Por Fernando Nascimento
Uma vez protestante, ensinava Lutero: “Que mal pode causar se um homem diz uma boa e grossa mentira por uma causa meritória e para o bem da Igreja (luterana).” (Grisar, Hartmann, S.J., Martin Luther, His life & work, The Newman Press, 1960- pág 522).
O teólogo e humanista Erasmo de
Rotterdam (1467-1536), amigo contemporâneo de Lutero, assim chegou a se
expressar diante da vil conduta do pai do protestantismo: “Revelarei
a todos que mestre insigne és em falsificar, exagerar, maldizer e
caluniar. Mas já toda gente o sabe… Na tua astúcia sabes torcer a
própria retidão, desde que o teu interesse o requeira. Conheces a arte
de mudar o branco em preto e de fazer das trevas luz”. (Grisar, Luther, II, 452 e ss, apud Franca, IRC: 200, nota 96) Diante
de tamanho testemunho que comprova a aversão de Lutero à verdade,
vejamos então as maiores mentiras e sabotagens históricas protestantes,
forjadas ao longo de 500 anos contra a Igreja Católica:
1520 – Mentira contra o celibato:
Lutero no final de 1520, fez uso de uma notória fábula para macular o
bispo Ulrich, de Augsburg, publicando-a em Wittemberg com seu prefácio.
Essa publicação pretendia ser uma efetiva arma contra o celibato dos
padres e religiosos. Nessa carta o bispo Ulrich é representado narrando
como cerca de 3000 (de acordo com outros, 6000) cabeças de crianças que
teriam sido descobertas num reservatório de água do convento de freiras
de São Gregório em Roma. (…) (Jerome) Emser desafiou Lutero a publicar
essa questionável carta, e ele respondeu que não confiava muito nela.
(sic!) Todavia, graças a seu patrocínio, a fábula pôde continuar sua
destruidora carreira e foi zelosamente explorada. (Grisar, Hartmann, S.J., Martin Luther, His life & work, The Newman Press, 1960 pág. 177).
1525 – Adulteram a Bíblia colocando o termo “significa” onde Jesus diz que “É” seu corpo: o
reformador suíço Zuinglio muda a Bíblia para acomodar sua heresia
contra a presença real de Cristo na eucaristia: onde os Evangelhos e São
Paulo dizem “isto é o meu corpo”, o heresiarca traduz por “isto significa o meu corpo”! A respeito, comenta outro protestante: “Não é possível de modo algum excusar este crime de Zuinglio; a cousa é por demais manifesta;(…).” (Conr. Schluesselburg, Theologia calvinista, Francofurte, a M. 1592, 1. 2, f. 43 b.), escreve ainda o mesmo autor: “Não
o podeis negar nem ocultar porque andam pelas mãos de muitos os
exemplares dedicados por Zuinglio a Francisco, rei de França, e
impressos em Zurique no mês de março de 1525, in 8o. Na aldeia de
Munder, na Saxônia, no ano 60 eu vi na casa do reitor do colégio,
Humberto, não sem grande maravilha e perturbação, exemplares da Bíblia
alemã, impressas em Zurique, onde verifiquei que as palavras do Filho de
Deus haviam sido adulteradas no sentido dos sonhos de Zuinglio. Em
todos os quatro lugares (Mt., 26; Mc., 14; Lc., 22; I cor., 11) em que
se referem as palavras da instituição do Filho de Deus, o texto
achava-se assim falseado: Das bedeutet meinen Leib, das bedeutet meinen
Blut, isto significa o meu corpo, isto significa o meu sangue.” (Conr. Schluesselburg, op. cit. f. 44 a.) (citações em padre Leonel Franca, op. cit., pág. 211).
As
posteriores edições protestantes foram impressas corrigindo essa
sabotagem de Zuinglio, que foi inclusive denunciado por Lutero, pois
Lutero levantou-se contra o tal dizendo: ” ’é’ não pode ser traduzido por ’significa’”.
