José Sarto, o Bem-aventurado Pio X, era filho de um humilde carteiro de Riese (Treviso, ao norte de Veneza). Nasceu em 2 de Junho de 1835. Modesto Pároco por muitos anos. Bispo de Mântua em 1884. Patriarca de Veneza em 1895. O cuidado das almas e os estudos sagrados eram a sua preferência. Eleito Papa, sua família continuou na pobreza: em seu testamento, Pio endereçou aos Cardeais o pedido de uma esmola mensal às suas irmãs velhinhas. No Conclave de 1903 o Cardeal Puzyna de Cracóvia, apresentara o absurdo veto de Francisco da Áustria à escolha do nome do Cardeal Mariano Rampolla, julgado francófilo. Pio X deu nova Constituição aos Conclaves, impedindo para o futuro a repetição de tão grave atentado. Seu Lema: “Instaurare omnia in Christo”. Encorajou cientistas; codificou o Direito Canônico; criou Instituto Bíblico; ordenou a revisão da Vulgata; reformou o Missal e o Breviário. Protegeu a música sagrada de seu tempo (Perosi e outros grandes maestros). A importante Encíclica Pascendi Dominici gregis, de 1907, condenou os erros do Modernismo, movimento anti-católico que, partindo de Kant e de Hegel, leva ao Racionalismo e Idealismo de A. Harnak, Renan, etc…
Pio X alegrou-se com os progressos católicos na Alemanha, na Inglaterra e na América (no Brasil criou 22 bispados e 7 arcebispados). Confortou os Religiosos duramente perseguidos na França (1905) e em Portugal (1910). Pio X, o belo e suave Pontífice, de coração muito sensível, morreu de angústia, em 20 de Agosto de 1914, envidando esforços para impedir a I Guerra Mundial. “Morreu um Santo”, diziam todos. Comprovados seus milagres, foi, com júbilo universal, beatificado por Pio XII, em 3 de Junho de 1951. Notável a beleza física, imperecível a beleza moral do Papa da Eucaristia, do Papa das Crianças. Foi canonizado em 1954.
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Fonte: Pe. Iran Corrêa, S. D. B., Biografias dos Papas, Guardiães Vigilantes dos Textos Sagrados através dos Séculos, Vol. XVII, pp. 522-523. Editora das Américas, São Paulo/SP. 1952.
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