Blog Católico, para os Católicos

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"Uma vez que, como todos os fiéis, são encarregados por Deus do apostolado em virtude do Batismo e da Confirmação, os leigos têm a OBRIGAÇÃO e o DIREITO, individualmente ou agrupados em associações, de trabalhar para que a mensagem divina da salvação seja conhecida e recebida por todos os homens e por toda a terra; esta obrigação é ainda mais presente se levarmos em conta que é somente através deles que os homens podem ouvir o Evangelho e conhecer a Cristo. Nas comunidades eclesiais, a ação deles é tão necessária que, sem ela, o apostolado dos pastores não pode, o mais das vezes, obter seu pleno efeito" (S.S. o Papa Pio XII, Discurso de 20 de fevereiro de 1946: citado por João Paulo II, CL 9; cfr. Catecismo da Igreja Católica, n. 900).

sexta-feira, 26 de julho de 2024

SÃO JOSÉ NA VIDA DA IGREJA. 2ª PARTE.


São José, Protetor da Infância de Jesus.


Do trono de Deus Pai, desçamos à terra para considerar o seu Divino Filho, feito homem por nós. Achamo-nos diante do Mistério suave e comovente da Encarnação. Também São José tomou parte nesse Mistério. Concorreu para que se cumprisse a condição estabelecida por Deus para efetuar o prodígio. Como a Conceição e o Nascimento de Jesus deviam ser virginais e santos, São José, com o manto matrimonial, guardou a Virgindade da Esposa.

Não faltaram heréticos, que procurassem ofuscar, com falsas interpretações da Sagrada Escritura, o esplendor da coroa a brilhar na fronte da Mãe de Deus, e não quiseram compreender que a Escritura, segundo o uso daqueles tempos, chama “irmãos” a todos os parentes de uma pessoa. E, quando São Lucas diz que Maria deu à luz o seu Primogênito, não nega fosse Unigênito, pois um filho não cessa de ser primogênito quando único.

Nós, porém, estamos certos, porque assegurados pela palavra infalível da Igreja, que diz ter Maria sido antes, no momento e depois do parto, e seu castíssimo e digníssimo Esposo n’Ela conservou, honrada e santa, a Flor do Paraíso. Nos desígnios da Divina Providência, São José devia cooperar, com a sua virgindade, no grande Mistério, e, em vista disso, dispôs Deus, como vimos, a união angélica de José e Maria, à sombra da qual devia nascer Jesus.

Mas o Santo teve parte mais ativa no guardar, salvar e criar Jesus Menino. O Pai infinitamente sábio e rico que Jesus possuía nos Céus, manifestou sua Sabedoria e Amor para com Ele, dando-Lhe um Pai que Lhe fosse custódio e defensor, e para tal fim infundiu no Coração de seu representante uma afeição imensa, capaz de qualquer sacrifício pelo Filho amado.

O amor paterno de São José foi a fortaleza segura que acolheu e defendeu o Inocente perseguido, que O guardou na viagem até a terra longínqua dos faraós, que O manteve oculto até a morte de seus inimigos. De lá, seus braços levaram de novo o Menino para a Palestina e O sustentaram, fatigando-se por longos anos. O amor de São José por Jesus era fortíssimo. Ele podia dizer, com mais verdade que o grande Apóstolo São Paulo: “Não sou mais eu que vivo; é Jesus Cristo que vive em mim”. Diz São Dionísio: “O Santo vivia uma vida toda de amor; só Jesus vivia nele, Jesus era o princípio e a regra de seus pensamentos, de seus afetos, palavras e obras”.

Aprendamos de São José a encontrar no Salvador a luz do nosso espírito e o amor em que se deve abrasar o nosso coração. Jesus é o Sol das almas; Ele nos dirige com seus exemplos, ilumina com sua doutrina e vivifica com sua graça. É, pois, o Caminho que todo cristão deve seguir, a Verdade que todo cristão deve crer, a Vida da qual todo cristão deve participar, para que nele se cumpram as palavras de São Paulo: “Todos vós fostes batizados em Jesus Cristo, revesti-vos de Jesus Cristo”.

Além disso, o Santo participou do Grande Mistério pelo qual nos alcança o gozo de seus efeitos e graças. Ele, que com todos os cuidados criou o Salvador, certamente auxiliará também a nós que constituímos o Corpo Místico de Jesus, a Ele incorporados pelo fato de ter assumido a nossa natureza, tornando-se desta forma nosso Chefe e Fonte de graça.

