por aquilo que me diz respeito” (S. João Crisóstomo, “Com. In Cor.” Hom. 36, 4).
► “Aquele que se batiza agora em Cristo e crê em Cristo, mas não fala em línguas de todas as nações, deve-se crer que não recebeu o Espírito Santo? Longe de nosso coração tão pérfida tentação. Certos estamos de que todo homem recebe o Espírito Santo e receberá mais, quanto maior for o vaso da Fé que leve da Fonte. Portanto, se agora se recebe também o Espírito Santo, perguntará alguém: ‘Por que não fala ninguém as línguas de todas as nações?’ Porque a Igreja mesma fala já todas as línguas de todas as nações. Ao princípio, só existia a Igreja numa nação, e nela falava as línguas todas. Sinal do que aconteceria no futuro. Sinal de que, espalhada por todas as nações, a Igreja chegaria a falar as línguas de todas elas. O que não está dentro da Igreja, nem agora sequer recebe o Espírito Santo. Portanto, cortado e separado da união de todos os membros, união que é a que fala as línguas de todos, tem que renunciar ao Espírito, que mostre os sinais que então se mostravam... Responde-me ele: ‘Por que? Falas tu as línguas de todos?’ Falo-as, efetivamente, porque toda língua é minha, quer dizer, daquele corpo de que sou membro. A Igreja difundida pelas nações, fala todas as línguas. A Igreja é o Corpo de Cristo, e desse Corpo tu também és membro; consequentemente, deves crer que tu falas também todas as línguas. A unidade dos membros mantém sua perfeita concordância pela Caridade e pela Unidade fala as mesmas línguas que fala então um só homem” (S. Agostinho, “Tratado sobre o Evangelho de São João”, 32, 7; em Obras Completas de Santo Agostinho, Tom. XIII, p. 755, BAC, Madrid, 1955).
► “Esses Dons extraordinários nunca se pretendeu que fizessem parte permanente do aparelho Ordinário da Igreja. Eles eram essencialmente transitórios, intentados para a necessidade imediata de consolidar a Igreja Infante; e a História mostra que não tardaram a desaparecer como característica regular do Cristianismo, nunca, em tempo algum, tendo constituído funções distintas na Igreja” (R. Pe. Dr. L. Rumble, M.S.C., “Assembléias de Deus e outras igrejas pentecostais”).
► É um talento “que Deus dá segundo lhe apraz, como a riqueza, os cargos, uma longa vida”; e por isso, passageiro, como o são estes bens (R. Pe. Francisco Spirago, ob. cit.).
► “É de notar que já no século V, São João Crisóstomo não sabia explicar o que fosse tal Carisma, pois, caíra em desuso” (D. Antônio Afonso de Miranda, ob. cit.).
► “Devemos nos afeiçoar somente a Jesus, e não às suas consolações, às suas Graças: elas passam, só Ele permanece” (S. Pedro Julião Eymard, “A Santíssima Eucaristia”, Liv. V, Fevereiro, Festa da Purificação de Maria).
► “... Estes prodígios das Línguas e das Profecias teve lugar somente nos primeiros tempos do Cristianismo, porque então a nova Religião tinha necessidade destes sinais, devendo abrir caminho para chegar aos Pagãos...” (D. Giuseppe Tomaselli, “Os Sacramentos”, Cap. Sobre a Crisma ou Confirmação).
► “Deus é como um jardineiro que não rega as plantas senão enquanto são novas (S. Gregório Magno)” (R. Pe. Francisco Spirago, ob. cit.).
► “... Desapareceram os Carismas miraculosos, mas o mesmo Espírito é comunicado à alma, segundo o grau de fervor pessoal ao receber este Sacramento dos ‘perfeitos cristãos’, dos apóstolos e dos ‘soldados de Cristo’...” (R. Pe. M.M. Philipon, O.P., “Os Sacramentos na Vida Cristã”, Cap. II).
► “Eram Graças especiais, gratuitamente dadas, e mui frequentes na Igreja primitiva, e hoje quase desaparecidas” (D. Vicente M. Zioni, ob. cit., com Coment. do R. Pe. Fr. E. Tintori, O.F.M.).
► “Em sua ignorância, esqueciam que os Milagres são fatos extraordinários, que não dependem da vontade dos homens, mas de Deus; e que Ele, embora escute as nossas orações, não está obrigado a intervir miraculosamente a nosso capricho” (R. Pe. Bertrand L. Conway, C.S.P., “Caixa de Perguntas”, Cap. IX).
► “Falam todos diversas línguas? Tem todos o Dom de as interpretar? Aspirai, pois, aos Dons melhores. E eu vou mostrar-vos um caminho ainda mais excelente... Segui a Caridade... se não tiver Caridade, não sou nada... as línguas cessarão... A Caridade nunca há de acabar” (I Cor. 12, 30-31; 13, 2. 8; 14, 1).
Exemplo da Transitoriedade do Dom das Línguas
Pregação de S. Francisco Xavier em Gôa.
São Francisco Xavier teve o Dom das Línguas, mas, o Ven. Pe. Antônio Vieira conta o seguinte caso: “... Estava (o Santo) na ilha de Moro, e escrevendo a Gôa, dizia assim: ‘Acho-me nesta ilha, onde não sei a língua dos naturais, mas nem por isso estou ocioso, porque batizo os inocentes, que não tem necessidade de língua, e aos demais procuro ajudar e servir com Obras de Caridade, que é língua que todos entendem’...” (ob. cit., Tom. V).
Milagre de S. Francisco Xavier em Gôa.
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Fonte: Acessar o ensaio "Elucidário sobre o Dom das Línguas" no link "Meus Documentos - Lista de Livros".
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