(Uma Confissão a respeito da Ceia de Cristo – Von Abendmahl Christi,
Bekenntnis WA 26, 261-509, LW 37. 151-372, PEC 287-296. – SASSE, H. Isto
é o meu Corpo, p. 107).
Infelizmente, por causa do estrago causado pela falsificação de Zuinglio, a maioria dos protestantes continuam a ensinar erroneamente que o pão e o vinho consagrados, “significam” o corpo e sangue de Cristo.
1540 – A mentira que a Igreja é contra a ciência:
um pastor protestante sabotou a obra do padre Copérnico sobre o
heliocentrismo, em sua dedicatória ao Papa. Isso ajudou os protestantes
mais tarde a propalarem falsamente que os papas eram contra o
heliocentrismo. Naquele ano, o astrônomo Rheticus enviou para publicação
o livro completo de Copérnico, De Revolutionibus (”As Revoluções“),
cujo primeiro exemplar chegou às mãos de Copérnico em leito de morte,
em 1543. Provavelmente não teve consciência de que o seu prefácio,
dedicado ao Papa Paulo III, fora substituído por outro, anônimo, de
Andreas Osiander (1498-1552), um pastor Luterano interessado em
Astronomia, em que insistia sobre o caráter hipotético do novo sistema.
Esse pastor também modificou o nome da obra para De Revolutionibus Orbium Coelestium (”As Revoluções do Orbe Celeste“).
No livro, que tinha o texto já aprovado pelo Papa, Copérnico declarava e
provava matematicamente que a Terra cumpria “uma revolução em torno do
Sol, como qualquer outro planeta”.
Essa
dedicatória omitida, acaba por colaborar com a falsidade que circula
até hoje dizendo que os Papas eram contra a ciência. Não existiria essa
falsidade se o prefácio da obra de Copérnico não tivesse sido
criminosamente removido na gráfica por um pastor luterano.
Quem na verdade era contra Copérnico e a ciência, a qual chamava de “razão”, era Lutero, que assim se expressava: “O abade Copérnico surgiu, pretendendo que a terra girasse em torno do Sol.” – Lutero deu de ombros -“Lê-se na Bíblia que Josué deteve o Sol; não foi a Terra que ele deteve. Copérnico é um tolo.” (Funck-Brentano, Martim Lutero, Casa Editora Vecchi, 1956, 2a. ed. Pág. 145).Deste modo Lutero via a ciência: “A
razão é a prostituta, sustentáculo do diabo, uma prostituta perversa,
má, roída de sarna e de lepra, feia de rosto (sic), joguemos-lhe
imundícies na face para torná-la mais feia ainda.” (Funck-Brentano,
Martim Lutero, Casa Editora Vecchi, 1956, 2a. ed. Pág. 217). Hoje o que
vemos, são alguns desonestamente querendo inverter os papéis, a caluniar
que a Igreja é que é a “inimiga da ciência”. A história universal
advoga contra estes.
1546 – A mentira da fixação das teses de Lutero:
após a morte de Lutero, Melanchthon inventa a lenda em que Lutero teria
fixado 95 teses contra a Igreja, no pórtico da igreja do castelo de
Wittenberg. Os historiadores Gottfried Fitzer, Erwin Iserloh e Klemens
Houselmann negam que isso tenha ocorrido. Do relato de Johannes
Schneider, um criado de Lutero, é que se extraiu de maneira errada a
notícia da afixação das teses. Não é encontrado, em seu manuscrito,
nenhuma referência a este fato. Lê-se apenas: “No Ano de 1517,
Lutero apresentou em Wittenberg-sobre o Elba, segundo a antiga tradição
da universidade, certas sentenças para discussão, porém modestamente e
sem haver desejado insultar ou ofender alguém.” Ou seja, aquilo não
passava de reles tese estudantil que até defendia o Papa, mas com
alguns erros teológicos cometidos pelo autor, que foi em pouco tempo
corrigido. (FITZER, Gottfried. Was Luther wirklich sagte, Verlag Fritz Molden, Wien-Muchen-Zurique, 1968.)