Disse um célebre autor: Quatro coisas causaram a nossa ruína: um homem, uma mulher, uma árvore e uma Serpente; e quatro outras nos salvaram: Cristo, Maria, a Cruz e José.

Que dizer da abnegação e do sacrifício com que o Santo nutriu e educou o Verbo Encarnado? Foi como um instrumento que se utiliza para o trabalho e depois se deixa de lado. Sua vocação foi a de ocultar a Luz divina aos olhos do mundo, antes de ter que aparecer para iluminá-lo. O Menino que São José leva nos braços tem nos Céus deus por Pai e é Deus Ele mesmo; se mostrasse o seu Divino esplendor, todo o mundo seria iluminado. Mas não é ainda a vontade de Deus; por isso, coloca São José como Pai legal entre Ele e o Filho. A este Mistério foi consagrada toda a vida do Santo, verdadeiro Anjo e Custódio da Infância de Jesus.

Ó São José, guia-nos tu a Jesus Menino; sob a tua proteção, temos a certeza de sermos bem acolhidos pelo Filho e por Maria, pois que amam a quem proteges.


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Fonte: Pe. Tarcísio M. Ravina, da Pia Sociedade de São Paulo, “São José – Na Vida de Jesus Cristo, na vida da Igreja, no Antigo Testamento, no Ensino dos Papas, na Devoção dos Fiéis, nas Manifestações Milagrosas”, 2ª Parte, Cap. Protetor da Infância de Jesus, pp. 116118; Edições Paulinas, Recife, 1954.


domingo, 21 de julho de 2024

DA NECESSIDADE DE PEDIR O AUXÍLIO DIVINO E DA CONFIANÇA NA VOLTA DA GRAÇA.


(De divino petendo auxilio, et confidentia recuperandae gratiae)1


1. JESUS CRISTO. Filho, Eu sou o Senhor que conforta no dia da tribulação.2 Vem a Mim quando não te sentires bem.

O que mais impede a consolação celeste é recorreres tarde à oração.

Antes de me suplicares com todo o coração, buscas primeiro muitas consolações e alívios externos.

Daqui vem que de tudo tiras pouco proveito até que reconheças que só Eu salvo os que em Mim esperam e que fora de Mim não há auxílio eficaz, nem conselho proveitoso, nem remédio durável.

Uma vez, porém, que já recobraste alento depois da tormenta reanima-te à luz de minhas misericórdias; porque estou ao teu lado, diz o Senhor, não só para restituir-te tudo o que perdeste, mas ainda muito mais.

2. Há, porventura, coisa difícil para Mim? Ou sou Eu acaso semelhante ao que promete e não cumpre?

Onde está a tua fé? Conserva-te firme e constante; sê generoso e forte; a seu tempo virá a consolação.

Espera=me, espera que Eu virei e te curarei.3 O que te acabrunha, é uma tentação; e vão temor o que te amedronta.

De que serve a preocupação de futuros incertos, senão para acumular tristezas sobre tristezas.4 A cada dia basta o seu mal.5

É vão e inútil inquietar-se ou, alegrar-se, com coisas futuras, que talvez nunca se realizem.

3. É humano, porém, deixar-se iludir por semelhantes imaginações e indício de alma ainda fraca, ceder tão facilmente às sugestões do Inimigo.

Ao Demônio, pouco se lhe dá se nos ilude e engana com objetos reais ou imagens falsas e se nos domina com o amor das coisas presentes ou o temor das futuras.

Não se perturbe, pois, nem tema o teu coração.6

Crê em Mim e põe tua confiança na minha misericórdia.

Quando cuidas que estás longe de Mim, é quando muitas vezes estou mais perto de ti!

Quando pensas que tudo está quase perdido, estás então frequentemente em ocasião de maior merecimento.

Nem tudo está perdido, quando te acontece o contrário do que desejas.

Não julgues pela impressão do momento, nem te entregues à aflição, venha donde vier, como se não houvesse esperança de remédio.

4. Não te imagines desamparado de todo, ainda que Eu te envie alguma tribulação passageira, ou, te prive da consolação pela qual suspirais: é este o caminho que leva ao Reino dos Céus.

E é, sem dúvida, melhor para ti e para todos os meus servos, ser exercitados pelas adversidades, do que tudo ter à medida dos vossos desejos.

Conheço os pensamentos mais ocultos; para tua salvação muito convém que, de quando em quando, te deixe sem consolação espiritual, a fim de que, não te desvaneças com o bom êxito e não te comprazas em ti mesmo, julgando ser o que não és.

