Blog Católico, para os Católicos

BLOG CATÓLICO, PARA OS CATÓLICOS.

"Uma vez que, como todos os fiéis, são encarregados por Deus do apostolado em virtude do Batismo e da Confirmação, os leigos têm a OBRIGAÇÃO e o DIREITO, individualmente ou agrupados em associações, de trabalhar para que a mensagem divina da salvação seja conhecida e recebida por todos os homens e por toda a terra; esta obrigação é ainda mais presente se levarmos em conta que é somente através deles que os homens podem ouvir o Evangelho e conhecer a Cristo. Nas comunidades eclesiais, a ação deles é tão necessária que, sem ela, o apostolado dos pastores não pode, o mais das vezes, obter seu pleno efeito" (S.S. o Papa Pio XII, Discurso de 20 de fevereiro de 1946: citado por João Paulo II, CL 9; cfr. Catecismo da Igreja Católica, n. 900).

quinta-feira, 28 de novembro de 2019

CONSAGRAÇÃO A MARIA IMACULADA



Ó Maria Imaculada! Lírio deslumbrante de alvura, cujo perfume embalsama o Céu e a terra! Obra-prima da Santíssima Trindade, gloriosa Mãe de Jesus que, por mercê de seu amor, Vos tornastes a minha, permiti que eu me consagre a vossa imitação e ao vosso culto, com a maior perfeição possível.

Mãe da santa esperança, não recuseis, eu vo-lo suplico, nem a homenagem de meu coração, nem o peso de minhas misérias… Virgem Imaculada, quero sepultar todo meu ser no oceano de vossa pureza.

Eu vos abandono minha vida passada, a fim de imergir meus pecados sem número no abismo de vossas misericórdias: eu vos entrego minha vida presente, a fim de que a santifiqueis pela união aos merecimentos de meu Salvador e aos vossos; eu vos confio meu futuro, a fim de que me concedais a perseverança e a coroa imortal que a deve recompensar. Mas, Divina Rainha, não basta, porque quero me unir e prender tão intimamente a Vós, que façamos uma só alma. Que vossa pureza cure a minha corrupção, que vossa humildade aniquile o meu orgulho, que vosso amor destrua todas as afeições de meu coração, que vossa memória ocupe a minha, do pensamento de meu Deus; que vossa inteligência me esclareça para conhecê-lo, que vossa vontade domine a minha vontade rebelde e a submeta à vontade divina; que vossos sentidos dirijam o uso dos meus sentidos e os santifiquem, que vossa alma anime a minha, para fazê-la viver desta vida santa, pura, perfeita, que fez a vossa ser o paraíso de delícias da Santíssima Trindade.

Ó Mãe do belo amor! Vivei e reinai para sempre em mim, para fazer Jesus viver e reinar aí eternamente… Olhai-me como vosso domínio, usai de mim como de uma propriedade que Vos pertence; empregai-me sem reserva para a glória e honra de Deus.

Ó Maria Imaculada! Guardai sempre meu coração no vosso, a fim de que, depois de ter vivido em união convosco no amor de Jesus, eu Vos seja unida eternamente na sua glória. Assim seja.

Fonte: Manual das Filhas de Maria Imaculada, para uso das Associações dirigidas pelas Filhas da Caridade, Cap. “Conclusão”, pp. 434-435. 9ª Edição, A. Taffin-Lefort (impressor/editor), J. de Gigord (antiga Livraria Poussielgue), Paris, 1929.

Mãe da Divina Graça, rogai por nós, agora e na hora de nossa morte. Amém.

domingo, 24 de novembro de 2019

A APOTEOSE DA LOUCURA.


Disse Santo Antão:


“Tempo virá em que os homens enlouquecerão,

e, ao verem alguém que não esteja louco,

se erguerão contra ele, dizendo: ‘Tu és louco’,

porque não será semelhante a eles”.


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Fonte: Apoftegmas: a Sabedoria dos Antigos Monges", Cap. Letra "A", n. 24, p. 17. Tradução do grego e notas de D. Estêvão Tavares Bettencourt, O.S.B.; Edições "Lumen Christi", Rio de Janeiro/RJ, 1979.

sábado, 23 de novembro de 2019

GRAVÍSSIMAS ADMOESTAÇÕES DO 4º PAPA, À IGREJA DE CORINTO.



