“Em 2011 – explica Introvigne – eu era o representante da OSCE para a liberdade religiosa e organizei um encontro OSCE em Roma, onde se denunciou o perigo que da simples intolerância e discriminação, a aversão contra o cristianismo e a Igreja, passe a exprimir-se em verdadeiros e próprios crimes de ódio, uma categoria reconhecida e punida pelas convenções européias”.
“Agora – prossegue Introvigne – é evidente. O relatório apresentado pela OSCE elenca e documenta 67 casos de crimes de ódio anticristãos na Europa nos últimos doze meses, que podemos dividir em três categorias. Seis casos se referem a ataques vandálicos contra igrejas dos quais são responsáveis grupos ultra-fundamentalistas islâmicos. Quinze casos se referem a agressões físicas contra cristãos comprometidos na luta contra o aborto ou contrários ao matrimônio homossexual.
A grande maioria dos casos, 46, é constituída de ataques genericamente anticristãos, contra igrejas, capelas, estátuas e em alguns casos contra sacerdotes.
“A OSCE – conclui Introvigne – lança o alarme. Estes incidentes são muitos para que se possa reduzí-los a simples atos de vandalismo. Está em andamento, ao invés, uma verdadeira campanha de ódio contra a Igreja, que se torna mais intensa por ocasião de controvérsias como a do matrimônio entre pessoas do mesmo sexo na França, ou de grandes eventos como agora o Conclave, que não ficam só nos insultos, porque cada vez mais impulsiona grupos extremistas a passarem à ação e perpetrarem crimes de ódio”. (SP)