A VERDADE!
Talvez alguém argumente: “Que 
diferença faz saber a verdadeira razão de sua condenação se ao final ele
 foi morto” ? A diferença é a verdade!
Muitos críticos da
 Igreja que desconhecem a história usam sua morte como argumento da 
suposta e mentirosa afirmação de que a Igreja é CONTRA a ciência! 
Sem cair no anacronismos, eis a Verdade!
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Quem tem o mínimo de conhecimento 
histórico sabe que Giordano Bruno não foi condenado por sua defesa do 
sistema Copérnico, nem por sua teoria da pluralidade dos mundos 
habitados, mas por sua idéias teológicas repletas de erros, este 
afirmava, por exemplo, que Cristo não era Deus e sim um hábil mágico, 
que o espírito santo era a alma do mundo e que o Diabo seria salvo.
Suas idéias e concepções:
Seu sistema de pensamento era 
materialista e panteísta onde Deus e o mundo seria um só, Corpo e alma 
seria duas fases de uma mesma substância; O universo é infinito onde 
além do mundo visível havia uma infinidade de mundos; ele também 
afirmava que a terra tinha alma, na verdade todos e parte da terra 
também tinha alma como animais, plantas, minerais tudo é constituído 
pelo mesmo elemento sem distinção entre seres terrestres e celestes. (1)
As idéias Panteístas e Materialistas de
 Giordano eram totalmente contrárias a doutrina Católica e foi isso que 
levou a sua condenação.
“O princípio do mundo 
infinito obriga Bruno a supor que o princípio do mundo não está fora 
dele, mas é força que está dentro dele. Bruno é contrário à ortodoxia 
cristã apoiada na metafísica aristotélico-tomista, que colocava Deus 
como primeira causa, motor imóvel e perfeição absoluta, que seria 
transcendente, ou seja, com existência plena e separada de suas 
criaturas.
Concebe Deus como imanente 
ao Universo e idêntico a Ele. Deus não é o criador nem o primeiro motor,
 mas a alma do mundo, não é causa transcendente e nem temporária com um 
momento de criação, mas, como Spinoza diria a causa imanente, a causa 
interna e permanete das coisas, princípio material e formal das coisas 
que as produz, organizam e governam de dentro para fora: numa palavra, 
sua substância eterna. O espaço, segundo ele, não tem limites ou 
barreiras intransponíveis separando nosso mundo de uma outra região 
reservada aos espíritos, anjos e Deus.
Deus está misturado nas 
coisas; mente ou alma do mundo, ordenadora e unificadora das próprias 
coisas. Em De la causa, principio e uno (também de 1584) ele elabora a 
teoria física na qual estava baseada sua concepção do universo: “forma” e
 “matéria” estão intimamente unidas e constituem o “Uno”. Assim o 
tradicional dualismo dos físicos aristotélicos foi reduzido por ele a 
uma concepção monística do mundo, implicando a unidade básica de todas 
as substancias e a coincidência dos opostos na unidade infinita do Ser.
A individualidade de cada 
ente singular é forma individualizada e finita que assume a essência 
divina infinita. Deus, como unidade além de todos os opostos, não é 
cognoscível na sua profunda natureza”.(2)
“Como panteísta que é 
Giordano Bruno considera Deus parte da natureza e princípio imanente a 
ela, bem como vê o mundo como animal, cuja alma é a sua forma, a qual 
possui como principal faculdade o entendimento ou inteligência 
universal, que dirige a natureza: “…e, por sua vez, a alma do mundo é a 
forma universal do mundo… O entendimento universal é a faculdade íntima,
 mais real e própria, é a parte mais potente da alma do mundo…iluminando
 o universo e dirigindo a natureza convenientemente…” ( BRUNO, Giordano. A Causa, o Princípio e o Uno. Editora Nova Estella, 1988, trad. Attilio Cancian.)(3)
Por causa de suas idéias heréticas no 
ano de 1.591, começou o processo de Giordano e, em 1593, ele foi 
transferido a Roma onde se deu continuidade ao processo. As principais 
acusações contra ele eram as seguintes:
- Defender o uso da magia.
- Defender que Jesus Cristo não fez milagre algum e sim magia.
- Pregar que todos progrediam, sendo que até os demônios eram salvos.
- Acusar a Igreja de promover a ignorância de seus fiéis, para que estes permanecessem como “asnos”.
Portanto, fica claro que “Ao contrário 
do que se pensa comumente, Giordano Bruno não foi queimado na fogueira 
por defender o heliocentrismo de Copérnico”.(5) Pois, como afirmam os 
filósofos e historiadores ele foi além da teoria de Copérnico e na época
 não havia uma posição Católica oficial acerca do Heliocentrismo e 
defendê-lo certamente não era considerado uma heresia, tal como nunca 
foi. O que causou sua condenação foram suas idéias heréticas.
 E é válido lembrar que antes de sua condenação pelo tribunal 
inquisitório este foi condenado pelos Calvinistas e excomungado pelos 
Luteranos, portanto, isso demonstra até que ponto chegava suas heresias.
Assim desmascaramos mais uma mentira contra a Santa Igreja e aqui caberia a frase que sempre digo “O Protestantismo acusa, a história refuta”.
“Aprofundar o conhecimento acerca da história é abdicar ao protestantismo”. John Henry Newman, ministro ex-protestante convertido ao catolicismo.
Por Jefferson Nóbrega
Sancte Michael Archangele, Defende nos in praelio ut inimicos Santae Ecclessiae humiliari digneris, te rogamus, audi nos!
Referências:
(1) http://www.newadvent.org/cathen/03016a.htm
(2) http://www.cobra.pages.nom.br/fmp-bruno.html#Pante%C3%ADsmo
(3) http://www.paradigmas.com.br/parad10/p10.5.htm
(4) http://www.infoescola.com/filosofos/giordano-bruno/
(5) http://pt.wikipedia.org/wiki/Giordano_Bruno