Blog Católico, para os Católicos

BLOG CATÓLICO, PARA OS CATÓLICOS.

"Uma vez que, como todos os fiéis, são encarregados por Deus do apostolado em virtude do Batismo e da Confirmação, os leigos têm a OBRIGAÇÃO e o DIREITO, individualmente ou agrupados em associações, de trabalhar para que a mensagem divina da salvação seja conhecida e recebida por todos os homens e por toda a terra; esta obrigação é ainda mais presente se levarmos em conta que é somente através deles que os homens podem ouvir o Evangelho e conhecer a Cristo. Nas comunidades eclesiais, a ação deles é tão necessária que, sem ela, o apostolado dos pastores não pode, o mais das vezes, obter seu pleno efeito" (S.S. o Papa Pio XII, Discurso de 20 de fevereiro de 1946: citado por João Paulo II, CL 9; cfr. Catecismo da Igreja Católica, n. 900).

sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Padre exorcista revela confissões de satanás, o que mais lhe agrada.


Quem foi o Padre Pellegrino Ernetti?


(13 de outubro de 1925 – 8 de abril de 1994)
 
Foi um padre Beneditino católico e italiano que era o mais famoso exorcista  de Veneza. Aliás, exercendo este ofício, Padre Pellegrino era muito conhecido em toda Itália, pois o exerceu durante 40 anos tornando-se célebre na aplicação do ritual romano do exorcismo.
Ernetti nasceu em Rocca Santo Stefano , perto de Roma, em 13 de outubro de 1925. Aos dezesseis anos ingressou na abadia beneditina de San Giorgio Maggiore , em Veneza. Ali permaneceu até sua morte, aos 69. Padre Ernetti era um lingüista estudioso, biblista e músico (um renomado especialista em “arcaica” pré-cristã ou pré-polifônico músical), bem como um cientista. padre Gabriele Amorth o menciona em seu livro Um Exorcista Conta-nos. Ernetti tinha uma licenciatura em física quântica.

Quando Padre Gabriele Amorth o encontrou pela primeira disse-lhe: “Se pudesse falar com o Papa, eu lhe diria que encontro muitos bispos que não acreditam no demônio”. No dia seguinte, o padre Ernetti foi falar com o Padre Amorth e contou-lhe que naquela manhã tinha sido recebido por João Paulo II (o Papa da época). “Santidade”, dissera-lhe, “há um exorcista aqui em Roma, padre Amorth, que se viesse falar com o senhor diria que há muitos bispos que não creem no demônio”. O Papa respondeu-lhe claramente:“Quem não crê no demônio não crê no Evangelho”. Padre Amorth cita este episódio para justificar sua opinião a respeito dos bispos que não nomeiam exorcistas.

Livro  italiano: Catechesi di Satana – relato de exorcismos.
Padre Pellegrino Ernetti.
Confissões de Satanás  -O que mais agrada o Demônio.

A comunhão na Mão:  Com a comunhão na mão eu posso humilhar o vosso Deus . E posso celebrar a minha missa – se refere às missas negras – com meus sacerdotes a quem arrebatei Dele. (Refere-se aos padres católicos apóstatas e satanistas que celebram estas missas sacrílegas)


A Vestimenta Secularizada dos Sacerdotes: Os sacerdotes, vestidos de qualquer maneira e camuflados, eu os conduzo aonde quero: aos prostíbulos, à busca de mulheres e de homossexuais e quantos sacrilégios os faço cometer e assim os levo ao meu reino. Quantos e quantos sacerdotes mimetizados eu já tenho em meu reino, e dali não escaparão jamais. (risos de escárnio)
 

Sacerdotes e Bispos que pertencem à Maçonaria: quantos bispos e sacerdotes eu tenho inscrito na maçonaria e em minhas seitas. Oh, quantos e quantos são os que eu arrasto atrás do dinheiro e das mulheres. Quantos eu os tenho transformado em meus fiéis amigos.
 
 
Roupas indecentes das Mulheres: Mediante as saias curtas eu consigo enlaçar a homens e mulheres, com os quais encho o meu reino. (aqui profere risos prolongados  e desequilibrados)
 

A televisão: A televisão! Uhhh! A televisão! É meu aparato, eu a inventei para destruir a cada uma das almas das famílias. Eu as separo, as desagrego, com meus programas de sutilismo penetrante. Uhhh! A televisão é o centro de atração mediante o qual me aproprio de muitos sacerdotes, irmãos e irmãs – religiosos e religiosas – especialmente nas altas horas da madrugada, para conseguir que logo deixem de rezar. Há há há! Num só momento em apareço em todo mundo! Escutam-me e me veem todos e assim ajudam perfeitamente, tanto a mim como aos meus fiéis servos, os magos, as bruxas, os que tiram cartas, os taoistas, os que leem as mãos, os astrólogos!  Hahaha!
 
 
As Discotecas: Que belas são as discotecas! São meus palácios de ouro para onde eu atraio as melhores esperanças da sociedade, os jovens e a aqueles que lá vão os faço meus, destruindo suas almas e seus corpos. À quantas milhares de milhares de almas eu atraio aqui com o álcool, a droga e o sexo.. Oh, que colheita contínua faço aqui! Nestes lugares tenho conseguido muitos políticos que são os meus fiéis servos consagrados. Ali eu sou o verdadeiro rei do mundo e não o vosso Deus a quem eu crucifiquei!
 
 
 O Divórcio: Os divórcios e separações dos esposos foram inventados por mim e sobre ele reivindico a propriedade. Esta foi uma das minhas mais inteligentes descobertas. E tão logo atraio uma família eu a destruo, e com ela a sociedade onde sou adorado como verdadeiro rei do mundo. O sexo! O sexo! Meu reino se baseia, sobretudo, na liberdade total do prazer sexual, com o qual reino em toda a terra.
 
 
O Aborto, a Morte dos Inocentes: Oh! Urrahhh! Urrrah! Este tem sido o meu mais belo engano, o que mais feliz tem me tornado. Matar os inocentes em vez dos culpáveis como os homicidas da máfia. Assim eu destruo a humanidade, e aos adoradores do vosso falso Deus, antes de eles nascerem!


As Drogas: este é o alimento mais substancioso que faço os jovens comerem, para torná-los loucos! Deste modo eu faço com eles o que quero: ladrões, assassinos, luxuriosos, ferozes como eu, dominadores do mundo, e meus ministros.


Os sacerdotes que negam a existência do Demônio: Porém, sobretudo me alegram e me enchem de prazer todos aqueles eclesiásticos que negam minha existência e as minhas obras no mundo. São muitíssimos! Oh, que gozo, que gozo imenso é isso para mim! Porque deste modo eu trabalho tranquilo e seguro! Hoje em dia até mesmos os teólogos são os que negam a minha existência. Que belo, que gozo! Inclusive negam ao seu Deus, que veio para me destruir. Porém eu o tenho vencido! Bravo para estes sacerdotes! Bravíssimo para estes bispos! Bravíssimo para estes teólogos! Porque ao agirem assim todos vocês se fazem meus fidelíssimos escravos e eu faço com vocês o que me dá ganas de fazer.¡”.


Hoje são todos meus! Eu os levo para onde quero! Vestidos de coveiros, sempre com cigarro na boca, perfumados como efeminados cercados de mulheres fáceis, trajando a última moda, cheios de dinheiro, se rebelando contra os Dogmas. Eles são meus soldados mais seguros, e deles o meu reino está cheio. Cheio deles! Através deles introduzo a confusão e o desacerto entre o povo, que assim se afasta cada vez mais do seu falso Deus. Então eu os arrojo no meu reino de ódio e desespero eterno, onde estarão para sempre comigo. ¡jajajajajajajajajajaaaaa!”. A quantos destes eu faço que pertençam às minhas seitas! Seduzidos pelas minhas carreiras, meu dinheiro, com o qual os compro com facilidade. E termino com o triunfo de que não amem mais ao seu falso Deus e a aquela Senhora, que pretende me vencer.

