Degraus
da Divina Infância
de
Nosso Senhor Jesus Cristo
V.
Dulcíssimo
Menino Jesus, que descestes do seio de vosso Pai para nos salvar,
fostes concebido do Espírito Santo, sem vos causar horror o seio de
uma Virgem, e assumistes, Verbo feito carne, a forma de Servo, tende
compaixão de nós. R.
Tende compaixão de nós, ó Jesus Menino, tende compaixão de
nós.
(Repete-se
esta invocação depois de cada degrau ou rogativa).
V.
Dulcíssimo
Menino Jesus, que por meio da Santa Virgem, vossa Mãe, visitastes
Santa Isabel, enchestes do Espírito Santo o vosso Precursor, João
Batista, e o santificastes no seio de sua mãe, tende compaixão de
nós. R.
Tende compaixão de nós, ó Jesus Menino, tende compaixão de nós.
V.
Dulcíssimo
Menino Jesus, que tão ardentemente desejado por Maria e São José
antes do vosso Nascimento, vos oferecestes como Vítima a Deus vosso
Pai, para a salvação do mundo, tende compaixão de nós. R.
Tende compaixão de nós, ó Jesus Menino, tende compaixão de nós.
V.
Dulcíssimo Menino Jesus, que nascido da Virgem Maria em Belém,
envolto em panos, deitado numa manjedoura, anunciado pelos Anjos e
visitado pelos pastores, tende compaixão de nós. R.
Tende compaixão de nós, ó Jesus Menino, tende compaixão de nós.
V.
Dulcíssimo
Menino Jesus, que circuncidado ao oitavo dia depois do vosso
Nascimento, recebestes o Nome de Jesus, e vos mostrastes desde então
Salvador nosso, tanto por este nome glorioso, como pela
efusão do vosso Sangue, tende compaixão de nós. R.
Tende compaixão de nós, ó Jesus Menino, tende compaixão de nós.
V.
Dulcíssimo
Menino Jesus, que revelado aos três reis magos por uma estrela,
recebestes nos braços de vossa Mãe as suas adorações e presentes
misteriosos, o ouro, o incenso e a mirra, tende compaixão de nós.
R. Tende
compaixão de nós, ó Jesus Menino, tende compaixão de nós.
V.
Dulcíssimo Menino Jesus, que apresentado no templo pela Santa
Virgem, vossa Mãe, recebido nos braços do santo velho Simeão, e
revelado a Israel pela profetisa Ana, tende compaixão de nós. R.
Tende compaixão de nós, ó Jesus Menino, tende compaixão de nós.
V.
Dulcíssimo
Menino Jesus, que perseguido mortalmente pelo iníquo Herodes,
transportado ao Egito por São José e vossa Mãe, escapado por meio
à cruel matança dos Inocentes, e glorificado pelo seu Martírio,
tende compaixão de nós. R.
Tende compaixão de nós, ó Jesus Menino, tende compaixão de nós.
V.
Dulcíssimo Menino Jesus, que desterrado para o Egito com a vossa Mãe
Santíssima, a Virgem
Maria, e o Patriarca São José, aí ficastes até a morte de
Herodes, tende compaixão de nós. R.
Tende compaixão de nós, ó Jesus Menino, tende compaixão de nós.
V.
Dulcíssimo Menino Jesus, que retornado do Egito para a terra de
Israel com Maria e São José, depois de ter sofrido muito nesta
viagem, vivestes oculto na cidade de Nazaré, tende compaixão de
nós. R.
Tende compaixão de nós, ó Jesus Menino, tende compaixão de nós.
V.
Dulcíssimo Menino Jesus, que morastes na Santa Casa de Nazaré,
humildemente submisso à Maria e São José, vivendo no seio da
pobreza e dos trabalhos, crescendo em sabedoria, idade e graça,
tende compaixão de nós. R.
Tende compaixão de nós, ó Jesus Menino, tende compaixão de nós.
V.
Dulcíssimo Menino Jesus, que perdido na cidade de Jerusalém na
idade de doze anos, procurado com dor por Maria e São José, e, três
dias depois, encontrado por eles com alegria entre os doutores, tende
compaixão de nós. R.
Tende compaixão de nós, ó Jesus Menino, tende compaixão de nós.
V.
O Verbo se fez carne.
R.
E
habitou entre nós.
Oremos:
Deus onipotente e eterno, Senhor do Céu e da terra, que vos revelais
aos humildes, fazei, nós vos pedimos, que, meditando e honrando
dignamente os Mistérios da Santa Infância de Jesus, vosso divino
Filho, e nos aplicando a imitar as suas virtudes, como é o nosso
dever, possamos chegar ao Reino dos Céus, prometido aos humildes.
Pelo mesmo Jesus Cristo Nosso Senhor. Assim seja.
Oferecimento
dos Méritos do Menino Jesus
Por havermos ofendido a Deus,
merecemos ser condenados à morte eterna; a justiça divina quer com
razão ser satisfeita; que devemos fazer? Desesperar? Oh! Não.
Ofereçamos a Deus este terno Menino, que é seu Filho, e digamos-lhe
cheios de confiança.
