Blog Católico, para os Católicos

BLOG CATÓLICO, PARA OS CATÓLICOS.

"Uma vez que, como todos os fiéis, são encarregados por Deus do apostolado em virtude do Batismo e da Confirmação, os leigos têm a OBRIGAÇÃO e o DIREITO, individualmente ou agrupados em associações, de trabalhar para que a mensagem divina da salvação seja conhecida e recebida por todos os homens e por toda a terra; esta obrigação é ainda mais presente se levarmos em conta que é somente através deles que os homens podem ouvir o Evangelho e conhecer a Cristo. Nas comunidades eclesiais, a ação deles é tão necessária que, sem ela, o apostolado dos pastores não pode, o mais das vezes, obter seu pleno efeito" (S.S. o Papa Pio XII, Discurso de 20 de fevereiro de 1946: citado por João Paulo II, CL 9; cfr. Catecismo da Igreja Católica, n. 900).

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Existe alguma religião ou movimento religioso que pratique e ensine um Pseudo-Dom das Línguas? Quais? Podeis provar?



A Humildade é a Verdade

Sim, existe. As Seitas Protestantes da linha Pentecostal, o Mormonis­mo, o Espiritis­mo, o Mo­vimento de Renovação Carismáti­ca, etc.

1ª Prova: As Seitas Pentecostais

igreja Cai Cai

► “O Pentecostalismo Clássico é uma forma de reavivamento fundamental­ista do Protestantis­mo Norte-Americano. Está ligado com um tipo de reavi­vamento Metodista chamado ‘Holi­ness’ (Santidade), que se originou na segunda metade do século passado (séc. XIX)...

Ora, aconteceu no ano de 1900 que o pastor Metodista Charles F. Parham aderira às concep­ções de ‘Holiness’. Tinha uma escola para estudos bí­blicos em Topeka (Kansas, U.S.A.) com 30 alunos, de ambos os sexos. Adotava o método de propor uma pergunta, para a qual os estudantes tinham de procurar os textos bíblicos que pudessem servir de resposta. Certa vez, interrogou: ‘Quais são os sinais que, na Bíblia, caracterizam o autêntico batismo no Espírito Santo?’ – Na base de At. 2, 1-12; 10, 44-48; 19, 17 – Parham e seus discípulos con­cluíram que o único sinal seguro era o Dom das Línguas (Glosso­lalia). Então grande entusias­mo apoderou-se do grupo, que se pôs a rezar ininterruptamente durante vári­os dias e noites, pedindo a vinda do Espírito Santo. A 1º de janeiro de 1901; uma das estudantes, Agnes Oz­nam, pediu a Parham que lhe impusesse as mãos sobre a cabeça enquanto orava; quando isto foi fei­to, ela experimentou o ‘batismo no Es­pírito’ e começou a falar línguas: ‘Sentia-me como se rios de água viva jorrassem do mais profundo do meu ser’, declarou ela mais tarde. Dentro de poucos dias Parham e os outros membros do grupo fizeram a mesma experiência.

Assim surgiu a primeira congregação Pentecostal, distinta dos gru­pos ‘Ho­liness’ pela convicção de que o genuíno batismo no Espírito há de ser manifestad­o, como no primeiro Pen­tecostes, pelo Dom das Línguas...

Nenhuma denominação Protestante está sujeita a se dividir e subdi­vidir tanto quanto a dos Pen­tecostais ...” (D. Estêvão T. Bettencourt, O.S.B., “Per­gunte e Responderemos”, N. 424/1997).

Culto Pentecostal

► “Ao encararmos o Movimento Pentecostal Protestante, verifica­mos algumas de suas características, que nos sugerem uma reflexão:
a) A emoção, não raro, prepondera sobre a razão em tais correntes reli­giosas;

b) Há nelas, uma propensão forte aos fenômenos tidos como extraordi­nários, que fazem vi­brar, aplaudir, gritar, dificultando o raciocínio e o senso crítico;

c) Há aí pouco estudo profundo da Bíblia. Esta é interpretada em cha­ve fundamentalis­ta ...;

Nesse ritmo, os Pentecostais se afastam cada vez mais do ge­nuíno Cristianismo. Tendem a fazer da religião um serviço ao homem, e não a Deus; o antropocentrismo predomi­na, ainda que vela­damente ... o crescimento das de­nominações Pentecostais se deve, em grande parte: à insuficiente for­mação religiosa e catequética do povo católico...” (D. Es­têvão T. Bettencourt, O.S.B., “Crenças, Religiões, igrejas e Seitas: quem são?”, pp. 46-49).

