Genealogia
dos
Iludidos
Satã
(Satã, o maior
de todos os iludidos)
"Dize
a esta pedra que se converta em pão... lança-Te daqui abaixo...” (S.
Mat. 4, 1-11; S. Luc. 4, 1-13).
O Demônio pede a
Nosso Senhor que, presunçosa e temerariamente, realize
Milagres; mas, a resposta de Deus foi simples e esmagadora: “Não
tentarás o Senhor Teu Deus”,
isto é, “não te
exporás temerariamente ao perigo, para pôr à prova a
bondade de Deus” (R.
Pe. Matos Soares, “Bíblia Sagrada”, trad. da Vulgata
Sixto-Clementina; cfr. Notas), ou em outras palavras: “Tentar
a Deus para provar a bondade e o Poder Divino, é expor-se ao
perigo” (D.
Vicente M. Zioni, ob. cit., cfr. Notas).
Simão,
o
Mago.
(como figura fiel
dos falsos
carismáticos)
► “... E,
observando os prodígios e grandes milagres que se faziam, cheio
de pasmo, admirava-se (n.c:
não de uma admiração humilde e sadia, mas sim, enganosa, egoísta,
invejosa e irresponsável)... Dai-me
também a mim este poder...” (At.
8, 9-25).
O “proceder de Simão deu
origem ao termo Simonia, que significa, o comércio com as
coisas sagradas” (R. Pe. Matos Soares, ob. cit., cfr. Notas).
Simão, o Mago, é
considerado pelos bons autores, como o Pai de todas as
Heresias.
Constata-se esse pecado em todos
os hereges, mas, de forma mais sutil nas Seitas ditas cristãs.
► São Judas
Tadeu, falando dos hereges, afirma que, “assim como Sodoma e
Gomorra, e as cidades circunvizinhas, que fornicaram com
elas, e se abandonaram ao prazer infame, foram postas
por escarmento, sofrendo a pena do fogo eterno, da
mesma maneira também estes contaminaram a sua carne, e
desprezam a Dominação (de
Cristo), e
blasfemam da Majestade (Divina)...
Estes, porém, blasfemam de todas as coisas que ignoram, e
pervertem-se como animais sem razão em todas aquelas coisas que
conhecem naturalmente. Ai deles, porque andaram pelo caminho de Caim,
e, por (causa
de um aviltante)
lucro, precipitaram-se no erro de Balaão, e pereceram na
rebelião de Core... para os quais está reservada uma tempestade de
trevas por toda a eternidade” (7-13).
Os
Escribas
e
Fariseus
(figura de todos os hipócritas,
mercenários e blasfemadores)
► “Mestre,
nós desejávamos ver algum prodígio Teu” (S.
Mat. 12, 38).
E a Sabedoria
Encarnada responde-lhes: “Esta
geração má e adúltera pede um prodígio, mas não lhe
será dado outro prodígio, senão o prodígio do Profeta
Jonas” (S. Mat. 12,
39; 16, 1-4).
Realmente foi dado a estes o
prodígio da Gloriosa Morte e Ressurreição de Nosso Senhor;
e o que foi que fizeram?
“Tendo elas (n.c: as Santas
Mulheres) partido, eis que foram à cidade alguns dos
guardas, e notificaram aos príncipes dos sacerdotes tudo o
que tinha sucedido. E, tendo-se congregado com os
anciãos, depois de tomarem conselho, deram uma grande soma
de dinheiro aos soldados, dizendo-lhes: ‘Dizei: os seus discípulos
vieram de noite, e, enquanto nós estávamos dormindo, o roubaram.
E, se chegar isto aos ouvidos do governador, nós lho faremos
crer, e atenderemos a vossa segurança...’” (S. Mat. 28,
11-15).
Assim acontece,
também, com esta nossa geração má, pois, nos é dado ver o
prodígio do Profeta Jonas, todos os dias nos nossos Santos
Altares, no Santo Sacrifício da Missa. E o que é que acontece
atualmente? Simplesmente, desprezamos a Fonte, de onde
jorram todas as Graças, para corrermos ao primeiro falso
profeta, para impor as suas pecaminosas mãos sobre nós, para
recebermos fictícias curas, milagres, libertações, dons, etc.