As Seitas: Tenho particularíssima predileção pelas muitíssimas seitas, que continuamente estou criando e difundindo em todo o mundo. São os meus mais imediatos, através dos quais eu tiro a fé no vosso falso Deus Crucificado. Crio assim uma Babel da fé! (risos prolongadas)…Porque eu já ganhei, criando esta Babel da fé. Tanto entre os humildes como entre os instruídos, inclusive sacerdotes, teólogos e bispos. Minhas seitas são cada vez mais visíveis! Minha maçonaria ampara muito bem a todos os meus seguidores. Eu sempre serei vencedor e a Babel da fé será minha especial vitória.



Somente em vossa Itália eu tenho 672 seitas, são as minhas religiões satânicas, repletas de almas que se entregaram a mim, se consagrando e batizando em meu nome e assinando com seu próprio sangue. Eles me rendem todos os dias o culto que eu mereço como soberano da terra, com orações, hinos e cânticos! Com a missa negra, durante a qual eu venço, pisoteando e destruindo aquela Hóstia, na qual os estúpidos cristãos acreditam, na qual está presente o seu estúpido Crucificado. Se Ele fosse um Deus verdadeiro, por que permitiria que eu o destruísse impunemente? (Grandes risadas)

As seitas, mandadas por mim, formam o estado maior do meu reino, e convertem incessantemente aos católicos que se fazem assim meus seguidores. São centenas e centenas os que, a toda hora, renegam a vossa fé, para aderirem às minhas seitas, onde os acolho com os braços abertos e lhes dou todos os meus prazeres e toda a liberdade de viverem bem, mas distantes da vossa Igreja. Desta forma eu os sacio com a verdadeira felicidade, o verdadeiro gozo, que somente eu posso dar aos homens.

Desde a alta até a média e a baixa Itália, com suas ilhas, e em todas as partes, tenho minhas seitas que trabalham febrilmente! Por conta disso, atualmente muitas igrejas e paróquias estão sem sacerdotes! Isso é porque temos tido sucesso em destruir e fazer morrer as vocações. Disso se deduz que as minhas seitas tem suplantado aos sacerdotes.

Tenho as Testemunhas de Jeová, os centros da Era de Aquário, os antroposofistas de Steiner, os teósofos, Carolina, cenáculo 33, os xamanistas, os rosa-cruzes, os arcobaleno, os gialli, os ergonianos, a cientologia, e tantas outras das minhas seitas e religiões que cada dia eu invento e acredito, são um verdadeiro exército que luta contra a vossa Igreja. E assim eu a vencerei, a vencerei, ainda que vosso Crucificado tenha dito que “as portas do inferno não prevalecerão contra ela”.

Os Teólogos: Ai, meus teólogos, as suas doutrinas que eu lhes tenho inspirado! Estes se constituem na minha ponta de diamante, da trincheira de frente. Que teólogos inteligentes eu tenho! Eles têm compreendido que estes Dogmas rigidíssimos, ditados por algumas cabeças loucas de eclesiásticos, são, na realidade, falsidades pueris que colapsam diante da simples confrontação com a realidade cotidiana. Que crânios! Bravo! Bravíssimo!


A muitos deles, eu os impulsiono a que ensinem minhas doutrinas não somente nos seminários diocesanos, como também nas mais elevadas Universidades Pontifícias, inclusive na romana, aquela que vosso sacerdote de branco chama de Universidade Lateranense! A doutrina da “morte a Deus”, eu a tenho inspirado, eu, e através dela, me chegaram milhares de estudiosos, que se transformaram em meus discípulos e fiéis convencidos. E desde que eu reino, vosso Deus está morto, não existe mais. Acaba-se assim toda lei restritiva: todos podem e devem, viver livremente, tal como eu ensino:  liberdade de pensamento, liberdade de ideias, liberdade de ação…

Todo o mundo deve ser livre para ser e querer aquilo que quer e deseja, em todas as partes, e sempre assim com cada um. Não existe mais nenhuma norma nem regra! Agora cada um é como eu sou agora: Mestre de todos e de tudo! Vosso Deus está morto! Quem o poderá negar se o próprio Deus Crucificado declarou que eu sou o príncipe deste mundo? Ele mesmo disse que tudo estará debaixo do meu domínio e poder indiscutível! Finalmente estes teólogos, os mais inteligentes de todos, acabaram me dando razão!

E além destes grandes teólogos que estão comigo, existem outros pequenos teólogos, que por vingança, negam a minha existência, como se fosse um conto da Idade Média, atribuindo todas as minhas presenças e manifestações como efeitos de ordem unicamente psíquica e psiquiátrica. Bravíssimo para estes teólogos, sacerdotes, para todos estes bispos, urraaah, para eles! Este é o maior serviço que me podem fazer estes senhores, porque me permite agir silenciosamente, sem que ninguém lute contra minha presença e astúcia. Bravíssimo, que continuem sempre assim, que eu continuarei com minha obra infernal e vencerei sem dar um só tiro.

Meus teólogos inteligentes, que negam os Dogmas da vossa Igreja, e os teólogos estúpidos que negam a minha existência. Que triunfo!  Porém, tudo isso fiz em pouco tempo, e onde está um só deles que tenha voltado atrás? Nenhum! Eles negam todos os Dogmas, entre os quais se inclui aquele de minha existência! Assim tenho vencido a vossa Igreja!



sábado, 17 de dezembro de 2016

Imagem do ano passado quando o Milagre 
aconteceu nas mãos do Papa Francisco

 

sábado, 17 de dezembro de 2016


URGENTE: Não ocorreu o Milagre de São Januário

Como sabemos todo dia 16 de Dezembro ocorre o milagre de São Januário onde o Sangue guardado num relicário se liquefaz. Entretanto no dia de Ontem o milagre não ocorreu e o Cardeal Sepe assim como os fieis ficaram apreensivos. Segundo a tradição quando o milagre não ocorre é sinal de uma tragédia próxima ou pedido de conversão urgente para a Igreja, é raríssimo o milagre não ocorrer, as vezes passa séculos sem interrupção.
 
 
 

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

MESSAGGIO DI PADRE PIO AD UN’ANIMA DI DON GIUSEPPE TOMASELLI.


 
MESSAGGIO di PADRE PIO ad UN’ANIMA

di Don Giuseppe Tomaselli – Sacerdote salesiano.

Domingo, 21 de outubro de 2012



INTRODUZIONE


Padre Pio da vivo appariva a molti per bilocazione; anche dopo la morte continua a manifestarsi a certe persone.

È apparso ad un'anima privilegiata ed ha dettato il seguente messaggio. Si riporta fedelmente.

Padre Pio è apparso circonfuso di luce meravigliosa, in mezzo ai fiori e circondato dagli Angeli. Le sue piaghe erano luminose, ma più che tutto la piaga del costato. Sul petto aveva una Croce, però senza Crocifisso. Il Crocifisso era lui.

Caro fratello,

Scrivi; non aver paura! Sono Padre Pio! Viva eternamente Gesù Re e Padrone di tutto l'universo!

Dal trono della mia gloria faccio giungere a te la mia parola, mentre sei nel mare tempestoso della vita umana, che si dibatte e nuota nel letamaio di ogni sozzura.

Io, Padre Pio, amante di Gesù Crocifisso, copia vivente della sua vita crocifissa, ho il permesso di comunicarti quanto mi è avvenuto appena spirato.

L'Onnipotente Iddio, giustissimo ed amabilissimo, ha permesso che l'anima mia rimanesse ancora per tre giorni nel globo terrestre, ai piedi del Tabernacolo, per riparare tutte le irriverenze che si erano commesse a causa della mia presenza affollata ed attenzionata nel luogo santo di Dio.

L'essere rimasto tre giorni ai piedi del Tabernacolo non vuol dire discapito della santità, che l'infinita bontà di Dio ha voluto elargirmi.

Nell'istante del mio trapasso ho compreso nella luce di Dio il bisogno di un atto completo di riparazione, per tutte le anime che hanno commesso per tanti anni per causa mia tante mancanze di riverenza innanzi al Santissimo Sacramento.

L'anima innamorata di Dio, conoscendo alla luce del Sole Eterno che si avvicina la bellezza di Dio, si precipita da se stessa a donare al Signore l'ultimo attestato d'amore e di riparazione. Quindi nulla di strano quei tre giorni di riparazione. Contemporaneamente sono stato degno di essere simile a Cristo sino all'ingresso della fulgente gloria che mi attendeva.

Non è rimasto Cristo tre giorni e tre notti nel sepolcro? E il corpo verginale della dolcissima nostra Mamma Immacolata non è rimasto sulla terra tre giorni e tre notti?