Quem possui a caridade em Cristo cumpra o Mandamento do Cristo. O vínculo da caridade de Deus, quem haveria de descrevê-lo? Quem é capaz de exprimir sua beleza? A altura a que conduz a caridade é inefável... A caridade nos une estreitamente a Deus, a caridade cobre a multidão de pecados, a caridade tudo suporta, é paciente. Na caridade não há baixeza nem soberba; ela não fomenta divisões, não é sediciosa, a caridade faz tudo na concórdia. Na caridade foram aperfeiçoados os eleitos de Deus. Sem a caridade nada é agradável a Deus. Na caridade nos acolheu o Senhor. Foi por caridade para conosco que Jesus Cristo, Senhor Nosso, dócil à vontade de Deus, entregou por nós seu Sangue, sua Carne por nossa carne, sua Vida por nossas vidas.

Quem dentre vós for generoso, compassivo, cheio de caridade, diga: – “Se sou causa da rebeldia, discórdia, divisão, retiro-me e vou para onde quiserdes, estando pronto para cumprir as decisões da Comunidade; somente desejo que o rebanho de Cristo viva em paz com seus Presbíteros estabelecidos”. Quem proceder assim conseguirá uma grande glória em Cristo, e em todos os lugares se lhe fará boa acolhida: “porque do Senhor é a terra e tudo que ela contêm”.1 Isto fizeram e hão de fazer os que vivem segundo Deus, do que não cabe jamais arrepender-se.

Portanto, vós que causastes o início da rebeldia, subordinai-vos aos Presbíteros e deixai-vos corrigir para a paciência, dobrando os joelhos em vossos corações. Aprendei a submeter-vos, depondo a soberba e a orgulhosa arrogância da língua. Mais nos vale ser pequenos e pertencentes aos rebanhos de Cristo, do que ser excluídos da sua esperança apesar de prestigiados.

Obedeçamos, pois, a seu Nome Santíssimo e Glorioso, fugindo às ameaças proferidas pela Sabedoria contra os desobedientes, a fim de repousares confiantes no Santíssimo Nome de sua Majestade. Aceitando Nosso conselho, nada tereis de que vos arrepender. Porque, vive Deus! Vive o Senhor Jesus Cristo e o Espírito Santo, e também a fé e a esperança dos eleitos! Só aquele que praticar a humildade com moderação contínua e sem queixas, os Preceitos e Mandamentos de Deus, será incluído e contado no número dos salvos por Jesus Cristo, pelo qual lhe seja dada a glória pelos séculos dos séculos. Amém.

Se, porém, alguns desobedecerem às admoestações que por Nosso intermédio Ele mesmo vos dirigiu, saibam que se envolverão em pecado e perigo não pequenos. Mas, Nós seremos inocentes desse pecado, e pediremos com fervorosa prece e súplica, ao Criador do Universo, que conserve intacto em todo o mundo o número dos eleitos, por seu Filho Bem-amado, Jesus Cristo, por Ele que nos chamou das trevas à luz, da ignorância ao conhecimento do seu Nome glorioso...


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Fonte: São Clemente de Roma, “Carta aos Coríntios”, XLIX – LIX. Cfr. Cirilo Folch Gomes, O.S.B., Antologia dos Santos Padres – Páginas seletas dos antigos escritores eclesiásticos”, pp. 24-25. 4ª Edição, Coleção PATROLOGIA, Edições Paulinas, São Paulo/SP, 1979.

1.  Salm. 33, 1.


EXPLICANDO POR COMPARAÇÕES O PECADO ORIGINAL E SUAS CONSEQUÊNCIAS.



1. Em que consiste. – O Pecado Original consiste em estarmos, desde o primeiro instante de nosso ser, privados daquela santidade e justiça original, que todos devíamos ter, segundo os desígnios de Deus, para que Lhe fossemos agradáveis; mas, que por culpa do nosso primeiro pai foi perdida, e que nós novamente recuperamos no Santo Batismo.

Pôs Deus na alma de Adão duas belezas: uma natural, outra sobrenatural. Aquela provinha da alma ser espiritual, racional e imortal; esta outra de ser a alma investida e compenetrada da graça sobrenatural. Tomemos uma porção de ouro e teremos beleza e preciosidade natural. Moldai artisticamente este ouro, guarnecendo-o de pedras preciosas e preciosos diamantes, e tereis imprimido nesse ouro, artificialmente, uma beleza que dantes não tinha.

Adão, com o pecado, perdeu a graça e, portanto, a beleza sobrenatural: não podia, pois, transmiti-la à posteridade. Nasce, pois, o homem privado deste esplendor que a graça lhe concedia, embora conserve a beleza natural. Nesta ausência consiste o Pecado Original.

