BLOG CATÓLICO PARA OS CATÓLICOS.

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"Uma vez que, como todos os fiéis, são encarregados por Deus do apostolado em virtude do Batismo e da Confirmação, os leigos têm a OBRIGAÇÃO e o DIREITO, individualmente ou agrupados em associações, de trabalhar para que a mensagem divina da salvação seja conhecida e recebida por todos os homens e por toda a terra; esta obrigação é ainda mais presente se levarmos em conta que é somente através deles que os homens podem ouvir o Evangelho e conhecer a Cristo. Nas comunidades eclesiais, a ação deles é tão necessária que, sem ela, o apostolado dos pastores não pode, o mais das vezes, obter seu pleno efeito" (S.S. o Papa Pio XII, Discurso de 20 de fevereiro de 1946: citado por João Paulo II, CL 9; cfr. Catecismo da Igreja Católica, n. 900).

sexta-feira, 26 de setembro de 2025

SÃO PAULO APÓSTOLO, TRAÇA UM ITINERÁRIO DE SANTIFICAÇÃO DIÁRIA À COMUNIDADE DE ÉFESO (4, 29-32).

A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

A SERVIÇO DO CATOLICISMO

 

Efésios 4, 29-32.  

“Nenhuma palavra perniciosa deve sair dos vossos lábios, mas sim alguma palavra boa, capaz de edificar oportunamente e de trazer graça aos que a ouvem.

 

Não contristeis o Espírito Santo, com o qual Deus vos marcou, como com selo para o dia da libertação.

 

Toda a amargura, irritação, cólera, gritarias, injúrias, tudo isso deve desaparecer do meio de vós, como toda a espécie de maldade.

 

Sede bons uns para com os outros, sede compassivo; perdoai-vos mutuamente, como Deus vos perdoou por meio de Cristo”.

Aqui estão algumas referências clássicas onde os Santos Padres da Igreja comentaram sobre temas relacionados a Efésios 4, 29-32, como o uso da linguagem, a tristeza do Espírito Santo, e a prática do perdão e da misericórdia.

1. São João Crisóstomo, em suas Homilias sobre a Carta aos Efésios, ele fala sobre a necessidade de evitar palavras ruins, fofocas e ressentimentos, incentivando a prática do perdão e da compaixão entre os irmãos. Comentando sobre Ef. 4, 29 ele diz:  “Não digas palavras torpes, pois mesmo que não prejudiquem a ti, ferem os que te ouvem. A palavra deve ser como um remédio, que cura e consola”.

2. Santo Agostinho, em Comentário sobre os Salmos, na Carta 130 e em A Doutrina Cristã, frequentemente aborda o poder da palavra: “A palavra que edifica é aquela que nasce da caridade. A língua do cristão deve ser instrumento de paz, não de divisão”.

3. São Gregório Magno, em sua Regra Pastoral, ao tratar da conduta dos pastores, reflete sobre Ef. 4, 31-32:  “A ira e a amargura são como venenos na alma do pastor. Ele deve ser exemplo de mansidão e perdão, como Cristo o foi”.

Esses trechos mostram como os Padres da Igreja interpretavam essas exortações paulinas como um chamado à santidade concreta no falar e no agir.

4. São Jerônimo – Em suas Cartas e Comentários bíblicos, reforça a importância de palavras que edificam e de uma vida marcada pela misericórdia, alinhada ao ensinamento de Efésios.

5. São Basílio Magno – Em suas homilias e escritos, também aborda a necessidade de manter o coração livre de amargura e de praticar o perdão, promovendo a paz entre os cristãos.

Gostaria que fizesses uma coletânea dos escritos Paulinos,

sobre a Doutrina contida em Efésios 4, 29-32.

Aqui vai uma coletânea de escritos paulinos (ou seja: de São Paulo) que tratam dos temas centrais de Efésios 4, 29‑32 — fala edificante / fala corrupta, ira / amargura, perdão, bondade, compaixão — mostrando onde e como São Paulo desenvolve doutrina parecida, para você comparar ou aprofundar.

Tema: “Fala corrupta / fala edificante”

1.       Efésios 4, 29 — “Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para edificação, conforme a necessidade, para que comunique graça aos que a ouvem.”
Este é o texto central. Paulo aqui contrasta fala destrutiva e fala construtiva.