► Ora, Santo
Afonso Maria de Ligório ensina: “O
Concílio de Trento diz da Santa Missa (Sess. 22): ‘Devemos
reconhecer que nenhum outro ato pode ser praticado pelos
fiéis que seja tão Santo como a Celebração deste tremendo
Mistério. O próprio Deus Todo-Poderoso não pode fazer
que exista uma ação mais sublime e Santa do que o Santo
Sacrifício da Missa...’ ... São João Crisóstomo diz que
durante a Santa Missa o Altar está circundado de Anjos que
aí se reúnem para adorar a Jesus Cristo que, nesse Sacrifício
sublime, é oferecido ao Pai Celeste (De Sac., 1. 6). Que
cristão poderá duvidar, escreve São Gregório (Dial. 4,
c. 58), que os Céus se abram à voz do Sacerdote, durante
esse Santo Sacrifício, e que Coros de Anjos assistiam a esse
sublime Mistério de Jesus Cristo. Santo Agostinho chega
até a dizer que os Anjos se colocam ao lado do Sacerdote para
servi-lo como ajudantes... São Boaventura (De Inst. Nov., 1. c.) diz
que a Santa Missa nos põe diante dos olhos todo o amor que Deus nos
dedicou e que é, de certo modo, um Compêndio de todos os
Benefícios que Ele nos fez... Devemos por isso reconhecer,
com o Santo Concílio de Trento, que a Santa Missa é a mais Santa e
Divina de todas as Obras (Sess. 22)... Segundo o Concílio
(Sess. 22, c. 2), é especialmente durante a Santa Missa que o Senhor
‘está sentado naquele Trono de Graças’, ao qual devemos
nos chegar, diz o Apóstolo, ‘para alcançarmos
misericórdia e encontrarmos Graças no momento oportuno’ (Heb.
4, 16). Até os Anjos esperam o tempo da Santa Missa, diz São
João Crisóstomo (Hom. 13, De incomp. Dei nat.), para pedirem com
mais resultado por nós, e ele acrescenta que, dificilmente se
alcançará aquilo que não se consegue durante a Santa
Missa” (R. Pe. Saint-Omer, C.Ss.R., “Escola da Perfeição
Cristã para Seculares e Religiosos”, Part. IV, Cap. III, Art.
I-II).
Deixemos, pois,
a ilusória vida do maravilhoso e firmemos o nosso coração e a
nossa mente nos sólidos Fundamentos da Fé Católica, “e todas
estas coisas vos serão dadas de acréscimo” (S.
Mat. 6, 33), se
assim o quiser a Sacrossanta Vontade Divina (n.
c. ).
Mas, apesar de
terem visto os prodígios e milagres operados por Nosso Senhor,
disseram: é “por virtude de Belzebu, príncipe dos
Demônios” (S. Mat. 12, 24). E Nosso Senhor responde-lhes:
“Pelas tuas palavras serás justificado, e pelas tuas
palavras serás condenado” (S. Mat. 12, 27),
“porque os Judeus exigem milagres...” (I
Cor. 1, 22-25).
Herodes
(figura de todos os zombadores,
impudicos e réprobos)
► “... E
Pilatos, ouvindo falar da Galileia, perguntou se aquele homem era
Galileu. E, quando soube que era da jurisdição de Herodes,
remeteu-O a Herodes, o qual, naqueles dias, encontrava-se também
em Jerusalém.
Herodes, tendo visto Jesus, teve
grande alegria, porque havia muito tempo que tinha desejo de O ver
(S. Luc. 9, 9), por ter ouvido falar Dele muitas coisas, e esperava
vê-lO fazer algum Milagre...” (S. Luc. 23, 1-12).
A Sabedoria Encarnada
interpelada pela loucura encarnada, não diz uma única palavra (S.
Luc. 23, 9), antes, a rejeita e despreza silenciosamente. E, não
poderia ser de outra maneira, pois, entre as duas há um abismo
infinito de oposição.
A loucura encarnada, fez calar a
voz do Profeta da Sabedoria Encarnada; logo, a Sabedoria
Encarnada não há nada a dizer a quem não quer ouvir. Este é,
sem dúvida, o maior castigo aplicado ao homem nesta vida,
e o será também na próxima: o desprezo de Deus.
Os
Filhos
da
Loucura
(patriarcas dos pseudos
fazedores
de milagres)
► Janes e
Mambres: “... Mas
Faraó chamou os sábios e magos, e eles fizeram também coisas
semelhantes por meio dos encantamentos egípcios e de certos segredos
(n.c: ciências ocultas). E lançaram por terra cada um
deles as suas varas, as quais se converteram em dragões, mas a vara
de Arão devorou as varas deles” (Ex. 7, 8-12; cfr. vs. 20-22).
“Os magos, com o auxílio do Demônio e permissão de Deus,
puderam contrafazer o milagre de Moisés. Deus, porém, para
mostrar que Moisés era seu enviado e muito superior aos magos, fez
com que a vara de Arão devorasse as varas dos magos” (R. Pe. Matos
Soares, ob. cit., cfr. notas).
(Disputa de S. Pedro e Simão, o Mago,
e a crucifixão de S. Pedro)
► Simão,
o Mago: “... Ora,
encontrava-se nela um homem, chamado Simão, o qual antes
tinha exercido a magia, enganando o povo de Samaria, dizendo que
era um grande personagem; e todos lhe davam ouvidos, desde o
menor até ao maior, dizendo: ‘Este é a Virtude de Deus,
a qual se chama a grande’. E obedeciam-lhe, porque, com
as suas artes mágicas, os trazia seduzidos desde há muito
tempo” (At. 8, 9-11).
Simão, o Mago, nutria um ódio
figadal para com o Apóstolo São Pedro. Vide entre outras
contendas, a formal acusação de bruxaria movida por Simão
contra São Pedro em Antioquia, narrada por São Clemente I,
Papa, no “Reconhec.”, X, 54; ed. Migne, T. I, P. 1466; e nas
“Homilias”, passim. As lutas de São Pedro e de Simão constituem
o objeto das larguíssimas 20 Homilias, atribuídas àquele São
Clemente I, Papa. Dele fala também Euséb., “Hist. Ecles.”, II,
b; o “A. dos Philosophum.”, VI, I, 20, P. 67, ed. Paris.