Imperscrutabili disegni divini che la ragione umana stenta a capire!

Ma mentre l'anima Santissima di Gesù godeva la gloria beatifica della sua Divinità nel seno del Padre suo Celeste, per me i tre giorni passati ai piedi del Tabernacolo sono stati un po' penosi.

Poi l'anima mia vibrò il suo volo, sostando nelle mansioni del Cielo per contemplare tutta la grandezza di un Dio Onnipotente. Dopo varcai la soglia ultima, ove l'anima mia inabissandosi contemplò tutti gli arcani che si godono nel Paradiso.

Non parlo del gran premio dovuto a tante mie sofferenze, poichè, se mi fosse stato possibile, avrei preferito rimanere sulla terra a soffrire sino alla fine del mondo, per riparare una sì grande Maestà Divina tanto oltraggiata e per potere salvare ancora altre anime.

Oh, anime trasandate, avvalorate la vostra esistenza! Fatene grande tesoro per la vita eterna!

La mia missione però continuerà ancora; non sarò inoperoso; accompagnerò le anime che mi furono care, vigilerò quelle vacillanti nella Fede. Sarò con voi finchè disporrà così la Divina Volontà.

Invocatemi nei vostri assilli penosi, nella tormentosa valle di lacrime! Vi aiuterò e vi assisterò affinchè non vacilli la vostra Fede e rendiate gloria al Signore, che vi ha creati dal nulla.

In Cielo sono in continuo colloquio con Dio per salvare le anime; ma specialmente ricorro alla Regina del Cielo e della terra; assieme alla Madonna svolgo la mia missione ... E’ tempo di grande corruzione nel mondo, ma è anche tempo di grande misericordia da parte di Dio, che ancora attende affinchè i suoi meriti infiniti vengano utilizzati.

Ti ho detto che il Purgatorio l'ho fatto ai piedi del Tabernacolo; così è piaciuto al Signore. Potevo farne di più e diversamente.

Il mio Purgatorio l'ho fatto in vita sulla terra, segnato dalle Piaghe di Gesù Crocifisso e con l'anima continuamente in una penosa angoscia, simile a quella che patì Gesù sulla Croce nella sua dolorosa agonia. Ho potuto vivere tanto per l'assistenza che mi donava il Signore.

Vuoi sapere quale sia la mia gloria? Puoi formarti una pallida idea.

Vi sono delle gioie paradisiache che si esplorano sempre più e si rimane sempre estasiati. Però non è per tutti la medesima gloria. L'anima che ha amato di più, che ha sofferto di più e che si è conservata nella vera purezza, quest'anima è capace di gustare il mistero comprensivo della Celeste Gerusalemme.

Io mi trovo accanto al mio caro Padre Francesco, circondato dai Serafini e dai Cherubini, i quali osannano l'inno dell'amore e della gloria.

Nel mondo si vive senza Fede, oppure con Fede languida.

Quelli che sono un po' vicini al Signore, potrebbero lavorare di più ed impreziosire l'anima di succhi vitali.

Beate quelle anime, che da api industriose arrivano a raggiungere la meta celeste con la loro corona sul capo ben formata!

Intanto si pensa a godere nel mondo e si pecca tanto. Ci sono minacce di Dio inesorabili. Tutta la Corte celeste adora e supplica l'Onnipotenza Divina affinchè si plachi. Quindi ... pregate tutti ed offrite!

Tutti dicono: È morto Padre Pio! E' morto Padre Pio! -

Ma come si dice « morto » chi raggiunge la vera vita, l'eternità?

L'anima immortale lascia la sua spoglia corporale per godere la vera felicità. Morti sono tutti quelli che vivono lontani da Dio, senza vivere la vera vita, cioè la grazia divina. L'anima morta alla grazia, vivendo nelle tenebre, ha il suo corpo come un cadavere ambulante, senza consistenza essenziale. Tutta la vita che anima il corpo è la sostanza reale diffusa dalla vita dell'anima. Quindi quel titolo di « morte » per i seguaci di Cristo è assurdo. Si dovrebbe dire « passaggio », « viaggio alla casa paterna ».

Nel mondo si viaggia tanto, conducendo la propria anima nel misero frale che la racchiude; quindi sono le facoltà intellettuali che agiscono, protette dall'anima.

Guai a quelli che non conoscono bene cosa significhi passare dalla terra all'eternità! Si sente grande paura perchè non si vive di realtà vitale; per tal motivo si dà molto adito all'umanità, vivendo una vita di mezze misure.

Amate la vera vita che vi conduce a Cristo! La carne deve servire di strumento per tesoreggiare il viaggio per le nozze eterne! Niente paura! Chi sa viaggiare, troverà il suo trionfo, il trionfo di aver bene custodito il tesoro dell'anima immortale in una spoglia terrestre, il corpo, il quale alla fine risorgerà splendente per godere la beatitudine celeste. Più il corpo si tiene a freno mortificandone le forti passioni, più si mantiene nella purezza, più serve per operare il bene e maggiormente risplenderà nella beata eternità.

La morte non è morte per chi ha vissuto la vita di Cristo, ma è vita. L'anima è il centro vitale di tutto l'essere umano; appena lascia il corpo, si lancia come freccia a Dio, Fonte di vita, per iniziare la vita senza fine. Stando così le cose, le anime in grazia di Dio non devono sentire quel senso di terrore all'approssimarsi dell'ora suprema dell'incontro con il Creatore.

Da parecchi sono stato giudicato scontroso, irascibile.

Eccone il motivo! Quante lotte intime dovetti superare contro il nemico dell'orgoglio, che a volte fortemente mi molestava e quindi in certe circostanze propizie dovevo agire diversamente.

Ma non si deve facilmente giudicare un'anima, che umilmente ama, serve e si sacrifica per la gloria di Dio.

Caro fratello in Cristo e con Cristo, ti raccomando di occuparti attualmente come poter onorare sempre più la gran Madre di Dio e Madre nostra.

Se tu fossi in Cielo, notando ciò che d'impuro regna nel cuore dell'uomo e come l'uomo vorrebbe capovolgere i piani di Dio manifestati attraverso la Redenzione umana per mezzo di Maria Immacolata, tu ti vorresti precipitare, se ti fosse possibile, sulla terra per manifestare al mondo la verità infallibile del Verbo Incarnato nel seno purissimo di Maria Vergine, per opera e virtù dello Spirito Santo.

Pur sapendo tu tutto ciò che vi è nel mondo, non puoi arrivare a comprenderlo pienamente, non trovandoti nell'eterno splendore di Dio.

Quanta costernazione ed anche paura, per esprimermi umanamente, reca in noi l'Infinita Giustizia di Dio che, vuole procedere nel vedere la sua Infmíta Maestà vilipesa ed oltraggiata!

Tu, fratello mio, vorresti comprendere come i Beati possano godere e contemporaneamente avere costernazione e paura.

Sappi che essendo noi felici in Cielo, siamo costretti ad umanizzarci per farci comprendere meglio.

Non fu costretto ad umanizzarsi il Verbo di Dio, Gesù, per salvare l'umanità? Nulla perciò di strano se noi ci manifestiamo dolenti ed addolorati e se potremo assistere terrorizzati davanti alla grande sventura terribile che colpirà tutta l'umanità inquinata nella colpa senza via di scampo.

Gli Angeli, pur essendo Puri Spiriti, quando occorre non prendono le forme umane? Tutto è possibile a Dio, purchè Egli lo voglia.

La manifestazione dolorosa deve apparire tale, quanto è costata alla redenzione di un Dio Onnipotente, di modo che l'uomo s'immedesimi dell'orrore che desta a Dio la sua presenza tenebrosa.

Quando il cielo è sereno e brilla il sole, l'uomo è felice di poter agire comodamente e senza incontrare ostacolo; ma quando il cielo si mostra offuscato e promette una torrenziale pioggia, allora sì che l'uomo prende dei provvedimenti per riguardarsi ... sempre volendolo.

Quanti scopi nefandi di libertinaggio immorale!

I cattivi, volendo mascherare la loro corruzione, vogliono offuscare o annullare gli attributi di Dio nella creazione e nella Redenzione per l'uomo caduto ed adesso depravato da tante nefandezze.