2.      Colossenses 3, 8‑10 — Paulo exorta os Colossenses:

“Mas agora despojai-vos também de tudo isto: ira, cólera, malícia, linguagem injuriosa da vossa boca.” E adverte que usaram essas coisas quando viviam no passado, “mas agora despojados do velho homem e revestidos do novo…” (Col 3, 8‑10).

Aqui se vê o mesmo tipo de exortação: linguagem injuriosa/inapropriada deve ser abandonada, em vista da nova vida em Cristo.

3.      Romanos 12, 17‑21 — S. Paulo fala sobre a conduta com os outros:

“Não retribuais a ninguém mal por mal; buscai as coisas honestas diante de todos. Se possível, quanto estiver em vós, tende paz com todos. ... Se teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber...” etc.

Embora não fale exatamente palavras torpes, esta passagem sugere que retribuir mal por mal” inclui reações amargas, que também se expressam na fala, e que o cristão deve buscar a paz, bondade, não reter ressentimento nem vingança.

Tema: Ira, Amargura, Cólera, Malícia.

4.      Efésios 4, 31 — “Toda amargura, ira, cólera, gritaria, blasfêmias, toda malícia sejam tiradas dentre vós”.

Aqui Paulo lista vícios espirituais / éticos que devem ser removidos — inclusive os afetos / disposições interiores (ira, amargura) assim como suas expressões exteriores (gritaria, blasfêmias, calúnia).

5.      Colossenses 3, 12‑13 — Logo depois de advertir contra linguagem injuriosa etc., Paulo continua:

“Revesti‑vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados; de entranhas de misericórdia, de benignidade, de humildade, de mansidão, de longanimidade; suportando-vos uns aos outros, e perdoando‑vos uns aos outros…”.

Aqui vemos diretamente o “perdoar uns aos outros” (como em Ef 4,32) ligado à compaixão, bondade etc., contrastando com as atitudes de ira ou amargura.

6.      Gálatas 5, 19‑23 — Comparando as obras da carne com os frutos do Espírito: ira, discórdia, ciúmes, inimizades etc. são listados entre as “obras da carne”, opostas aos frutos do Espírito, que incluem amor, paz, longanimidade, benignidade.
→ Dá respaldo à ideia de que essas más disposições e más falas têm de ser abandonadas, e substituídas por virtudes espirituais.

Tema: Perdão, benignidade, compaixão

7.      Efésios 4, 32 — “Sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como Deus vos perdoou em Cristo”.

→ Este versículo funciona como ápice prático da seção: não basta evitar o mal (falar mal, guardar ira, malícia etc.), mas há que haver ação de bondade, compaixão, perdão, à imagem de Deus.

8.     Colossenses 3, 13 — Como citado acima, “suportando-vos uns aos outros, e perdoando-vos uns aos outros, se alguém tiver queixa contra outro; assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também”.

Quase paralelo a Efésios 4,32: mesmo motivo para perdoar (modelo de Cristo), mesma dinâmica (uns para com os outros).

9.      2 Coríntios 2, 5‑11 — Paulo fala sobre a restauração de alguém que havia pecado contra a comunidade, exortando os coríntios a perdoarem e consolarem essa pessoa, para que ela não seja consumida de excessivo pesar.

Embora seja em contexto pastoral específico, demonstra o princípio de que a comunidade cristã deve exercer perdão ativo.

10.  Filipenses 4, 5‑7 — Embora não fale diretamente de “falar construtivo”, Paulo recomenda que a mansidão apareça a todos os homens; e que a paz de Deus governe os corações, e a oração com ação de graças levante preocupações ao Senhor, trazendo guardião para mente e coração.

Mansidão, paz interior, evitar ansiedade tudo isso sustenta uma vida em que ira / amargura não predominam, favorecendo comportamento de fala edificante e perdão.

Síntese doutrinária paulina a partir dessas passagens

Com base nesses textos, podemos extrair os seguintes pontos doutrinários centrais, que Paulo ensina consistentemente e que se refletem em Efésios 4, 29‑32:

1.       Antigo eu vs. novo eu: Os crentes são chamados a “despojar-se” (abandonar) do velho homem / das obras da carne (ira, malícia, linguagem ofensiva, amargura etc.) e a “revestir-se” do novo homem, com virtudes como compaixão, bondade, perdão. (Ex: Efésios, Colossenses)

2.      Fala tem poder moral/espiritual: As palavras não são neutras: elas podem “corromper” (deteriorar as relações, causar danos, incitar pecado) ou “edificar” (construir, trazer graça, incentivar). Controlar a língua é parte do viver cristão.