Culto da Deus é Amor

► “... As igrejas (tradicionais Protestantes) veem, por sua vez, nestes movimen­tos sectá­rios (nos Pentecostais) um caráter herético...” (Prof. Fr. Iri­neu Wilges, O.F.M., “Cultu­ra Religiosa – As Religiões no Mundo”, Cap. 3. 3. 3-13, Pentecostais).

Davi Miranda: Fundador da Deus é Amor

► “Algumas Seitas modernas pretendem renovar os Carismas da Igreja Primiti­va. Dentre elas, os ‘Irmãos de Pentecostes’. Gemendo, ganindo, solu­çando e desmaian­do, procuram pôr-se em estado de falar várias lín­guas. Quando alguém começa a tartamu­dear: ‘tá, tá, tá, tá’ – todos os pre­sentes extasi­am-se felizes: ‘graças, por terdes vindo, Senhor Jesus!’ ...” (J. P. Junglas e Frede­rico Till­mann, Doutores Catedráticos da Universidade de Bonn, na Alema­nha, “Luz e Vida – Curso Superior de Religião: A Igreja”, Vol. I, Cap. I, Art. II, N. 2).

Culto Pentecostal

► “As Assembleias de Deus sempre ensinaram que o Dom de Línguas é a prova deci­siva de quem recebeu o batismo do Espírito. Assim, Mr. J. Evans, Se­cretário Geral do Concílio das Assembleias de Deus, declarou: ‘O nosso testemu­nho distintivo é que o batismo do Espíri­to Santo é regularmente acompa­nhado do sinal físico de falar línguas conforme o Espírito de Deus dá de falar’. E acrescent­ou que nenhum ministro que negue isto poderia continuar a de­ter cre­denciais den­tro da denominação...

Auto-ilusão é coisa fácil nos nossos dias como era então (nos primei­ros séculos). Psicologica­mente, pessoas de têmpera alta, levadas a um estado de ex­citação quase patológica, podem experimen­tar emoções profundas para as quais não podem achar palavras, e para ex­primir as quais, elas recorrem a uma torrente de sons vagos, ininteligíveis a elas mesmas ou aos outros, embora tão variados e modula­dos a ponto de darem a impressão de uma língua re­gular. Em si mesmo, isto pode ser um fenômeno pu­ramente natural. Não há necessidade de atribuí-lo ao Demônio. Mas o resultado, em qualquer caso, é pura confusão de vo­zes; e o Espí­rito Santo absolutamente não tem nada a ver com isso. Nem os esfor­ços das Assembleias de Deus para reproduzir tais manifestações no seu meio podem ser considerados como um teste­munho prestado pelo Espírito Santo...” (R. Pe. Dr. L. Rumble, M.S.C., ob. Cit.).

Culto Pentecostal em Santiago no Chile

► “Na arrancada para a abertura de novos espaços, os Pentecostais colecio­nam, com sentida mágoa, um vasto dossiê de conceitos emitidos pelas igrejas Protestantes tradicionais, sobretudo a Batis­ta, a respeito de suas crenças, com especial ressentimento por um livro edi­tado sob a responsabilidade da Junta de Educação Religiosa e Publicações da Convenção Ba­tista Brasileira (Juerp), chamado ‘Movi­mento Moderno de Línguas’, de autoria do Batista ameri­cano Ro­bert Gromacki, que considera o Pente­costalismo ‘uma grosseira mistificação de origem satânica’. Na mesma linha está ‘A doutrina do Espírito Santo’, obra publi­cada sob os auspícios da Convenção Batista Brasileira, que ironiza a espiritualida­de dos rituais Pentecostais. Outro autor Batista, por sinal muito lido no Brasil, H. E. Alexander, diz que o Movi­mento Pentecostal nada mais é do que um dos ra­mos do Espiritismo, do Feiticismo ou da Macumba. E Francisco Huling, também Batista, ex-Pentecostal, afirma em seu ‘É bíblico o Pentecostalismo?’, que ‘o con­traste completo entre o que via e o que as Escrituras diziam ajudaram-me a pen­sar, e eu comecei a ver que o Pentecostalismo não é de Deus, mas sim, do Diabo’” (Delcio Monteiro de Lima, “Os Demônios descem do Norte”, ed. Francisco Alves).

