Pintura "Triunfo da Verdade Católica" de Peter Paul Rubens |
A missão docente da Igreja não consiste só em ensinar a verdade, mas também em condenar o erro. Nenhum ensino da verdade é suficiente enquanto ensino, se não inclui a enunciação e refutação das objeções que contra a verdade se possam fazer. “A Igreja – disse Pio XII – sempre transbordante de caridade e de bondade para com os desgarrados, mas fiel à palavra de seu Divino Fundador, que declarou: ‘Quem não está comigo, está contra Mim’,1 não pode faltar a seu dever de denunciar o erro e de arrancar a máscara aos semeadores de mentiras…”.2 No mesmo sentido se exprimiu Pio XI: “O primeiro dom de amor do Sacerdote ao seu meio, e que se impõe da maneira mais evidente, é o dom de servir à verdade, à verdade inteira, e desmascarar e refutar o erro sob qualquer forma, máscara ou disfarce com que se apresente”.3 É da essência do liberalismo religioso a falsa máxima de que para ensinar a verdade não é necessário impugnar ou refutar o erro. Não há formação cristã adequada, que prescinda da Apologética. Resulta particularmente importante notá-lo, à vista do fato de que a maioria dos homens tende a aceitar como normal o regime político e social em que nasce e vive, e de que o regime exerce a este título uma influência formativa profunda sobre as almas…”.
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Fontes:
1. Mat. 12, 30.
2. Radio-mensagem do Natal de 1947 – “Discorsi e Radiomessagi”, vol. IX, p. 393.
3. Carta Encíclica “Mit Brennender Sorge”, de 14 de Março de 1937 – AAS, vol. XXIX, p. 163.