3.      Ira/Amargura/Malicia/etc. como coisas a serem removidas: essas disposições interiores (ira, raiva, ressentimento, malícia) levam a expressões exteriores ruins (grita, blasfêmia, calúnia), e Paulo exorta que todo esse conjunto seja arrancado / largado.

4.      Perdão como prática comunitária vinculada à experiência de ter sido perdoado em Cristo: Paulo liga sempre o mandato de perdoar com o fato de que Deus nos perdoou em Cristo. O perdão é, portanto, algo que se torna possível graças à obra de Cristo, e deve ser exercido entre os membros da comunidade.

5.      Virtudes positivas que substituem os vícios: Em lugar de fala corrupta, mau trato, ira, rancor, as virtudes de bondade, compaixão, mansidão, longanimidade, amor fraternal são exigidas. Paulo não apenas proíbe o mal, mas incentiva ativamente o bem.

6.      Motivação escatológica / identitária: Em muitas dessas passagens, o crente é lembrado de quem ele é — “eleito de Deus”, “novo homem”, “em Cristo” — e também do que está por vir (“dia da redenção”, “segundo advento”, “recompensa”), de modo que essas práticas éticas não sejam meramente moralistas, mas expressão de uma nova pertença e uma esperança. 

Compreensão espiritual de Efésios 4, 29-32

segundo os Místicos Católicos.

A passagem de Efésios 4, 29-32 é um convite profundo à transformação interior e à vivência da caridade, e os místicos católicos — como São João da Cruz, Santa Teresa d’Ávila, São Francisco de Sales e outros — oferecem uma leitura espiritual que transcende a moral superficial e mergulha na união com Deus.

Visão dos Místicos Católicos

Os místicos não leem esse trecho apenas como um código ético, mas como um caminho de purificação da alma rumo à união com Deus:

·         Purificação da linguagem e do coração: Para místicos como São João da Cruz, a palavra é expressão do estado interior. Evitar palavras más é sinal de que o coração está sendo purificado. A linguagem edificante é fruto da alma que já experimenta a presença de Deus.

·         Não entristecer o Espírito Santo: Santa Teresa d’Ávila via o Espírito Santo como o hóspede da alma. Entristecê-lo seria resistir à sua ação transformadora. A alma que se abre à graça abandona os afetos desordenados — como cólera e amargura — e se torna morada da paz divina.

·         Perdão como caminho místico: O perdão, segundo São Francisco de Sales, é uma das maiores expressões da caridade. Perdoar como Deus perdoa é sinal de que a alma está sendo configurada ao Cristo. O perdão não é apenas um ato moral, mas uma participação no amor redentor de Deus.

·         Edificação mútua: Os místicos entendem que a vida espiritual não é isolada. A edificação do outro é parte da própria santificação. A palavra que comunica graça é um canal da presença divina, e falar com ternura é sinal de que o Espírito Santo age na alma.

Aplicação espiritual

Para os místicos, viver Efésios 4, 29-32 é entrar no processo de “despir-se do homem velho” e “revestir-se do novo”, como Paulo ensina. É deixar que o Espírito Santo transforme cada aspecto da vida — inclusive os mais cotidianos, como a fala, os sentimentos e as relações — em expressão do amor divino.

Mostre-me como esses princípios aparecem nos escritos específicos de alguns místicos, como Santa Teresa, São João da Cruz, São Tomás e São Boaventura.

Vamos explorar como os princípios de Efésios 4, 29-32 — sobre a pureza da linguagem, a compaixão, o perdão e a ação do Espírito Santo — aparecem nos escritos de quatro grandes místicos católicos: Santa Teresa de Ávila, São João da Cruz, São Tomás de Aquino e São Boaventura.

Santa Teresa de Ávila

Tema: Pureza interior e caridade fraterna

Nos seus escritos, especialmente em O Livro da Vida e Caminho de Perfeição, S. Teresa enfatiza que a vida espiritual autêntica se manifesta no trato com os outros:

·         “Não pensem que há muitas orações, êxtases e revelações onde não há humildade e caridade.”

