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"Uma vez que, como todos os fiéis, são encarregados por Deus do apostolado em virtude do Batismo e da Confirmação, os leigos têm a OBRIGAÇÃO e o DIREITO, individualmente ou agrupados em associações, de trabalhar para que a mensagem divina da salvação seja conhecida e recebida por todos os homens e por toda a terra; esta obrigação é ainda mais presente se levarmos em conta que é somente através deles que os homens podem ouvir o Evangelho e conhecer a Cristo. Nas comunidades eclesiais, a ação deles é tão necessária que, sem ela, o apostolado dos pastores não pode, o mais das vezes, obter seu pleno efeito" (S.S. o Papa Pio XII, Discurso de 20 de fevereiro de 1946: citado por João Paulo II, CL 9; cfr. Catecismo da Igreja Católica, n. 900).

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Historiadora judia desmente “cumplicidade” de Pio XII com nazistas


Venerável Pio XII
ROMA, 24 Jan. 14 / 02:00 pm (ACI/EWTN Noticias).- A historiadora judia Anna Foa, membro da Associação Europeia de Estudos Judeus, assinalou recentemente que os resultados das investigações revelam que muitos judeus se salvaram durante a II Guerra Mundial pela intervenção de importantes líderes da Igreja, particularmente o Papa Pio XII.

Ao participar de um congresso em Florença (Itália), entre os dias 19 e 20 de janeiro, Anna Foa, conforme informa o vaticanista Sandro Magister em seu blog Chiesa, indicou que os estudos mais atuais anulam “a imagem proposta nos anos sessenta de um Papa Pio XII indiferente ao destino dos judeus ou, inclusive, cúmplice dos nazistas".

A também professora de História Moderna na Universidade La Sapienza de Roma indicou que “os estudos dos últimos anos evidenciam cada vez mais o papel geral de proteção que a Igreja desempenhou em relação aos judeus durante a ocupação nazi da Itália”.
“De Florença, com o cardeal Dalla Costa, proclamado Justo em 2012, a Gênova com o padre Francesco Repetto, também ele Justo, a Milão com o cardeal Schuster, e assim por diante, naturalmente até Roma, onde a presença do Vaticano, além da existência das zonas extraterritoriais, permitiu a salvação de milhares de judeus”.

Venerável Pio XII
Estas obras “de asilo e salvação dos perseguidos”, indicou, não podiam ser fruto somente de “iniciativas a partir de baixo, mas estavam claramente coordenadas e permitidas, pelos vértices da Igreja”.

“Eu gostaria de ressaltar aqui que esta imagem mais recente da ajuda prestada aos judeus pela Igreja não surge de posições ideológicas ligadas ao catolicismo, mas, sobretudo, de investigações concretas sobre a vida dos judeus durante a ocupação, com a reconstrução de histórias de famílias ou de indivíduos. Em resumo, do trabalho de campo”.

A historiadora assegurou que casos de judeus refugiados em Igrejas e conventos aparecem “continuamente nas narrações dos sobreviventes”.

A pesquisadora lamentou que a discussão sobre Pio XII e os hebreus “freou a investigação durante muitos decênios, levando para o terreno ideológico cada tentativa de esclarecer os fatos históricos”.
Ven. Pio XII Celebrando

Em meio da perseguição nazista, assinalou Anna Foa, “sacerdotes e hebreus compartilhavam o mesmo alimento”.

“As mulheres judias passeavam nos corredores dos conventos de clausura, e os judeus aprendiam a recitar o Pai-Nosso e vestiam o hábito como precaução em caso de irrupções nazistas e fascistas”.

Recordando a relação entre judeus e cristãos, que levou a muitos dos primeiros a batizar-se, e que em outros casos ocasionava diálogos respeitosos sobre as religiões, a professora hebreia assinalou que se tratou de uma “familiaridade nova e repentina, iniciada sem preparação pelas circunstâncias, em condições em que uma das duas partes era perseguida e corria o risco de morte e que necessitava, portanto, de maior ‘caridade cristã’, não se deu sem consequências para o início e a acolhida do diálogo”.

“Um diálogo que ocorreu muito mais tarde, certamente, e que se iniciou, sobretudo, em nível teórico. Trata-se de um diálogo de baixo, feito de compartilhar os alimentos juntos e de conversações sem pretensões, também para superar a ansiedade de uma relação desconhecida até esse momento”.

Foa recordou o caso de umas religiosas que em seu convento, em Roma, “acrescentavam bacon à sopa comum só depois de havê-la distribuído às hebreias, para quem tinham dado refúgio. Também esta é, em minha opinião, uma forma de diálogo de baixo”.

Venerável Pio XII
A historiadora lamentou que “em um momento que prevalecia a necessidade de esquecer a Shoah, este processo de diálogo foi bloqueado, em parte, porque por um lado os hebreus estavam tentando reconstruir seu próprio mundo e a própria identidade após a catástrofe e, por outro, os católicos pareciam ter retornado às posições tradicionais em que a esperança da conversão era mais forte que o respeito”.

“Nos inícios dos anos sessenta, com ‘O vigário’ de Hochhuth, sobre este processo se projetaria a sombra da lenda negra de Pio XII, com o resultado de obstruir e obscurecer a memória e o peso desse primeiro percurso comum”, indicou.