2ª Prova: Os Mórmons

Joseph Smith

► “Além do ‘Livro de Mórmon’ e da Bíblia, os discípulos de Joseph Smith ad­mitem mais dois li­vros sagrados: ‘A Pérola de Grande Preço’ e ‘Doutrinas e Pac­tos da Igreja de Jesus Cris­to dos Santos dos Últimos Dias’. Estas obras con­tém uma coletânea de passagens, autên­ticas e não autênticas, da Es­critura Sa­grada, assim como a autobiografia de Joseph Smith e revela­ções que este rece­beu de Deus.

É por tais escritos que se transmitem as doutrinas e as práticas do Mor­monismo, as quais se po­dem resumir nos seguintes (falarei de forma resumi­da):

O Padre Eterno tem carne e ossos; o Divino Filho e o Espírito Santo, são apenas ema­nações do Padre Eterno.

O homem sempre existiu, existe e sempre existirá.

O Batismo dos mortos, que morreram sem Batismo, através dos seus des­cendentes vi­vos.

Não existe Pecado Original.

No Mormonismo foi restaurada a primitiva Igreja.

Figura externa do Templo de Salt Lake City

Na Igreja dos Mórmons, o Espírito Santo se manifesta de manei­ra ex­traordinária e perma­nente por meio dos Dons de Línguas, Profecias, Re­velações, Curas, Visões, etc....

A Ceia do Senhor é celebrada sob as duas espécies: Pão e Água.

No que se refere ao Casamento, Joseph Smith em 1831 recebeu a ‘reve­lação’ de que seria lícita a Poligamia... etc.” (D. Estêvão T. Bettencourt, O.S.B., “Por que não sou Mórmon?”, pp. 13-19).

3ª Prova: A Renovação Carismática


► “... Parece que alguns grupos católicos se deixaram influenciar pelo Pente­costalismo Protestante, entregando-se a exageros ou desvios Doutri­nários. Por outra parte, ‘crentes’ Pente­costais foram aceitos em gru­pos cató­licos de oração, e levaram para es­tes certas interpretações da Bíblia não condizentes com o Ensino da Igreja Cató­lica: as­sim, alguns ‘carismáticos’ cató­licos pu­seram-se a combater o culto à Virgem Santíssi­ma e aos Santos; começar­am a professar uma ‘Igreja Ca­rismática’ teologicamente diluída, in­sensível ao Ma­gistério. O batismo no Espírito Santo foi excessivamen­te valorizado, como se des­se origem a uma classe privilegiada de cristãos, portadores de Carismas úni­cos – Dons de Línguas e de Curas; assim se constituiria a Verdadeira Igreja, cujo Úni­co Mestre seria o Espíri­to Santo, pro­pulsor direto e íntimo de cada cristão. A medi­tação da Palavra de Deus e a Ora­ção ce­deriam, em grande parte, à euforia de louvores, aleluias, ‘Viva Jesus’. Tais proposi­ções são He­réticas.

O Critério Fundamentalista (interpretação da S. Escritura, ao pé da letra) suscita ou­tros desvi­os (doutrinários): ... O Dom das Línguas é, então, con­fundido com o falar con­fuso de quem está sob o impacto de emo­ções... os Carismas, como o de Cu­ras (com imposição das mãos) e o de Lín­guas, são também ocorrentes com frequência, que parece mais doentia do que oportuna.

... Ocorre, portanto, que na Renovação Carismática pessoas bem intencion­adas, se tem índole fortemente emotiva, podem impressionar-se e che­gar a crer que proceda do Es­pírito Santo o que é produto das próprias emo­ções ou imaginações. Há, então, falta de discernimento e passa-se do ra­zoável para o doentio. Este perigo não é de hoje. Em muitas épocas da Igreja existiram ‘visionários’, de modo que o Magistério da Igreja sempre se mostrou cauteloso frente a muitas ‘aparições’ e ‘visões’ de Cristo ou dos Santos... Os Dons Extraordi­nários estão na linha dos Milagres... Os Milagres são fatos extraordinários; não são acontecimentos em série, aos quais todos possam ou devam aspi­rar...” (D. Estevão T. Bettencourt, O.S.B., ob. cit.).