1546 – “a Igreja vendia lugares no céu”:
esse embuste acusava o Papa de estar vendendo indulgências para
construir a Basílica de São Pedro. Tudo falsidade que se desfaz mediante
simples leitura das teses de Lutero, especialmente a de nº 50, que
diz: “Deve-se ensinar aos
cristãos que, se o papa soubesse das exações dos pregadores de
indulgências, preferiria reduzir a cinzas a Basílica de S. Pedro a
edificá-la com a pele, a carne e os ossos de suas ovelhas.” As
acusações de que o perdão dos pecados foi vendido por dinheiro,
independentemente de contrição, ou que a absolvição de pecados a ser
cometidos no futuro poderiam ser comprados são infundadas. (Paulus, “Johann Tetzel”, 103). Tetzel “, 103).
O que aconteceu de fato em
1517, foi a desobediência de um monge isolado, numa distante cidade
alemã, longe do conhecimento do Papa em Roma, que teria cobrado pelas
indulgências que são dadas gratuitas pela Igreja. Este monge era o
Johann Tetzel, o mesmo foi punido disciplinarmente e morreu de desgosto
adiante, inclusive sendo consolado magnanimamente por Lutero.
Uma outra falsa frase que ilustra ainda hoje panfletos difamatórios diz: “Tão logo o dinheiro no cofre tilintar, a alma do purgatório sairá voando”.
A Bula Papal de indulgência não deu qualquer sanção para essa
proposição. Foi uma opinião escolar vaga, refutada em 1482, e novamente
em 1518, e certamente não é uma doutrina da Igreja, que foi assim indevidamente apresentada por difamadores como “verdade dogmática”. (consulta:
Ludwig von Pastor , A História dos Papas, a partir do final da Idade
Média, Francisco Kerr Ralph, ed., 1908, B. Herder, St. Louis, Volume 7,
pp 347-348.)
1553 – Inventam a mentira que a Igreja proibiu a Bíblia:
essa mentira dá conta que, o Papa Júlio III teria convocado três bispos
que teriam optado por proibir a leitura da Bíblia visando “manter” a
autoridade da Igreja. O autor desta farsa foi Pier Paolo Vergério
(1498-1565), um protestante. O falsário na época, deu um jeito de
colocar tal falsidade escrita dentro da Biblioteca Nacional de Paris,
para dar-lhe ares de veracidade.
Recentemente o apologista
católico Oswaldo Garcia deu-se ao trabalho de verificar isso junto
àquela biblioteca e recebeu a seguinte informação: “O texto que
procurais é uma crítica em estilo satírico, dirigida ao Papado e
publicada em 1553 com o título “Consilium quorumdam apiscoporum Bononiae
Congregatorum quod de ratione stabiliendae Romanae Ecclesiae Iulio III
P.M. datum est”. O seu autor Pier Paolo Vergério (1498-1565) Bispo de
Modruch, e, depois, de Capo d’Istria, aderiu posteriormente à reforma
protestante em 1549 aproximadamente, põe em cena Bispos que prestam
conselho ao Papa Júlio III sobre a maneira de restabelecer a autoridade
pontifícia”. Às pessoas que interpelam esta instituição a respeito da autenticidade do documento, a biblioteca tem respondido: “É impossível que tal documento seja obra de alguma autoridade da Igreja Católica.” Por sugestão do Garcia, esta informação foi publicada na revista “Pergunte e Responderemos” de novembro/2006, n. 533.
Veja,
agora, uma norma católica de 1480, anterior à Revolta protestante, que
por si só, seria suficiente para encerrar essa lenda que apregoa que a
Igreja seria contra a Bíblia:
“Todos os cristãos devem
ler a Bíblia com piedade e reverência, rezando para que o Espírito
Santo, que inspirou as Escrituras, capacite-os a entendê-las… Os que
puderem devem fazer uso da versão latina de São Jerônimo; mas os que não
puderem e as pessoas simples, leigos ou do clero … devem ler a versão
alemã de que agora se dispõe, e, assim, armarem-se contra o inimigo de
nossa salvação” (The publisher of the Cologne Bible [1480] ). Bibliografia:
- Adolphe-Charles Siegfried, La
Via et le travaux de Pierre-Paul Vergerio. Thése presentée [...] pou
obtenir le grade de bachelier en théologie à la Faculté de théologie
protestante de Strasbourg, Strasbourg, imprimerie de Vve
Berger-Levrault, 1857.
