V.
Vinde, ó Deus, em meu auxílio.
R.
Apressai-Vos, Senhor, em me socorrer.
V.
Glória ao Pai, e ao Filho e ao Espírito Santo.
R.
Assim como era no princípio, agora e sempre e por todos os séculos
dos séculos. Amém.
Oferecimento
Imaculada
Virgem Mãe de Deus, Rainha dos Céus e da terra, minha terna Mãe,
eu Vos ofereço e consagro esta novena, destinada a promover o Vosso
culto, a celebrar as Vossas glórias e aumentar a devoção para
convosco. Dignai-Vos aceitá-la, ó Mãe Virgem, e acolher todos os
que recorrem a Vós, e abrasai o meu coração no amor divino, para
que de hoje em diante os meus pensamentos, palavras e obras não
tenham outro fim senão concorrer para Vos dar glória e a Vosso
divino Filho. Assim seja.
Coroinha
em
Honra da Imaculada
Conceição
de Maria Santíssima
Primeira
Parte: Seja bendita a Santa e Imaculada Conceição da Beatíssima
Virgem Maria. Recite-se 1 Pai Nosso, 4 Ave Marias e um Glória ao
Pai.
Segunda
Parte: Seja bendita… Recite-se 1 Pai Nosso, 4 Ave Marias e
um Glória ao Pai.
Terceira
Parte: Seja bendita… Recite-se 1 Pai Nosso, 4 Ave Marias e
um Glória ao Pai.
5º
Dia
As
Provas deste Privilégio:
1º)
A Sagrada Escritura.
A
Sagrada Escritura, a Tradição e a razão proclamam em altas vozes
esse privilégio insigne.
A
Sagrada Escritura,
antes de tudo. Nenhuma passagem do Velho ou do Novo Testamento nos
diz, explicitamente, que a Virgem não contraiu o Pecado Original.
Dizem-nos isto, porém, implicitamente, duas passagens: uma do Velho
(o Proto-evangelho)
e uma do Novo Testamento (a
saudação do Anjo a Maria).
a)
O Proto-evangelho.
Di-lo implicitamente o Proto-evangelho, ou seja, o primeiro anúncio
da Redenção, feito por Deus mesmo a nossos proto-parentes no Éden,
logo depois da queda dos mesmos: “Eu porei inimizade
entre ti e a mulher, entre a descendência tua e a descendência
dela. Ela te esmagará a cabeça e tu armarás insídias a seu
calcanhar”. Esta mulher
futura, vencedora de Satanás, é Maria. Do texto ora citado pode-se
deduzir um duplo argumento em favor da Imaculada Conceição. Com
efeito, o texto enuncia uma especial e ilimitada inimizade,
ou seja, uma oposição plena e contínua
entre o Diabo, isto é, o pecado e a mulher profetizada, ou seja, a
Senhora (aquela mesma oposição que teria de existir entre Cristo e
o Diabo). Mas essa oposição
não seria plena e contínua se, mesmo por um instante, a Virgem
Santíssima tivesse de ficar sujeita ao Pecado Original, isto é, ao
Diabo.
Além
disso, o texto do Gênesis declara que a Virgem Santíssima, junto
com o seu Filho, teria de conquistar (como consequência de sua plena
e contínua inimizade com o Diabo) um triunfo integral sobre o
Demônio e o pecado. O par dos vencidos (Adão e Eva) viria a ser
substituído pelos dois vencedores (Cristo e Maria). Mas esse triunfo
não teria sido integral se a Virgem Santíssima, no primeiro
instante de sua existência, houvesse estado sujeita à culpa e,
portanto, vencida pelo Demônio.
No
Proto-evangelho, portanto, encontramos revelada formalmente, embora
só de modo implícito, a verdade da Imaculada Conceição.
b)
A saudação do Anjo.
Outro testemunho implícito da Imaculada Conceição, encontramo-lo
na saudação dirigida pelo Anjo à Virgem no dia da Anunciação.
Disse
o Anjo: “Salve, cheia de graça; o Senhor é convosco;
bendita sois Vós entre as mulheres”.
Notem-se bem três coisas: a Virgem Santíssima é proclamada cheia
de graça, unida a Deus, bendita entre as mulheres, sem limite algum
de tempo. São três afirmações que A põem, equivalentemente, para
fora da esfera contaminada pela culpa, na qual se movem todos os
míseros filhos de Eva. Com efeito, Ela é saudada como tão cheia de
graça que jamais poderá ter estado privada dela, nem mesmo por um
só instante de sua existência; é saudada como unida de tal modo a
Deus, que jamais terá podido estar separada Dele pelo pecado, nem
mesmo por um instante; é saudada como bendita entre as mulheres de
um modo que jamais terá podido, nem por um instante, ser objeto de
maldição da parte de Deus. Esta é a interpretação dada pelos
Padres às palavras do Anjo. Maria apareceu, portanto, neste mundo
como uma aurora cândida, sem sombra de culpa: “quasi
aurora consurgens”. Tudo isso
se nos tornará evidente, se nos detivermos a fazer uma rápida
análise dos três incisos da saudação do Anjo: são
os três raios da Imaculada.