RCC da Diocese de Itabira-Cel.

► “… A situação de confusão mental reinante não surgiu espontaneam­ente nos dias de hoje, mas é continuação daquela mentalidade que o Moder­nismo, no início do sé­culo, deixou entre os Teólogos e Filósofos Cató­licos. Os conceitos de Diálogo e de Ecu­menismo, reafirmados e ex­plicitados pelo Concílio Vaticano II, mal interpretados, e, consequentemente, mal apli­cados, moti­varam também, é certo, o aparecimento de no­vos er­ros.

Existe, também, entre os católicos, e já se propagaram em nos­so Ca­tolicismo Brasileiro, vítima fácil das mais estranhas novidades, Movi­mentos que, propriamente, não pertencem ao pla­no do pensamento, justa­mente por­que apelam, em primeiro lugar, não para a inteligência, mas para as potênci­as psico-fisiológicas, imaginativas, emoti­vas, irracionais do ho­mem.

Se insistem em conscientização da Fé, o modo pelo qual preten­dem chamar o homem à Fé, ou esclarecer a Fé, isto é, o método, é negador da inteligência. Enqua­dram-se nessas corren­tes: os Cursilhos de Cristan­dade, os Grupos Pentecostais, os Grupos de Renovação Carismática, o Movi­mento de Pascalização e muitas outras ten­dências. Nem sempre de origem Católica, como os Grupos de Renovação Carismá­tica, essas manifesta­ções religiosas de católicos exercem um proselitismo exaltado e viru­lento em nosso povo já predisposto pelo fanatismo de tantas Seitas Protes­tantes, pelo Espiritismo, pelos ritos Afro-Brasileiros, povo já docilmente conduzido pelos delíri­os encantadores e ‘místicos’ de um Antônio Conselheiro, de um ‘monge’ João Maria ou de um Padre Cícero (ou de um Chico Xavier), como ensina a nossa história.

Emoção, sugestão, condicionamento psíquico, prevalecem, em geral, em tais ten­dências ‘apostólicas’ e ‘místicas’, em detrimento da inteli­gência racional e livre, que é a da Fé.

Além dessa distorção inicial da vida religiosa humana (e Cristã), em quase todas essas tendências, a distinção desaparece entre o natural e o so­brenatural, porque deter­minam que são sobrenaturais, fenômenos mórbi­dos de experiência religiosa.

Os fenômenos extraordinários que surgem nas experiências destes adeptos de tais ten­dências religiosas, como Profecia, Curas miracu­losas, Conversões, Êxtases Mís­ticos, Arrependi­mentos da vida pecaminosa, Con­versa com Deus, Dom das Línguas, etc., estão perfeitamente nos Capítul­os da Psicologia Religiosa, referentes aos Fenôme­nos Mórbidos. Essas ten­dências pren­dem-se ao Progressismo, e são anti-intelectualísti­cas” (D. Odi­lão Moura, O.S.B., “Ideias Católicas no Brasil – Direções do Pensamento Cató­lico no Brasil no Século XX”, Cap. V).

RCC de Altamira realiza Tarde Carismática
(Adoração ao Ss. Sacramento)

► “Novo Pentecostes? É a última espetacular novidade religiosa que se espalha com grande sucesso no mundo inteiro... Esse Movimento de ori­gem Protestante, nascido an­tes do século (XX), cresceu agora rapidamente... e como era de se esperar anuncia que o Mo­vimento já entusiasmou o Mun­do Católi­co, onde ganha a denominação de ‘Renovação Ca­rismática’, e até reclama o mais ousado títu­lo de ‘Novo Pentecostes’.

Para comparar o Movimento chamado ‘Pentecostalismo’ com a Igre­ja de Jesus Cristo, comece­mos por comparar a descida do Espírito Santo sobre os Apóstolos, no dia de Pente­costes ao ‘Novo Pen­tecostes’, que desce sobre cada um dos 25 mil membros do Encontro (da RCC) realizado na Universida­de Notre Dame (USA).

