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Vitral del Espíritu Santo | by e domingo |
“O
Profeta Isaías, anunciando a vinda do Messias,
declara
que o Espírito Santo repousará sobre Ele,
'espírito
de sapiência e de entendimento,
espírito
de conselho e de fortaleza,
espírito
de ciência e de temor'”.
Relembremos
apenas alguns pontos de Doutrina
► “Todos
aqueles que tem a Graça Santificante recebem do Espírito Santo os
seus sete Dons, quer dizer: sete
aptidões da alma,
que fazem com que a nossa alma se deixe facilmente esclarecer e mover
pelo Espírito Santo.
O
candelabro de sete ramos do templo de Jerusalém figurava os sete
Dons do Espírito Santo. – Estes Dons completam as quatro Virtudes
Cardeais. Estas removem simplesmente os obstáculos que nos afastam
de Deus, submetendo ao império da razão as nossas paixões
sensíveis (S. Tomás de Aquino), mas os sete Dons nos impelem para
Deus. Aperfeiçoam, iluminam o nosso espírito, de sorte que o
Espírito Santo pode facilmente influir sobre ele (iluminando a
inteligência, movendo a vontade). Assim como a escola primária
forma o espírito dos alunos, de modo que o torna capaz de aproveitar
as lições de uma escola superior, assim os sete Dons tornam o homem
capaz de receber mais facilmente o Espírito Santo. – Os sete Dons
são sobrepujados pelas três Virtudes Teologais, porque os sete Dons
não fazem mais do que conduzir a alma a Deus; ao passo que as
Virtudes Teologais a unem a Ele. – Todo aquele que tem em si o
Espírito Santo tem também os sete Dons, e quem quer que O perde
pelo pecado mortal, perde ao mesmo tempo esses Dons. – Quanto mais
progressos fazemos na perfeição, tanto mais abundantemente é a
participação dos sete Dons. Estes aumentam também pela
Confirmação.
Os
sete Dons do Espírito Santo são: os Dons da Sabedoria, do
Entendimento, da Ciência, do Conselho, da Fortaleza, da Piedade e do
Temor de Deus. Os
quatro primeiros iluminam a razão; os outros, fortificam a vontade.
Estes sete Dons são enumerados por Isaías, que diz que o Messias
futuro os possuiria (11, 3). Cristo possuía-os,
é claro, no grau mais eminente.
O
Dom da Sabedoria
faz-nos reconhecer claramente que os bens temporais são passageiros
e que só Deus é o nosso Supremo Bem.
O
Dom do Entendimento
faz-nos distinguir a verdadeira Doutrina Católica de qualquer outra
e torna-nos capazes de a defender.
O
Dom da Ciência
faz-nos compreender claramente a Doutrina Católica sem estudo
especial.
O
Dom do Conselho
faz-nos conhecer nas situações difíceis o que é conforme com a
vontade de Deus.
O
Dom da Fortaleza
faz-nos suportar tudo para cumprir a vontade de Deus.
O
Dom da Piedade
leva-nos a honrar a Deus com fervor cada vez maior e a cumprir cada
vez mais perfeitamente a sua Santa Vontade.
O
Dom do Temor
faz-nos temer a mínima ofensa a Deus como o maior mal do mundo…
“O
homem justo, que vive da vida da graça
e
opera por meio das virtudes
que
nele desempenham o papel de faculdades,
necessita
igualmente dos Sete Dons do Espírito Santo”.
► “A
Virtude
é a facilidade de praticar o bem, adquirida pelo exercício
constante, e a inclinação da vontade para o bem... Também se chama
Virtude a simples aptidão para praticar ações virtuosas, infundida
por Deus ou co-natural ao homem.
O
Bem
é o que se conforma com a Vontade de Deus, isto é, o que agrada a
Deus.
O
Hábito
é uma segunda natureza. Quando nos habituamos a uma coisa, não a
deixamos facilmente (isto serve para as boas ou más ações).
Depois
da morte só alcançarão prêmio as Virtudes sobrenaturais, com as
quais fazemos o bem com os olhos postos em Deus... só serão
premiadas com glória eterna se forem sobrenaturais, isto é, feitas
em estado de Graça... A Virtude sobrenatural é uma participação
da Vida Divina, e diviniza o homem que a possui.
A
Virtude só se alcança vencendo-nos a nós mesmos e aumenta-se com
os combates, pois, se lhe opõem obstáculos internos (as más
inclinações) e externos (o desprezo e as perseguições)... A
Virtude e o sofrimento estão indissoluvelmente unidos. Quem se
esquiva ao sofrimento renuncia à Virtude. ‘Aquele que teme o mundo
jamais cumprirá coisa digna de Deus; porque a obra de Deus não se
pode fazer sem que o mundo se revolte’ (S. Inácio de Loyola).