O que dei, posso tirar e dar de novo quando me aprouver.

5. Quando dou, dou o que é meu; quando tiro, não levo o que é teu; porque de Mim procede toda dádiva boa e todo dom perfeito.7

Quando te envio alguma aflição ou qualquer contrariedade, não murmures nem desfaleça o teu coração: posso aliviar-te num instante e mudar em alegria todo o peso que te oprime.

Reconhece, porém, que sou justo e mui digno de ser louvado, quando assim procedo contigo.

6. Se julgas com sabedoria e verdade, nunca deves te afligir e abater na adversidade, mas, alegrar-te e agradecer-me.

E até deves ter por única alegria, que te aflija com dores e não te poupe.

Como o Pai Me amou, Eu vos amei,8 disse Eu, aos meus amados discípulos e, entretanto, não os enviei a gozos mundanos, mas a grandes pelejas; não às honras, mas às ignomínias; não à ociosidade, mas ao trabalho; não à descansar, mas a produzir abundantes frutos na paciência.

Lembra-te bem, filho meu, destas palavras.



1ª Reflexão9

Apresentaram um dia a Jesus Cristo um paralítico, deitado no seu leito; e Jesus, vendo a muita fé dos que lho traziam, voltou-se para o paralítico e disse-lhe: Confia, filho, os teus pecados estão perdoados.10

Uma fé viva opera prodígios. Quem não crê em Deus, não se mostra filho de Deus. A fé é o fundamento das coisas que se esperam, e a convicção das que não se vêm11 (nem pelos sentidos, nem pela razão).

A fé é um dom de Deus, uma luz sobrenatural, que nos leva a crer firmemente tudo o que Deus revelou e a Igreja nos manda crer. Quantas vezes a meditação de uma só verdade da fé tem sido bastante, com a graça divina, para fazer de um grande pecador um grande Santo? Que consolação para uma alma, que sempre gemera no erro e na indiferença, ver-se num instante iluminada pela graça e exclamar como Saulo: Senhor, que quereis que eu faça?12 É sempre feito o que Deus faz; não nos pertence, pois, julgar as obras de Deus, mas sim, ordenar as nossas ações, conforme a regra suprema da vontade divina. Filho, não recuses o castigo do Senhor, nem te desanimes, quando por Ele fores castigado; porque Deus corrige aquele a quem Ele ama e põe nele as suas complacências, como um pai em seu filho.13 Sei que Deus me ama com amor infinito desde toda a eternidade, que pensa em mim dia e noite, que toma pela minha salvação o maior interesse; esta convicção deve tranquilizar-me.

Desde que eu saiba o que Deus exige de mim, nada mais me importa inquirir. A minha vida neste mundo é meio e não fim: não vivo para viver a meu capricho, vivo para merecer a vida eterna. Que se cumpra, pois em mim, agora e sempre, a vontade de Deus. Nem sempre há de rugir a tempestade da tribulação; se hoje sofro, amanhã gozarei: depois da tempestade vem a bonança.

2ª Reflexão14

Com quanto saibam os homens, que é passageira a vida presente, há contudo neles, uma tendência extraordinária a concentrar-se nesta vida tão curta, e a não julgar das coisas senão pela relação que tem com ela. Querem invencivelmente ser felizes; mas, querem sê-lo desde este mundo, buscam na terra uma felicidade que nela não existe, nem pode existir, e nisto se enganam lastimosamente. Uns buscam-na nos prazeres e bens do mundo, e depois de se terem cansado a correr após ela, “veem que tudo é vaidade e aflição de ânimo, e que o homem nada mais tem de todos os trabalhos com que se aborrece neste mundo”.15

Outros convencidos do nada destes bens, voltam-se para Deus, mas querem também que o desejo de felicidade que os atormenta seja satisfeito desde o presente, sempre inquietos e queixosos, quando lhes retira as graças sensíveis, ou os prova com trabalhos e tentações. Não compreendem que a natureza humana é fraca, e incapaz neste estado de toda felicidade real; que as provações de que se queixam são os remédios necessários que emprega em sua bondade, o Médico celestial das almas, para as curar, e que toda nossa esperança na terra, toda nossa paz consiste em nos entregarmos inteiramente a Ele com amorosa confiança. Eis aqui porque o real Profeta repetia constantemente esta oração: “Tende dó de mim, Senhor, porque estou enfermo; curai-me, porque o mal penetrou-me até os ossos; curai minha alma, Vós que curais todas as nossas enfermidades”.16