Il mondo cammina nelle tenebre; non vi è più via di scampo; peggio di Sodoma e Gomorra dovrebbe essere colpito ed addirittura ridotto nel nulla.

Non tardare a stillare un po' di luce del Cielo nelle anime; ma prima di tutto questa luce dovrebbero riceverla le anime consacrate... rimodernate..., che vogliono cambiare la Manna Celeste con le ghiande degli animali immondi.

Cosa succederà nel mondo? ... Di fremiti angosciosi è pervasa la nostra gioia nel Cielo, poichè tutti abbiamo degli esseri umani sulla terra che ci appartengono. Premùrati! Non aver pausa di riflessione! Scrivi, parla, scuoti i cuori che si vogliono ingolfare nel letamaio.

Sono più di tutto i nostri Fratelli Consacrati quelli che amareggiano il « Pane della Vita », perchè incominciano a marcire la loro condotta.

Che prospettiva trafiggente! ... Che Babilonia di vedute! ... L'ora è gravissima e per i primi saranno loro ad essere coinvolti dalla bufera, poiché per loro e per mezzo di loro si attinge tanto male nel mondo.

Metti in atto il tuo programma:

1° Manifestare al mondo l'Immacolatezza di Maria Vergine;

2° Manifestare che le Anime Consacrate, non volendo seguire le norme della purezza e della continenza verginale, non sono degne di rimanere nel servizio di Dio presso i Tabernacoli Santi.

Occorre molta preghiera, un po' di penitenza, più vicinanza verso Gesù Eucaristia, più dedizione ed immolazione. Ci vogliono delle vittime che riparino, delle anime ostie, delle anime pure. La sofferenza delle anime pure penetra i Cieli.

Che non dormano i fedeli! Aiutino gli interessi del loro Creatore; evitino i passatempi inutili, la televisione a lungo tempo!

Privazione, penitenza, zelo per la gloria di Dio!

Ti propongo di manifestare al mondo ancora due problemi importanti, che si valorizzano tanto nella Gloria Beatifica, ove ci troviamo. Se ci fosse possibile scendere sulla terra, saremmo pronti a venire per tesoreggiare ognuno di noi quei vuoti, grandi e piccoli, sfuggiti inutilmente per il tempo perduto.

Dio ha creato l'uomo, non per perdersi nel tempo, ma per salvarsi e santificarsi per mezzo del tempo, utilizzato per la Celeste Patria che attende tutti.

È la perdita del tempo passato inutilmente nel peccato, che gradatamente trascina nell'inferno.

In secondo luogo, inculca la necessità di vivere alla presenza di Dio. Com'è importante vivere alla presenza di Dio!

Il Signore stesso disse ad Abramo, quando lo costituì padre di grande generazione: Cammina alla mia presenza e sii perfetto! -

Giuseppe, figlio di Giacobbe, invitato a fare il male in casa di Putifarre, si rifiutò energicamente dicendo: Come posso io fare una cattiva azione alla presenza del mio Dio? - In conseguenza di ciò fu calunniato e poi rinchiuso in una prigione.

Ma il Signore era con Giuseppe e lo premiò facendolo entrare nelle grazie del governatore della prigione, il quale gli affidò tutti i prigionieri e tutti stavano ai suoi ordini.

Inoltre il Signore lo premiò dandogli il, dono della Profezia e così uscì dalla prigione e fu costituito vice Re d'Egitto.

La casta Susanna, invitata a peccare, al pensiero « Dio mi vede! » disse il suo « no » risoluto. I tentatori delusi costruirono una calunnia e la condannarono a morte.

Il Signore volle premiarla e mandò il Profeta Daniele a scoprire la calunnia. Furono condannati gli accusatori di Susanna ed essa fu liberata da quell'infame calunnia, che doveva condurla al martirio.

Problemi importantissimi sono questi degli ultimi tempi tanto peccaminosi di scandali! Si vive come se Dio non esistesse e quelli che conoscono la divina esistenza, cercano di sfuggire il loro sguardo da Dio per non procurarsi preoccupazioni nella libertà della loro condotta traviata.

Tante anime si pascolano a conoscere ed a sapere quello che io abbia fatto e detto a San Giovanni Rotondo; ma non si sanno fermare ad una base ferma e convincente.

Ti raccomando di insistere per fare progredire l'amore ed il bisogno verso quell'atto supremo dell'infinito amore che ha prodigato Gesù nel donare tutto se stesso senza limiti alle anime.

Che si senta questa gratitudine verso Gesù Eucaristia e che si metta in pratica! Il Tabernacolo è la sorgente della vita; è sostegno, pace, aiuto, conforto delle anime affrante.

Si deve andare a Gesù con vera fede e non per abitudine, per dimenticarlo al più presto possibile! Vivere di fede, di quella fede viva che trasporta le anime verso le cose sublimi e non tuffarsi troppo sulla terra!

Il mondo è un passaggio. Si sappia lottare per svincolarsi dalle cose fugaci.

Se le anime non si avvicinano spesso al Fuoco Eucaristico, rimangono assiderate, senza slanci, tiepide, disadorne. E che ne riceve Gesù di consolazione da queste anime, che non hanno la forza di saper volare al di sopra di tutto il creato?

Si deve vivere assodate nella convinzione pratica per come si deve amare e servire il Signore.

Oh, se le anime conoscessero bene e avvalorassero il grande dono di Dio, rimasto vivente sulla terra, come si vivrebbe diversamente la vita!

Dal Tabernacolo si attinge ogni tesoro; l'anima si beatifica e vive trasformata in Dio. Senza sentire fame e sete del Dio Vivente, si vive una vita vuota, oscura, la quale non riceve alcuno incremento.

Si attribuiscono a me miracoli, profezie, bilocazione, stimmatizzazione, ecc. Ma io non sono stato altro che un indegno strumento del Signore. Senza la pioggia caduta dal cielo, la terra non produce che triboli e spine.

In qualche modo Gesù si deve servire di qualche anima per dimostrare al mondo la sua esistenza e la sua onnipotenza. A tante anime il Signore ha donato tante grazie, ma poi se l'è ritirate, perché vuole la corrispondenza. Il seme deve germogliare; il terreno deve essere fertile. Solamente si deve sapere accogliere Dio ché bussa e se non si apre generosamente ad accogliere la sua visita ... passa oltre ... non si ferma a fare la sua dimora; occorre disposizione e questo è dovere; il rimanente lo fa Lui e lo sa fare bene.

L'anima però che cerca e vuole la visita di Dio, si deve appartare dal frastuono del mondo.

Il buon Dio ha trovato me ... solitario e nella preghiera; ha bussato alla porta del mio cuore ed io l'ho accolto, pensando che era doveroso accogliere un Dio che mi aveva creato.

Amare Dio è il massimo dovere della vita ed io l'ho compreso fin da bambino, come lo comprendono anche adesso tanti bambini non ancora avviziati dal mondo.

Sono le famiglie che tengono la porta chiusa alla luce del sole! Sono le famiglie sciupatrici del tempo attorno al televisore, circondate dai loro piccoli! Attendono con ansia le puntate interessanti e non si preoccupano dei piccoli che attingono tanto veleno nei loro cuoricini innocenti ... e quindi il Signore passa!

Questo è il tempo attuale: il passaggio di Dio, senza donargli la libertà di fermarsi! E poi ... povere famiglie, che di una casa formano una stamberga di ribellione!

Io, per grazia di Dio, ho riempito la mia giornata e credo di aver fatto il mio dovere nel donare all'amore tutto ciò che Lui per amore ha donato a me lungo il suo Calvario.

Se si sapesse quanto viene centuplicatamente ricompensato da Dio ogni minimo atto, fatto per amor suo! A tutte quelle migliaia di persone che sono venute a trovarmi a San Giovanni Rotondo, non badando a scomodità e sacrifici, domando:

Avete cambiata la vostra condotta? Quali frutti avete ricavato nell'avvicinare un povero servo di Dio? Se foste tutte cambiate, avreste portato la luce nel mondo. I vostri contatti con me hanno portato pochi frutti, altrimenti il mondo non peggiorerebbe sempre più!

Pensate: Se il seme sotto terra non muore, non prende radice; se l'uomo non muore a tutte le inclinazioni della carne, non può avere vita.