Progredindo na Virtude, tornamo-nos profundamente humildes, porque
sentimos a nossa fraqueza, como se sente o peso do corpo ao subir uma
montanha. Um homem é tanto mais verdadeiramente humilde, quanto mais
virtuoso é.
A
utilidade da Virtude consiste em nos tornar verdadeiramente felizes,
nesta vida, e na outra... A Virtude nos enriquece e nos dá honra aos
olhos de Deus... Aquilo que os milionários e os nobres são aos
olhos dos mundanos, é o virtuoso aos olhos de Deus... A riqueza
passa, a Virtude fica.
A
Virtude torna-nos semelhantes a Deus, e, seus amigos. Jesus foi
humilde, afável, generoso, etc.; se praticamos estas Virtudes
tornamo-nos semelhantes a Deus (S. Bernardo), os nossos atos
assemelham-se aos da Divindade (S. Tomás de Aquino)... O homem
virtuoso é um amigo de Deus, porque Jesus disse: ‘Todo aquele que
fizer a Vontade de Meu Pai que está nos Céus, esse é Meu irmão,
irmã e mãe’ (S. Mat. 12, 50). Aliás, a amizade resulta da
semelhança de duas almas. A Virtude constitui a suma beleza diante
de Deus; a do corpo é vã e enganosa (Prov. 31, 30), a Virtude é a
verdadeira, a mais sublime beleza (S. Agostinho), porque vem da alma
(Salm. 44, 14): é invisível agora, mas um dia aparecerá... Só a
Virtude faz de nós verdadeiros cristãos... ‘Não se tem o direito
à designação de cristão quando não se praticam as Virtudes
Cristãs em toda a medida das próprias forças’ (S. Cipriano). É
em vão que nos chamamos cristãos, se não imitamos a Jesus Cristo
(S. Leão Magno); o Cristianismo é a imitação da Natureza Divina
(S. Gregório de Nissa)”.
“Quero
que Jesus se apodere de tal modo de minhas faculdades,
que
minhas ações não sejam ações humanas e pessoais,
mas
divinas, inspiradas e dirigidas pelo Espírito de Amor”.
► “Os
Dons do Espírito Santo são conferidos à alma no Batismo com a
Graça santificante.
Esses
Dons não são conferidos às almas cristãs para permanecerem, como
no maior número delas, inativos e estéreis, mas, ao contrário,
para produzirem na alma o pleno desenvolvimento da vida da Graça.
Os
Dons diferem das Virtudes, enquanto dispõe o cristão a receber
diretamente de Deus, do Espírito Santo, o impulso que o fará agir e
não a operar por si mesmo. Os Dons supõem as Virtudes sobrenaturais
e as aperfeiçoam em seu
exercício. É por eles que o cristão se torna plenamente cristão:
isto é, age e vive divinamente.
Segue-se
daí que os Dons do Espírito Santo, e por conseguinte, as Graças
atuais especiais que os põem em ação, não são absolutamente
favores excepcionais, coisas extraordinárias (como por exemplo o Dom
das Línguas) concedidas a algumas almas privilegiadas, mas Graças
propostas, concedidas a toda alma cristã de boa vontade”.
“Esses
Dons se infundem no homem justo,
para
que mais facilmente receba
e
siga o movimento do Espírito Santo,
pelo
qual ele é impelido de muitos
e
vários modos a fazer o bem”.
► “O
Dom da Sabedoria
é a iluminação do Espírito Santo, mercê da qual a
nossa inteligência contempla as verdades da fé a uma luz
deslumbrante e experimenta nela indizível prazer”;
O
Dom da Inteligência
ilumina-nos, projetando sobre as verdades reveladas uma luz viva,
penetrante, extraordinária, e dando-nos a certeza do sentido genuíno
da Palavra de Deus;
O
Dom do Conselho
é uma luz do Espírito Santo pela qual a inteligência prática vê
e julga, nos casos particulares, o que se deve fazer e os meios
convenientes a empregar;
O
Dom da Fortaleza
é a virtude permanente com que o Espírito Santo informa a nossa
vontade, para que, mediante ela, vençamos as dificuldades que nos
desviam da prática do bem;
O
Dom da Ciência
é uma luz sobrenatural que o Espírito Santo infunde nas almas e que
possui a prerrogativa de nos fazer ver que as verdades da fé são
realmente dignas de ser admitidas mesmo à luz dos princípios da
razão;
O
Dom da Piedade
imprime-nos
na alma a inclinação e facilidade de
honrarmos a Deus como Pai e esperarmos nEle com amor e confiança de
filhos;
O
Temor de Deus
é o fundamento dos outros dons. Defende-nos do pecado, porque nos
faz considerar o respeito que devemos à justiça divina e à sua
Majestade”
(Rev.
Pe. Meschler).
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