Portanto, durante esta vida, resignação, paciência, sossegada submissão da vontade, no meio das trevas do espírito e da amargura do coração; e depois, e daqui a pouco, na verdadeira vida descanso inalterável, alegria imortal, e a fidelidade do mesmo Deus, que então “veremos tal qual é, face a face”.17

Sede Vós, meu Salvador, o único amor meu, e o fim de toda minha vida, desejos e obras. A Vós busque, a Vós ache, a Vós vá, a Vós chegue, a Vós só deseje, e a Vós só possua sempre, e tudo o que Vós não sois, desta hora para sempre me enfastie. Vinde, Senhor, e com vossa presença iluminai as trevas desta alma, e fazei que ela não viva senão para Vós, por Vós sofra, e por vossos sofrimentos mereça participar um dia da glória dos Bem-aventurados.

3ª Reflexão18

Humilhai-vos grandemente perante Deus, no conhecimento de vosso nada e de vossa miséria. Ai! Que sou eu, Senhor, quando sou de mim mesmo? Nenhuma outra coisa sou, ó Senhor, senão uma terra seca, a qual, rachada de todas as partes, testifica a sede que tem da chuva do Céu, e entretanto, o vento a dissipa e reduz a pó.

Invocai a Deus e rogai-Lhe que vos dê Sua alegria: Tornai a dar-me a alegria de vossa salvação.19 Meu Pai, se é possível, afastai de mim este cálice.20 Afasta-te de mim, ó brisa infrutuosa, que dessecas minha alma, e vinde, ó gracioso vento das consolações, e soprai em meu jardim, e suas boas afeições exalarão o cheiro de suavidade.21

Entre todas as nossas securas e esterilidades, não esmoreçamos, mas esperando com paciência a volta das consolações, sigamos sempre nosso rumo, não deixemos por isso, nenhum exercício de devoção, antes, se é possível, multipliquemos nossas boas obras; e não podendo apresentar a nosso caro Esposo confeitos líquidos, apresentemos-Lhe secos; pois para Ele tudo é um, contanto que, o coração que Lhe os oferece esteja perfeitamente resoluto a querer amá-Lo.

Acontece muitas vezes, minha Filotéa, que a alma, vendo-se na bela primavera das consolações espirituais, tanto se diverte em apanhá-las e fruí-las, que na abundância dessas doces delícias, faz muito menos de boas obras: e ao contrário, entre as asperezas e esterilidades espirituais, quanto mais se vê privada dos sentimentos agradáveis da devoção, tanto mais multiplica as obras sólidas, abundando na produção interior das verdadeiras virtudes de paciência, humildade, desprezo de si mesma, resignação e abnegação de seu amor-próprio.22


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1.  IMITAÇÃO DE CRISTO, Nova tradução portuguesa pelo Pe. Leonel Franca, S.J., Livro III, Cap. XXX, pp. 143-145. 4ª Edição, Livraria José Olympio Editora, Rio de Janeiro/São Paulo. 1948.

2.  Naum I, 7.

3.  Mat. VII, 7.

4.  II Cor. II, 3.

5.  Mat. VI, 34.

6.  Jo. XIV, 27.

7.  Tg. I, 17.

8.  Jo. XV, 9.

9.  Imitação de Cristo, novíssima edição, confrontada com o texto latino e anotada por Monsenhor Manuel Marinho, Livro III, Cap. XXX, pp. 211-215. Editora Viúva de José Frutuoso da Fonseca, Porto, 1925.

10.  Mat. IX, 1-8.

11.  Heb. XI, 1.

12.  At. IX, 6.

13.  Prov. III, 11-12.

14.  Imitação de Cristo, Presbítero J.I. Roquette, Livro III, Cap. XXX, pp. 264-270. Editora Aillaud & Cia., Paris/Lisboa.

15.  Eccl. I, 3.14.

16.  Salm. VI, 3; ib, XL, 5; ib, CII, 3.

17.  I Cor. XIII, 12.

18.  Imitação de Cristo, versão portuguesa por um Padre da Missão, Livro III, Cap. XXX, pp. 221-225. Imprenta Desclée Lefebyre y Cia., Tornai/Bélgica, 1904.