“Salve,
cheia de graça!”
A Virgem Santíssima é saudada como cheia de graça. Não só. Essa
plenitude de graça é de tal modo uma propriedade da Virgem
Santíssima que constitui, de certa maneira, seu próprio nome. Com
efeito, o Anjo não diz: “Ave,
Maria, cheia de graça”,
mas diz simplesmente: “Ave,
ó cheia de graça!”
Este vocativo: “cheia
de graça”
é como o nome próprio e, portanto, como uma propriedade da Virgem
Santíssima. Mas o que constitui a propriedade, isto é, o proprium
de uma pessoa ou de uma coisa, lhe convém não só em algum período
determinado de tempo, mas sempre. Assim, por exemplo, é próprio do
sol resplandecer; por isto, o sol resplandece sempre. A plenitude de
graça, portanto, sendo uma propriedade de Maria, deve ter existido
sempre Nela; não só quando foi saudada cheia de graça, porém
sempre, desde o primeiro instante de sua vida. Mas, onde está a
graça, não pode estar o pecado, pois a graça é luz e o pecado,
trevas; onde está a luz, não podem estar as trevas. Por força,
pois, de sua plenitude de graça, ou seja, dessa sua propriedade, a
Virgem Santíssima não deve jamais ter estado em pecado; deve
ter sido,
portanto, concebida
Imaculada.
Não
basta. O Anjo acrescenta mais: “O
Senhor é convosco”,
isto é, o Senhor esteve e está em Vós, de um modo todo particular,
com sua sabedoria, poder e bondade; esteve e está em Vós para Vos
proteger sob a sombra de suas asas, como a pupila de seus olhos. Não
há nenhuma palavra do Anjo que circunscreva dentro de certo limite
de tempo essa presença particular de Deus em Maria. Deus, portanto,
esteve particularmente presente Nela em todos os instantes de sua
vida, desde o primeiro instante de sua cara e gloriosa existência.
Mas, onde Deus está presente não pode estar presente o Demônio, ou
seja, o pecado. Tanto mais que a Virgem Santíssima havia sido
escolhida para a alta missão de esmagar a cabeça da Serpente
infernal, que tinha enganado a primeira mulher e a impelira a pecar.
A Virgem Santíssima, desde o primeiro instante de sua existência
pessoal, sentiu Deus presente em Si mesma, sentiu-se filha de Deus,
portanto, esteve imune da culpa original, que nos priva da presença
especial de Deus.
O
Anjo, por fim, coerentemente com as afirmações eloquentes dos dois
incisos precedentes, disse mais: “Bendita
sois Vós entre as mulheres!”
Como
é eloquente também este terceiro inciso! A Virgem Santíssima é,
com efeito, declarada bendita de um modo todo particular, em sumo
grau, sem limite algum de tempo, portanto, sempre. Mas, onde se tem
presente a bênção de Deus, não pode estar presente de modo algum
a maldição hereditária, que é constituída pelo Pecado Original.
Com efeito, segundo a Escritura, um é o pecado por antonomásia, o
Pecado Original; logo, uma também é a bênção por antonomásia, a
imunidade do Pecado Original, causa
da maldição de Deus. Nas palavras dirigidas pelo Anjo a Maria
Santíssima: “Bendita
sois entre as mulheres”,
quem não vê um paralelismo autêntico com as palavras dirigidas por
Deus, logo depois da culpa original, à Serpente: “Maldita
és tu entre os animais da terra”?
Como a Maldição particular da Serpente foi efeito e pena do Pecado
Original, assim a bênção particular de Maria foi efeito e prêmio
de sua preservação do Pecado Original.
A
saudação do Anjo a Maria: “Salve,
cheia de graça, o Senhor é convosco, bendita sois entre as
mulheres!”
equivale, em poucas palavras, a esta: “Ave, ó
Imaculada!”
No
primeiro inciso, com efeito, acha-se expressa a causa formal de sua
exímia pureza original, ou seja, a graça: “Salve,
cheia de graça!”.
No segundo inciso, acha-se expressa a causa eficiente dessa pureza,
ou seja, Deus: “o
Senhor é convosco”.
No terceiro inciso, acha-se expresso o duplo efeito ou fruto da dupla
causa, formal e eficiente, de tal pureza, ou seja, o fruto da plena
preservação da maldição e o fruto da bênção singular: “Bendita
entre as mulheres”.
Entre outras palavras, pois, o Anjo disse: “Ave,
ó Imaculada!”
Pai
Nosso, Ave Maria, Glória ao Pai.