·         Ela recomenda que as irmãs do convento evitem palavras duras ou críticas, pois “a língua pode ser um fogo que destrói a paz da alma”.

Assim como Efésios 4, S. Teresa vê a linguagem como reflexo da alma. A palavra edificante é sinal de união com Deus.

São João da Cruz

Tema: Purificação da alma e união com Deus

Em Subida do Monte Carmelo e Noite Escura, S. João da Cruz fala da necessidade de desapegar-se de afetos desordenados — como ira, amargura e malícia — para que a alma possa ser iluminada pelo Espírito Santo:

·         “Para chegar ao tudo, é preciso renunciar a tudo.”

·         Ele vê o Espírito Santo como aquele que age na alma purificada, e qualquer resistência (como rancor ou gritaria) entristece essa ação divina.

João da Cruz ecoa Efésios 4 ao mostrar que a alma precisa ser esvaziada de paixões para ser morada do Espírito.

São Tomás de Aquino

Tema: Virtudes teologais e morais

Na Suma Teológica, S. Tomás trata da linguagem e do perdão como expressões das virtudes:

·         Sobre a linguagem: “A palavra deve ser ordenada à verdade e à caridade.”

·         Sobre o perdão: “Perdoar é próprio da misericórdia, que é a mais excelente das virtudes morais.”

S. Tomás vê a prática de Efésios 4 como parte da vida virtuosa: a linguagem edificante e o perdão são sinais da graça operando na razão e na vontade.

São Boaventura

Tema: A alma como templo do Espírito Santo

Em Itinerário da Mente para Deus e Solilóquio, Boaventura fala da alma que se torna luminosa quando vive em caridade e humildade:

“A alma que ama é já iluminada; e onde há luz, não há gritaria, nem cólera.”

Ele vê o Espírito Santo como fogo suave que transforma a alma em reflexo da bondade divina.

São Boaventura interpreta Efésios 4 como um itinerário místico: da purificação da linguagem e afetos até a união amorosa com Deus.

Mostre-me como esses princípios se aplicam à vida cotidiana.

Os princípios de Efésios 4, 29-32 — vistos à luz dos místicos como Santa Teresa, São João da Cruz, São Tomás de Aquino e São Boaventura — não são apenas ideias elevadas para monges e contemplativos. Eles têm uma aplicação direta e transformadora na vida cotidiana de qualquer pessoa que deseje viver em comunhão com Deus e com os outros.

 

1. “Nenhuma palavra má saia da vossa boca…”.

Aplicação cotidiana:

·         No trabalho: Evitar fofocas, críticas destrutivas ou sarcasmos. Falar com respeito, mesmo em desacordo.

·         Em casa: Usar palavras que edificam — elogios sinceros, gratidão, consolo. Evitar gritaria ou palavras que ferem.

·         Na internet: Ser caridoso nos comentários, evitar agressividade ou julgamentos precipitados.

Santa Teresa dizia que “a língua pode ser um pequeno membro, mas causa grandes danos se não for domada”. Para ela, a palavra deve ser reflexo da alma em paz.

2. “Não entristeçais o Espírito Santo…”

Aplicação cotidiana:

·         Nas decisões diárias: Escolher o bem, mesmo quando é difícil. Evitar atitudes que sabemos que nos afastam da paz interior.

·         Na vida interior: Cultivar momentos de silêncio, oração e escuta. O Espírito Santo age na alma que se abre à graça.

São João da Cruz ensina que o Espírito Santo é como uma brisa suave que só pode ser sentida quando cessam os ruídos interiores — como a raiva, o orgulho e a agitação.

3. “Toda amargura, indignação, cólera… sejam tiradas de entre vós…”

Aplicação cotidiana:

·         Nos relacionamentos: Praticar o autocontrole. Quando ofendido, respirar, silenciar, e buscar compreender antes de reagir.

·         Na saúde emocional: Reconhecer sentimentos negativos e entregá-los a Deus. Buscar cura interior, não alimentar rancores.

São Tomás de Aquino via essas paixões como desordens que impedem a razão iluminada pela fé de agir com sabedoria.

4. “Sede bons… perdoando-vos mutuamente…”

Aplicação cotidiana:

·         Na família: Perdoar pequenas falhas, não guardar mágoas. O perdão é o cimento da convivência.