- Ugo Rozzo (a cura di), Pier
Paolo Vergerio Il Giovane, um polemista attaterso l’Europa del
Cinquecento, Atti del Convegnho intternazionale di studi, Forum
Edizioni,2000.
1563 – Inventam a mentira que a Igreja teria acrescentado sete livros à Bíblia: era
o final do Concílio de Trento, essa mentira foi plantada para
desacreditar a Igreja e aquele Concílio feito para enfrentar a rebelião
protestante. Sobre a Bíblia, tudo que houve neste concílio foi a pura
confirmação do cânon dos 73 livros reafirmados nos concílios anteriores.
Para desmascarar os propagadores dessa mentira basta mostrar-lhes que
Santo Agostinho, no ano 397, em sua obra “Sobre a Doutrina Cristã, livro 2, cap. 8, 13” já aparece citando o cânon Bíblico de 73 livros : “…
O cânon inteiro da Bíblia é o seguinte: os cinco livros de Moisés, ou
seja, Gênese, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio, …Tobias, Éster
e Judite, e os dois livros de Macabeus , … , Sabedoria e Eclesiástico,
… Baruque, …”
Na
verdade os protestantes é que posteriormente arrancaram sete livros da
Bíblia, as Bíblias dos reformadores continham os 73 livros, o próprio
Lutero os traduziu na sua edição da Bíblia datada de 1534. Foi somente
no século XIX que as Sociedades Bíblicas protestantes deixaram de
incluir nos seus exemplares da Bíblia os sete livros deuterocanônicos.
Para
confirmar de vez a mentira e a grave mutilação Bíblica feita pelos
protestantes, basta conferir os livros da Bíblia de Gutemberg, impressa
antes da reforma protestante e quase um século antes do Concílio de
Trento, pois os livros Tobias, Judite, 1 Macabeus, 2 Macabeus, Sabedoria, Eclesiástico e Baruque que eles arrancaram estão lá. Este é o link direto, onde você pode ver escaneados todos os livros da Bíblia de Gutenberg e seu catálogo: http://prodigi.bl.uk/treasures/gutenberg/search.asp Você
poderá também, visitar a Biblioteca Nacional – Sede: Av. Rio Branco,
319 – Rio de Janeiro – CEP 20040-009 – Tel.: 55 21 3095 3879.
1563 – Chamam “apócrifos” os
livros sagrados que excluíram das bíblias protestantes: essa manobra foi
feita para justificar a exclusão dos sete livros: Tobias, Judithe, Sabedoria, I Macabeus, II Macabeus, Eclesiástico e Baruque,
que contrariavam a recém criada religião protestante. Esses livros
faziam parte da Bíblia Septuaginta usada pelos apóstolos, e vários
destes foram encontrados integrando os escritos cristãos primitivos
achados em 1947 no Mar Morto. Ao contrário do que dizem os protestantes,
“Apócrifo” sempre significou: escritos de assunto sagrado não incluídos pela Igreja no Cânon das Escrituras autênticas e divinamente inspiradas.
(Dicionário Enciclopédia. Encarta 99). Ou seja, “apócrifos” são os
livros que ficaram fora do Cânon da Igreja Católica no século 4. Fica
evidente que os protestantes para mais uma vez caluniarem a Igreja
Católica, simplesmente resolveram chamar de “apócrifos”, os Livros
Sagrados que começaram a rejeitar no século 16.
1685
– Criam a lenda de que o protestantismo teria surgido no dia da falsa
fixação das teses de Lutero: como seria possível isso se Lutero ainda
era católico e defendia o Papa naquelas teses, dizendo entre muitos
outros muitos elogios: “Por isso, o Espírito Santo nos beneficia
através do papa quando este, em seus decretos, sempre exclui a
circunstância da morte e da necessidade.” (Tese
nº 9).Na verdade, foi ao final do século XVII, contexto da expansão
militar de Luís XIV (que revogou o Édito de Nantes em 1685), que se
começou a celebrar nos meios protestantes o dia de lançamento das teses
de Lutero como um “marco de ruptura” com Roma. (Alexander Martins
Vianna, Professor do Departamento de História da FEUDUC-RJ).
