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"Uma vez que, como todos os fiéis, são encarregados por Deus do apostolado em virtude do Batismo e da Confirmação, os leigos têm a OBRIGAÇÃO e o DIREITO, individualmente ou agrupados em associações, de trabalhar para que a mensagem divina da salvação seja conhecida e recebida por todos os homens e por toda a terra; esta obrigação é ainda mais presente se levarmos em conta que é somente através deles que os homens podem ouvir o Evangelho e conhecer a Cristo. Nas comunidades eclesiais, a ação deles é tão necessária que, sem ela, o apostolado dos pastores não pode, o mais das vezes, obter seu pleno efeito" (S.S. o Papa Pio XII, Discurso de 20 de fevereiro de 1946: citado por João Paulo II, CL 9; cfr. Catecismo da Igreja Católica, n. 900).

terça-feira, 15 de outubro de 2019

Obséquios que devemos fazer a Maria, por nos granjear, o Afeto do seu Sagrado Coração.


1. Ter afeto especial à virtude da castidade por amor de Maria. Assim, por lhe serem agradáveis, tanto amaram esta virtude Santo Eduardo, Santo Aleixo, Santo Eleazar, e outros inúmeros Santos. O Bem-aventurado André de Chios, em uma perigosa enfermidade, tendo feito à Virgem uma promessa, de viver castamente, se Nossa Senhora lhe restituísse a saúde, de súbito ficou bom, e se vestiu todo de branco, para dar público testemunho da graça recebida, e do compromisso, que com a Rainha das Virgens assumira, de viver em pureza.

2. Venerar as imagens de Nossa Senhora. Fácil é praticar este obséquio para com a Virgem, cujas imagens frequentemente se nos deparam; e com isto muito se apraz a Rainha do Céu. Uma jovem que se educava em um mosteiro de Bolonha, viu que, quantas vezes as monjas se inclinavam passando por uma imagem de Nossa Senhora, tantas lhe depunham no seio uma rosa: pelo que se deliberou a fazer-se freira. (March. Diario, 25 Fever.)

3. Termos em nossos aposentos as imagens da Virgem, ou trazê-las conosco. O Demônio tanto teme disto que, conforme refere o segundo Concílio de Nicéia, prometeu a um ermitão, que não mais o tentaria em desonestidade, se ele tirasse da cela a imagem de Maria. Luiz, o Pio, imperador, trazia sempre consigo uma imagem da Mãe de Deus; e indo à caça, enquanto se divertiam os da sua comitiva, ele se ajoelhava ante a sagrada efigie.

4. Saudar a Virgem com cinco Salmos, cujas primeiras letras formam o Nome de Maria. E são:

O cântico Magnificat; o salmo 119 – Ad Dominum cum tribularer; o salmo 118 – Retribue servo tuo; o salmo 125 – In convertendo; e o salmo 112 – Ad te levavi oculos meos.

O Bem-aventurado Joscione todos os dias praticava esta devoção; e depois da morte lhe nasceram cinco rosas, duas nos olhos, duas nos ouvidos, e uma na boca, cada uma das quais tinha impresso sobre as folhas a primeira sílaba dos sobreditos salmos. Tanto à Santa Virgem agradou esta santa alma com semelhante obséquio!

5. Ensinar às criancinhas louvarem e invocarem Maria. São Francisco de Bórgia e o Bem-aventurado Luís de Gonzaga tiveram esta felicidade – que as primeiras palavras que aprenderam a proferir, foram os nomes de Jesus e de Maria; e o Bem-aventurado Luís, ainda pequenino, ao subir uma escada repetia em cada degrau este santo Nome.

6. Tomar como armas de defesa o santo Nome da Virgem. A venerável Jacinta Marescotti costumava escrever o santo Nome de Maria em alguns pedacinhos de papel, e, enrolando-os, os engolia, como que desejando pô-los em seu coração. São Edmundo, indo ao seu leito para dormir, com o polegar traçava na fronte o Nome de Jesus e de Maria. Ao menos não entreis a dormir sem terdes invocado um e outro destes Nomes sacrossantos.

7. Recitar devotamente a antífona: “Beata viscera Mariae Virginis, quae portaverunt aeterni Patris filium, et beata ubera quae lactaverunt Christum Dominum – Bem-aventurada as entranhas da Santíssima Virgem, Nossa Senhora, que carregaram o Filho do Eterno Pai; e Bem-aventurados os virginais seios que alimentaram a Jesus Cristo, Nosso Senhor”. Um clérigo, que durante muitos anos perseverara nesta devoção, caiu depois enfermo, e a tal extremidade chegou que enlouquecia de dor, e com furor tamanho que lacerava a própria língua; quando, aparecendo-lhe a Virgem Santíssima, com algumas gotinhas do seu virginal leite o refrigerou, lhe restituiu a saúde, e o deixou submerso em um mar de celestiais doçuras; pelo que, por gratidão, completamente renunciou ao mundo, e se fez monge. (P. Barry, Paraíso, 4 de Fevereiro)


Fonte: Rev. Pe. João Pedro Pinamonti, S.J., “O Sagrado Coração de Maria Virgem proposto à Devoção dos Fiéis”, Consideração V, pp. 129-132. Duprat & Comp., São Paulo/SP, 1904.


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