19.  Salm. L, 14.

20.  Luc. XXII, 42.

21.  Cânt. IV, 15.

22.  Introdução à Vida Devota, IV Parte, Cap. XIV.


quarta-feira, 17 de julho de 2024

PADRE PAULO RICARDO ENSINA, A ÚNICA VERDADE DE FÉ SOBRE OS HEREGES.


CREDO DE SANTO ATANÁSIO

Este credo, apesar do nome, foi divulgado por Santo Ambrósio, foi incluído na liturgia, é autêntica Profissão de Fé e é totalmente reconhecido pela Igreja Católica.

1. Quem quiser salvar-se deve antes de tudo professar a Fé Católica.

2. Porque aquele que não a professar, integral e inviolavelmente, perecerá sem dúvida por toda a eternidade.

3. A Fé Católica consiste em adorar um só Deus em três Pessoas e três Pessoas em um só Deus.

4. Sem confundir as Pessoas nem separar a substância.

5. Porque uma só é a Pessoa do Pai, outra a do Filho, outra a do Espírito Santo.

6. Mas uma só é a divindade do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo, igual a glória, co-eterna a majestade.

7. Tal como é o Pai, tal é o Filho, tal é o Espírito Santo.

8. O Pai é incriado, o Filho é incriado, o Espírito Santo é incriado.

9. O Pai é imenso, o Filho é imenso, o Espírito Santo é imenso.

10. O Pai é eterno, o Filho é eterno, o Espírito Santo é eterno.

11. E contudo não são três eternos, mas um só eterno.

12. Assim como não são três incriados, nem três imensos, mas um só incriado e um só imenso.

13. Da mesma maneira, o Pai é onipotente, o Filho é onipotente, o Espírito Santo é onipotente.

14. E contudo não são três onipotentes, mas um só onipotente.

15. Assim o Pai é Deus, o Filho é Deus, o Espírito Santo é Deus.

16. E contudo não são três deuses, mas um só Deus.

17. Do mesmo modo, o Pai é Senhor, o Filho é Senhor, o Espírito Santo é Senhor.

18. E contudo não são três senhores, mas um só Senhor.

19. Porque, assim como a verdade cristã nos manda confessar que cada uma das Pessoas é Deus e Senhor, do mesmo modo a Religião Católica nos proíbe dizer que são três deuses ou senhores.

20. O Pai não foi feito, nem gerado, nem criado por ninguém.

21. O Filho procede do Pai; não foi feito, nem criado, mas gerado.

22. O Espírito Santo não foi feito, nem criado, nem gerado, mas procede do Pai e do Filho.

23. Não há, pois, senão um só Pai, e não três Pais; um só Filho, e não três Filhos; um só Espírito Santo, e não três Espíritos Santos.

24. E nesta Trindade não há nem mais antigo nem menos antigo, nem maior nem menor, mas as três Pessoas são co-eternas e iguais entre si.

25. De sorte que, como se disse acima, em tudo se deve adorar a unidade na Trindade e a Trindade na unidade.

26. Quem, pois, quiser salvar-se, deve pensar assim a respeito da Trindade.

27. Mas, para alcançar a salvação, é necessário ainda crer firmemente na Encarnação de Nosso Senhor Jesus Cristo.

28. A pureza da nossa fé consiste, pois, em crer ainda e confessar que Nosso Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus, é Deus e homem.

29. É Deus, gerado na substância do Pai desde toda a eternidade; é homem porque nasceu, no tempo, da substância da sua Mãe.

30. Deus perfeito e homem perfeito, com alma racional e carne humana.

31. Igual ao Pai segundo a divindade; menor que o Pai segundo a humanidade.

32. E embora seja Deus e homem, contudo não são dois, mas um só Cristo.

33. É um, não porque a divindade se tenha convertido em humanidade, mas porque Deus assumiu a humanidade.

34. Um, finalmente, não por confusão de substâncias, mas pela unidade da Pessoa.

35. Porque, assim como a alma racional e o corpo formam um só homem, assim também a divindade e a humanidade formam um só Cristo.

36. Ele sofreu a morte por nossa salvação, desceu aos infernos e ao terceiro dia ressuscitou dos mortos.

37. Subiu aos Céus e está sentado a direita de Deus Pai todo-poderoso, donde há de vir a julgar os vivos e os mortos.

38. E quando vier, todos os homens ressuscitarão com os seus corpos, para prestar conta dos seus atos.

39. E os que tiverem praticado o bem irão para a vida eterna, e os maus para o fogo eterno.

40. Esta é a Fé Católica, e quem não a professar fiel e firmemente não se poderá salvar".


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