Que de fato, São Pedro tenha
vindo a Roma a fim de se opor a Simão, o Mago, pode-se com
fundamento afirmar, atento ao imenso dano que então causavam em
toda a Igreja, e também em Roma, as Heresias de Simão. O Santo
Apóstolo, na segunda Epístola, escrita exatamente a esse
tempo, da cidade de Roma, e provavelmente na casa de São
Pudente, do cárcere Marmetino, quase que outra coisa não faz
senão combater o Simonismo; o mesmo transparece nas Cartas, mais ou
menos contemporâneas, de São Paulo, São João, São Tiago,
São Judas. Já a primeira vinda a Roma no tempo de Cláudio tivera
a mesma razão: “Petrus ... Claudii imperatoris, anno, ad
expugnandum Simonem magum pergit”. Assim São Jerônimo,
“De vir. Ill.”, cap. I. Estão de acordo as Constituições
Apostól., VI, 7, e em outros passos e mais largamente os
“Reconhec.” E as “Homilias” de São Clemente,
valiosos Documentos de remota Antiguidade. Combinam São Filástrio,
São Cirilo Jerosolimitano, os Filosofunemos, recentemente
descobertos, e outros Escritores Eclesiásticos em bom número.
Conferir At. 19, 17-19. Dos
livros de magia compostos por Simão, o Mago, e dados aos discípulos
se fala nas “Constituições Apostól.”, VI, 16; nos
“Filosofunemos”, VI, cap. I, passim.
Quanto às bruxarias de Simão,
o Mago, hão de menear a cabeça espíritos levianos. Pode
certamente o Demônio produzir tais fantasmagorias. E com efeito
a Escritura nos recorda algumas que a estas se assemelham, operadas
pelos Magos do Egito; e pela Pitonisa de Endor. No
caso do nosso nigromante, tenha presente o leitor que
ele era o tal “... porque, com as suas Artes Mágicas, os trazia
seduzidos desde há muito tempo” (At. 8, 10-11). Temerário, pois,
aquele que negasse que Simão operava Magias, sendo, como eram,
realmente admiráveis os seus Prestígios. Aliás, todos os
antigos Escritores Eclesiásticos falam de Simão e lhe atribuem
bruxedos e magias (R. Pe. J. J. Franco, S.J.).
(S. Paulo cega Elimas, o Mago)
► Barjesus:
“... E, tendo percorrido toda a ilha até Pafos, encontraram
um certo homem Mago, falso profeta, judeu, que tinha por nome
Barjesus, o qual
estava com o Procônsul Sérgio Paulo, homem prudente.
Este, tendo mandado chamar Barnabé e Saulo desejava ouvir
a Palavra de Deus. Mas
Elimas, o Mago (porque
assim se interpreta o seu nome),
se lhes opunha,
procurando afastar da Fé o Procônsul. Porém Saulo, que também
se chama Paulo, cheio do Espírito Santo, fixando nele os olhos,
disse: ‘ó (tu,
que estás)
cheio de todo o engano e de toda a astúcia, filho do Demônio,
inimigo de toda a Justiça, tu não deixas de perverter os
caminhos retos do Senhor.
Pois agora, eis que a Mão do Senhor está sobre ti, e serás cego
sem ver o sol durante certo tempo’. E logo caiu sobre ele uma
obscuridade e trevas, e, andando à roda, buscava quem lhe desse
a mão. Então o Procônsul, vendo este fato, creu, admirando a
Doutrina do Senhor” (At. 13, 4-12).
(Montano, Priscila e Maximilia)
► Montano:
“Nascido em Pepusa,
na Frigia (pelo ano de 170 d.c.), provavelmente, antigo
sacerdote de Cibele, logo foi recebido no seio do Cristianismo,
apresentou-se como inspirado pelo Espírito Santo, como o órgão
mais poderoso do Paráclito, que até então aparecera,
ameaçando com os castigos mais severos e mais próximos,
aqueles que se insurgissem contra ele e o perseguissem. A
inspiração, de que Montano se dizia dotado, era só
momentânea;
eram uns como arrebatamentos passageiros, que lhe roubavam toda a
reflexão e consciência de si mesmo. ‘Eis o Deus, eis o
Espírito Santo, que fala’, exclamava Montano nos seus êxtases
proféticos (necesse est excidat sensu)...” (Dr. João Alzog,
“História Universal da Igreja”, Tom. I, 2º Período, Part.
II, Cap. II, Art. LXXIII).
(Apologistas do Paganismo)
► Os Pagãos:
“Vós, se não
virdes milagres e prodígios, não credes” (S.
Jo. 4, 48). E, ultimamente, os Pentecostais
e os Carismáticos...
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Fonte: Acessar o ensaio "Elucidário sobre o Dom das Línguas) no link "Meus Documentos - Lista de Livros".