A cor negra é a privação do branco. É, pois, manifesto e real defeito, aparecer negro o que deveria ser branco; assim é verdadeira mancha estarmos desprovidos da graça que deveria ser um ornato.

Que um soldado seja simples soldado, nenhum mal; mas, que seja degradado e reduzido a simples soldado o que era capitão ou general, isto é gravíssimo mal. Esta precisamente é a nossa condição antes do Batismo, condição odiosa aos olhos de Deus, que vê o aviltamento da alma que tão alto tinha elevado.

O Pecado Original é morte, porque destrói a vida superior da santidade. Essa destruição é, na ordem divina, realmente morte, como o corpo sem alma está realmente morto na ordem humana.

O Pecado Original torna-nos escravos do Demônio, porque Satanás considera-se dono da criatura transviada do seu fim. Invejoso da felicidade do homem, ele o torna seu imitador na culpa, e o atira na sua própria ruína e desventura.

O Pecado Original é voluntário e de culpa para nós, só porque Adão voluntariamente o cometeu como Cabeça e Chefe do gênero humano. Deus, portanto, não nos pune, mas simplesmente não premei-a com o Céu a quem tenha o Pecado Original.

Os atos de um rei, como pessoa pública, são também da nação enquanto que ele a representa; e por isso, diz-se que a nação fez ou quis aquilo que muitas vezes até ignora. Assim Adão recolhia na sua vontade a vontade do seu povo que eram os seus filhos.

Os atos do rei, como pessoa pública, são imputáveis pessoalmente a ele, porque pessoais; à nação, ou seja, a cada indivíduo, não são imputáveis pessoalmente, mas sofrem-se as consequências boas ou más que advenham dos atos do rei. Assim nós não entramos pessoalmente no pecado de Adão, mas levamos as consequências, visto ele ter agido como Chefe da humanidade.

O Pecado Original não é um ato, mas sim um estado de privação. Para explicar esta privação, basta aplicar ao gênero humano a lei da hereditariedade, por força da qual transmite-se aos descendentes aquilo que se tem. Adão pecou, e pecando perdeu o direito a graça, ficando-lhe apenas os dons naturais; pois, são estes, e só estes, que ele transmite à posteridade.



2. Consequências do Pecado Original. – Os nossos primogenitores se tivessem obedecido ao Mandamento de Deus, teriam assegurado a posse, para eles e para seus descendentes, dos dons sobrenaturais; desobedecendo, perderam eles e todos nós esses bens, e caiu a humanidade na maior miséria espiritual.

O efeito não pode ser diverso da causa. Uma silva não pode produzir uvas, nem uma videira dar-nos amoras. Assim Adão e Eva, que eram a causa, porque progenitores da humanidade, não podiam comunicar aos seus filhos senão aquilo que eles possuíam, não já os dons sobrenaturais que haviam perdido.

Se um homem perverso entra secretamente no pomar do seu patrão e envenena a raiz de uma planta preciosa de muita estimação, não se envenenou a planta toda? Não se perderam os frutos todos que estavam para nascer e amadurar? Não admira, pois, que o mal ande pela rama, que apareçam os frutos podres, sem aparência e sem sabor. Ora, todo o gênero humano é uma grande árvore que proveito de uma única raiz: Adão e Eva. Foi esta raiz envenenada pela astúcia do Demônio, para desabafo do ódio que sente contra Deus. Que maravilha, pois, que todos os ramos desta árvore, todos os seus frutos sintam o mesmo mal da raiz?

Um rei faz conde um seu vassalo, e ao título junta uma rica propriedade, declarando que se for fiel, título e propriedade passarão aos descendentes. O novo conde revolta-se contra seu senhor, e este despoja-o de tudo e manda-o para o exílio, onde nascem os seus filhos. Em que situação nascem eles? Por certo na mesma condição do pai: sem título, sem bens, no exílio. Nós filhos de Adão e Eva, perdemos com o Pecado Original o título de filhos adotivos de Deus, a herança ao Céu, e a terra é o nosso exílio.

O Pecado Original não é injustiça nenhuma. Injustiça é castigar nos filhos, com castigos positivos, os crimes dos pais; mas, não é injustiça que os filhos não herdem os bens que os pais lhes deveriam deixar e não deixam, por havê-los perdido por culpa própria.

Um senhor inteligente e ativo vê-se em pouco tempo dono de grande fortuna; mas, entregando-se depois ao vício da jogatina, abre falência, acordando um dia, senhor apenas da camisa. Infeliz dele e de seus filhos que provarão todos da miséria. Pois é esta a nossa história.