1819 – Caluniam que um “padre” traduziu a bíblia protestante para o português:
no maior “conto do vigário” da história, João Ferreira de Almeida, um
protestante adolescente de 16 anos de idade, de origem portuguesa (que
não era padre coisa nenhuma, mas usava esse título para ganhar
credibilidade), afirmava ter feito a primeira tradução em língua
portuguesa da Bíblia, diretamente dos originais em hebraico e grego, o
que não é verdade.
Este, nunca teve a mão os
originais da bíblia, mas, escritos do séc. XVI. Também valeu-se de
traduções católicas em vários idiomas, como atesta a Enciclopédia
Wikipédia: “João Ferreira de Almeida lançou-se num enorme projecto: a
tradução do Novo Testamento para o português usando como base parte dos
Evangelhos e das Cartas do Novo Testamento em espanhol da tradução de
Reyna Valera, 1569. Almeida usou também como fontes nessa tradução, as
versões: Latina (de Beza), Francesa [Genebra, 1588] e Italiana [Diodati
1641] – todas elas traduzidas do grego e do hebraico. O trabalho foi
concluído em menos de um ano quando Almeida tinha apenas 16 anos de
idade.” http://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o_Ferreira_de_Almeida A
tradução do NT do adolescente João Ferreira tinha tanto erro, que os
revisores passaram quatro anos tentando corrigir o que ele fez em menos
de um. Ele morreu em 1691, sem completar o VT, e outro continuou a
desastrada missão. Antes de morrer, João Ferreira publicou uma lista de
mais de mil erros em seu Novo Testamento, e Ribeiro dos Santos afirma
serem mais. (Ribeiro dos Santos foi um importante historiador do
protestantismo brasileiro. Ele era pastor presbiteriano).
Só em 1819 a bíblia completa de João Ferreira de Almeida foi publicada em um só volume pela primeira vez, com o título: “A
Bíblia Sagrada, contendo o Novo e o Velho Testamentos, traduzida em
português pelo Padre João Ferreira de Almeida, ministro pregador do
Santo Evangelho em Batávia. (…)”. Note que 128 anos depois da morte
de João Ferreira, o continuaram chamando de “padre” no prefácio para
agregar credibilidade a tal bíblia errática. Esta edição foi mais tarde
reimpressa com a ressalva: “EDIÇÃO REVISTA E CORRIGIDA”, e depois
novamente com: “ALMEIDA CORRIGIDA E FIEL”. Tais avisos significam, em
bom português, que as edições anteriores estão sempre erradas.
1836 – Inventam a “Noite de São Bartolomeu” contra a Igreja: o alemão Giacomo Meyerbeer (1791- 1864 ) forja em 1836, uma ópera intitulada “Les Huguenotes”
onde numa farsa musical, atribui a morte de protestantes (chamados
huguenotes), envolvidos em brigas políticas como os reis em 1572, à
Igreja Católica. Deram a esse episódio político o nome de “Noite de São Bartolomeu”,
para sutilmente o vincularem a Igreja. Porém, não foi a Igreja e nem o
Papa, e nem o alto clero francês que determinaram aquele massacre. Seria
preciso lembrar que, antes, os protestantes haviam feito outros
massacres de católicos, assassinado o Duque Francisco de Guise,
destruído igrejas e profanado muitas vezes hóstias consagradas e
destruído imagens. Os huguenotes eram uma bem pequena fração dos
franceses, mas nessa minoria ínfima, se contavam inúmeros príncipes e
personagens muito importantes que armavam os protestantes. Nesta tardia
ópera, forjada 264 anos após os fatos, Meyerbeer vergonhosamente
colocava o cardeal de Lorena, que no momento do massacre estava em Roma,
a abençoar em Paris os punhais destinados à matança. Se a Igreja
Católica de fato tivesse tido parte nisto, em 1593, o líder protestante
huguenote, Henrique IV, que escapou do citado massacre, não teria se
convertido voluntariamente e definitivamente ao Catolicismo. Consultas:
DEVIVIER, Pe. W., SJ. Curso de Apologética Christã, 3ª ed., São Paulo:
Melhoramentos, 1925, pp. 426-429; Enciclopédia Microsoft Encarta 99.