L'uomo e la donna, nel paradiso terrestre, non hanno saputo nè lottare nè vincere la lotta diabolica dell'orgoglio e sono stati vinti, caduti nelle zampe di Satana; il loro peccato é caduto su tutta la generazione sino alla fine del mondo e quindi la lotta rivive sempre nell'uomo, perchè prodotta dal peccato. Come un padre snaturato, menando una vita scandalosa, perverte con il suo cattivo esempio anche i figli, così Adamo ha pervertito il mondo.

Quello che adesso sto annunziando, tu, caro fratello, lo puoi liberamente riferire, poichè è urgente che l'umanità si scuota e si svegli, che non dorma nel pantano della colpa, che riconosca l'onnipotenza di Dio, tre volte Santo, e che dal suo cuore sgorga latte e miele e non livore.

I flagelli se li procura l'uomo con le sue manifestazioni di ribellione contro l'Altissimo Dio. L'uomo, abbandonato a se stesso da Dio, si avvia verso il baratro di ogni perdizione.

Scrivi anche questo:

Non si comprende abbastanza la grande importanza dell'anima quando deve comparire innanzi all'Infinita Maestà di un Dio Giudice.

Anche certi Santi, pur avendo eccelsa santità, hanno per pochi istanti attesa l'entrata nell'eterna gloria per certe cose che sembrano all'occhio umano dei nonnulla.

Ogni anima deve corrispondere secondo i talenti elargiti dal Signore.

Ti lascio, o fratello, questa eredità: Il Crocifisso, l'Eucaristia, il Cuore Immacolato di Maria e le anime da salvare!


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OPERA CARITATIVA SALESIANA “DON GIUSEPPE TOMASELLI”

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Publicada por Mons.Lebrum à(s) 08:41




sábado, 10 de dezembro de 2016

Simples Pensamentos sobre o Ato de Amor de Deus




Meu Deus,


Eu Vos Amo.






Com Aprovação Eclesiástica





21 de Agosto de 1959





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Meu Deus, eu Vos amo.


Um ato de amor de Deus é a ação maior e mais preciosa que se possa fazer no Céu e na Terra.

A alma que faz mais atos de amor de Deus, é a alma mais amada por Deus no Céu e na Terra.

O ato de amor de Deus, é o meio mais poderoso e eficaz para alcançar facilmente a mais íntima união com Deus, a mais alta santidade e a maior paz da alma.


Um ato de perfeito amor de Deus, realiza imediatamente o Mistério da união da alma com Deus. Ainda que esta alma fosse culpada de graves e inumeráveis faltas, com este ato, readquire imediatamente a graça de Deus, com a condição da sucessiva Confissão Sacramental.

Este ato purifica a alma dos Pecados Veniais, das imperfeições, dá o perdão às culpas, comuta a pena de todo o pecado e restitui os merecimentos perdidos.

O ato de perfeito Amor de Deus, restitui imediatamente a inocência batismal.

Este ato é o meio mais eficaz para converter os pecadores, para salvar os moribundos, para livrar as Almas do Purgatório, para consolar os aflitos, para auxiliar os Sacerdotes, para ser útil às almas e à Igreja.

Um ato de amor de Deus, aumenta a glória externa do mesmo Deus, da Bem-aventurada Virgem Maria, de todos os Santos do Paraíso; dá alívio a todas as Almas do Purgatório; obtém um aumento de graças, a todos os fiéis da terra; refreia o poder maligno do Inferno sobre as criaturas.

O menor ato de amor, chega como bênção e graça, até ao último selvagem que, habita na última cabana perdida nos confins da terra.

O ato de amor de Deus, é o meio mais poderoso para evitar o pecado, para vencer a tentação, para adquirir todas as virtudes e para merecer todas as graças.

O menor ato de perfeito amor de Deus, tem mais eficácia, mais merecimentos e mais importância, do que todas as boas obras reunidas” (São João da Cruz).

O Ato de Amor de Deus, é a ação mais simples, mais fácil, mais breve que se possa fazer. Basta dizer com simplicidade: “Meu Deus, eu Vos amo”.


É facílimo realizar um Ato de Amor de Deus. Pode-se fazer a todo o momento, em qualquer circunstância, durante o trabalho, nas ruas apinhadas de gente, em qualquer ambiente, num átimo de tempo. Deus está sempre presente, sempre atento para ouvir, sempre na expectativa afetuosa de poder colher do coração de Sua criatura essa expressão de amor. Ele deseja somente, que a alma que faz o seu ato de Amor, lhe dê um instante de atenção, para ouvi-lo repetir: “Também Eu te amo, te amo tanto”.

Este ato de Amor, não exige esforço, nem inteligência, não interrompe a atividade, não exige fórmulas especiais.

O ato de Amor, não é um ato de sentimento: é um ato de vontade elevado infinitamente acima da sensibilidade e até é imperceptível aos sentidos. Basta que a alma diga ao Bom Deus: “Meu Deus, eu Vos amo”.

Na dor suportada com paz e paciência, a alma exprime assim o seu Ato de Amor: “Por que Vos amo, meu Deus, sofro tudo por Vós”.

Nos trabalhos, nas preocupações externas, no cumprimento do dever cotidiano: “Meus Deus, eu Vos amo, convosco trabalho, por Vós e por Vosso amor”.

Na solidão, no isolamento, na humilhação e na desolação: “Graças, meu Deus, assim me assemelho a Jesus – basta que eu possa amar-Vos muito”.

Nas alegrias, nas horas de felicidade: “Meu Deus, graças por estes dons. Eu Vos amo”.

Quando se aproximar a última hora, o fim da vida: “Meu Deus, graças por tudo. Eu Vos amei na terra e agora espero amar-Vos para sempre no Paraíso”.


O Ato de Amor pode ser feito de mil maneiras, mas faz-se especialmente com a vontade sempre disposta a cumprir a Santa Vontade de Deus, como se apresenta ou como nos é comunicada.

O Ato de Amor de Deus se faz quando se cumpre o mínimo dos deveres, quando se sofre a mínima dor, quando se goza qualquer alegria, tudo por Seu Amor.

Vale mais aos olhos de Deus, apanhar do chão um alfinete por Seu amor, do que cumprir ações estrepitosas por outros fins, mesmo bons”, diz um Santo.

O ato de Amor de Deus se cumpre toda vez que com a vontade se diz: “Meu Deus, eu Vos amo”.

Uma pobre alma, ignorada no mundo, pode fazer cada dia, mais de 1000 Atos de Amor de Deus. Realmente uma alma simples, que vive no mundo, no turbilhão das preocupações, repete cada dia 10.000 vezes: “Meu Deus, eu Vos amo”.

A alma pode realizar seu Ato de Amor em três graus de perfeição:

1) Vontade de sofrer todas as penas e mesmo a morte, antes que ofender gravemente ao Senhor.

Meu Deus, antes morrer a cometer um Pecado Mortal”.

2) Vontade de sofrer todas as penas e mesmo a morte, antes que consentir em um Pecado Venial.

Meu Deus, antes morrer a Vos ofender, ainda que, levemente”.

3) Vontade de escolher sempre o que é mais agradável ao Bom Deus.

Meu Deus, porque Vos amo, quero só o que quereis”.

Qualquer destes três graus, contém um ato perfeito de Amor de Deus.


Santo, não é aquele que faz milagres, que tem êxtases, mas aquele que faz mais atos de Amor de Deus durante o dia.

Santo, não é aquele que nunca comete faltas, mas aquele que, se peca por fraqueza, logo se levanta e encontra, na própria fraqueza, um motivo maior de amar mais a Deus e de se abandonar em Seus Divinos Braços.

Santo, não é aquele que macera seu corpo, foge do mundo, realiza obras extraordinárias que causam a admiração dos homens, mas sim, aquele que diz frequentemente e com mais amor ao Bom Deus: “Meu Deus, eu Vos amo muito, e por puro amor Vosso, quero florescer onde me semeastes”.

É Santo, aquele que repete com mais vontade e com mais frequência o seu Ato de Amor durante o dia: “Meu Deus, eu Vos amo muito”.

A alma mais simples e obscura, ignorada de todos, que faz mais Atos de Amor, é mais útil às almas e à Igreja do que aqueles, que realizam obras grandiosas com menos amor.