Holofernes para matar à sede os habitantes da cidade de Betúlia, mandou cortar o aqueduto da água. Seco este, secaram igualmente todas as fontes que dele se alimentavam. Do mesmo modo Adão, que era o canal de toda a humanidade, foi cortado pelo pecado, e por isso secaram as demais fontes que provinham dele.

Saul foi exaltado por Deus, por gratuita eleição, como rei de Israel. Por isso, os seus filhos, sucedendo-lhe, haveriam de herdar a coroa real. Saul desobedeceu gravemente a Deus e foi rejeitado, perdendo os seus filhos o direito ao trono.

Por bondade de deus, foi Adão destinado a reinar no Céu, ele e os seus descendentes. Transgrediu a ordem divina, e perdeu o direito ao Céu, como todos os seus filhos que o perderam também.




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Fonte: Rev. Pe. Fr. Mateus Maria do Souto, O.F.M.Cap., "Verdade e Luz" - Vida Cristã, Vol. II, Cap. IV - Santíssima Virgem, p. 229-233. Casa do Castelo - Editora, Coimbra, 1952.

sexta-feira, 22 de novembro de 2019

PROFISSÃO DE FÉ CATÓLICA.



Eu N., 
creio firmemente e confesso tudo
o que contêm o Símbolo da Fé 
usado pela Santa Igreja Romana, 
a saber:

Creio em um só Deus, Pai Onipotente,
Criador do Céu e da terra,
e de todas as coisas, visíveis e invisíveis.

E em um só Senhor, Jesus Cristo,
Filho Unigênito de Deus, nascido do Pai,
antes de todos os séculos. Deus de Deus,
Luz de luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro.

Gerado, não feito; consubstancial ao Pai,
por quem foram feitas todas as coisas.

O qual, por amor de nós homens,
e pela nossa salvação, desceu dos Céus.
E encarnou por obra do Espírito Santo
no seio da Virgem Maria, e se fez homem.

Foi também crucificado, por nossa causa;
sob o poder de Pôncio Pilatos padeceu e foi sepultado.
E ressuscitou ao terceiro dia,
segundo as Escrituras.

E subiu ao Céu,
está sentado à mão direita de Deus Pai,
e pela Segunda vez há de vir
com Majestade, julgar os vivos e os mortos.
E o seu Reino não terá fim.

E (creio) no Espírito Santo, (que também é) Senhor
e dá vida, O qual procede do Pai e do Filho.
O qual, com o Pai e o Filho, é juntamente
adorado e glorificado, (e) foi quem falou pelos Profetas.

E (creio) a Igreja, que é Una,
Santa, Católica e Apostólica.
Confesso um só Batismo para remissão dos pecados.
E aguardo a Ressurreição dos mortos,
e a vida da eternidade. Assim seja.

Aceito e abraço firmemente as Tradições Apostólicas e Eclesiásticas, bem como as demais Observâncias e Constituições da mesma Igreja.

Admito, também, a Sagrada Escritura naquele sentido em que é interpretada pela Santa Madre Igreja, a quem pertence julgar sobre o verdadeiro sentido e interpretação das Sagradas Escrituras. E jamais aceitá-la-ei, senão, conforme o consenso unânime dos Padres.

Confesso, também, que são sete os verdadeiros e próprios Sacramentos da Nova Lei, instituídos por Nosso Senhor Jesus Cristo, embora nem todos para cada um necessários, porém, para a salvação do gênero humano. São eles: Batismo, Confirmação, Eucaristia, Penitência, Extrema-unção, Ordem e Matrimônio, os quais conferem a graça; mas não sem sacrilégio se fará a reiteração do Batismo, da Confirmação e da Ordem. Da mesma forma aceito os Ritos da Igreja Católica recebidos e aprovados para a administração solene de todos os supracitados Sacramentos.

Abraço e recebo tudo o que foi definido e declarado no Concílio Tridentino sobre o Pecado Original e a Justificação.

Confesso, outrossim, que na Missa se oferece à Deus um Sacrifício verdadeiro, próprio e propiciatório pelos vivos e defuntos, e que no Santo Sacramento da Eucaristia estão verdadeira, real e substancialmente o Corpo e o Sangue, com a Alma e a Divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo, operando-se a conversão de toda a substância do pão no Corpo, e de toda a substância do vinho no Sangue; conversão esta chamada pela Igreja de Transubstanciação. Confesso, também, que sob uma só espécie se recebe o Cristo todo inteiro e como verdadeiro Sacramento.