... Pentecostes foi, para a Igreja nascente, não uma explosão de manifes­tações espon­tâneas e multiplicadas, mas ao contrário, um atingimento de maturi­dade e de esplendor de or­dem. Foi mais uma ‘Cristianização Eclesial’, do que uma ‘explosão carismática’. Diríamos até que, esse grande dia da ‘Confir­mação da Igreja’ vinha pôr termo à anarquia ou à dispersão in­forme dos primeiros tem­pos. Assinalemos que, em Pentecostes, com a evidência das Lín­guas de fogo, a descida do Espírito Santo se fazia sobre a Hierarquia, para bem marcar o caráter da Igreja Católica. E as ‘Línguas’, que também os Apóstolos nesse dia falaram, usan­do o Dom das Línguas, que São Paulo não reprova mas não esti­mula. Ora, esse ponto de semelhança é na verdade um ponto de oposi­ção, porque, enquanto os ‘Pente­costais’ de hoje falam línguas que nin­guém entendem, nem eles mesmos, os Apóstolos fa­laram uma ‘língua que to­dos os vários estrangeiros presentes ouviram e entende­ram como a própria’. Torna-se evidente, que o Espírito Santo, nesse dia, usou o mes­mo Dom para exprimir a ‘Unidade de Língua’ da Igreja e sua destinação univer­sal. For­malmente, essa ‘Unidade de Língua’ significa ‘Unidade de Doutrina’, mas também pode significar a Real Unidade de Língua que a Igreja te­ria quando recebesse seu cunho Ro­mano, e portanto, Latino.

Vê-se assim, que o ‘Novo Pentecostes’ é dispersador, quando o ver­dadeiro Pen­tecostes foi congraçador; que o moderno fenômeno é anarquist­a, onde o autêntico é or­denador e hierárqui­co; que o moderno fenôme­no se traduz em manifestações emotivas diversas e mais ou menos chocan­tes, en­quanto que o verdadeiro Pentecostes se arre­mata por um discurso de São Pedro, que imprime ao Mistério Pentecostal todo o seu sentido de Uni­dade Eclesial ...” (Gustavo Corção; cfr. “Permanência”, nº 60, outubro de 1973, pp. 13-16).

XIII Congresso Estadual da RCC de Santa Catarina

► “O Pentecostalismo, de longa data presente no Protestantismo, teve seu despertar com o sur­gimento de novos movimentos no início do século XX, nos Es­tados Unidos, difundin­do-se pelo mundo. A partir de 1967 penetrou na Igreja Católica com o nome de Renovação Carismática Católica ou Re­novação no Espírito Santo... O movimento carismático chega ao Brasil em 1972 através dos Jesuí­tas...” 

(http://www.cleofas.com.br/virtual/texto.php?doc=igreja&id=546 ”Página Inicial: Igreja Cató­lica Renovação Carismática Católica Teologia dos Movimentos Católicos – CNBB: Histó­rico).


Católicos dançam e cantam na Igreja de SS. Joachim e Anne

O Padre Edvino Augusto Friderichs, S.J., depois de responder positiva­mente à per­gunta: “o movimento carismático é recomendável ?”, afirma que “o peri­go está nos exageros, na errônea inter­pretação de alguns fenômenos que escandalizam e até chegam a ridicu­larizar a prática da Religião Católica. Fenômenos que têm evidente explicação natural, são, com frequência, atri­buídos ao Divi­no Espírito Santo, o que é uma aberração” (“Caixi­nha de Per­guntas sobre Religião e Superstições”, p. 70).

Fonte: Acessar o ensaio "Elucidário sobre o Dom das Línguas" no link "Meus Documentos - Lista de Livros".
 
O teólogo, o poeta e o cantor

Das páginas da revista ISTOÉ:

Leonardo Boff fala sobre a RCC

Istoé - O que o sr. acha da Renovação Carismática Católica?
 
Leonardo Boff - É um movimento forte, que trouxe muitos elementos positivos, pois tirou o monopólio dos padres. Agora o leigo fala e inventa orações, coisa que não ocorria. Deu certa leveza ao cristianismo, muito centrado na cruz e na paixão e menos na alegria e na celebração. Mas, a meu ver, ela ficou a meio caminho.

Istoé - Por quê?
 
Leonardo Boff - Não se pode pensar no cristianismo sem justiça social e preocupação com os pobres. Todo carismatismo corre o risco de alienação. Eles se perdem no louvor, no cantar e dançar.