·         Na comunidade: Ser compassivo com os erros dos outros. Ajudar quem precisa, mesmo sem reconhecimento.

São Boaventura via o perdão como um reflexo da misericórdia divina: “Quem perdoa, já participa da luz eterna.”

Em resumo:

·         Viver Efésios 4, 29-32 no dia a dia é:

·         Falar com amor.

·         Escolher o bem.

·         Domar os afetos desordenados.

·         Perdoar como Deus perdoa.

Esses são os degraus da escada mística que leva à união com Deus — e ela começa no chão da vida comum. 

Como seria um exame de consciência baseado nesses princípios.

Um exame de consciência inspirado em Efésios 4, 29-32 — à luz dos místicos como Santa Teresa, São João da Cruz, São Tomás de Aquino e São Boaventura — é um convite à purificação interior, à caridade concreta e à abertura ao Espírito Santo. Ele não se limita a verificar pecados, mas ajuda a perceber onde a alma está resistindo à graça e onde pode crescer em amor.

Aqui está um modelo que você pode usar na oração pessoal, especialmente antes da confissão ou ao final do dia: 

Exame de Consciência Místico baseado em Efésios 4, 29-32.

1. Palavras que edificam ou ferem

“Nenhuma palavra má saia da vossa boca…”.

·         Tenho usado palavras para consolar, animar e edificar os outros?

·         Falei com dureza, sarcasmo ou impaciência?

·         Participei de fofocas, críticas injustas ou conversas maliciosas?

·         Minhas palavras refletem a presença de Deus em mim?

Santa Teresa: “A língua deve ser como uma harpa que canta louvores, não como uma espada que fere.”.

2. Sensibilidade ao Espírito Santo

“Não entristeçais o Espírito Santo…”.

·         Tenho cultivado momentos de silêncio e escuta interior?

·         Sinto que o Espírito Santo está agindo em mim ou tenho resistido à sua inspiração?

·         Tenho deixado que paixões desordenadas (ira, orgulho, inveja) abafem a voz de Deus?

São João da Cruz: “O Espírito fala na alma silenciosa, mas se há ruído, Ele se cala”.

3. Afetos desordenados

“Toda amargura, indignação, cólera… sejam tiradas de entre vós…”.

·         Tenho guardado rancor, ressentimento ou mágoas?

·         Reajo com raiva ou impaciência diante dos erros dos outros?

·         Tenho alimentado pensamentos negativos ou julgamentos internos?

São Tomás de Aquino: “A ira desordenada obscurece a razão e impede o juízo justo”.

4. Bondade e perdão

“Sede bons… perdoando-vos mutuamente…”

·         Tenho sido compassivo com os que erram comigo?

·         Perdoei de coração ou ainda alimento ressentimentos?

·         Tenho buscado reconciliar-me com quem estou em conflito?

São Boaventura: “Perdoar é acender uma luz na alma que ilumina até os inimigos.”

5. Frutos da oração

·         Minha oração tem me tornado mais paciente, humilde e amoroso?

·         Tenho deixado que a oração transforme minha maneira de viver?

·         Sinto que estou crescendo na união com Deus e no amor ao próximo?

Conclusão

Ao final, você pode rezar: “Senhor, purifica minha língua, meu coração e meus afetos. Que eu não entristeça o Teu Espírito, mas seja templo da Tua paz. Ensina-me a perdoar como Tu me perdoas. Amém”. 

Como posso adaptar isso para uma prática diária?

Você pode transformar esse exame de consciência místico em uma prática diária simples, profunda e transformadora. A chave é criar um ritual breve e consistente, que te ajude a cultivar a presença de Deus nos pequenos gestos do cotidiano. Aqui está um modelo adaptado para o fim do dia — mas você pode ajustá-lo para o início da manhã ou qualquer outro momento que funcione melhor para você.

Roteiro Diário de Exame de Consciência Místico

 

1. Silêncio e Presença de Deus (2 minutos)

·         Encontre um lugar tranquilo.

·         Respire profundamente.

·         Faça o sinal da cruz.

·         Diga interiormente:

2. Revisão do dia com Efésios 4, 29-32 (5–10 minutos)

Use estas perguntas como espelho espiritual:

Minhas palavras hoje…

·         Fui gentil ao falar?