Sustento sempre que há um Purgatório, e que as almas aí retidas podem ser socorridas pelos sufrágios dos fiéis; que os Santos, que reinam com Cristo, também devem ser invocados; que eles oferecem suas orações por nós, e que suas Relíquias devem ser veneradas. Firmemente declaro que se devem ter e conservar as Imagens de Cristo, da sempre Virgem Mãe de Deus, como também, as dos outros Santos, e a eles se deve honra e veneração. Sustento que o poder de conceder Indulgências foi deixado por Cristo à Igreja, e que o seu uso é muito salutar para os fiéis cristãos.

Reconheço a Santa Igreja Católica, Apostólica, Romana, como Mestra e Mãe de todas as Igrejas.

Prometo e juro, prestar verdadeira obediência ao Romano Pontífice, Sucessor de São Pedro, Príncipe dos Apóstolos e Vigário de Jesus Cristo.

Da mesma forma, aceito e confesso indubitavelmente tudo o mais que foi determinado, definido e declarado pelos Sagrados Cânones, pelos Concílios Ecumênicos, especialmente pelo Santo Concílio Tridentino.1 Condeno ao mesmo tempo, rejeito e anatematizo as doutrinas contrárias e todas as heresias condenadas, rejeitadas e anatematizadas pela Igreja.

Eu mesmo, N., prometo e juro com o auxílio de Deus, conservar e professar íntegra e imaculada até ao fim de minha vida esta verdadeira Fé Católica, fora da qual não pode haver salvação, e que agora livremente professo. E quanto em mim estiver, cuidarei que seja mantida, ensinada e pregada a meus súditos ou àqueles, cujo cuidado por ofício me foi confiado. Que fora isto me ajudem Deus e estes Santos Evangelhos!



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Fonte: Da Bula de S.S. o Papa Pio IV, “Iniunctum nobis”, de 13/11/1564.

1.  E pelo Concílio Ecumênico do Vaticano I, principalmente no que se refere ao Primado do Romano Pontífice e ao Magistério Infalível.


SOBRE A ÚLTIMA GERAÇÃO.


OS SANTOS PADRES PROFETIZARAM 
A RESPEITO DA ÚLTIMA GERAÇÃO:


Perguntaram: "Que fizemos nós?".

Um deles, o grande Abade Isquirião, respondeu:

"Nós cumprimos os Preceitos de Deus".

Interrogaram então: "E aqueles que virão depois de nós, que farão?".

Respondeu: "Chegarão à metade daquilo que fizemos".

Continuaram a perguntar: "E aqueles que virão depois desses, que farão?".

Respondeu: "Os homens daquela geração, não terão absolutamente obra nenhuma; mas, sobrevirá a eles uma tentação, e os que forem encontrados fiéis naquele tempo, serão maiores do que nós e do que os nossos pais".

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Fonte: "Apoftegmas: a Sabedoria dos Antigos Monges", Cap. Letra "J", p. 157. Tradução do grego e notas de D. Estêvão Tavares Bettencourt, O.S.B.; Edições "Lumen Christi", Rio de Janeiro/RJ, 1979.

É DE FÉ: O AUXÍLIO DIVINO PARA A NOSSA SALVAÇÃO.




Diz Antonin-Gilbert Sertillanges, O.P.:

"É de fé, que todos os Justos recebem as graças necessárias para a sua perseverança no bem; todos os pecadores, as graças necessárias para a sua conversão e salvação; todos os pagãos, as graças que os conduzirão, se quiserem, quer a fé explícita, quer às disposições morais e sobrenaturais supletivas da fé (explícita)".

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Fonte: Catechisme des Incrovantes, I, p. 286.

A Gravidade de se Falar a Verdade



"Cristo ensina no Evangelho, que sofrerão eterno castigo, não somente os que fazem o mal, mas igualmente aqueles que omitem o bem que estavam obrigados a fazer".

Fonte: Obras de São Francisco de Sales, coligidas por D. Mackey, O.S.B., Annecy, França, 1892.

CORRIGIR OS PECADORES



"Os Sacerdotes que vêem as ofensas a Deus e se calam, merecem ser chamados, como os chama o Profeta Isaías, cães mudos incapazes de latir. A estes cães mudos, serão imputados todos os pecados que puderam impedir e não impediram".

Fonte: Santo Afonso Maria de Ligório, Obras Ascéticas, Vol. II, BAC, Madrid, 1954.