Pai celeste, miserável
pecador sou, digno do Inferno; ai! Nada tenho para
vos oferecer em expiação dos meus pecados; mas ofereço-vos as
lágrimas, as penas, o Sangue, a morte do Inocente Jesus, vosso
Filho, e vos peço misericórdia pelos seus merecimentos. Se não
tivesse este divino Menino para vos oferecer, perdido estaria, não
haveria mais esperança para mim; mas, vós O me haveis dado a fim de
que, oferecendo-vos os seus merecimentos, possa esperar a minha
salvação. Senhor, infame tem sido a minha ingratidão, maior é,
porém, a vossa misericórdia. E que maior misericórdia podia
esperar de vós do que me dardes o vosso divino Filho para Redentor e
Vítima de expiação pelos meus pecados? Pelo amor, pois de Jesus
Cristo, perdoai-me; arrependo-me de todo o meu coração de vos ter
desagradado, ó Bondade infinita! Pelo amor de Jesus Cristo,
concedei-me também a santa perseverança. Ah! Deus meus, se vos
ofendesse ainda depois de me haverdes esperado com tanta paciência,
e esclarecido com tantas luzes e perdoado com tanto amor, não seria
necessário um inferno de propósito só para mim? Por piedade, meu
Pai, não permitais
que me separe mais de Vós.
Meu Jesus, ó doce Menino, prendei-me a Vós pelos laços do vosso
amor; amo-vos, e amar-vos quero para todo sempre. Não
permitais que me separe mais de Vós.
Amo-vos também, ó minha Mãe Maria; dignai-vos igualmente amar-me,
e como garantia deste amor obtende-me a graça de nunca cessar de
amar o meu Deus.
Ladainha
do Amor de Deus
(Composta
pelo Santo Padre, o Papa Pio VI)
A
vós, que sois o amor infinito, amo-vos,
ó meu Deus.
A
vós, que me haveis prevenido pelo vosso amor, amo-vos,
ó meu Deus.
A
vós, que me mandais que vos ame, amo-vos,
ó meu Deus.
De
todo o meu coração, amo-vos,
ó meu Deus.
Com
toda a minha alma, amo-vos,
ó meu Deus.
Com
todo o meu entendimento, amo-vos,
ó meu Deus.
Com
todas as minhas forças, amo-vos,
ó meu Deus.
Sobre
todos os bens e honra, amo-vos,
ó meu Deus.
Sobre
todos os prazeres e gozos, amo-vos,
ó meu Deus.
Mais
do que a mim mesmo e tudo o que me pertence, amo-vos,
ó meu Deus.
Mais
do que a todos os meus parentes e amigos, amo-vos,
ó meu Deus.
Mais
do que a todos os homens e Anjos, amo-vos,
ó meu Deus.
Mais
do que a todas as coisas criadas no Céu e na terra, amo-vos,
ó meu Deus.
Unicamente
por amor de Vós, amo-vos,
ó meu Deus.
Porque
Sois o soberano Bem, amo-vos,
ó meu Deus.
Porque
Sois infinitamente digno ser amado, amo-vos,
ó meu Deus.
Porque
Sois infinitamente perfeito, amo-vos,
ó meu Deus.
Ainda
que não me houvésseis prometido o Céu, amo-vos,
ó meu Deus.
Ainda
que me ameaçásseis com o Inferno, amo-vos,
ó meu Deus.
Ainda
que me provásseis pela miséria e pelo infortúnio, amo-vos,
ó meu Deus.
Na
abundância e na pobreza, amo-vos,
ó meu Deus.
Na
prosperidade e na adversidade, amo-vos,
ó meu Deus.
Nas
dignidades e nos desprezos, amo-vos,
ó meu Deus.
Nos
prazeres e nos sofrimentos, amo-vos,
ó meu Deus.
Na
saúde e na doença, amo-vos,
ó meu Deus.
Na
vida e na morte, amo-vos,
ó meu Deus.
No
tempo e na eternidade, amo-vos,
ó meu Deus.
Em
união do amor com que vos amam no Céu todos os Anjos e Santos,
amo-vos,
ó meu Deus.
Em
união do amor com que vos ama a Bem-aventurada Virgem Maria,
amo-vos,
ó meu Deus.
Em
união do amor infinito com que eternamente vos amais, amo-vos,
ó meu Deus.
Oremos:
Ó meu Deus, que possuis em abundância incompreensível tudo o que
pode ser perfeito e digno de amor, extingui em mim todo o amor
criminoso, sensual e desordenado às criaturas, e acendei no meu
coração o fogo puríssimo do vosso amor, para que não ame senão a
Vós e por Vós, até que sendo enfim consumido pelo vosso santíssimo
amor, vá amar-vos eternamente com os eleitos no Céu, pátria do
amor. Assim
seja.
Oração
ao Divino Menino Jesus de Praga
(Revelada, afirma-se, pela
Santíssima Virgem ao Pe. Cirillo, carmelita)
A
Vós recorro, ó Menino Jesus. Peço-vos, pela vossa Santíssima Mãe,
assisti-me nesta necessidade (aqui se expõe o objeto da
súplica), porque firmemente
creio que a vossa Divindade pode me socorrer. Cheio de confiança,
espero alcançar a vossa santa graça. Amo-vos de todo o coração e
com todas as forças da minha alma. Arrependo-me sinceramente dos
meus pecados; e a Vós suplico, ó Bom Jesus, dar-me a força de
triunfar deles. Tomo a resolução de não vos ofender mais; e a Vós
venho me oferecer disposto a antes sofrer tudo do que vos desagradar.
De agora em diante, quero vos servir com fidelidade. Por vosso amor,
ó Deus Menino, amarei a meu próximo como a mim mesmo. Poderosíssimo
Menino, ó Jesus, novamente peço, assisti-me nesta circunstância
(nomeai-a novamente),
concedei-me a graça de possuir-vos eternamente com Maria e São José
no Céu, e adorar-vos com os santos Anjos. Assim
seja.
Fonte:
Rev.
Pe. Saint-Omer, CSsR., “As Mais Belas Orações de Santo Afonso de
Ligório”, Terceira e Quarta Partes, pp. 415-418, 479-480, 466-467,
495; Impresso pelos Estabelecimentos Casterman Editores S.A., Tournai
(Belgique), Bélgica, 1921.