·         Edifiquei ou feri com o que disse?

·         Falei com verdade e amor?

O Espírito Santo em mim…

·         Senti Sua presença em algum momento?

·         Deixei que Ele me guiasse ou resisti?

Meus afetos…

·         Tive raiva, amargura ou impaciência?

·         Reagi com cólera ou fui capaz de silenciar?

Minha caridade…

·         Fui compassivo com alguém?

·         Perdoei ou alimentei mágoas?

·         Amei como Cristo ama?

3. Oração final (2 minutos)

Você pode rezar espontaneamente ou usar esta fórmula:

“Senhor, purifica meu coração e minha língua. Que o Espírito Santo encontre em mim uma morada de paz. Ensina-me a perdoar, a amar, a edificar. Que amanhã eu viva mais unido a Ti. Amém.”

Dicas para manter a prática viva

·         Use um pequeno caderno para anotar insights ou lutas.

·         Escolha um versículo por semana para meditar (ex: Ef 4,32: “Sede bons…”).

·         Combine com uma leitura breve dos místicos (1 parágrafo por dia).

·         Se possível, compartilhe com alguém de confiança — a vida espiritual cresce na comunhão. 

Monte-me um pequeno diário espiritual com esse roteiro

e frases dos místicos para cada dia da semana.

Aqui está um pequeno diário espiritual semanal, inspirado em Efésios 4, 29-32 e enriquecido com frases dos místicos católicos. Cada dia traz um tema, uma breve reflexão, perguntas para exame de consciência e uma citação mística para meditação. Você pode usar este diário à noite, em silêncio, como parte da sua oração pessoal.

 

Diário Espiritual Semanal:

Caminho da Caridade e da União com Deus.

 

Segunda-feira: A Palavra que Edifica

“Nenhuma palavra má saia da vossa boca…” (Ef 4,29)

Exame:

·         Minhas palavras hoje foram construtivas ou feriram alguém?

·         Falei com verdade e amor ou com dureza e impaciência?

Frase mística: “A humildade verdadeira não se mostra em palavras, mas em obras silenciosas de amor” (Santa Teresa de Ávila).

Terça-feira: Silêncio e Escuta do Espírito

“Não entristeçais o Espírito Santo…” (Ef 4,30)

Exame:

·         Escutei a voz de Deus em algum momento do dia?

·         Permiti que o Espírito Santo me guiasse ou resisti à sua ação?

Frase mística: “O Espírito fala na alma silenciosa; mas se há ruído, Ele se cala” (São João da Cruz).

Quarta-feira: Domínio dos Afetos

“Toda amargura, indignação, cólera… sejam tiradas de entre vós” (Ef 4,31).

Exame:

·         Tive raiva, impaciência ou ressentimento hoje?

·         Fui capaz de dominar minhas reações e escolher a paz?

Frase mística: “A ira desordenada obscurece a razão e impede o juízo justo” (São Tomás de Aquino).

Quinta-feira: O Perdão como Caminho

“Perdoando-vos mutuamente, como Deus vos perdoou…” (Ef 4,32).

Exame:

·         Perdoei alguém hoje, mesmo que em silêncio?

·         Reconheci minhas próprias falhas e pedi perdão?

Frase mística: “Quem perdoa, acende uma luz na alma que ilumina até os inimigos” (São Boaventura)

Sexta-feira: Bondade e Compaixão

“Sede bons uns para com os outros, compassivos…” (Ef 4,32).

Exame:

·         Fui compassivo com alguém que estava sofrendo?

·         Pratiquei a bondade sem esperar retorno?

Frase mística: “Onde não há amor, ponha amor, e colherá amor” (Santa Teresa de Ávila).

Sábado: Revisão da Semana

Exame:

·         Em quais momentos vivi segundo o Espírito?

·         Onde falhei e onde cresci?

·         Que virtude desejo cultivar na próxima semana?

Frase mística: “Para chegar ao tudo, é preciso renunciar a tudo” (São João da Cruz).

Domingo: Louvor e Gratidão

Exame:

·         Agradeço a Deus pelas graças recebidas esta semana?

·         Reconheço os pequenos milagres do cotidiano?

Frase mística: “A alma que louva já participa da alegria eterna” (São Boaventura).

 

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