DEFESA DA FÉ



"De fato, você respirará objeções anti-religiosas, como se respira o ar, na escola, na fábrica, no cinema, etc.

Se a tua fé for como um montão de trigo,
surgirá um exército de ratos,
para tomá-lo de assalto.

Se for como um vestido,
cem mãos procurarão dilacerá-lo.

Se for como uma casa,
a picareta vai querer derrubá-la,
pedra por pedra.

É preciso defender-se:
hoje, da fé, só se pode guardar,
aquilo que se defende".


Fonte: Cardeal Albino Luciani, futuro Papa João Paulo I, "Ilustríssimos Senhores", Carta Quando Ficares "Vidrado" (ao Pinóquio), de Junho de 1972, p. 70. Edições Loyola, São Paulo/SP, 1979.

quarta-feira, 20 de novembro de 2019

DA IMPORTÂNCIA QUE TEM PARA O CATÓLICO, DE CONSAGRAR-SE A NOSSA SENHORA DO CARMO.



Pode-se dizer que o hábito ou o Escapulário seja um meio de Consagração a Maria?

O hábito do Carmo foi desde o início de sua história um meio de consagração a Deus e Nossa Senhora. Os primeiros eremitas do Monte Carmelo consagravam as suas vidas a Deus e à Mãe Santíssima e entregavam-se à contemplação para A honrarem. O Pontífice Pio XII, pediu a todos que vissem no hábito ou Escapulário, um sinal de Consagração ao Imaculado Coração de Maria (Carta pela Comemoração do VII Centenário do Escapulário, em 1950).

Como sinal da Consagração a Maria, deve-se preferir o hábito (Escapulário), ou a medalha?

Quem estiver familiarizado com o simbolismo antigo do vestuário, não pode ter dúvida de que o Hábito ou Escapulário ser preferível à medalha; porque o Hábito, tal como um uniforme ou libré, cobre toda a pessoa e mostra a sua pertença a outrem. A medalha, é aliás frequentemente, um mero substituto do Hábito ou Escapulário. Além disso, está prescrito aos Terceiros, o uso do Escapulário.

O que é que se entende, por Consagração por meio do Hábito?

Por consagração, entende-se que uma pessoa, um local ou uma coisa, deixa de ser posse de homem, para se tornar, de uma maneira especial, propriedade de Deus. Assim, o Padre é escolhido entre os homens, para se tornar Ministro de Deus, e, o Cálice, taça vulgar, é retirado do uso profano, para servir somente no altar. Dessa maneira, na consagração pelo hábito ou Escapulário, tornamo-nos, se assim se pode dizer, propriedade de Maria; tornamo-nos Seus de uma maneira especial e comprometemo-nos a servi-lA sempre.

Poderá a própria vida de Maria servir-nos de Modelo de Consagração?

Maria tinha continuamente a consciência da sua pertença a Deus, e de estar na terra para realizar a Sua Vontade como ela se realiza no Céu. As suas palavras: “Eis a escrava do Senhor; faça-se em mim segundo a tua Palavra” mostram que era para servir e praticar a Verdade na Caridade que Ela vivia. O Terceiro deve estar repleto dos mesmos sentimentos de espírito e coração em veneração a Nossa Senhora. Embora a nossa dependência d’Ela seja essencialmente diferente da nossa dependência de Deus, sabemos que Ela é a Mãe da Divina Graça e que todos os favores de Deus, mesmo a vida eterna, vem até nós através d’Ela. Servi-lA é reinar.

Deve o Terceiro renovar com frequência a sua consagração a Nossa Senhora?

O Terceiro deverá renovar se possível diariamente a sua consagração a Ela, a fim de alcançar uma dependência amorosa, viva e duradoura.

O que é que se entende por Consagração Total a Maria?

Por consagração total entende-se que a nossa vida inteira deve ser vivida para Maria e que Ela em troca a oferecerá a Deus, enriquecida com os seus próprios méritos e doçura do seu amor.

Para nos consagrarmos a Nossa Senhora serão necessários os dois votos prescritos pela Regra?

Em virtude do Hábito ou Escapulário ser um sinal de consagração a Maria, sua simples imposição, mesmo sem os votos, é já de per si um ato de consagração a Ela.

Sendo assim, qual é o valor dos votos?

O fato de se prestar os votos fortalece a nossa vontade para dar algo a Deus corroborando o motivo. Além disso, dá às nossas boas ações um valor e um mérito particular, tornando-os atos de virtude de religião. Os dois votos da Regra da Ordem Terceira tornam também a nossa consagração a Nossa Senhora mais íntima e mais perfeita.

