Blog Católico, para os Católicos

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"Uma vez que, como todos os fiéis, são encarregados por Deus do apostolado em virtude do Batismo e da Confirmação, os leigos têm a OBRIGAÇÃO e o DIREITO, individualmente ou agrupados em associações, de trabalhar para que a mensagem divina da salvação seja conhecida e recebida por todos os homens e por toda a terra; esta obrigação é ainda mais presente se levarmos em conta que é somente através deles que os homens podem ouvir o Evangelho e conhecer a Cristo. Nas comunidades eclesiais, a ação deles é tão necessária que, sem ela, o apostolado dos pastores não pode, o mais das vezes, obter seu pleno efeito" (S.S. o Papa Pio XII, Discurso de 20 de fevereiro de 1946: citado por João Paulo II, CL 9; cfr. Catecismo da Igreja Católica, n. 900).

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Pode haver autêntico Dom das Línguas fora da Igreja Católica?


Respostas dos Erros Modernos

"C omo muitos outros que começaram a ler o livro ‘Eles falaram em outras línguas’ (de origem pentecostal), eu logo senti que não po­dia parar de ler. Com poucos capítulos de lei­tura, eu já tinha sido forçado a admitir que havia um grande número de cristãos, que ainda es­tão vi­vos, nos dias atuais, que estavam recebendo os Dons (extraordinários) do Espírito Santo, e que estes cristãos se encontravam em qualquer igreja que se pos­sa imaginar, de Deno­minação Cristã, Confessional, Eucarística ou não, ou simples Sei­tas...” (Peter Collins, um dos primeiros católicos iniciados no Pente­costalismo; extraí­do da obra “Como um Novo Pen­tecostes”, p. 148, de autoria da sra. Patti G. Mansfield ).


Respostas dos Ensinamentos Tradicionais da Igreja Católica

Verdadeiro Dom das Línguas concedido pelo Divino Espírito Santo, não. Não pode ha­ver, nunca houve e nunca haverá (cfr. Núm. 11, 24-29; I Rs. 10, 5-7. 10-13; 19, 20-24; Jl. 2, 28-29; S. Marc. 16, 17; At. 2, 1-4. 15-18; 4, 23-33; etc.).

► “Sendo Deus simplesmente uma causa oculta para nós, aquilo que por Ele é feito fora da or­dem das causas secundas nossas conhecidas é simplesment­e chamado de Mila­gre... Rea­lizar Milagres só a Deus pertence, conforme o declara o Salmista: ‘Que faz sozinho coi­sas admiráveis’ (Salm. 135, 4)... Porque tais Milagres só são feitos por Deus, muito con­vincentemente são apresenta­dos como pro­vas da Fé, pois esta só a Deus tem por funda­mento...” (S. To­más de Aquino, “Compêndio de Teologia”, Part. I, 1º Tratado, Pont. III, Cap. CXXXVI).

O verdadeiro Milagre “só Deus pode fazer” (S. Tomás de Aquino, S. Th. I, Q. 111, ad, cfr. S. Th. III, Q. 44, a. 4 ad 3), “se faz contra toda natureza cria­da” (S. Th. I, Q. 105, a. 6 ad 3), “tem causa ocul­ta e efeito manifesto”  (S. Th. I, Q. 105, a.7 ad). É a confirmação da Doutri­na de Cristo, cujo poder vem de Deus (S. Th. III, Q. 43, a.4 ad 3). Pelo Milagre, Graça gratui­ta, o homem, guiado pela ra­zão natu­ral, depreende de efeitos sensíveis um certo conhecimen­to de Deus, por efei­tos sobrenaturais (S. Th. II-II, Q. 178, a. 1 ad). E isto Deus o faz gratuita­mente, para utilidade do ser humano (S. Th. II-II, Q. 178, a. ad 2). A razão pela qual os Mila­gres são feitos é a manifestação das Verdades Sobrenaturais; por isso são denominados Sinais. Porque excedem a capacidade da natureza denominam-se Virtudes. Pela ex­celência dessas manifestações são chamados Portentos e Pro­dígios (S. Th. II-II, Q. 178, a.1 ad 3).

Imperfeita é a Fé que se apoia demasiado nos Milagres (S. Jo. 10, 37). A Fé é anterior ao Milagre (cfr. S. Marc. 5, 35; S. Mat. 8, 8; S. Jo. 20, 29).

Não, porque “assim como o Espírito Santo, nesse dia (de Pentecost­es), só foi dado aos que se achavam no Cenáculo, também só se dá àqueles que se acham na Igre­ja e possuem todas as disposições necessári­as para recebê-lO. Fora da Igreja, não é possí­vel esperar tal favor. Assim como ‘a pomba não pode encontrar, fora da Arca, onde repou­sar o seu pé’ (Gên. 8, 9), também o Espírito Santo, figurado por essa ‘pomba’, não acha onde re­pousar fora da Igreja, figurada pela ‘Arca’. Por isso, dizia o Filho de Deus que, ‘o mundo é incapaz de recebê-lO’ (S. Jo. 14, 17). Por ‘mundo’, en­tendia aqueles que recusam abraçar a Sua Religião, combatem Sua Doutri­na, e se opõem à Sua Santa Lei” (Ven. Pe. Luís du Pont, S.J., ob. cit.).

Não, porque somente é concedido por Deus, este Milagre do Dom das Línguas, para a prega­ção da Verdadeira Doutrina; pois, como ensina o ‘único Teólogo recomendado por um Concílio Ecumêni­co’ (Papa Paulo VI), “contra a Fé ninguém operará verdadeiros Mila­gres, pois que Deus não dá tes­temunho em favor da falsidade. Portanto, quem prega uma fal­sa doutrina não pode fa­zer (verdadei­ros) Milagres, se bem que o possa às vezes mesmo, o que tem má vida (cfr. Catec. Romano, Part. I, Cap. X, Art. 25), se ensina a Dou­trina Ver­dadeira” (S. Tomás de Aquino; texto extraído da obra “Novo Testamento...”, de Mons. Dr. José Basílio Pereira, e editada pelos Religiosos Franciscanos da Bahia). Conferir S. Mat. 10, 1-8. 32-33; S. Marc. 9, 37-39; At. 19,13-17.

► “Milagres, somente os há na Igreja” (R. Pe. José Mach, S.J., “Tesou­ro do Ca­tequista – ou Explanação da Doutrina Cristã”, retirada em grande parte da que compôs por or­dem do Papa Clemente VIII, o Bem-aventurado Pe. Roberto Belarmino, Part. I, Art. XI).

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Fonte: Acessar o ensaio "Elucidário sobre o Dom das Línguas" no link "Meus Documentos - Lista de Livros".

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