Um milagre é um acontecimento
sobrenatural, ou seja, acima do natural: ele contraria as leis da
natureza e a ciência não consegue explicá-lo, por mais que os cientistas
analisem, reanalisem e debatam.
Há relatos de milagres em praticamente
todas as religiões, e, ao longo do tempo, a ciência desmentiu muitos
deles. Outros, porém, continuam inexplicáveis e assombrosos, como estes
dez, listados pelo site Live Science.
Particularmente chamativo é o
fato de que, dos dez milagres listados, todos os dez são milagres cristãos, de dentro do Catolicismo – e seis deles envolvem Nossa Senhora!
Destacamos cinco dos milagres listados pelo Live Science:
1 – O milagre do sol, em Fátima
Em 13 de outubro de 1917, 70 mil
pessoas, incluindo jornalistas, testemunharam o milagre que tinha sido
anunciado pelas três crianças a quem Nossa Senhora tinha aparecido. Ao
meio-dia, depois de uma forte chuva que parou de repente, as nuvens se
abriram diante dos olhos de todos e o sol surgiu no céu como um disco
luminoso opaco, que girava em espiral e emitia luzes coloridas. O
fenômeno durou cerca de 10 minutos e está na lista oficial de milagres
reconhecidos pelo Vaticano. Os céticos tentam atribuir o evento ao
fenômeno atmosférico do parélio, mas sem provas e sem explicar como foi
que as crianças o “previram”.
2 – O sangue de São Januário
São Januário ou “San Gennaro”, em
italiano, é o padroeiro de Nápoles. Ele foi martirizado no século IV e
um pouco do seu sangue foi guardado em um relicário. Devendo estar
completamente seco depois de 1.700 anos, o que acontece é que, todo ano,
em 19 setembro, o sangue se liquefaz diante de milhares de fiéis. A
liquefação começou a acontecer depois do terremoto de 1980, que matou
mais de 2.500 pessoas em Nápoles. Os cientistas têm muitas teorias sobre
o caso, mas até hoje não conseguiram explicar o fenômeno.
3 – O corpo incorrupto de Santa Bernadete de Lourdes
O corpo de Santa Bernadete de Lourdes,
que faleceu em 1879, continua em exposição na Capela de Santa Bernadete,
na França, perfeitamente incorrupto. A primeira exumação foi feita em
1909 e os médicos que a realizaram ficaram surpresos ao constatar que o
corpo não só não exalava qualquer odor, como também estava em perfeito
estado de conservação. A pele se mostrava macia e com consistência quase
normal ao ser cortada, o que é inexplicável pelas leis da natureza. O
corpo foi reavaliado em outras duas ocasiões, com as mesmas constatações
de incorruptibilidade milagrosa.
4 – A imagem da Virgem de Guadalupe
A imagem de Nossa Senhora de Guadalupe
surgiu em 1531, quando o índio Juan Diego disse ter visto a Virgem Maria
num campo próximo da Cidade do México. Como prova, ele apresentou seu
manto, um tecido feito de fibra de cacto e de qualidade bem pobre, no
qual a imagem de Maria teria sido “impressa” depois da aparição. O
material foi analisado em diversas ocasiões por cientistas, que nunca
conseguiram determinar como a imagem surgiu sobre o tecido. Mais
impressionante ainda: não é uma imagem pintada ou estampada “no” tecido:
ela “flutua” ligeiramente “acima” do tecido! Igualmente sem explicação é
a perfeita preservação do manto e da imagem mesmo depois de 500 anos. O
ícone está exposto na Basílica de Guadalupe, no México.
5 – O Santo Sudário
Provavelmente a relíquia mais famosa da
História, o Sudário de Turim não é considerado um milagre propriamente
dito, mas nenhuma explicação conseguiu até hoje comprovar o que ele é e
como a imagem impressa nele foi gerada. Trata-se do tecido que teria
envolvido o corpo de Jesus no sepulcro. A imagem impressa no sudário
seria, portanto, a do seu corpo. Exaustivamente analisado e estudado por
uma volumosa quantidade de cientistas, o sudário parece apresentar o
mesmo fenômeno do manto com a imagem de Nossa Senhora de Guadalupe: a
impressão do suposto corpo de Jesus não é direta sobre o tecido, mas
“flutua” ligeiramente acima dele. As tentativas de reproduzir a
impressão nunca deram certo e até hoje não se explica de que forma a
imagem foi gerada sobre o sudário; o que parece mais provável é que ela
tenha sido impressa mediante a irradiação de uma luz poderosa, originada
do próprio corpo que ficou impresso. Para os fiéis, trata-se de uma
“prova” da ressurreição de Cristo. A datação da relíquia também é
controversa: alguns exames situam a sua origem na Idade Média, mas
pesquisas posteriores indicam que o tecido foi produzido entre 280 a.C. e
220 d.C., podendo, portanto, ser da época de Cristo.