Espera-se do Terceiro Carmelita que ele ore mais do que o simples Católico?

Sendo a oração o fim primário de toda a vocação Carmelita deverá o Terceiro torná-la a ocupação principal da sua vida. Mais do que qualquer outro católico, deverá ele aprender a arte da oração contínua.1




A Devoção ao Escapulário Carmelitano
é a Síntese Sincronizada
da Mensagem de
Nossa Senhora de Fátima

Nas aparições de Nossa Senhora de Fátima, estão contidas as duas principais devoções marianas que resistiram à dura prova do tempo: A do Rosário e a do Escapulário. Dadas aos homens na Idade Média, trazem-nos ambos privilégios inestimáveis relacionados com a perseverança, a salvação da alma e a conversão do mundo. Sempre foram importantes e atuais, mas com as revelações de Fátima estas devoções tornaram-se ainda mais necessárias e urgentes.

No auge das aparições, no dia 13 de Outubro, enquanto transcorria o grande milagre do Sol visto por mais de 50 mil pessoas, a Mãe de Deus mostrou-se aos pastorzinhos sob a invocação de Nossa Senhora do Monte Carmelo, apresentando-lhes nas mãos o Escapulário. Certamente que, transcorrendo no momento mais alto entre todos os fenômenos passados na Cova da Iria, esta aparição não é um detalhe sem importância. Pode-se concluir até que os privilégios inestimáveis ligados ao Escapulário são parte integrante da Mensagem que nos deixou a Mãe de Deus em Fátima, juntamente com o Rosário e a devoção ao Imaculado Coração de Maria.

De facto, as referências ao Inferno, ao Purgatório, à necessidade de penitência e à intercessão de Nossa Senhora contidas na Mensagem estão em inteira consonância com as promessas anexas ao Escapulário.

Quem deitar atenção sobre o verdadeiro sentido das aparições concluirá naturalmente que o atendimento completo dos pedidos de Nossa Senhora de Fátima impõe que se conheça a importância do dom do Escapulário, e que este seja difundido o mais amplamente possível. Concluirá também, certamente, que o paulatino abandono em que caiu a devoção ao Escapulário deu-se paralelamente ao crescente desconhecimento do sentido profundo da Mensagem da Mãe de Deus.

Assim, na comemoração dos 750 anos da entrega do Escapulário a São Simão Stock, não poderia haver melhor ocasião para os devotos de Nossa Senhora de Fátima trabalharem com denodo a fim de restabelecer o uso deste sacramental que a incomensurável bondade da Mãe de Deus nos legou. Será um grande passo no cumprimento da missão que a Santíssima Virgem confiou a todos os portugueses: estabelecer no mundo a devoção ao Imaculado Coração de Maria.

No ápice das aparições em que Nossa Senhora proclama a verdade da sua realeza, sob a forma do triunfo do Imaculado Coração de Maria, Ela aparece revestida do traje da sua mais antiga devoção – a do Carmo. E, desse modo, realiza uma síntese entre o historicamente mais remoto (O Monte Carmelo), o mais recente (A devoção ao Imaculado Coração de Maria) e o futuro glorioso, que é a vitória e o reinado desse mesmo Coração.

É sinal inequívoco de que o católico zeloso do cumprimento dos pedidos da Mãe de Deus encontrará nesta devoção uma fonte abundante de graças para a sua conversão pessoal e para o seu apostolado, especialmente nestes dias de profunda descristianização da nossa sociedade. Este “Vestido de Graça” fortalecerá a sua certeza de que, ao fechar os olhos para esta vida e ao abri-los para a eternidade, encontrará o seu fim último, Cristo Jesus, na Glória Eterna.2



Carmelita,
Ir. Lúcia de Fátima,
garantiu que o Escapulário e o Rosário,
são inseparáveis.

REDAÇÃO CENTRAL, 13 Jul. 19 / 08:00 am (ACI).- Uma das videntes das aparições da Virgem em Fátima foi Lúcia, que mais tarde se tornou religiosa Carmelita e revelou que Nossa Senhora do Carmo esteve na última aparição, em 13 de outubro de 1917, mostrando que “o Escapulário e o Rosário são inseparáveis”.

Conforme relato recolhido pelo site da ‘Ordem do Carmo em Portugal’, em 13 de outubro de 1917, a Mãe de Deus cumpriu a promessa que tinha feito aos três pastorinhos no mês anterior. Assim, após a aparição da Virgem, apareceram também São José e o Menino Jesus, depois, Nossa Senhora das Dores e, em seguida, Nossa Senhora do Carmo.