"Meu Deus, eu Vos amo"


quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

PENSAMENTOS CONSOLADORES SOBRE A IMACULADA CONCEIÇÃO DA SEMPRE VIRGEM MARIA.


De qua natus est Jesus
Maria, de quem nasceu Jesus.
(S. Mat. 1, 16)


Ser Maria Aquela, que abrangeu em seu ventre o que é Imenso; ser Ela a que deu ao mundo um Redentor Divino; ser Ela Filha, Esposa e Mãe do seu mesmo Deus, ser Ela de quem nasceu Jesus - De qua natus est Jesus; eis aqui o mais alto grau a que podia ser elevada uma filha de Adão; eis aqui uma qualidade altíssima, que não podia unir-se em Maria com a Culpa Original. Não, irmãos meus, a Primogênita do Eterno não podia ser em tempo algum o objeto do Seu ódio; a Mãe de um Deus Santíssimo não devia contrair alguma culpa; a Esposa de um Deus Santificador devia ser santificada em todo o tempo; a libertadora da nossa escravidão não devia arrastar as nossas tristes cadeias; a vencedora da Serpente não convinha ser ferida de suas setas; Maria, finalmente, não devia contrair a Culpa Original.

Como não podemos negar a glória de ser Mãe de Deus, devemos por isso mesmo acreditar, que Ela foi concebida em graça, e que desde o primeiro momento da sua Conceição, Ela foi pura, imaculada, isto é, isenta do Pecado Original. Os Santos Padres assim o tem acreditado e ensinado; e a Santa Igreja, finalmente, assim o definiu há pouco como ponto de fé, a que não podemos faltar. Não espereis, pois, que eu hoje venha provar-vos um Dogma ultimamente definido; falando o oráculo da verdade, nada mais é preciso; a vossa mesma piedade e devoção para com Maria, invocando-A e festejando-A como pura e imaculada desde a sua Conceição, me escusa disto mesmo. Eu me contento somente de mostrar-vos a singularidade da Graça Original em Maria, ou o grande privilégio com que o Criador a enriqueceu na sua Conceição. Quanto Ela foi feliz desde sua origem, e quanto nós somos infelizes, eis o que mostrarei. – Eu principio.

Para formarmos alguma ideia da singularidade da graça, que santificou a Maria na sua Conceição milagrosa, é necessário conhecermos a desgraça do Pecado Original, de que todos nascemos réus, e de que o Senhor excetuou esta feliz Criatura. Ah! Que horroroso espetáculo exporia eu aos vossos olhos, se pudesse descrever com clareza a deformidade enormíssima deste monstro detestável! Ele é um dragão venenoso, que nutrindo-se conosco desde o ventre de nossas mães, nos despedaça as entranhas com mordeduras mortais; é uma maldição inevitável, a qual, contraído logo desde o princípio da nossa existência, nos faz objetos odiosos do nosso Deus, indignos das suas graças, e excluídos do Reino do Céu; é um contágio universal, que infeccionando toda a humanidade, chama sobre ela as enfermidades, as paixões, as desgraças, e finalmente a morte; em poucas palavras, é aquele primeiro pecado de desobediência, que Adão e Eva cometeram, e que todos nós deles herdamos como filhos ou descendentes, e que desgraçou a eles e a toda a sua descendência.

Fatal herança, quem poderá escapar-te? Virgem Santa, quem senão Vós, que fostes criada para ser Mãe do Vosso mesmo Criador, e que não tendes semelhante na vossa origem, e que sois bendita entre todas as mulheres, quem senão Vós poderá ficar isenta de tão perniciosa lei?

Mas com efeito; ainda que no princípio da nossa origem, logo que somos concebidos no ventre de nossas mães, ficamos todos sendo réus do pecado, escravos do Demônio, marcados com o seu selo; Maria sem exemplo é concebida em graça, e entra no mundo cheia de Inocência e Santidade; o seu mesmo Criador por um raro privilégio a susteve nos Seus braços para não cair na massa da perdição; no mundo apareceu uma nova Criatura dotada desde a sua Conceição, das melhores perfeições por um raro privilégio. Infernal Serpente, enganadora de uma incauta Eva, confunde-te com a existência desta nova Criatura, foge, foge envergonhada para esses abismos de tormentos; tuas forças e teu poder não tiveram parte em Maria; tuas duras cadeias não prenderam esta Virgem; se procuraste com uma só lança ferir toda a humanidade, se pensavas ganhar num só combate todas as vitórias, aterra-te, ainda digo, pois é Maria quem alcançou sobre ti uma completa derrota; é Maria a quem não prenderam teus laços; é Maria finalmente, que te esmagou a cabeça, e abateu tua soberba – Ipsa conteret caput tuum.

Maria é sim essa valorosa Judite, que confundiu e derrotou o soberbo Holofernes do Inferno; Maria é a única que não arrastou seus ferros. E que glória esta para Maria! Que glória para Ela, alcançar uma completa derrota de tamanho adversário! Que glória para esta Virgem, confundir logo no princípio da sua existência um Inimigo, que tinha zombado do mundo todo! Ah! O Demônio tinha subjugado ao seu império toda a descendência de Adão, mas só esta Virgem pode escapar-se à tirania de seus ferros; tudo havia sucumbido às leis deste soberbo vencedor, mas só esta forte Torre de Davi despreza as suas bandeiras. O soberbo Assuero tinha condenado à morte todo o povo hebreu, mas uma formosa Ester é excetuada deste decreto; todos somos concebidos em pecado, réus e escravos do Demônio; Maria tão somente é excetuada desta lei. Que privilégio, que glória para Maria!

Ah! Todos os mais privilégios, todas as mais graças que o Senhor lhe concedeu, por muito grandes que sejam, não excedem, nem chegam a este dom da sua Conceição Imaculada; é esta uma graça onde não tem chegado alguma criatura humana: Ela ainda que procedida de um princípio imundo, de uma carne corrupta, como nós outros, é concebida e criada por Deus toda bela como a brilhante aurora; saindo do meio das trevas da obscura noite da culpa, apareceu toda luminosa; começando a existir entre os espinhos do pecado; é uma rosa sempre cheirosa, agradável e imarcescível; entre a nossa natureza toda estragada por causa de Adão e Eva, veio esta flor toda bela, toda formosa e engraçada.

Virgem Santa, criatura imaculada, formosa Filha de Jerusalém, a quem vos compararei? Ai! Se a fé não me ensinasse que há um só Deus na Essência, e trino em Pessoas, eu diria com São Dionísio, que Maria era uma segunda Divindade – Nizi unam tantummodo Divinitatem esse crederem, hanc mulierem Divinum esse dicenem. Mas não larguemos os voos do nosso pensamento mais acima do que deve ser; basta dizer que Maria pela sua Conceição Imaculada excede a tudo quanto é criado, e que assim como o sol brilha entre todos os mais astros, também Ela resplandece e sobressai a tudo quanto é grande diante de Deus: Ela é um Castelo fortíssimo, uma Torre inexpugnável, que nunca pagou algum tributo ao Demônio, diz São Tomás de Vilanova, isto é, nunca cometeu pecado, nem houve momento desde a sua Conceição em que estivesse no poder do Demônio – Ecce castelum fortissimum, ecce turrim inexpugnabilem, quae nunquam diabolo praestitit tributum.

Oh! Quanto pois Maria é feliz desde o primeiro instante da sua existência! E quanto nós todos somos infelizes, desgraçados desde o primeiro momento em que fomos concebidos no ventre de nossas mães! Maria apenas começa a existir, é livre do poder do Demônio, e nós desde o primeiro momento da nossa existência começamos a ser escravos do seu infame poder; Maria desde então Santíssima, perfeitíssima, sumamente agradável a Deus, e nós desde o primeiro instante da nossa criação, pecadores, miseráveis, feios e desagradáveis aos olhos de Nosso Senhor: que diferentes sortes! Que desgraçada condição humana! Mas desta infeliz sorte, fomos por Deus resgatados nas sagradas Águas do Batismo; então, o nosso Divino Criador por meio desse Santo Sacramento nos livrou da escravidão do Demônio, e lavou nossas almas dessa mancha do pecado; então, ficamos cheios de graça e inocência, amados de Deus, agradáveis aos Seus olhos, e herdeiros do seu Reino do Céu; enfim, pela Sua infinita Misericórdia ficamos sendo Seus filhos, e inteiramente felizes pela graça da regeneração. Mas esta graça e felicidade tornamos a perder por nossa culpa, se caímos em pecado mortal, e ficamos depois ainda mais infelizes e desgraçados do que da primeira vez, porque fomos infiéis às nossas promessas, e ingratos ao nosso bom Deus.