Oração
Virgem
Imaculada, que agradastes ao Senhor e fostes sua Mãe: por piedade
volvei benigna os olhos para nós, os infelizes, que imploramos o
vosso poderoso patrocínio.
A
Serpente maligna, contra quem foi lançada a primeira maldição,
teima em combater e tentar os míseros filhos de Eva.
Eia,
bendita Mãe, nossa Rainha e Advogada, que desde o primeiro instante
da vossa Conceição esmagastes a cabeça do Inimigo! Acolhei as
súplicas que, unidos a Vós num só coração, vos pedimos que
apresenteis diante do Trono do Altíssimo, para que nunca nos
deixemos cair nas emboscadas que se nos preparam; para que todos nós
cheguemos ao porto da salvação; e, no meio de tantos perigos, a
Igreja e a Sociedade, cantem de novo o hino do resgate, da vitória e
da paz. Assim seja.
V.
Toda sois formosa, ó Maria.
R.
Toda sois formosa, ó Maria.
V.
E mácula original não há em Vós.
R.
E mácula original não há em Vós.
V.
Vós sois a glória de Jerusalém.
R.
Vós sois a alegria de Israel.
V.
Vós sois a honra do nosso povo.
R.
Vós sois a Advogada dos pecadores.
V.
Ó Maria.
R.
Ó Maria.
V.
Virgem prudentíssima.
R.
Mãe clementíssima.
V.
Rogai por nós.
R.
Intercedei por nós a Nosso Senhor Jesus Cristo.
V.
Vós fostes, ó Virgem, imaculada em vossa Conceição.
R.
Rogai por nós ao Pai, cujo Filho destes à luz.
Oremos: Ó
Deus, que pela Imaculada Conceição da Virgem Maria, preparastes a
vosso Filho digna morada: nós vos rogamos que, pois a preservastes
de toda a mancha, pela previsão da morte de seu mesmo Filho, nos
concedais por sua intercessão, que também puros até Vós
cheguemos. Pelo mesmo Cristo, Senhor nosso.
R.
Amém.
Ladainha
de Nossa Senhora
(Atualizada)
Senhor,
tende piedade de nós.
Jesus
Cristo, tende piedade de nós.
Senhor,
tende piedade de nós.
Jesus
Cristo, ouvi-nos.
Jesus
Cristo, atendei-nos.
Pai
celeste que sois Deus, tende piedade de nós.
Filho,
Redentor do mundo, que sois Deus,
Espírito
Santo, que sois Deus,
Santíssima
Trindade, que sois um só Deus.
Santa
Maria, rogai por nós.
Santa
Mãe de Deus,
Santa
Virgem das Virgens,
Mãe
de Jesus Cristo,
Mãe
da Igreja,*
Mãe
de misericórdia,*
Mãe
da divina graça,
Mãe
da
esperança,*
Mãe
puríssima,
Mãe
castíssima,
Mãe
imaculada,
Mãe
intacta,
Mãe
amável,
Mãe
admirável,
Mãe
do bom conselho,
Mãe
do Criador,
Mãe
do Salvador,
Virgem
prudentíssima,
Virgem
venerável,
Virgem
louvável,
Virgem
poderosa,
Virgem
clemente,
Virgem
fiel,
Espelho
de justiça,
Sede
de sabedoria,
Causa
da nossa alegria,
Vaso
espiritual,
Vaso
honorífico,
Vaso
insigne de devoção,
Rosa
mística,
Torre
de Davi,
Torre
de marfim,
Casa
de ouro,
Arca
da aliança,
Porta
do céu,
Estrela
da manhã,
Saúde
dos enfermos,
Refúgio
dos pecadores,
Conforto
dos migrantes,*
Consoladora
dos aflitos,
Auxílio
dos cristãos,
Rainha
dos anjos,
Rainha
dos patriarcas,
Rainha
dos profetas,
Rainha
dos apóstolos,
Rainha
dos mártires,
Rainha
dos confessores,
Rainha
das virgens,
Rainha
de todos os santos,
Rainha
concebida sem pecado original,
Rainha
elevada ao céu,
Rainha
do sacratíssimo rosário,
Rainha
da família,*
Rainha
da paz,
Cordeiro
de Deus, que tirais os
pecados do mundo, perdoai-nos Senhor.
Cordeiro
de Deus, que tirais os pecados do mundo, ouvi-nos Senhor.
Cordeiro
de Deus, que tirais os pecados do mundo, tende piedade de nós.
V.
Rogai por nós, Santa Mãe de Deus.
R.
Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
Oremos:
Senhor Deus, nós Vos suplicamos que concedais aos vossos servos
perpétua saúde de alma e de corpo; e que, pela gloriosa intercessão
da Bem-aventurada sempre Virgem Maria, sejamos livres da presente
tristeza e gozemos da eterna alegria. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.
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