Istoé - E como o sr. avalia os padres cantores, como Marcelo Rossi e Fábio de Melo?
 
Leonardo Boff - Eles produzem um tipo de evangelização adequada ao que é dominante hoje, que é o mercado. Mas com as limitações que o mercado impõe, tenham eles consciência disso ou não. É sempre problemático, do ponto de vista teológico, transformar a mensagem cristã numa mercadoria de fácil consumo e de pacificação das consciências atribuladas. Noto que as grandes questões sociais estão ausentes em seus discursos e cânticos.

Istoé - Por quê?
 
Leonardo Boff - Eles falam sobre questões subjetivas. O cristianismo não pode funcionar como um ansiolítico que nos alivia, mas deve falar às consciências para que as pessoas tomem decisões que vão na direção do outro. Para mim, a mensagem cristã não significa buscar um porto seguro onde ancoramos para repousar. Mas é um chamado para irmos ao mar alto, para enfrentar as ondas perigosas. E não pedimos a Deus que nos livre das ondas, mas que nos dê força e coragem para enfrentá-las.

Istoé - O sr. ainda é católico?
 
Leonardo Boff - Sou católico apostólico franciscano. Acho que São Francisco foi o último cristão verdadeiro e talvez o primeiro depois do Único, que foi Jesus Cristo. O franciscanismo me inspira mais do que o romanismo porque o romano é apenas uma qualificação geográfica.

Fonte: Revista ISTOÉ - Edição 2116 - 2JUN/2010
 

Testemunho Protestante

Culto em uma igreja do ramo Pentecostal: 
ênfase em orações mais emotivas e no falar de 'novas línguas'


Em 1967 foi a vez da Igreja Católica Romana formar seu grupo de carismáticos. Tudo começou num retiro de Universitários na Universidade de Duquesne, Pittsbush. Houve muitos que falaram em línguas naquele retiro. O primeiro grande líder dos carismáticos Católicos parece ter sido Ralph Keifer. Em fevereiro de 1967 ele levou a mensagem carismática para a Universidade de Notre Dame, e muitos alunos e professores falaram em línguas.


De princípio tanto os pastores pentecostais, como padres católicos, condenaram o mais novo movimento pentecostal. Na verdade os padres até tinham uma certa razão, pois, era um ensino totalmente contrário às doutrinas do Vaticano. Já os pastores pentecostais condenavam mais por ciúme, afinal, a grande vantagem de falar em línguas, que foi a bandeira dos pentecostais por mais de seis décadas, estava agora na boca dos idólatras católicos. A diferença dos carismáticos com os pentecostais é: Primeiro que eles se renovam e permanecem nas suas próprias congregações, enquanto os pentecostais históricos dividiam as igrejas. Os carismáticos usualmente pertenciam à classe média, são separatistas, urbanizados, de tendência ecumênica e pluralistas em sua teologia. As igrejas pentecostais clássicas eram originalmente constituídas de operários e eram barulhentas em seus cultos. Na questão de barulho os carismáticos atuais já alcançaram seus primos pentecostais clássicos. Os carismáticos são idólatras e os pentecostais não. No demais são bem parecidos.

Os carismáticos católicos só conseguiram o agrado do Papa - não o aval - em 1975. Neste ano o movimento reuniu dez mil carismáticos em Roma. Num pronunciamento ecumênico o Papa Paulo falou simpaticamente à assembleia. Foi uma vitória ao movimento carismático. De princípio João Paulo II não aprovou muito o movimento. Mas atualmente ele é favorável, principalmente porque os carismáticos já se organizaram em quase todo o mundo, e no Brasil, que é o maior país Católico do mundo, o movimento está esparramado em quase todas as suas paróquias. Para dizer com mais sinceridade é o movimento carismático que está conseguindo deter o movimentos pentecostal e neopentecostal na América Latina, que aliás, é o grande reduto católico do mundo.

A grande pergunta é: Estavam certos os pentecostais de condenar o movimento tradicional? Que dizer de uma pessoa que acredita em purgatório, santos e imagens, cultos aos mortos, adoração de Maria, entre outras barbaridades, falar em línguas também? É preciso ter muito cuidado quando falamos desse assunto.

Gilberto Stefano

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