Blog Católico, para os Católicos

BLOG CATÓLICO, PARA OS CATÓLICOS.

"Uma vez que, como todos os fiéis, são encarregados por Deus do apostolado em virtude do Batismo e da Confirmação, os leigos têm a OBRIGAÇÃO e o DIREITO, individualmente ou agrupados em associações, de trabalhar para que a mensagem divina da salvação seja conhecida e recebida por todos os homens e por toda a terra; esta obrigação é ainda mais presente se levarmos em conta que é somente através deles que os homens podem ouvir o Evangelho e conhecer a Cristo. Nas comunidades eclesiais, a ação deles é tão necessária que, sem ela, o apostolado dos pastores não pode, o mais das vezes, obter seu pleno efeito" (S.S. o Papa Pio XII, Discurso de 20 de fevereiro de 1946: citado por João Paulo II, CL 9; cfr. Catecismo da Igreja Católica, n. 900).

quarta-feira, 7 de dezembro de 2022

UMA CEGUINHA MÁRTIR, DA FÉ E DA PUREZA.


No tempo das ferozes perseguições romanas contra os cristãos, a modéstia nos vestidos e nas modas, traía as jovens cristãs, que eram levadas perante os tribunais, onde além do cândido lírio da virtude se pretendia roubar-lhes o precioso tesouro da fé.

Havia no tempo de Galérico, uma pobre donzela ceguinha, mas distinta pela caridade e mansidão. Enquanto todos lhe lamentassem a cegueira, ela agradecia a Deus essa doença, porque dizia, via com uma luz mais clara e brilhante do que o sol. Trajava humildemente, e o vestido remendado de mendiga era-lhe apenas a guarda do pudor. Presa por suspeita de ser cristã, foi a pobrezinha levada à presença do prefeito Têntulo, que em vão se esforçou por fazê-la apostatar e sacrificar às divindades. Como nada conseguisse, mandou Têntulo ao verdugo, que deitasse a virgem sobre um cavalo de madeira, em que se torturavam os condenados, e lhe estendesse os braços por cima da cabeça. Ouviu-se o ranger dos ossos da criança. Era a tortura que começava. Cobriu-se-lhe o rosto de palidez mortal; moveu os lábios, mas não se lhe ouviu queixa nem gemido. Todos os rostos refletiam a compaixão pela menina, mas por medo do prefeito ninguém protestava.

Então, já sabes o que é dor?

interrogou Têntulo. Adora os deuses e não sofrerás mais.

Agradeço-Vos, meu Deus, respondeu a menina, por me permitirdes sofrer por vossa fé. Amo-Vos, amo-Vos, cada vez mais, ó Esposo de minha alma; e neste leito de dor são para Vós todos os meus pensamentos e afetos.

Irritado, gritou o prefeito: “Verdugo, queima-lhe as costas”.

Era este um suplício muito em voga naquele tempo. Uma onda de sangue tingiu as faces da virgem ao lembrar-se que iam despi-la publicamente. Cheia de angústia e santo pudor exclamou:

– “Meu Deus, esposo de minha alma, sofrerei por Vós todas as dores, todos os martírios; mas poupa-me a vergonha de ser despida publicamente.

Aproximou-se o verdugo de tocha acesa para cumprir as ordens recebidas e viu que a menina não fazia o mínimo movimento. Morrera de vergonha, desta vergonha cristã que é um dos mais belos encantos da alma feminina. Morrera daquela vergonha, hoje tão rara em nossas donzelas e até senhoras, mães de família, infelizes escravas da moda, cujas imodéstias são a perda de tantas almas. – M. S. – Agosto de 1950.


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Fonte: Rev. Pe. Geraldo Vasconcellos, Lições Edificantes”, Coleções de Trechos escolhidos de Revistas, Livros e Jornais, Cap. VII – Pela Modéstia Cristã, p. 371-372. Gráfica Cerbino, Niterói/RJ, 1951.


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