Sim, irmãos meus; o Pecado é Original e Pessoal; o Original é aquele com que somos concebidos no ventre de nossas mães, e que nos vem de nossos primeiros pais Adão e Eva como origem, e de que só Maria Santíssima ficou livre por um raro privilégio; o Pecado Pessoal é aquele que comete a própria pessoa, ou o que nós praticamos depois do uso da razão. Do Original somos livres pelo Batismo, como já vos disse; e se morrermos sem ser batizados não poderemos ir para o Céu, nem também sofreremos as penas do Inferno, porque o Pecado Original não é cometido por vontade própria. Mas, se depois do Batismo e do uso da razão nós cometemos algum pecado mortal, ao qual não damos remédio pela Confissão e Penitência, não poderemos também ir ao Céu gozar a Deus, iremos sem remédio algum ao Inferno padecer tormentos eternos; porque este pecado já é cometido por nós por vontade própria, por malícia pessoal, de que não há desculpa diante de Deus.

Assim pois, se desgraçados éramos pelo Pecado Original antes de sermos batizados, muito mais desgraçados somos depois do Batismo, se cairmos em pecado mortal, que não remediemos. Estes pecados pessoais nos fazem muito mais aborrecidos de Deus, e merecedores de tremendos castigos pela nossa infidelidade e ingratidão. Sim, o sagrado Batismo além de ser um Sacramento de Regeneração, pelo qual somos lavados do Pecado Original, como já vos disse, é também, como dizem os Santos Padres, um contrato que Deus faz conosco e nós com Ele. Deus promete, e nós prometemos; Deus obriga-se, e nós obrigamo-nos também; damos palavra pela boca de nossos Padrinhos como fiadores, estando presentes os Ministros da Igreja, testemunhas os Anjos e os homens; faz-se disto escritura, a qual se guarda no arquivo da Igreja e nos registros de Deus. O Senhor te colheu a palavra que tu deste no Batismo, diz por isso Santo Ambrósio, escrita está não no livro dos mortos, mas sim no livro dos vivos; diante dos Anjos pronunciaste a tua obrigação, não a podes negar.

E que nos prometeu Deus no Batismo? Prometeu-nos o Céu, e obrigou-se a dar-no-lo, se O servirmos e amarmos, e se morrermos na Sua graça. Eis a promessa da parte de Deus, e que de certo há de cumprir. E da nossa parte, que prometemos, e a que ficamos obrigados? Chegando à porta da Igreja logo nos saiu ao encontro o Ministro do Senhor, o qual nos perguntou, ou aos nossos Padrinhos em nosso lugar: Que pedis à Igreja? – E logo responderam por nós: A fé. – E a fé que te dá – A vida eterna, responderam mais. – Se pois queres entrar na vida eterna, guarda os Mandamentos, disse o mesmo Ministro do Senhor – Si vis ad vitam ingredi, serva mandata. Logo, o mesmo Sacerdote mandou ao espírito imundo ou ao Demônio sair fora da nossa alma; logo nos marcou com o Sinal da Cruz na testa e no coração; na testa, para que sempre nos lembremos da Cruz, e não nos envergonhemos de ser cristão; no coração, para que vivamos sempre com amor e afeto à mesma Cruz e Mortificação.

Tomando depois o Sacerdote um pouco de sal bento, o meteu na nossa boca, e nos disse, que recebêssemos o sal da sabedoria, isto é, que deveríamos saber as nossas obrigações e guardá-las, livrando-nos sempre da corrupção dos costumes e pecados, e que nunca tivéssemos fastio das coisas de Deus, e de O servir. Expeliu outra vez com o sal o Demônio para fora da nossa alma, e lhe mandou que nunca mais tomasse posse dela. Entrando nós na Igreja, o mesmo Sacerdote nos fez duas cruzes nos nossos ouvidos para os abrirmos depois à Palavra de Deus, para a ouvirmos com atenção e aproveitamento, e no nariz o mesmo para percebermos o cheiro da celestial suavidade. Apenas chegamos à pia do Batismo, logo aí nos perguntou o Ministro Sagrado: Renuncias a Satanás? – E nós respondemos por boca de nossos Padrinhos: Renuncio. – Renuncias também as suas obras? – Cada um de nós respondeu: Renuncio. – Renuncias as sua pompas? – Do mesmo modo respondeu qualquer de nós: Renuncio. – E logo depois se seguiu o Batismo, a ação mais solene e proveitosa para nós, pela qual a nossa alma foi lavada da mancha Original em que fomos concebidos e nascidos, ficando logo filhos de Deus e com direito ao Céu.

Eis aqui, irmãos meus, a grande felicidade que nos veio pelo Batismo, onde começamos a viver para Deus, onde Ele nos concedeu tanta graça; nos prometeu tantos bens, e onde nós mesmos lhe fizemos tantas promessas, e contraímos tantas e tão santas obrigações. E dizei-me: vós tendes por ventura cumprido estas obrigações? Ah! De certo não. Deus não falta, nem faltará ao que os prometeu; mas desgraçadamente tendes vós faltado, e faltais imensas vezes. E se não, dizei-me: que pedistes vós, e que prometestes quando chegastes às portas do templo para receberdes o Batismo? A fé; e prometestes guardá-la. E que tendes vós feito? Talvez a tenhais perdido de todo ou em parte, não acreditando quantos Dogmas a Santa Igreja vos manda; e se os acreditais, desacreditai-os pelo vosso péssimo procedimento.

Diz-me, cristão, pergunta São João Crisóstomo, em que poderei eu conhecer que tu és cristão e tens fé? Pelo lugar em que vives? Pelo teu vestido? Pelas tuas palavras? Pelo teu sustento Pelos teus negócios? Oh! Por nenhuma destas coisas se pode conhecer que és um verdadeiro cristão, ou que tens verdadeira fé, como pediste e prometeste; mas tudo pelo contrário. O lugar que buscas é o teatro, o baile, a casa da assembleia, a do jogo, a da prostituta ou concubina, a da mancebia, a taberna, o lugar do divertimento profano e da desmoralização. O vestido de que usas é um vestido desnecessário, vestido de luxo, de vaidade, e de mais a mais de indecência e sinal de desonestidade. As palavras de que te serves são muitas vezes pragas, juras, nomes injuriosos ao próximo, murmurações e palavras impuras. A comida e bebida de que usas é mais do que a necessária para viver, trabalhar e servir a Deus, um sustento demasiado e brutal, perdendo por isso a sobriedade, e até, às vezes, a saúde e o juízo. Os negócios em que te empregas são unicamente, ou mais que tudo, os negócios domésticos ou da família e do teu interesse temporal; e pouco ou nada no negócio da glória de Deus e da tua salvação.

Se queres gozar a vida eterna, guarda os Mandamentos, te disse mais o Sacerdote quando te batizou. E como os tens tu guardado? Muito mal. Não há talvez Mandamento que tenhas cumprido, nem algum que não tenhas profanado uma e muitas vezes com pecados, e até mortais; a Lei de Deus tem sido para ti coisa de menor preço e valor; a tua vida tem sido uma comprida cadeia de culpas, que chega daqui ao Inferno. Tens desmentido milhares de vezes as tuas promessas do Batismo. O Ministro do Senhor te lançou, então, fora da alma o Demônio; mas tu o deixaste entrar outra vez, pecando mortalmente, e talvez o tenhas deixado andar sempre contigo sem fazeres uma boa Confissão, nem te emendares. Marcou-te o mesmo Sacerdote com o Sinal da Cruz para viveres debaixo das bandeiras de Jesus Cristo, e passares uma vida mortificada, uma vida de cruz, como discípulo de tão Santo Mestre.