1858 – Inventam a mentira que
as doutrinas católicas têm origens pagãs: o ministro protestante escocês
Alexander Hislop, publica o mentiroso livro “A Duas Babilônias“,onde
alega que a religião da antiga Babilônia, sob a liderança do Nimrod e
sua esposa, recebeu mais tarde disfarces de sonoridade cristã,
transformando-se na Igreja Católica Apostólica Romana. Com efeito,
existiriam duas “Babilônias”: uma antiga e outra moderna (a Igreja Católica).
É deste livro que dimanam os insultos protestantes que caluniam que as
doutrinas católicas são pagãs, desde a hóstia até a celebração do Natal.
Ainda hoje os vemos com tal insulto na ponta da língua.
Recentemente, o pastor, Ralph
Woodrow, escritor protestante, reconheceu as acusações infundadas e
retirou das livrarias e substitui seu livro que se baseava nas mentiras
de Alexander Hislop. Aponta Ralph Woodrow: “É
impressionante como ensinamentos infundados como esses circulam e se
tornam críveis. Qualquer pessoa pode ir a qualquer biblioteca e
consultar qualquer livro sobre a história antiga da Babilônia: nenhuma
destas coisas poderá ser encontrada. Essas afirmações não possuem
fundamento histórico; ao contrário, são baseadas em um monte de peças de
quebra-cabeças sobre mitologia juntadas arbitrariamente.” (Confira em: http://www.ukapologetics.net/1hislopbaby.html) Para entender as doutrinas católicas, bastava estudarem a Bíblia e a Patrística.
1883 – Forjam um sanguinário juramento e os atribuem aos jesuítas, para posar de perseguidos ao mundo: o escritor francês Charles Didier (1805-1864), forja em seu livro “Rome Souterraine”,
um sanguinário “juramento” atribuindo-o aos jesuítas. Esse falso
juramento, ainda mais carregado de brutalidades, continua sendo
amplamente usado pelos protestantes em apostilas e na internet. No ano
de 1912 no estado da Pensilvânia-EUA, eles o utilizaram alterado para
ganhar uma eleição estadual contra o democrata católico, Eugene C.
Bonniwell. Para ver a investigação que desmascarou a farsa, acesse:
1962 – Reúnem todas as calúnias e lançam o livro “Catolicismo Romano” repleto de falsidades: o protestante presbiteriano Loraine Boettner (1901-1990), lança o livro “Catolicismo Romano” que era conhecido como “A bíblia do Anti-catolicismo”.
O livro continha quatrocentos e cinquenta páginas com todos os tipos de
distorções e mentiras sobre a Igreja Católica. Ainda hoje muitos
protestantes fazem uso das falsidades constante naquele livro. O
ministro protestante Scott Hahn distribuiu este embuste. Scott Hahn converteu-se ao catolicismo, provando ser o conteúdo do livro uma farsa. O
cd do seu testemunho de conversão atingiu o maior número de cópias
distribuídas em todos os tempos. O seu testemunho pode ser acessado
aqui:
1963 – Aliam-se aos comunistas para injuriosamente fazer da Igreja Católica cúmplice do nazismo: o protestante Rolf Hochhuth, para macular o Papa Pio XII escreve a peça “O Vigário” (1963), onde criminosamente põe o Papa como colaborador de Hitler. Essa farsa culminou mais tarde no livro de John Cornwell, “O Papa de Hitler”
(1999). Foi tudo de cabo a rabo uma criação da KGB. A operação foi
desencadeada em 1960 por ordem pessoal de Nikita Kruschev. Pacepa foi um
de seus participantes diretos. Entre 1960 e 1962 ele enviou a Moscou
centenas de documentos sobre Pio XII. Na forma original, os papéis nada
continham que pudesse incriminar o Papa. Maquiados pela KGB, fizeram
dele um virtual colaborador de Hitler e cúmplice ao menos passivo do
Holocausto. (leiam a história inteira aqui: http://www.nationalreview.com/articles/219739/moscows-assault-vatican/ion-mihai-pacepa ).