Este episódio foi contado pela própria Ir. Lúcia ao Pe. Donald O’Callaghan, O. Carm., em setembro de 1949. Em testemunho à ‘Ordem do Carmo em Portugal’, o sacerdote contou que na visita feita à religiosa, “estava particularmente interessado em saber qual o lugar do Escapulário do Carmo nas aparições de Fátima”.

Ao sacerdote carmelita, Ir. Lúcia contou que Nossa Senhora não lhe falou nada sobre o Escapulário, porém, “dissera-lhe que viria como Nossa Senhora do Carmo, e a sua interpretação era que a devoção do Escapulário agradava a Nossa Senhora, e que Ela desejava que fosse propagada”.

Em seguida, Pe. O’Callaghan narrou ter perguntado à vidente “se ela pensava que a devoção do Escapulário fazia parte da Mensagem de Fátima”, ao que Lúcia respondeu que, certamente, “o Escapulário e o Rosário são inseparáveis”, pois “o escapulário é o sinal da consagração a Nossa Senhora”.

O sacerdote disse ter pedido que a carmelita escrevesse tais palavras, mas, ela afirmou que “só o faria com a permissão do Santo Padre”.

No ano seguinte, em 11 de fevereiro de 1950, o Papa Pio XII convidou a “colocar em primeiro lugar, entre as devoções marianas, o Escapulário que está ao alcance de todos”.

Mais tarde, na festa da Assunção de Nossa Senhora em 1950, Ir. Lúcia voltou a falar sobre a aparição de Nossa Senhora do Carmo e sobre o escapulário ao Pe. Howard Raffterty, O. Carm.

Segundo narrou o sacerdote, Ir. Lúcia ressaltou que, “em muitos livros sobre Fátima, os autores não dão o Escapulário como parte integrante da Mensagem”. “Ah, fazem mal; Nossa Senhora quer que todos usem o Escapulário”, completou a religiosa.

Pe. Raffterty contou ter insistido sobre a questão, por considerar que aquela declaração “não fosse talvez suficientemente claro”. Assim, perguntou novamente: “Mas Nossa Senhora nada disse quando apareceu como Senhora do Carmo. Podemos ter a certeza que Ela queria o Escapulário como fazendo parte da Mensagem, só pelo fato de trazer o hábito vestido e segurar o Escapulário?”.

Ir. Lúcia, então, garantiu que “sim” e afirmou: “Agora já o Santo Padre o confirmou a todo o mundo, dizendo que o Escapulário é sinal de consagração ao Imaculado Coração. Ninguém pode discordar”.

Além disso, a religiosa reforçou que, “sem dúvida, o terço e o Escapulário são inseparáveis”.3




Consagração
a Nossa Senhora do Carmo4


Ó Maria, Rainha e Mãe do Carmelo, venho hoje consagrar-me a Vós.

Tudo o que sou e tudo o que tenho entrego em Vossas mãos!

Vós olhais com especial bondade os que estão revestidos do Vosso Escapulário.

Suplico-vos que fortaleçais com o Vosso poder a minha fraqueza, iluminai a escuridão da minha mente com a Vossa sabedoria.

Aumentai em mim a fé, a esperança e a caridade, para que possa render-vos todos os dias a minha homenagem.

Que o Santo Escapulário atraia sobre mim o Vosso olhar misericordioso.

Traga-me a Vossa especial proteção nas lutas diárias, para que eu possa ser fiel a Vós e ao Vosso Divino Filho.

Possa o Santo Escapulário afastar-me de tudo que é pecaminoso e me lembre sempre o dever de imitar-vos e revestir-me com Vossas virtudes.

Desde já me esforçarei para viver em Vossa presença, ser na vida um espelho da Vossa humildade, caridade, paciência, mansidão e empenho!

Mãe querida, apoiai-me com Vosso constante amor, para que eu, Vosso filho pecador, possa um dia trocar o Vosso Escapulário pela veste celestial e viver convosco e os Santos do Carmelo no Reino do Vosso Filho. Amém!


______________________________

1.  Fr. Kiliano Liynch, O. Carm., “Catecismo da Ordem Terceira do Carmo”, pp. 4-5.

4.  Manual do Terceiro Carmelita – Venerável Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo, Sodalício de Campos dos Goytacazes – RJ, Província Carmelitana de Santo Elias, Cap. Orações, p. 273. Assistente Espiritual: Pe. Everaldo Bon Robert, 2010.

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