Mas que vida é a tua, cristão? Não é vida de cruz, é vida de delícias, porque em lugar de buscares mortificação para o teu corpo, só buscas gostos e prazeres, e só aborreces a cruz ou a penitência; tu até te envergonhas talvez de ser cristão, ou ao menos te envergonhas algumas vezes de fazer boas obras, obras de cristão, de fazer o Sinal da Cruz, de trazer o Escapulário de Maria ao pescoço, pegar num rosário ou numas contas, de fazer oração, confessar, comungar, de fazer estas e outras obras de cristão. Toda a vida de um cristão, se vive conforme o Evangelho, é uma vida de cruz, diz Santo Agostinho. Porém, a tua vida, é uma vida laxa, uma vida conforme as tuas paixões, e cheia de preguiça e vergonha para seguir as lições de Jesus Cristo, e só diligente e de pouca vergonha para seguir as coisas do Mundo, do Demônio e da Carne. Lançou-te o Sacerdote do Senhor o sal bento na boca para gostares da verdadeira sabedoria, para depois procurares saber as tuas obrigações que contraías, para te livrares da corrupção dos maus costumes, e para não te enfastiares das coisas de Deus. Mas, tu nem sabes, nem procuras saber o que te convém para a salvação; nem buscas um bom Diretor ou Mestre que ensine; antes buscas confessores passageiros, que te deixem na ignorância, que não te mostrem o que deves fazer, que por tudo te passem e te deixem viver conforme as tuas paixões; e assim, em lugar de te livrares da corrupção do pecado, vives cada vez mais empestado, enfermo na alma, cada vez pior. Se aparece, porém, ou encontras algum Confessor que te expõe a verdade, e te quer livrar do pecado e do Inferno, apertando mais alguma coisa contigo, demorando-te a santa absolvição, fazendo-te entrar em Confissão Geral, ou mandando-te fugir da ocasião, restituir o alheio e fazer, finalmente, o que deves, logo te aborrece, foges dele, e não tornas a buscá-lo.

Se aparece algum pregador, que com eficácia te expõe a gravidade das tuas culpas, e te quer conduzir ao Céu, não o queres ouvir, ou ao menos te enfastias de o escutar; nem uma prática, nem um catecismo queres ouvir, ficando muitas vezes fora da Igreja; tudo, tudo quanto é Palavra de Deus e para tua salvação te aborrece, te causa fastio, e por isso, nunca saras dessa peste dos teus vícios, nunca gostarás das delícias da vida eterna. Este soberano sal nada te aproveita, porque tens fastio de ouvir a Palavra de Deus, e pouco ou nenhum apetite da doutrina do Céu. Tardes e noite inteiras em uma comédia, assembleia ou baile e na casa de jogo ou na taberna, horas e horas a conversar, tudo isto te causa gosto e te faz parecer pouco tempo; e uma hora ou meia numa prática ou sermão, já te enfada, cansa e enfastia: ó gravíssima enfermidade, e execranda miséria! Tens na verdade o gosto estragado; não há sal que te cure; assim viverás e morrerás, e assim te condenarás ao Inferno.

Perguntou-te mais o Sacerdote, quando te batizou: “Renuncias a Satanás, às suas obras, e às suas pompas?” E tu, pela boca dos teus Padrinhos, como fiadores às tuas promessas, respondeste, que a tudo isso renunciavas. Mas, que tens tu feito? Tudo pelo contrário. Em lugar de renunciares o Demônio, tens seguido as suas tentações ou enganos, e tens feito quanto ele quer; em lugar de aborreceres as suas pompas, tens vivido com luxo e mais luxo, tens andado à moda, e com a maior vaidade. Estas pompas de Satanás, diz Santo Agostinho, São Jerônimo e outros Padre, são pompas do mundo, a ambição, a soberba, a vaidade, a superfluidade, a vanglória, em preciosas alfaias (roupas), em coches, em criados, em galas, em banquetes, em teatros e em jogos; são estas as pompas do Demônio, que tu renunciaste; mas, são estas as que tens seguido, e segues desgraçadamente contra as tuas promessas.

A tudo renunciaste, e a tudo faltaste, fazendo o contrário. Ungiu-te depois o Sacerdote com o óleo, que era o símbolo da graça de Deus, que entrava na tua alma para sará-la da enfermidade do pecado, para moderar as tuas paixões, e fortalecer-te nas batalhas contra a tua salvação; mas nem isto te aproveitou; porque com a maior fraqueza te deixaste depois arrastar dos teus apetites, e tens caído em imensas misérias. Em seguida, foste logo batizado, lavada a tua alma nessas águas puras da tua regeneração, e ficaste logo filho de Deus, e com direito ao Céu; mas tudo isto perdeste pelo pecado mortal que depois cometeste; pela tua infidelidade a tantas promessas que fizeste, ficaste privado de tantos e tão grandes bens; ó miséria das misérias, ó grande infelicidade! A tua alma depois do Batismo ficou toda pura, mais branca do que a neve, mais formosa do que o sol; mas tu depois do uso da razão a manchaste com pecados mortais em que caíste por tua malícia, e a fizeste mais feia e horrorosa do que que um Demônio, ficaste mil vezes pior do que antes do Batismo; Deus te aborreceu muito mais por causa da tua ingratidão ao benefício que te fez; e assim te tirará rigorosas contas das tuas infidelidades, da falta de observância das tuas promessas no Batismo, e te castigará com muito maior rigor.

Ele te dirá no dia do juízo: “Tu no Batismo tomaste o nome de tal Santo ou Santa para imitar as suas virtudes; mas seguiste uma vida contrária: tu foste marcado com a Minha Cruz para levá-la com vontade e paciência, e seguir a mortificação; mas tu quiseste antes passar uma vida de delícias, e aborrecias tudo quanto era pena, dor e penitência, e te declaraste inimigo da mesma Cruz: tu recebeste o sal bento na boca para gostar da Palavra de Deus e te livrar da corrupção do pecado; mas tu te aborrecias de ouvir a sã doutrina, e te deixaste corromper dos vícios: tu renunciaste às obras e pompas de Satanás; mas seguiste depois tudo quanto ele te ensinou, as vaidades e modas infames: tu foste ungido com o óleo para te fortalecer contra as criminosas paixões, e tu cada vez te fizeste mais fraco: enfim, tu foste então batizado para ganhares o Céu, e tu mereces o Inferno”.

E que responderás ao Senhor? Como te desculparás de tantas infidelidades às tuas promessas no Batismo? Maria foi concebida em graça sem a menor mancha de pecado por um raro privilégio, e foi sempre fiel a Deus; mas tu, se foste concebido em pecado, e nascido em pecado, Deus pela sua grande bondade te livrou no Batismo, e te fez seu filho e cristão, e a tua alma pura; mas tu como tens correspondido a tão bom Senhor? Porque tens faltado tantas vezes às promessas que lhe fizeste, e desgraçado a tua alma? Oh! Envergonha-te, pecador, e muda de vida: até quando hás de abusar da bondade de Deus, que te resgatou no Batismo do poder do Demônio? Até quando hás de ser infiel ao que então lhe prometeste? Olha que se antes de batizado eras desgraçado e infeliz pelo Pecado Original, agora mais desgraçado e infeliz estás pelos pecados mortais que tens cometido; olha que agora mereces de mais a mais o Inferno, se não lhes dás remédio. Este remédio, que agora te resta, é o arrependimento com uma boa Confissão e com a emenda.

Anda pois à presença do Senhor, chorar teus pecados pessoais, e diz assim: Ó meu Deus, eu vejo-me carregado de crimes, de que não tenho desculpa; eu tenho-Vos sido infiel e ingrato milhares de vezes; mas eu me arrependo agora e me pesa muito de tantas maldades. Tenho profanado o meu Batismo, tenho desgraçado a minha alma; mas agora proponho viver como cristão, e nunca mais pecar. Ajudai-me com a Vossa graça para que leve a efeito estes meus desejos. Ó Maria, ajudai-me também; Vós que fostes sempre pura e Santa desde o primeiro momento da Vossa vida, alcançai-me graça para viver e morrer santamente. Ó Maria, concebida sem pecado, rogai por nós, que recorremos a Vós. Amém.


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Fonte: Rev. Pe. Fr. Manoel da Madre de Deus, O.C.D., “Práticas Mandamentais ou Reflexões Morais sobre os Mandamentos da Lei de Deus e os Abusos que lhe são Opostos”, Prática 15ª, pp. 607-617; 3ª Edição, Editor Casa de Cruz Coutinho, Porto, 1871.


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