Comissão de estudo sobre Medjugorje entrega relatório final.


Imagem da Rainha da Paz e a Igreja de Medjugorje. Foto: Ante Perkovic (CC BY-SA 3.0)
 
VATICANO, 20 Jan. 14 / 07:06 pm

(ACI/EWTN Noticias).- O diretor do Escritório de Imprensa da Santa Sé, Padre Federico Lombardi informou que nesta sexta-feira, 17 de janeiro, realizou-se a última reunião da Comissão Internacional de investigação sobre Medjugorje, estabelecida pela Congregação para a Doutrina da Fé em março de 2010, presidida pelo Cardeal Camillo Ruini.
Conforme informou a agência AICA, a Comissão concluiu seu trabalho e o resultado do estudo se submeterá às instâncias competentes da mesma Congregação no Vaticano.

Em seu momento, a Santa Sé divulgou em um comunicado o início da atividade desta comissão, que se constituiu no dia 17 de março de 2010.

“A Comissão Internacional de investigação sobre Medjugorje reuniu-se pela primeira vez em 26 de março de 2010 e como já foi anunciado, o trabalho da Comissão se desenvolverá em rigorosa reserva. As conclusões serão apresentadas às instâncias da Congregação para a Doutrina da Fé”, explicou o comunicado.

O relatório final é o resultado de quase quatro anos de trabalho de uma equipe formada por teólogos, médicos, psicólogos, mariólogos e líderes da Igreja Bósnia e Croata, liderada pelo Cardeal Camillo Ruini, que em março de 2010 recebeu o encargo de Bento XVI de criar uma equipe de trabalho para esclarecer os acontecimentos do pequeno povo da Bósnia e Herzegovina, no qual segundo seis de seus habitantes, a Virgem Maria se aparece desde 1981, dando uma série de mensagens com diferentes destinatários: os próprios videntes, a paróquia de Medjugorje, a Igreja e a Humanidade.

Entre os membros da Comissão, além do cardeal Camilo Ruini, encontram-se cinco croatas que, como locais, acompanharam os acontecimentos desde seu início, em 1981: o Cardeal Vinko Puljic, Arcebispo de Sarajevo; o Cardeal Josip Bozanic, Arcebispo de Zagreb; o Pe. Mijo Nikic, Doutor em Psicologia; o Pe. Franjo Topic, Doutor em Teologia e Historiador; e a irmã Veronika Nela, Doutora em Medicina e professora de Teologia na Universidade Católica de Rijeka (Croácia).

O trabalho da Comissão incluiu entrevistas pessoais e exames médicos com os seis supostos videntes de Medjugorje, que se apresentaram separadamente a Roma durante o estudo, assim como com outras pessoas próximas à história, como o Pe. Jozo Zovko.

Segundo diferentes fontes, o estudo da Comissão terminou faz mais de um ano. Entretanto, uma série de acontecimentos não previstos, como a renúncia do Papa Bento XVI e o conclave do qual saiu eleito o Papa Francisco, viram como este e tantos outros assuntos na Santa Sé ficaram parados até que a nova Cúria da Igreja foi retomando suas tarefas.

Medjugorje é uma pequena aldeia da Bósnia-Herzegovina que se converteu em um lugar onde milhões de pessoas peregrinam atraídos pelas aparições da Virgem Maria que dizem ter seis videntes. A finais do mês de junho de 1981, um grupo de meninos e meninas (Mirjana Dragicevic Soldo, Ivanka Ivankovic-Elez, Marija Pavlovic Lunetti, Vicka Ivankovic, Ivan Dragicevic e Jakov Colo) afirmou que tinham visto uma bela jovem e que esta lhes confiava mensagens.

A partir disso, segundo os protagonistas, as aparições foram repetindo-se até o dia de hoje.

Enquanto se conhece a decisão que o Papa Francisco possa tomar sobre este assunto, para a qual tem total autonomia e nenhum limite de tempo determinado, segue-se aplicando o pronunciamento oficial dos Bispos da antiga Iugoslávia, em 1991.

Desta maneira o recordou em novembro de 2013 o recém-eleito Cardeal Gerhard Müller, Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, aos bispos dos Estados Unidos, em um comunicado efetuado ao Núncio Apostólico nesse país, Dom Carlo María Viganó. Segundo a carta enviada às dioceses norte-americanas por Dom Viganò, "os clérigos e os fiéis não estão autorizados a participar de reuniões, conferências ou celebrações públicas durante as quais se deem por supostas as aparições de Medjugorje”.

"Como vocês sabem bem, a Congregação para a Doutrina da Fé está no processo de investigar certos aspectos doutrinais e disciplinares do fenômeno de Medjugorje. Por esta razão, a Congregação afirmou que, com respeito à credibilidade da ‘aparição’ em questão, todos devem aceitar a declaração, com data 10 de abril de 1991, dos Bispos da Ex-república da Iugoslávia, que afirma: ‘sobre a bases da investigação que foi feita, não é possível estabelecer que aconteceram aparições ou revelações sobrenaturais’", escreveu Dom Viganò a instâncias do Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé.

http://www.acidigital.com/noticia.php?id=26581

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