Desmoralizando estes
difamadores: Albert Einstein (1879-1955), um refugiado do nazismo, e a
primeira-ministra israelense Golda Meir (1898-1978), por exemplo,
expressaram publicamente sua gratidão ao Santo Padre por salvar judeus
do genocídio. Explicou à agência Zenit Gary L. Krupp, presidente da
Fundação Judaica Pave The Way (PTWF): “Os judeus sobreviventes
agradeceram pela oportunidade de saudar o Papa em alemão e italiano e de
agradecer-lhe pela intervenção da Igreja Católica para salvar suas
vidas durante a II Guerra Mundial.” (Fonte: http://www.zenit.org/article-18780?l=portuguese )
2003 – Lançam o filme “Lutero” recheado de mentiras e omissões: Tentam
no cinema reabilitar Lutero, num tributo fantasioso ao pai da revolta
protestante. Pois ainda que seus idealizadores tenham deixado de
retratar fielmente a vida atribulada de Lutero, movidos claramente pela
ideologia apaixonada que visou a reabilitação pública do monge alemão e o
bem da Igreja luterana, usaram e abusaram do princípio escandaloso
proposto pelo próprio Lutero: mentir a vontade, sem remorso, dizer boas e
grossas mentiras! De antemão se sabia que o filme seria tendencioso,
pois fora patrocinado por um fundo luterano milionário – Thrivent – bem como pela Federação Luterana. Mas o resultado ultrapassou em muito as piores perspectivas:
Do soberbo Lutero fizeram um religioso humilde, quando aquele na verdade dizia: “Cristo cometeu
adultério pela primeira vez com a mulher da fonte [do poço de Jacó] de
que nos fala São João. Não se murmurava em torno dele: Que fez, então,
com ela? Depois, com Madalena, depois, com a mulher adúltera, que ele
absolveu tão levianamente. Assim, Cristo, tão piedoso, também teve que
fornicar, antes de morrer”. (Lutero, Tischredden, Conversas à Mesa,
N* 1472, edição de Weimar, Vol. II, p. 107, apud Franz Funck Brentano,
Martim Lutero, Ed Vecchi Rio de Janeiro 1956, p. 15).
Do infiel Lutero, fizeram um homem leal, quando aquele dizia: “Eu tive até três esposas ao mesmo tempo.”
(Lutero). Dois meses após ter dito isto, Lutero se casa com uma quarta
mulher, uma freira. (Guy Le Rumeur, La révolte des hommes et l’heure de
Marie 1981, apud Lex Orandi: La Nouvelle Messe et la Foi – Daniel
Raffard de Brienne 1983).
Do assassino Lutero, fizeram um santo, quando aquele dizia: “Eu,
Dr. Martim Lutero, durante a rebelião matei todos os camponeses, porque
fui eu quem ordenou que eles fossem mortos. Todo o sangue deles está
sobre minha cabeça. Mas eu o ponho todo sobre Deus Nosso Senhor; pois
foi ele quem assim me mandou falar!” (”Tischredden”, Ed. Erlangen, Vol. 59, p. 284)
Jesus edificou Sua única Igreja
sobre Pedro apóstolo (Mateus 16,18), nos ensinou que o Diabo é o pai da
mentira (João 8,44), e príncipe deste mundo (João 12,31; 14,30; 16,11).
Também nos ensinou que Ele, Jesus, é a verdade o caminho e a vida (Jo
14, 6), que sua Igreja é a coluna e fundamento da verdade (1 Timóteo
3,15) e que seu reino não é desse mundo (Jo 18, 36).